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3 • Comparação dos dois métodos

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.3 Placa Base Inferior

A Placa Base Inferior está em contato com o conjunto móvel extrator além dos espaçadores laterais. Esta pode ser considerada a peça mais simples do molde pela pequena quantidade de recursos usados nela.

A Figura 18 apresenta o desenho usando o sistema CD&T, o desenho é bastante simples, estão presentes somente três tolerâncias, uma nos furos das colunas, outra no furo central cujo valor é H7 para ambas no diâmetro, e outra na espessura da chapa. Não está presente uma tolerância para a posição dos furos, os valores que determinam a posição do furo estão de acordo com a Tabela ISO 2768 apresentadas na Tabela 6. A superfície que está em contato com os espaçadores e com conjunto móvel precisa ser retificada para conferir um bom acabamento da superfície conforme indica o símbolo de usinagem.

Já na

Figura 19 está presente o desenho com o sistema GD&T, nele foram definidos os Datum. O Datum A foi na superfície que tem contato com a placa extratora, o contato entre essas duas placas deve ser o mais homogêneo possível, ou seja, ter a maior área de superfície em contato possível. Os Datum B e C foram definidos a partir do Datum A e mais próximo possíveis da posição onde será feita a análise. Para a superfície onde ocorre o contato foi inserida uma tolerância de planeza para garantir o melhor contato possível, o valor da tolerância que é 0,05mm somente é obtido através do processo de retífica. Ter uma superfície plana também irá facilitar o alinhamento da placa extratora.

Na

Figura 19 também está presente uma tolerância para o furo com rebaixo para M12, é possível notar que existe uma tolerância de posição e outra de perpendicularidade de no valor de 0,5mm para o furo. Esses valores são extremamente grandes para a tolerância, mais por ser um furo de parafuso onde o diâmetro é 14mm e a dimensão do parafuso M12 para o diâmetro é 12mm esse valor está coerente. Supondo que a superfície do Datum B desvie 0,25mm afastando-se da posição ideal do furo, e o mesmo aconteça em relação a C. Suponhamos ainda que o furo esteja na extremidade do círculo que limita a posição do furo, também admitamos que o furo esteja no seu limite máximo de

perpendicularidade, ainda assim seria possível montar o parafuso através do furo, logo, isso justifica todos os valores empregados no desenho.

O furo de diâmetro 40mm presente da

Figura 19 tem o valor de 0,8mm na posição, pois também é um furo folgado logo foi usado o valor de 0,8mm para diminuir custos, mas mantendo certa precisão para a peça.

No desenho da Figura 18 os valores de tolerância para as cotas seguem a Tabela ISO 2768, se observamos o furo localizado na posição de 385mm a tolerância será de ±0,5mm que é um valor consideravelmente grande, porém o furo tem 14mm de diâmetro e irá receber um parafuso M12 mesmo assim será possível a montagem, essa não é uma situação muito adequada pois se fosse componente que demandasse certa precisão como um pino possivelmente esse componente não montaria.

A tolerância de espessura presente na peça em ambos os casos é mais um limitante de espessura, não influenciando diretamente na montagem do conjunto.

Seguem nas Figuras 14 e 15 os desenhos da placa base inferior com cotas CD&T e GD&T respectivamente.

Figura 18 - Desenho Placa Base Inferior CD&T Fonte: Autoria própria

Figura 19 - Desenho Placa Base Inferior GD&T Fonte: Autoria própria

5.4 Espaçador

A principal função do espaçador é garantir um curso livre para que o conjunto extrator possa fazer um curso sem interferência. A montagem é feita de tal forma que sobra um espaço entre o espaçador e o conjunto extrator que permita o movimento.

O desenho apresentado na

Figura 20 foi feito utilizando o sistema CD&T, o furo de 14mm recebe um parafuso M12 logo uma tolerância H7, como o parafuso M12 têm 12mm de diâmetro, resulta em uma folga de 2mm, mais a tolerância H7, tornando-se uma tolerância bastante abrangente para o furo. Uma medida importante para se controlar nesse desenho é a medida de 43mm que é a espessura da peça, foi usada uma tolerância de 0 até -0,1 para impedir que a peça interfira no curso do conjunto extrator. A medida de 76mm recebeu uma tolerância de ±0,05mm, este valor é justo mas necessário, pois garante que as duas peças tenham um valor próximo referente a altura,para garantir esse valor da tolerância a melhor maneira é através do processo de retifica conforme indica o desenho.

A Figura 21 apresenta o desenho do espaçador usando o sistema GD&T. a superfície que contém o Datum A, essa superfície tem contato com a placa do conjunto extrator. Para a superfície onde se localiza o Datum B foi definida uma tolerância de perpendicularidade no valor 0,2mm, e na superfície onde fica o Datum C foi definida uma tolerância de perpendicularidade em relação A e a B, porém com um valor de 0,2mm, é possível usar esse valor, pois mesmo se a superfície encontrar-se no valor máximo da tolerância será possível o conjunto extrator se mover isso porque entre o espaçador e o conjunto extrator existe uma folga de 1mm partindo do caso ideal.

No furo de 14mm existem duas tolerâncias, uma de posição e outra de perpendicularidade, podemos notar que os valores utilizados são relativamente grandes, é possível justificar o uso desses valores, supondo que o furo esteja na posição máxima do circulo de posicionamento, suponhamos ainda que o furo esteja no seu limite de perpendicularidade, admitamos também que a superfície relativa ao Datum C esteja no seu valor máximo referente à tolerância de perpendicularidade se

afastando do centro do furo, com essas condições e somando-se todos os afastamentos teríamos um desvio de 0,85mm do centro do furo o que ainda assim permitiria a montagem do parafuso, pois o furo tem uma folga de 2mm. Quando usamos uma tolerância folgada e de maneira correta diminui custos da peça a ser fabricada por não necessitar de um controle rigoroso.

A tolerância das duas faces que estão em contato com a placa base inferior e placa suporte recebeu uma tolerância de planeza para garantir um melhor contato entre as peças, o valor de 0,05mm de planeza é obtido somente pelo processo de retífica.

Comparando os dois desenhos pode-se notar que o acabamento da superfície que está em contato teria um bom resultado em ambas pelo processo de retifica. Já em relação ao desenho que usa da metodologia CD&T a posição do furo de 14mm estaria localizado em um retângulo de 0,4x0,6mm, o valor de 0,6mm vem da tabela ISO 2768 onde para o valor de 385mm a tolerância é ±0,3mm. Note que mesmo com esse valor relativamente grande para o posicionamento do furo, entretanto é possível a montagem do furo pelo fato do mesmo apresentar 2 mm de folga. Um possível problema na peça que não usa o sistema GD&T seria garantir o alinhamento da dimensão de 446mm por não apresentar nenhuma tolerância para controle da superfície, um desvio de 1mm poderia levar ao não funcionamento do molde pelo fato impedir o deslocamento do conjunto extrator. Com analise dos desenhos podemos notar que a única superfície que necessitaria de um controle é a superfície que está em contato com o conjunto extrator e a tolerância necessária seria de perpendicularidade em reação aos Datum A e B. A tolerância geométrica usada para o furo é mais um refino buscando uma posição mais precisa para o furo.

Seguem nas Figuras 16 e 17 os desenhos do Espaçador com cotas CD&T e GD&T respectivamente.

Figura 20 - Desenho Espaçador CD&T Fonte: Autoria própria

Figura 21 - Desenho Espaçador GD&T Fonte: Autoria própria

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