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PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

PARTE 1 CONTEXTO INTERNO DA UNIVERSIDADE POTIGUAR

1.6 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

As atividades de planejamento são assumidas em sua natureza política, estratégica e de intervenção, viabilizando uma gestão acadêmica e administrativa com foco na qualidade, em sintonia com a missão institucional.

Nesse sentido, a ação do planejamento institucional, na perspectiva do aprimoramento dos diversos processos, é efetivada sob os requisitos de: a) flexibilidade; b) apreensão objetiva da realidade social, política, econômica, educacional e cultural, e da própria UnP, identificando-se necessidades a atender; c) avaliação contínua de ações e resultados; d) participação dos vários segmentos acadêmicos.

Esse delineamento tem como ponto de partida o fato de que o planejamento é um dos fundamentos da organização, sistematização e qualidade das ações institucionais, sendo desenvolvido à luz de três princípios enunciados no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2007/2016): excelência acadêmica; sustentação econômica dos cursos; educação continuada.

Com vistas à viabilização desses princípios, são adotados quatro instrumentos básicos, estruturados em congruência com a missão e a visão da Universidade Potiguar: o Projeto Pedagógico Institucional (PPI); o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI; o Plano Anual de Trabalho (PAT); o Plano de Metas (PM). Ressalta-se ainda o Projeto Pedagógico de Curso (PPC), instrumento por excelência da gestão acadêmica de cursos, constituindo-se no esteio para onde convergem políticas e ações previstas no PPI e no PDI.

Fica estabelecida, assim, uma linha de raciocínio em que o planejamento assume níveis diferenciados, mas intercomplementares, partindo de uma visão ampla da política educacional brasileira, para chegar às especificidades da Universidade Potiguar, e, depois, às peculiaridades de unidades acadêmicas especializadas (escolas), cursos, programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão.

Essencial ao processo de planejamento, no sentido de imprimir-lhe confiabilidade e factibilidade, está a avaliação institucional, da qual fluem informações substanciais à tomada de decisões e ao aperfeiçoamento de todos os processos, quer acadêmicos e pedagógicos, quer gerenciais.

Autoavaliação institucional

As iniciativas de avaliação institucional interna, promovidas pela Universidade, tiveram início na década de noventa, com continuidade a partir dos anos 2000, quando, então, se adotavam critérios e processos estabelecidos pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB).

Com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído pela Lei 10.861/2004, todo o processo avaliativo é redimensionado pela Comissão Própria de Avaliação (CPA/UnP), considerando a experiência acumulada pela UnP no campo da avaliação institucional.

Desse redimensionamento, resulta um novo Projeto de Autoavaliação Institucional, em implementação a partir de 2005, focalizando três contextos: o institucional, o acadêmico e o administrativo, aos quais correspondem dimensões, categorias e indicadores.

Com vistas ao aperfeiçoamento crescente do modelo de gestão, bem como dos cursos, programas e projetos, o processo avaliativo na UnP tem uma dinâmica em que:

a) são envolvidos todos os segmentos acadêmicos: aluno, professor, diretoria de curso de graduação, coordenação de pós-graduação, pessoal técnico-administrativo e dirigentes;

b) os instrumentos, revistos continuamente, têm aplicação em meio eletrônico, podendo ser adotadas outros procedimentos de coleta de dados;

c) são efetivadas análises comparativas entre os resultados das avaliações externas e internas;

d) os resultados são divulgados pelo autoatendimento e em seminários promovidos pela CPA/UnP com a participação de toda a comunidade acadêmica, além do que são emitidos relatórios por curso e disponibilizados às direções de cursos.

Os resultados, tratados estatisticamente pela CPA/UnP, são analisados, tanto no âmbito de cada curso, quanto pela Reitoria e setores institucionais. A cada semestre, são liberados relatórios eletrônicos, elaboradas sínteses dos principais dados e, a partir de 2008.1, estruturados relatórios qualitativos.

Ao final, há registro, em documento próprio, da situação geral da Universidade, cujas análises sinalizam fragilidades a superar e aspectos a fortalecer, alimentando, assim, o processo de planejamento e identificando necessidades de correção de rumos ou de transformação (figura 1).

Figura 1

PARTE 2

ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

2.1 DADOS GERAIS DO CURSO

2.1.1 Denominação

Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira

Eixo tecnológico: Gestão e Negócio - Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (MEC, 2010).

2.1.2 Ato de criação, número de vagas e turno de funcionamento

Resolução n. 053, de 09 de outubro de 2002 – ConSUni, que autoriza a oferta de 240 vagas, no turno noturno.

2.1.3 Modalidade de Oferta

Presencial.

2.1.4 Ato de reconhecimento

Portaria MEC Nº 1106/2005, publicada no D.O.U de 05 de abril de 2005.

2.1.5 Regime Acadêmico

Seriado semestral.

2.1.6 Carga horária total

1920 horas-aula (1600 horas).

2.1.7 Integralização

O Curso deve ser integralizado no mínimo em (02) dois anos e, no máximo, em (04) quatro anos, sendo possível um mínimo de um ano e meio nos casos de ingresso por vestibular agendado.

2.1.8 Requisitos e formas de acesso

O ingresso no Curso pode ocorrer por meio de: a) processo seletivo, destinado a egressos do ensino médio ou equivalente, incluindo-se o vestibular agendado, para o preenchimento de vagas remanescentes; b) transferência externa;

c) reopção. Também podem ingressar no Curso portadores de diploma de graduação, observadas a legislação pertinente e normas institucionais, havendo ainda a possibilidade de aproveitamento dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

2.1.9 Local de funcionamento

O Curso é ofertado no Campus Natal, Unidade Floriano Peixoto, situada à Rua Floriano Peixoto, 295, Petrópolis. CEP. 59.012-500 – Natal/RN.

2.1.10 Histórico

O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira foi criado através da Resolução ConSUni de n. 053/2002, de 09 de outubro de 2002, e implantado em fevereiro de 2003, no turno noturno. Atualmente, funciona nesse mesmo turno, já tendo formado 05 turmas, com um total de 210 alunos. Obteve o seu reconhecimento pela Portaria/MEC n. 1106, de 05 de abril de 2005.

Como uma das primeiras graduações dessa natureza, instaladas na UnP, o CST em Gestão Financeira apresenta-se plenamente consolidado, destacando-se no cenário educacional do estado como um Curso focado no mercado de trabalho.

Os egressos deste Curso, em sua grande maioria, são empresários ou pessoas que já lidam diariamente com as ferramentas da gestão financeira. Hoje é bastante comum ter-se em sala de aula aproximadamente 95% dos alunos já atuando no mercado de trabalho.

2.1.11 Direção

Diretor: Janduir Oliveira da Nóbrega Telefone celular: +55 (84)9984-5249

Telefone: +55 (84) 3215-1103-1123 E-mail: janduirnobrega@unp.br

2.2. ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA

2.2.1 Da direção de cursos de graduação na UnP

Os cursos de graduação da Universidade Potiguar têm sua administração sob a responsabilidade de uma direção executiva que poderá contar, quando necessário, com uma direção adjunta.

De acordo com o Regimento Geral da Universidade, art. 52, a Diretoria de Curso, órgão executivo da Administração Acadêmica da Universidade, é exercida pelo Diretor e, quando necessário, auxiliado por Diretor-Adjunto, ambos designados pelo Reitor para mandato de dois anos, permitida a recondução.

A direção atua com base no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), implementando e avaliando o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de acordo com as políticas aí definidas.

Na estrutura da Diretoria de Curso existe também um Assistente Executivo para apoio acadêmico-administrativo ao Diretor6, bem como ao Diretor adjunto, e atendimento ao aluno.

2.2.2 Da Diretoria do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira

A gestão do CST em Gestão Financeira está sob a responsabilidade do professor Janduir Oliveira da Nóbrega, designado através da Portaria de nº 048, em agosto de 2004, e reconduzido através da Portaria nº. 053/2010, ambas emitidas pela Reitoria. O referido diretor é Bacharel em Ciências Econômicas (1993), Especialista em Planejamento e Consultoria Empresarial (1995) e em Gestão Universitária (2007), todos concluídos na Universidade Potiguar; atua em regime de tempo integral, assumindo, além da administração do Curso, a docência das disciplinas Plano de Negócio, Projeto de Investimento, Cenários Econômicos e Empreendedorismo, desde outubro de 2002.

O diretor apresenta larga experiência na área empresarial, atuando há 14 anos como consultor financeiro, elaborador de projetos de investimentos para Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil. É instrutor e

6 As atribuições do diretor de Curso encontram-se elencadas no Regimento Geral da Universidade, art. 51 (Documentos Normativos da UnP. Série Azul - Normas da Organização Universitária. V. 2). Natal, 2011.

palestrante conveniado ao SEBRAE/RN desde 1998. Empresário no segmento industrial, exercendo atualmente a Presidência do CORECON/RN – Conselho Regional de Economia – 19ª Região.

2.2.3 Conselho de curso

O Conselho de Curso de Graduação (CC), nos termos do art. 36 do Estatuto7, é um órgão de natureza consultiva e auxiliar, com função de analisar e propor medidas didático-pedagógicas, administrativas e disciplinares para o funcionamento do curso e para a sua integração nos diversos programas de pesquisa e de extensão e de Pós-graduação ...

Ainda de acordo com o referido artigo, o CC tem em sua composição:

a) o Diretor do Curso ( seu Presidente ).

b) três representantes do corpo docente.

c) um representante do corpo discente.

d) um representante de entidade profissional afeta ao curso.

O Conselho do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira, conforme a Portaria nº 222/2010 - Reitoria, está constituído dos seguintes membros:

Presidente: Janduir Oliveira da Nóbrega.

Representantes do corpo docente:

- Conselheiro: Kátia Rejane Lima de Moura

- Suplente: André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha - Conselheiro: Vilma Lúcia da Silva Neves

- Suplente: João Maria Xavier da Silva.

- Conselheiro: Daniel Pinto Negreiros.

Suplente Marcus Vinicius Madruga Ramos.

Representante do Corpo Discente:

7 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Estatuto. 4. ed. Natal: Edunp, 2011. (Documentos Normativos da UnP. Série Normas da Organização Universitária. V. 1). Natal, 2011.

- Titular: Luiza Gabriela Moura Alves.

- Suplente: Tainara Fernandes Figueiredo

Representante do Conselho Regional de Economia – CORECON/RN

- Conselheira Titular: Fabíola Andréa Leite de Paula - Conselheiro Suplente: Airton Soares Costa

2.2.4 Articulação da administração do Curso com a gestão institucional

O Curso tem o seu gerenciamento efetivado em conformidade com as linhas e diretrizes estabelecidas pela Universidade Potiguar mediante adoção de estratégias que incluem:

a) participação da direção do Curso em reuniões do Conselho Didático-pedagógico (CDP), órgão colegiado da administração acadêmica de cursos e programas que tem como membros todos os diretores de cursos de graduação, todos os pró-reitores e representantes de programas de pesquisa, extensão e ação comunitária, e de docentes e de discentes;

b) implementação do plano de metas, elaborado anualmente pelo curso a partir do Plano Anual de Trabalho da Universidade Potiguar (PAT), ambos referenciados por: i) Projeto Pedagógico Institucional e PDI 2007/2016) e ii) resultados da avaliação institucional interna, realizada pela CPA/UnP.

Nesse processo, e na medida em que o plano de metas do curso é estruturado e executado em função da materialização do projeto pedagógico, são colocadas em prática políticas, objetivos e metas do PDI. Indicam-se como exemplos o regular funcionamento do Conselho do Curso; a autoavaliação do Curso; a participação de alunos e docentes no congresso científico/mostra de extensão/UnP;

realização de reuniões periódicas de planejamento didático-pedagógico com docentes.

2.2.5 Registros acadêmicos

Os registros são da responsabilidade da Secretaria Geral. Em cada unidade de Natal e no Campus Mossoró existem Secretarias Setoriais e Centrais de Atendimento.

Matrícula inicial. Feita no curso/turno/série regular mais adequada à situação do aluno, ou apenas em disciplinas, se for adaptação curricular. O aluno é vinculado a uma estrutura curricular aprovada pelo ConEPE.

Documentos/discente. Acomodados em pasta e reunidos em arquivo central. Antes do arquivamento, são feitas no Sistema a ficha cadastral e o controle de documentos entregues. A atualização de endereço, pelo aluno, é via auto-atendimento.

Rematrícula. A cada semestre letivo. Um mês antes do encerramento do semestre em vigor, a Secretaria e a Direção do Curso comunicam aos alunos os prazos e procedimentos para a Renovação de Matrícula (Comunicado da Secretaria Geral em sala de aula e por e-mail). O processo se dá pela internet. Se tiver pendências acadêmicas ou financeiras, o aluno encontra as devidas orientações no Sistema, e se precisar de orientação específica (desnivelamento curricular), procura auxílio do Diretor de curso, conforme Calendário Acadêmico.

Reprovação. Todos os dados acadêmicos do aluno se encontram no banco de dados quando se inicia o período de renovação de matrícula. O sistema critica a situação acadêmica do aluno, verificando o cumprimento das condições necessárias para a promoção e, em caso de reprovação, o aluno será orientado a agendar atendimento junto ao Diretor de seu Curso.

Trancamento de matrícula. O aluno pode solicitar trancamento por 6, 12 ou 24 meses na Central de Atendimento e providencia a regularização de possíveis pendências junto à Biblioteca e ao Setor Financeiro. A Secretaria registra o trancamento, após deferimento da Diretoria do Curso. Ao retornar ao curso, a situação do aluno é avaliada por essa Diretoria, que define o ajuste acadêmico/curricular e a matrícula.

Fluxo curricular. Na matrícula inicial, o aluno é vinculado à última estrutura curricular implantada. O Sistema vincula o aluno somente à disciplina da sua estrutura curricular ou à disciplina equivalente. Para controle do fluxo de integralização curricular, há o relatório Situação Acadêmica (relação de disciplinas cursadas/a cursar).

Notas e frequências. Acompanhadas também via internet, pelo aluno, por unidade avaliativa. Através de relatórios, a Diretoria do Curso, a Secretaria e a Administração Superior têm como acompanhar o cumprimento dos prazos por parte do corpo docente (lançamento de notas e frequência).

Alterações de registro. É preenchido formulário rubricado pelo professor da disciplina e pelo Diretor do Curso e encaminhado para alteração pela Secretaria Setorial.

Atendimento ao aluno. Via Central de Atendimento, com atendimento completo em um mesmo local: 9h às 21h, segunda a sexta; aos sábados, 8h às 12h.

Emissão de documentos. Regra geral, o aluno recebe, no ato da solicitação, todo documento que não precise de trâmite processual, pagando a taxa correspondente, se houver. Cabe aos Gerentes Acadêmicos e/ou Chefes de Setor a responsabilidade de assinar documentos acadêmicos na ausência e/ou impedimento do Secretário Geral.

Software. Em uma única tela do Sistema estão reunidos quase todos os serviços. O Sistema faz protocolo específico com dia e hora de atendimento e serviço solicitado.

Call Center. Funciona com grupos de atendentes em horário ininterrupto: 7h às 21 horas, de segunda a sexta-feira, e aos sábados das 7h às 12 h.

Diploma. Entregue a todos os concluintes na solenidade de concessão de grau junto com o histórico escolar.

Atendimento a docentes e diretores. Acontece principalmente na Direção de Curso, pela Assistente de Direção, integradamente com a Secretaria e Central de Atendimento. Docentes e diretores também são atendidos nas Secretarias Setoriais e respectivos gerentes.

2.3 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

2.3.1 Necessidade social

O desenvolvimento do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira, pela UnP, justifica-se por fatores de diversas ordens, destacando-se, inicialmente, as transformações econômicas e tecnológicas processadas sobretudo nas últimas décadas, e que vêm influenciando a demanda crescente dos diversos setores da economia por profissionais capazes de administrar de maneira eficiente os recursos financeiros das empresas.

Com a globalização e o avanço científico e tecnológico, o empresariado nacional passou a lidar com novas condições de competitividade no mercado internacional, sendo instado a promover um substancial aumento de produtividade nas atividades econômicas do país, o que exigiu a incorporação de tecnologia nos processos de trabalho, um planejamento flexível e a adoção de estratégias que substituíssem os padrões econômicos e financeiros divergentes dos esperados. A perspectiva era permitir o ajuste adequado dos investimentos, evitando a expansão e o uso ineficiente de recursos, financeiros, materiais e humanos.

Destaca-se ainda que as atividades típicas de gestão nessa área envolvem, entre outras operações, a análise de custos e o estudo da rentabilidade das diversas operações da empresa, cujo domínio, nem sempre, compõe o perfil de alguns dentro de três anos, vem apresentando crescimento sistematicamente. Dentre as causas apresentadas, destacam-se: a falta de capital de giro, a elevada carga tributária e as taxas de juros praticadas na economia. Estas causas estão relacionadas a componentes financeiros que atuam sobre a estratégia da empresa, e à atuação de um gestor que não domine conhecimentos, métodos e técnicas de

administração dos recursos financeiros, não tendo, portanto, motivação e condições de gerenciar seu negócio.

Nessa mesma pesquisa, são mencionados como principais fatores de sucesso das empresas o significativo conhecimento do mercado, bem como a análise das potencialidades e domínio das técnicas de planejamento e decisões financeiras.

Observa-se, ainda, que as constantes oscilações mercadológicas ocorridas no mundo globalizado obrigam o Governo Federal brasileiro, à revelia do setor produtivo, a manter as taxas de juros em patamares elevados, contribuindo para a descapitalização da maioria das empresas, e motivando a constante negociação no mercado financeiro.

O Rio Grande do Norte (RN), como parte integrante desse contexto, acompanha essa dinâmica. Destacando-se no Nordeste, pelas potencialidades que apresenta e pelo crescimento registrado nos últimos anos, o estado apresentava em 2006 (último dado disponível) um Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de R$20,5 bilhões, o quinto do Nordeste. O setor público, o comércio e serviços de reparação e a indústria extrativa mineral são os principais itens da economia local. Em termos de dinamismo, o comércio varejista do estado e o setor da construção civil são os que apresentam elevadas taxas de crescimento nos últimos anos, sendo na média bem mais ágeis do que seus congêneres no Nordeste e no Brasil. Destaque também para o PIB Per Capita do RN, como o terceiro maior da região, tendo apresentado, entre 2003 e 2006, o quarto maior crescimento do país e o segundo maior do Nordeste.

De acordo com o Banco Central do Brasil, o mercado financeiro no Rio Grande do Norte constitui-se da rede bancária estadual, formada por 154 agências, todas originárias de fora do estado, além de uma centena de correspondentes bancários. Os bancos públicos, como o Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil, AGN - agência de fomento do RN e Caixa Econômica Federal são os que mais estimulam o desenvolvimento empresarial, seja micro, pequeno porte, médias ou grandes empresas.

Pelas potencialidades que apresenta, o estado tem atraído investimentos nos setores de produção de bens e de serviços. A Junta Comercial do Rio Grande do Norte (JuCERN), por exemplo, registrou no primeiro trimestre de 2011 a abertura de quase 2 mil novas empresas no estado.

Qualificar profissionais que possam intervir na continuidade das empresas e otimizar a qualidade dos seus produtos e serviços apresenta-se, portanto, como uma das condições de enfrentamento da concorrência, e mais ainda quando se considera o fato de que as empresas potiguares hoje competem com multinacionais em setores como os alimentícios e têxtil, caso do Nordestão e da Guararapes, líderes de mercado nesses segmentos, respectivamente.

Além dos elementos identificados na realidade econômica, a oferta do CST em Gestão Financeira encontra motivações também em outras necessidades, como as de natureza educacional. O Curso tem uma clientela potencial egressa do ensino médio e da educação profissional. Conforme o Censo Escolar 2010 (INEP), a8 oferta do ensino médio no país mantém-se estável, com aumento de 20.515 matrículas em 2010 (0,2% a mais que em 2009). No RN, para o ano 2010, tem-se 148.990 matrículas, quantitativo um pouco inferior ao de 2009: 151.975. A educação profissional continua em expansão, com crescimento de 7,4%, ultrapassando 900 mil matrículas no Brasil em 2010. Para o ensino médio integrado, os números indicam 1,14 milhão de matrículas. A educação profissional subsequente (para alunos que concluíram o ensino médio) aumentou 27% e tem participação de 62% no total de matrículas da educação profissional. Nos últimos 8 anos, a rede federal mais que dobrou a oferta de matrícula, o que significa a importância desse tipo de educação para o desenvolvimento do país.

Um outro aspecto deve ser considerado: o fortalecimento da oferta do Curso, nacionalmente, mediante edição da Resolução Normativa CFA Nº 374, de 12 de novembro de 2009, que aprova o registro profissional, pelos Conselhos Regionais de Administração, dos diplomados em curso superior de tecnologia em área da Administração, incluído o CST em Gestão Financeira.

Já a política institucional de valorização desse tipo de graduação se expressa, por exemplo, na sua expansão: o número de cursos se alarga no período 2005-2011, de 04 (quatro) para 17 (dezessete), em Natal e em Mossoró. Ao mesmo tempo, destacam-se resultados da avaliação institucional externa. Cursos avaliados recentemente com vistas ao reconhecimento, como os de Gestão Pública e Gestão Ambiental9, em Natal, apresentam conceito 4 atribuído pelas respectivas comissões

8 O CST em Gestão Financeira da UnP foi o 1º Curso de graduação tecnológica do Nordeste com autorização de registro em Conselho de Classe, auferido pelo COFECON – Conselho Federal de Economia, em dez 2006.

9 Cursos reconhecidos nos termos das Portarias/MEC nº 129/11 (D.O.U 21/02/2011), Gestão Ambiental; nº 279/10 (D.O.U 15/12/2010,) Gestão Pública.

avaliadoras designadas pelo Ministério da Educação (MEC). Igual resultado verifica-se em Mossoró, com os CSTs em Marketing, Processos Gerenciais, Gestão Pública, Gestão de Recursos Humanos e Segurança no Trabalho, conforme relatórios do MEC/INEP.

Por estar sendo desenvolvido nesse cenário, e uma vez que a sua oferta representa a socialização do ensino superior (contemplando, inclusive, profissionais já atuantes no mercado, mas sem os atributos de qualificação exigidos), o CST em

Por estar sendo desenvolvido nesse cenário, e uma vez que a sua oferta representa a socialização do ensino superior (contemplando, inclusive, profissionais já atuantes no mercado, mas sem os atributos de qualificação exigidos), o CST em

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