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3. Organização e gestão da disciplina lecionada pelo professor

3.1 Planificação

A gestão do currículo carece de um planeamento estratégico, “requer uma concepção finalizada e orientadora, mas também flexível e aberta, das formas pelas quais se pretende levar os alunos a fazer determinada aprendizagem“ (Leite, 2010, p. 18). É importante que se verifique a existência de planeamento de forma a cumprir determinados objetivos, tendo em conta o contexto associado. Ora, os conteúdos programáticos definidos no currículo encontram-se representados através da planificação. Arends defende que “uma boa planificação envolve a distribuição do tempo, a escolha dos métodos de ensino adequados, a criação de interesse nos alunos e a construção de um ambiente de aprendizagem produtivo” (2008, p. 92). A capacidade de particularizar encontra-se representada na planificação, de uma

determinada turma de uma determinada escola, no caso concreto da turma D de 9º ano do AEMC.

Partindo do pressusposto de que a ação de planificar permite determinar o que deve ser ensinado, como ensinar e o tempo a dedicar a cada conteúdo específico, foram elaborados 3 tipos de planificações: a longo prazo, a médio prazo e a curto prazo.

A planificação de longo prazo permitiu definir as unidades temáticas dos conteúdos programáticos que constam no programa do 9º ano para a disciplina de TIC para o ano letivo. No total, o programa de TIC contempla 5 unidades temáticas obrigatórias. Assim, na planificação anual elaborada definiu-se abordar no 1º período 3 unidades, designadamente, “Tecnologias da Informação e Comunicação”, “Sistema Operativo em Ambiente Gráfico” e “Internet”. No 2º período lecionar a unidade temática “Processamento de Texto”, e no 3º período contemplar a 5ª unidade, “Criação de Apresentações”.

A médio prazo houve uma planificação detalhada de cada unidade temática. Cada unidade temática tem associado um conjunto de conteúdos e competências a alcançar. Assim, para cada unidade, consoante o conteúdo, foram definidos objetivos, estratégias, recursos, formas de avaliação e destinado um determinado tempo (número de aulas). A planificação a médio prazo permite ter uma melhor consciência das metas a cumprir no processo ensio-aprendizagem. Assim, é importante partilhar com os alunos, sempre que se inicia uma nova unidade temática, aspetos como objetivos da unidade, forma(s) de avaliação e o número de aulas em que a unidade vai ser lecionada. Desta forma todos os participantes do processo (professor e alunos) têm uma visão clara do que se pretende alcançar.

Por fim, foram elaboradas planificações a curto prazo, especificamente, para todas as aulas. Este planeamento foi realizado com o intuito de ser “um processo decisional fundamentado que implica uma concepção estratégica global da acção pedagógica, a qual é depois operacionalizada de forma mais precisa e detalhada” (Roldão, 2009, p. 57). Os planos de aulas elaborados foram feitos de forma a conseguir oferecer experiências de aprendizagem diversificadas, sempre com o intuito de manter uma ligação entre cada sessão/aula. O material pedagógico produzido (ver Anexo I) para cada aula foi o seguinte:

§ Mapa mental; § Planificação de aula;

§ Apresentação digital; § Ficha de trabalho.

O mapa mental permite decompor conceitos amplos e complexos em ideias mais simples, tornando visível a relação entre eles e facilitando a sua compreensão. Ou seja, visa esquematizar uma ideia central e assim organizar o conteúdo de aprendizagem.

A planificação da aula é um elemento de gestão da aula. A planificação torna possível gerir melhor o tempo, os conteúdos e os objetivos que se pretendem atingir através dos métodos e atividades a realizar. Nela encontram-se definidos o enquadramento da unidade temática em causa, o sumário da aula, eventuais riscos a evitar/prevenir, os objetivos específicos daquela aula, as atividades/estratégias a aplicar, os conteúdos a serem ensinados, os recursos educativos a utilizar, as formas de avaliação e o tempo determinado para cada atividade.

A apresentação digital, enquanto elemento tecnológico, pode ser “utilizada como auxiliar no processo educativo” (Kenski, 2007, p. 44), um complemento gráfico que ajuda a contextualizar os conteúdos abordados. O uso das tecnologias em sala de aula também ajuda a concentrar a atenção dos alunos em determinada situação pois, “quandoo bem utilizadas (...) levam ao melhor conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado” (Kenski, 2007, p. 45). A ficha de trabalho é um elemento essencial porque permite a realização de atividades e através dela os alunos vão aperfeiçoando e consolidando os conteúdos ensinados na aula. Nesse sentido, em todas as aulas, enquanto decorreu o estágio pedagógico, era apresentado aos alunos esse mesmo elemento de trabalho – a ficha de atividades. Através desta os alunos consolidavam a sua aprendizagem e permitia, também, esclarecer dúvidas, sempre que estas surgiam.

Do material pedagógico produzido foi, semanalmente, disponibilizado aos alunos a apresentação digital e a ficha de trabalho através da plataforma Moodle que a escola tem ao dispor da comunidade escolar.

Durante o estágio pedagógico, na planificação das aulas, houve preocupação pelo desenvolvimento de competências nos alunos. Porque era uma turma que tinha um número considerável de alunos com retenções anteriores, e outros com bons níveis de sucesso, houve cuidado, aquando a elaboração da planificação, em considerar estas diferenças através de adequação de estratégias, tendo sempre em mente o perfil dos alunos. Tal foi possível devido à caraterização da turma realizada no início do ano

letivo. De entre as estratégias há a mencionar os trabalhos de grupo e/ou individuais de pesquisa, de reflexão, que permitiam levar os alunos ao processo de construção do seu conhecimento; e a dinâmica de debate que permitia que os alunos questionassem e refletissem sobre a temática em debate.

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