• Nenhum resultado encontrado

7.7 POLÍTICA DA QUALIDADE

8.4.1 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Resíduo sólido ou semissólido, resultantes de atividades de origem industrial, agrícola, doméstica, hospitalar, comercial e serviços públicos de varrição, por exemplo, são caracterizados como resíduos sólidos. Incluindo aqui: lodos de estações, líquidos cujas particularidades tornem seu descarte inviável.

8.4.1.1 Construção Civil

A Resolução 307/2002 estabeleceu e determinou a execução de um PLANO INTEGRADO DE GERENCIAMENTO DE RCC (Resíduos da Construção Civil), cabendo aos Municípios e Distrito Federal, buscar soluções para o gerenciamento dos pequenos volumes de resíduos, bem como com o disciplinamento da ação dos agentes envolvidos com os grandes volumes. A disposição incorreta, ou indevida desses resíduos resulta em sérios problemas ambientais como o comprometimento da paisagem do local; o tráfego de pedestres e de veículos; provoca o assoreamento de rios, córregos e lagos; o entupimento da drenagem urbana, acarretando em enchentes; além de servirem de pretexto para o depósito irregular de outros resíduos não--inertes, propiciando o aparecimento e a multiplicação de vetores de doenças, arriscando a saúde da população vizinha.

• CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO:

Implantação e construção de uma empresa destinada a produção de Etanol de segunda geração utilizando biomassa lignocelulósica proveniente de industrias de beneficiamento de arroz.

• DESCRIÇÃO DA PROBLEMÁTICA:

Resíduos gerados da construção de uma empresa destinada a produção de etanol de segunda geração. De acordo com o CONAMA nº. 307/02, os resíduos da construção civil são classificados em 4 tipos de classes:

• Classe A; • Classe B; • Classe C; • Classe D.

A problemática dos resíduos da construção civil vem movendo a cadeia produtiva do setor, já que a Resolução Nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) atribui responsabilidades compartilhadas aos geradores, transportadores e gestores municipais quanto ao gerenciamento destes resíduos.

• ANÁLISE TÉCNICA SOBRE O LOCAL:

O empreendimento será construído em uma área industrial no estado de Santa Catarina, no município de Tubarão. Como o empreendimento ficará dentro de um parque industrial, o mesmo terá estrutura suficiente para que a empresa seja alocada da melhor maneira possível sem que haja grandes impactos ambientais à fauna e flora local.

• METODOLOGIA:

Os resíduos gerados na construção do empreendimento deverão ser acondicionados e dispostos conforme sua classe constada na ABNT NBR 10004:2014 de classificação de resíduos.

Resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, resultantes de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes do sistema de tratamento de

água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviável em face à melhor tecnologia disponível.

Ainda que os resíduos oriundos das atividades da indústria da construção civil não estejam explicitamente citados, estes estão inclusos nas atividades industriais ou mesmo nas atividades de serviços. No entanto, há uma Resolução específica para os resíduos da construção civil, a Resolução 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, que dispõe sobre a gestão destes resíduos. Esta Resolução define claramente que os resíduos da construção civil:

São os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.

A Lei nº 12.305, de 02/08/2.010, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos; alterando a Lei nº 9.605, de 12/02/1998; e foi regulamentada por meio do Decreto nº 7.404, de 23/12/2.010, que criou o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa.

A lei define a logística reversa como: “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.

A lei define rejeitos como: “resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”.

A lei estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos como: “conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos”.

• PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE CARACTERIZAÇÃO, TRIAGEM E ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS:

Na seguinte tabela temos os tipos de resíduos que serão gerados durante a construção. São resíduos das classes A, B e D:

Tabela 50 – Classificação dos RCC segundo a Resolução 307/2002 – CONAMA TIPO DE

RCC DEFINIÇÃO EXEMPLOS DESTINAÇÕES

Classe A Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados - resíduos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura,inclusive

solos provenientes de terraplanagem; - resíduos de componentes

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas,placas de revestimento etc.),

argamassa e concreto; - resíduos oriundos de processo

de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meiosfios

etc.) produzidas nos canteiros de obras.

Reutilização ou reciclagem na forma de agregados, ou encaminhados às áreas de

aterro de resíduos da construção civil, sendo

dispostos de modo a permitir a sua utilização ou

reciclagem futura. Classe B São os resíduos recicláveis para outras destinações Plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

Reutilização/reciclagem ou encaminhamento às áreas de

armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a

permitir a sua utilização ou reciclagem futura. Classe D São os resíduos perigosos oriundos do processo de

- tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados

oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas

Armazenamento, transporte, reutilização e destinação final

conformenormastécnicas específicas.

construção radiológicas, instalações industriais e outros. Fonte: CONAMA.

• GERAÇÃO DE RESÍDUOS POR ETAPA DE UMA OBRA E FINALIDADES: Na seguinte tabela temos os resíduos possivelmente gerados em cada fase da obra, sua possível reutilização no canteiro de obras e as possíveis reutilizações fora do canteiro:

Tabela 51 – Fases da Obra

FASES DA OBRA TIPOS DE RESÍDUOS POSSIVELMENTE GERADORES POSSÍVEL REUTILIZAÇÃO NO CANTEIRO POSSÍVEL REUTILIZAÇÃO FORA DO CANTEIRO LIMPEZA DO TERRENO

SOLOS REATERROS ATERROS

ROCHAS, VEGETAÇÃO,GALHO MONTAGEM DO CANTEIRO BLOCOS CERÂMICOS, CONCRETO (AREIA; BRITA). BASE DE PISO, ENCHIMENTOS FABRICAÇÃO DE AGREGADOS MADEIRAS FORMAS/ESCORAS/ TRAVAMENTOS (GRAVATAS) LENHA FUNDAÇÕES

SOLOS REATERROS ATERROS

ROCHAS JARDINAGEM, MUROS

DE ARRIMO SUPERESTRUTURA CONCRETO (AREIA; BRITA) BASE DE PISO; ENCHIMENTOS FABRICAÇÃO DE AGREGADOS

MADEIRA CERCAS; PORTÕES LENHA

SUCATA DE FERRO, FÔRMAS PLÁSTICAS REFORÇO PARA CONTRAPISOS RECICLAGEM ALVENARIA BLOCOS CERÂMICOS, BLOCOS DE CONCRETO, ARGAMASSA BASE DE PISO, ENCHIMENTOS, ARGAMASSAS FABRICAÇÃO DE AGREGADOS

PAPEL, PLÁSTICO RECICLAGEM

INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

BLOCOS CERÂMICOS BASE DE PISO, ENCHIMENTOS FABRICAÇÃO DE AGREGADOS PVC; PPR RECICLAGEM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

BLOCOS CERÂMICOS BASE DE PISO, ENCHIMENTOS

FABRICAÇÃO DE AGREGADOS

MANGUEIRA, FIO DE COBRE

PINTURAS TINTAS, SELADORAS,

VERNIZES, TEXTURA RECICLAGEM

COBERTURAS MADEIRAS LENHA CACOS DE TELHAS DE FIBROCIMENTO FONTE: CONAMA • TRIAGEM:

A separação dos resíduos gerados na construção deverá ser selecionada em cada etapa da construção da estação de tratamento, evitando assim o acúmulo e a contaminação de resíduos impossibilitando o descarte correto.

Segundo a resolução 307/2002 – CONAMA, a triagem deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos. A segregação deverá ser feita nos locais de origem dos resíduos, logo após a sua geração. Para tanto devem ser feitas pilhas próximas a esses locais e que serão transportadas posteriormente para seu acondicionamento. A sinalização do tipo de resíduo seguirá os padrões de cores conforme a Resolução 275, de 25 de abril de 2001, do CONAMA, que estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos.

• ACONDICIONAMENTO:

O acondicionamento será feito em “cascões” próprios para transporte e separados conforme classificação da triagem.

8.4.1.2 Cinza da queima do arroz

Durante o processo da produção do etanol de segunda geração, haverá a queima da casca do arroz, matéria prima da produção. A casca de arroz é basicamente constituída de aproximadamente 40% de celulose, 22% de lignina, 18% de hemicelulose e 20% de resíduo inorgânico.

A cinza obtida após a queima da casca, contém em média teor superior a 90% em peso de sílica na forma amorfa hidratada, bem como demais óxidos que são analisados como impurezas. Por esse motivo apresenta várias aplicações como: • Aplicação nos campos de adsorção de orgânicos, no tratamento de

descartes de efluentes contaminados;

• Substrato para produção de vários tipos de plantas; • Para a produção de cimentos a argamassas, etc.

Através disso, as cinzas geradas na queima da casca de arroz serão depositadas no terreno da empresa, e serão disponibilizadas para venda a terceiros. Os interessados nas cinzas deverão solicitar autorização à gerência, e agendar horário para retirada do material.

Documentos relacionados