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O plasmaduto é uma obra de engenharia astral que está sendo desenvolvida por entidades ligadas à Cidade dos Nobres, em parceria com entidades inteligentíssimas das zonas

No documento Atanagildo O Vale Dos Espiritas 2015 (páginas 96-100)

Desviando o real sentido da caridade: o que de lato Kardec inlencionou dizer

1 O plasmaduto é uma obra de engenharia astral que está sendo desenvolvida por entidades ligadas à Cidade dos Nobres, em parceria com entidades inteligentíssimas das zonas

umbralinas inferiores e conexão com os chamados seres diabólicos, que atuam desde os tempos da Atlântida na Terra, com o intuito de dominar o planeta com as forças inferiores. Os dirigentes dessa colônia não têm noção da grande encrenca em que estão se metendo com esses seres diabólicos (que os manipulam inteligentemente), dotados de alta tecnologia, mas ainda pobres em evolução espiritual. O plano espiritual superior os monitora e sabe que o objetivo dessa grande obra de engenharia é criar tentáculos em forma de pequenos dutos ligados a outros maiores, seguindo em direção a vários depósitos de ectoplasma. Pretende-se que esse material seja conservado e utilizado para fins diversos, sempre retroalimentando os vícios de entidades comandantes dessas zonas astrais. A Espiritualidade Maior sabe que antes de eles terminarem essa obra o planeta estará iniciando seu saneamento espiritual mais intenso, e tudo isso será banido do mundo astral. Enquanto isso, essas entidades inferiores continuam seu trabalho convencional de vampirismo ectoplasmático dos encarnados invigilantes do pensamento, das emoções e dos impulsos inferiores.

A cada dia torna-se mais intensa a tentativa das entidades negativas e inteligentes de arquitetar mecanismos e técnicas para dominar o mundo astral e o físico. Com isso, aprimoram constantemente formas de captar bioplasma, ectoplasma, e de criar processos de conexão mental e de escravização de encarnados e desencarnados. Tem sido muito comum a instalação de chips em certos chacras (não apenas nos principais, pois existem bem mais que os sete mais importantes), para interceptar a conexão entre os corpos mais sutis e os mais densos, ocasionando aos encarnados muitas doenças ou desequilíbrios orgânicos e mentais- emocionais. Com essa conexão, criam influências mentais a distância, transformando as pessoas em verdadeiros aparelhos de controle remoto. Alguns desses chips têm a capacidade de sintonizar a pessoa com os aparelhos que sugam ecto-plasma. A inserção desses pequenos dispositivos pode ser feita nos vários chacras. Por exemplo: a entidade mal-intencionada se aproveita de certas tendências da pessoa e a leva a pensar em orgias sexuais, mobilizando o chacra frontal; em seguida, aciona os chacras umbilical e básico, a partir de freqüências magnéticas, para que eles fiquem excitados e fechem o circuito de conexão entre os vórtices de energia relacionados com as energias sexuais. Desse modo, a pessoa estará a serviço de seus próprios vícios, fortalecidos e acentuados por essas entidades.

Jacinto passou os últimos anos de sua existência carnal submetido a esse processo de chipagem e influência sobre seus chacras frontal, umbilical e básico, com o intuito de atender a vampirismos e até a processos simbióticos de energia sexual, sob controle de uma entidade muito inteligente e viciada em orgias. É evidente que, se ele tivesse iniciado um processo de esforço interior para mudar de atitude mental e de comportamento, certamente teria recebido

ajuda superior e tido condições de começar a trabalhar essas tendências de forma mais equilibrada, recebendo a devida proteção. Aliás, teria permitido o exercício da proteção espiritual proposta por seu verdadeiro guia, que estava sempre ao seu lado para levar ajuda e proteção, mas respeitando o seu livre-arbítrio. Mas Jacinto sempre optava por seguir o falso guia, que alimentava suas tendências desequilibradas e antigas. Esse falso guia já o conhecia de longa data e ambos haviam sido parceiros de muitas noitadas em bordéis, em vida passada recente.

Ainda vai demorar algum tempo para que ele se conscientize de seu verdadeiro estado espiritual e aceite com humildade que é um ser necessitado de ajuda superior e do quanto é preciso mudar de caminho. O sofrimento, a solidão, a frustração, a depressão e a tristeza ainda proliferarão em eu íntimo e então inevitavelmente terá que enfrentar sua consciência, talvez num momento prestes a reencarnar. Terá, dessa forma, perdido muitos anos de sua evolução com desvios que poderiam ser tratados. Mas a bondade e misericórdia de Deus estão sempre presentes e o Bom Pastor jamais abandona Suas ovelhas, mesmo as mais desgarradas e afastadas do verdadeiro caminho.

Jacinto adotou, durante a maior parte de sua vida carnal, o lema: "Sem caridade não há salvação". Mas equivocou-se ao aplicá-lo ao pé da letra. Em alguns poucos momentos ajudou o próximo apenas por vontade de servir, especialmente na época em que ainda não tinha muitos recursos financeiros, e mais tarde, quando ganhou dinheiro, empurrou para o fundo de sua alma os bons sinais de espírito cristão. E assim, ajudou a muitos necessitados, mas sem sentimento de serviço desinteressado, e sim com intenção de troca, de comércio com a Espiritualidade. Achava que ajudando os necessitados na Terra estaria "comprando" seu pedaço de "propriedade astral". Achava que todos os esforços de doação em direção às famílias carentes poderiam dar-lhe lastro suficiente para não precisar fazer o trabalho de reforma íntima. Todavia, no fundo de sua consciência, algo o tocava dizendo que estava equivocado, e o seu lado cognitivo inferior procurava sempre encobrir esses "toques" que vinham da consciência mais profunda e das sugestões de seu verdadeiro guia espiritual. Assim, alimentava as formas-pensamento com suas atitudes inferiores, e elas se tornavam cada vez mais robustas.

Em muitas situações, recebia sugestões do seu verdadeiro guia espiritual para retomar outro caminho na vida e iniciar sua busca interior, mas as rechaçava de forma contumaz, usando de artifícios mentais como pensamentos do tipo: "A vida tem que ser vivida com prazer e em toda a sua plenitude. Amanhã será outro dia e aí a gente pensa no que fazer". Esse pensamento equivocado, que era reforçado por entidades pervertidas, absorvia alguns conceitos corretos e os distorcia, pois de fato o ser humano, enquanto está encarnado, deve buscar sua felicidade e mesmo depois, desencarnado; porém, o conceito de prazer e felicidade é amplo e pode facilmente ultrapassar a fronteira do que poderia ser relativamente aceito como equilibrado para determinadas almas, e adentrar o campo do desequilíbrio.

Quando Kardec trouxe o lema: "Sem caridade não há salvação", referia-se à caridade no sentido do amor ao próximo como a si mesmo. Caridade consigo mesmo, pelo autoconhe- cimento e autorrenovação, e caridade ao próximo, servindo-o amorável e incondicionalmente, cada qual de acordo com seu estágio evolutivo, porém no caminho do esforço individual de autoeducação. Infelizmente muitos espíritas, espiritualistas, umbandistas e seguidores de várias religiões, ainda fogem de si mesmos. Evidentemente que os mais ingênuos ou os que detêm menos conhecimentos e experiências reencarnatórias serão menos cobrados pela

própria consciência, e, portanto, sujeitos a um tipo de amparo que lhes exija proporcional esforço no estágio em que se encontram.

No caso dos mais calejados pelas experiências de muitas histórias encarnatórias e pelas oportunidades que tiveram de obter mais conhecimentos, o próprio processo natural de auto-cobrança será maior e, em muitas ocasiões, por alimentarem a preguiça mental- espiritual, tenderão a fugir de si mesmos e do caminho do bem por orgulho, às vezes disfarçado de vergonha ou indisposição em imprimir esforços íntimos de autotrans-formação, o que chamaríamos de atavismo espiritual (medo de abandonar os velhos vícios ou costumes).2 Ao chegarem no mundo astral, se juntarão a outras entidades igualmente iludidas pelas coisas passageiras e efêmeras do mundo material, ou a este ainda presas. Mais cedo ou mais tarde, o encontro consigo próprio será inevitável. Poderíamos resumir a morte física como o encontro do ser consigo mesmo. Todavia, grande parte dos que partem do mundo físico continua fugindo desse encontro, e aí acaba por ficar vagando pelas zonas inferiores e umbralinas até o dia em que decidir por esse autoencontro, o que significará igualmente o encontro com Deus, exigindo para tanto que deixem brotar sinais de humildade íntima. Sem frestas de humildade no íntimo do coração, não será possível reconhecer-se um ser imperfeito e necessitado de ajuda superior.

2 Segundo conceitos do Yoga, há três formas de manifestação da personalidade ou gunas: tamas, rajas e satwa. Tamas representa a tendência à manutenção das tradições e vícios, também refletida na preguiça, inércia, fragilidade de vontade, pessimismo, escravidão aos impulsos inferiores, negatividade e tristeza. Rajas representa a natureza agitada, irascível, ambiciosa, impaciente, fixada em seus propósitos egoísticos. Satwa denota o equilíbrio, harmonia, solidariedade, busca de propósitos espirituais superiores, o amor incondicional. Há almas que possuem predominantemente um ou outro aspecto ou que às vezes podem ter um pouco de cada. A energia essencial que alimenta qualquer uma das duas primeiras (tamas e rajas) é única, e é refletida naquela para onde ambas devem caminhar: para a terceira, ou seja, satwa. Isto é, o ser tamásico deverá aproveitar sua tendência para desenvolver dentro de si a natureza pacífica, serena, humilde. O ser rajásico deverá canalizar sua força interior para o caminho da boa ação, iniciativa construtiva e serviço incondicional. Assim, a alma que deseja crescer espiritualmente buscará o caminho do equilíbrio entre essas duas naturezas, transformando a tendência negativa em positiva, esforçando-se para crescer em humildade, silêncio interior, pacificação dos sentimentos e pensamentos, serenidade, sabedoria, proatividade para a boa ação, sem segundas intenções, e sim por amor incondicional. E esse processo de transformação íntima poderá exigir várias vidas. Nesse caso, o mais importante é sentir-se no caminho, sem culpa por erros passados ou tropeços presentes, levantando-se diante dessas quedas e, com persistência, prosseguindo a caminhada, recorrendo a Deus para alimentar-se de forças interiores, cultivando a fé, gratidão e a alegria. Cada vez que se medita sobre erros cometidos e se banha os mesmos de consciência superior, eles se enfraquecem gradativamente.

Desse modo, recomendamos que os irmãos encarnados possam aproveitar o tempo na Terra para despertar para esse processo, por meio da meditação e auto-observação, pela vigi- lância e prece, pela reeducação dos vícios morais que ainda habitam sua intimidade, mas sem autopunição, sem culpas, sem pesadelos, e sim com trabalho contínuo dentro de si, dialogando consigo mesmo, com persistência, fé, amor, gratidão e alegria. A transformação será lenta e exigirá firmeza de propósito e muita força interior para autoperdoar-se pelo passado de equívocos e pelas quedas que advirão. Deus, ao perdoar sempre, ensina-nos que devemos igualmente perdoar sempre, a começar por nós mesmos. Perdoar, entretanto, não significa conivência com o erro. Por isso, é importante estar-se atento a certos mecanismos "inteligentes" da alma (e às vezes reforçado por inteligências astrais distorcidas) que podem sancionar certos comportamentos irresponsáveis de reincidência, sob o argumento de que o

Universo sempre perdoará, o que lhe garantirá novos erros ou ações equivocadas despreocupadamente. A consciência mais profunda, a centelha divina que habita a essência do ser, estará a postos para guiar a criatura pelo verdadeiro caminho do bem e da harmonia. Cada reincidência no erro ou em equívocos, demandará tomada de consciência, meditação ou reflexão envolvendo a consciência ativa ou cognitiva com sentimentos superiores, lucidez mental e discernimento. Assim, vai-se amadurecendo aos poucos e sempre em direção à luz do equilíbrio, que será proporcional ao estágio em que cada um se encontra na escalada evolutiva.

A centelha divina habitante em cada ser e a consciência de Deus, que habita e permeia todo o Universo, têm plena consciência do que podemos alcançar em cada vida e em cada estada no mundo astral. Mas caberá a cada um descobrir, por esforço próprio, o ponto em que se encontra e o quanto deverá despender de esforço para melhorar ou para se equilibrar. Em meio a essa caminhada de luta, porém, se houver "gotas" de humildade na intimidade do ser, certamente receberá a ajuda superior de que necessita, esteja a pessoa encarnada ou desencarnada, pois o amor incondicional "cobre a multidão das imperfeições humanas", seja impulsionando-a para o Alto, seja deixando que a Lei Universal exerça sua ação benfeitora e corretiva.

VIII

Uma falsa e fugaz luz

No documento Atanagildo O Vale Dos Espiritas 2015 (páginas 96-100)