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A população do estudo abrangeu as pessoas que possuem smartphone e que o utilizaram em pelo menos um dos estágios do processo de decisão de compra. Para captar os usuários de smartphone com tal perfil, adotou-se as seguintes estratégias:

1. Compartilhamento do link do questionário eletrônico e convite para responder a pesquisa junto as redes sociais Facebook e WhatsApp.

2. Visita em Instituições de Ensino Superior (IES) de Fortaleza/CE e convite para participar da pesquisa.

A coleta de dados ocorreu no período de 01/02/2016 a 07/03/2016. Inicialmente o questionário em meio eletrônico foi disponibilizado por um link no site Survey Monkey e foi divulgado através do perfil pessoal da pesquisada no site da rede social Facebook e do aplicativo WhatsApp, bem como em grupos virtuais tanto no Facebook quanto no WhatsApp nos quais observou-se que há uma concentração de potenciais respondentes a participarem da amostra do estudo. Como observou-se que a taxa de retorno por esse meio estava abaixo do esperado, a pesquisadora também aplicou o questionário presencialmente na forma impressa se dirigindo à sala de aula de diversas Instituições de Ensino Superior de Fortaleza através do contato com coordenadores de curso e professores. Participaram da pesquisa estudantes das instituições: Universidade Federal do Ceará (UFC) – Curso Graduação em Publicidade e Propaganda, Universidade de Fortaleza (UNIFOR) – MBA em Marketing Digital e Gestão de Mídias Sociais, MBA em Gestão Comercial, MBA em Gestão de Projetos, MBA em Gestão de Marcas, Graduação em Publicidade e Propaganda, Graduação em Administração, Graduação em Comércio Exterior, Graduação em Marketing, Graduação em Engenharia Mecânica, Faculdade Maurício de Nassau Unidade Fortaleza (UNINASSAU) – Graduação em Publicidade e Propaganda, Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (FAMETRO) - Graduação em Recursos Humanos, Graduação em Gestão Comercial, Graduação em Administração, Faculdade 7 de Setembro (FA7) – Graduação em Publicidade e Propaganda, Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS) – MBA em Gerência de Marketing, Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Mestrado e Doutorado em Administração e Faculdade Salvador (UNIFACS) – Especialização em Especialização em Comunicação Digital em Mídias Sociais, além de participantes não vinculados à uma instituição que se mostraram disponíveis para responder o questionário presencialmente ou por meio eletrônico.

Os pesquisados também foram informados da possibilidade de participarem do sorteio de brindes ao responderem o questionário completo. Essa premiação foi utilizada como forma de incentivo a fim de aumentar o índice de respondentes, conforme indicado por Malhotra (2011).

A escolha pelas IES como forma de buscar uma concentração de potenciais respondentes para o questionário justifica-se pelos dados obtidos na última pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil - a TIC Domicílios 2014 (NIC.BR, 2016), na qual consta que o grau de instrução com maior porcentagem de

indivíduos que usaram a internet no telefone celular nos últimos três meses é o nível superior (80%).

Considerando a natureza dos dados, o estudo não se propôs a ter uma localidade delimitada, uma vez que o link do questionário foi disponibilizado e compartilhado no espaço virtual.

Este estudo utilizou a técnica de amostragem não-probabilística. Em amostras não- probabilísticas, o pesquisador pode escolher a amostra de forma arbitrária ou tomar uma decisão consciente acerca dos elementos que deseja incluir na pesquisa (MALHOTRA, 2011). Ainda de acordo com o autor, esse tipo de amostra pode oferecer boas estimativas das particularidades da população, as unidades amostrais são de fácil acesso e mensuração, embora apresente restrições como não ser estaticamente projetáveis sobre a população e não ser inteiramente um método amostral livre de viés.

A técnica de amostragem não-probabilística utilizada neste estudo foi a por conveniência, a qual envolve a obtenção de elementos da amostra que demonstrem disponibilidade para participar do estudo e forneçam as informações necessárias para a pesquisa (HAIR JR. et al., 2005). Malhotra (2011) alerta que amostras por conveniência não podem ser generalizadas para qualquer população. Em contrapartida, Cozby (2003) afirma que, mesmo existindo problemas quanto à generalização dos resultados desse tipo de amostra, há várias evidências que é possível generalizar os resultados para outras populações e situações.

Para o uso das análises multivariadas, é necessário obter uma amostra mínima de 50 pesquisados (HAIR et al., 2009). Moraes et al. (2013) afirmam que o número de elementos da amostra deve ser, no mínimo, 5 vezes o número de variáveis medidas, preferencialmente obtendo-se pelo menos 100 observações. Já Peter (1979) elucida que independentemente do tipo de análise deve haver pelo menos 10 observações por item ou, no caso de pesquisas com muitos itens, pelo menos 5 observações por item.

Tomando por base as coordenadas supracitadas, ao analisar o instrumento de pesquisa proposto averiguou-se que os sete construtos do estudo – reconhecimento da necessidade, busca de informações, avaliação de alternativas pré-compra, compra, consumo, avaliação pós- consumo e descarte – acrescido do construto uso do smartphone foram medidos através de 115 itens. Vale ressaltar que a questão de abertura (questão de aceite para a participação da pesquisa) bem como a questão [US1], que qualifica os pesquisados como elementos da amostra, não foram contabilizadas por compreender que elas não medem as variáveis do

estudo, são apenas para estabelecer afinidade e constituir a elegibilidade dos entrevistados (Malhotra, 2011). Com isso, ao multiplicar os 115 itens por 5 observações, chega-se a uma amostra mínima composta por 580 respondentes para realizar uma análise representativa.

Vale ressaltar que, no site, as perguntas foram indicadas como obrigatórias, ou seja, o pesquisado só poderia continuar a responder o questionário após todas as perguntas daquela página fossem respondidas. Ao aplicar pessoalmente o questionário, a pesquisadora reforçou tal observação para os respondentes. Com isso, observa-se na Tabela   1 que o questionário teve uma perda de 20,33%, finalizando com uma amostra final de 580 respondentes.

Tabela 1: Total de perdas e amostra final

Frequência Percentual

Pesquisados que responderam pelo

menos uma pergunta do questionário 728 100,0 Pesquisados que responderam até o

final do questionário (amostra final) 580 79,67

Total de Perdas 148 20,33

Fonte: Elaborado pela autora.

Uma possível explicação para tal quantidade de perdas seria o tamanho do questionário. Ao final do questionário, a pesquisadora disponibilizou um campo para que os respondentes pudesse deixar suas considerações sobre a pesquisa. Por muitos respondentes, o questionário foi considerado muito longo, o que acabou tornando a pesquisa cansativa.

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