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A Posição da Grande Mídia Brasileira Sobre as Grandes Construtoras Brasileiras

5.1 - Introdução

Como já anunciado na introdução do nosso trabalho, no quinto e último capítulo, depois de investigarmos a fisiologia das grandes empresas de obras de infraestrutura no Brasil, avaliarmos os interesses e a opinião da construção pesada sobre a política econômica dos governos Lula e Dilma e as medidas protecionistas destes mesmos governos que beneficiam o setor, decidimos fazer um balanço da avaliação que o Caderno Econômico do jornal O Estado de São Paulo faz da política econômica dos governos em questão. O intuito era analisar se este grande jornal estava em acordo ou em desacordo as políticas de alto interesse às grandes construtoras brasileiras e averiguar se haveria a unidade de um partido burguês, PSDB, e a grande mídia contra um importante segmento empresarial.

5.2 – A análise do jornal O Estado de S. Paulo

Para desempenhar essa tarefa tivemos que enumerar quais medidas esse setor defende e apoia. São elas típicas do neodesenvolvimentismo e incluem basicamente o financiamento público a juro subsidiado, redução da taxa básica de juro, depreciação cambial, subsídio fiscal para o setor produtivo, ênfase nas relações com os países do hemisfério sul na política externa, entre outros.

Foi difícil encontrar matérias que opinassem diretamente sobre a política econômica do governo para esse setor. Desse modo, uma saída foi tentar observar se o jornal estava de acordo com as medidas econômicas que acabam por beneficiar o setor (e a burguesia interna) ou se as medidas econômicas que ele defende são diametralmente opostas.

O primeiro item a ser observado foi a taxa de juro. Para o setor da construção pesada, como já dissemos antes, e para grande parte da burguesia interna, interessa a redução da taxa básica de juro. O que é sistematicamente atacado pelo jornal. Toda vez que a presidência sinaliza algo do tipo as diversas reportagens fazem terrorismo com o risco da inflação.

Celso “Ming em artigo intitulado Desarrumação66

ao se referir à inflação argumenta: “A economia brasileira está sob processo implacável de desarrumação (...). Tão ou mais preocupante, o governo não se dispõe a combater a inflação com a arma mais poderosa que possui, que é a política monetária (política de juros).” Como já bem sabemos, essa defesa da elevação da taxa básica de juro beneficia apenas os grupos financeiros nacionais e o capital financeiro internacional.

Passemos agora à política cambial. Para o setor da construção pesada, como vimos anteriormente, importa a depreciação cambial. Todavia, o mesmo jornalista, Celso Ming, ao opinar sobre a denúncia do ministro da Fazenda67 – Guido Mantega –sobre a guerra cambial provocada pela desvalorização artificial das moedas fortes feita pelos bancos centrais dos EUA, Japão e Banco Central Europeu que tira a competitividade dos produtos dos países periféricos, diz nas entrelinhas que aprova essas medidas e que elas seriam benéficas. No último parágrafo de seu texto diz: “Segue-se, no entendimento dos dirigentes dos países ricos, que trabalhar contra essas políticas, como está no comunicado dos Brics, é trabalhar contra a recuperação da economia mundial”.

Na questão da boa relação com os países do hemisfério sul tão cara à construção pesada, uma reportagem não assinada é a mais clara de todas. De título O mundo gira sem mercosul68 trata de uma reunião bilateral da presidente Dilma com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. A pauta da reunião seria a revisão do acordo automotivo assinado em 2000 entre os dois países, o anúncio de novas concessões com a participação do BNDES no financiamento de obras de infraestrutura, a abertura de uma cota para importação de camarões argentinos e a dificuldade da Vale para executar um projeto de exploração de potássio na Argentina. Os comentários foram: “O governo argentino pretende arrancar mais vantagens do Brasil...”; “A nova esperteza argentina é mais uma comprovação do erro cometido pelo governo petista, há dez anos, quando optou por um regionalismo ingênuo inspirado em bandeiras terceiro-mundistas.”; “Em toda prorrogação foram fixados novos benefícios para o lado argentino...”; “Há vários anos o governo brasileiro vem moldando boa parte de suas decisões estratégicas de acordo com os interesses definidos em Buenos Aires..”; “ Para Jeffrey

66

MING, Celso. Desarrumação. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 2 de abril de 2012. Disponível em:

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,desarrumacao-,1016365,0.htm. Acesso em 1/04/2013.

67 MING, Celso. A Guerra Negada. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 16 de outubro de 2012. Disponível em:

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,guerra-negada-,1014839,0.htm. Acesso em : 18/03/2013.

68

O mundo gira sem o Mercosul. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 de março de 2013. Disponível em:

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-mundo-gira-sem-o-mercosul-,1007616,0.htm. Acesso: 27/03/2013.

Scott, do Peterson Institute for International Economics, o Brasil errou tanto na Rodada de Doha, ao se aliar à Índia e à China, como na agenda bilateral, amarrada ao Mercosul. Os fatos, até, agora, confirmam esse diagnóstico.”

Sobre a questão do aumento em infraestrutura indispensável ao setor em questão o jornal O Estado de S. Paulo aponta para a direção de cobrar mais investimentos, porém de forma nebulosa aparenta defender interesses distintos das grandes construtoras brasileiras de obras de infraestrutura ao discordar dos critérios, prioridades e planejamentos feitos pelo governo. Acreditamos que esteja fazendo referência às medidas que dão prioridade às empresas brasileiras em detrimento das estrangeiras. Disponibilizamos abaixo o trecho da matéria Da ilha da fantasia à ilha do tesouro assinada por Rolf Kuntz que fazemos referência. O investimento tem sido especialmente fraco na infraestrutura. No setor rodoviário, mal tem sido suficiente para a manutenção de um sistema de baixa qualidade. De modo geral, é preciso fazer muito para ampliar e modernizar toda a área de transportes e para isso o governo lançou um programa de logística. A intenção é correta, mas prioridades e critérios são discutíveis e o planejamento, como tem sido normal há vários anos, continua muito abaixo das intenções. A mesma observação vale para os demais componentes da infraestrutura. Não se pode atribuir a um simples capricho do mercado a desvalorização da Eletrobrás. Os investidores são capazes de reconhecer um desastre, como reconheceram no caso da Petrobrás, depredada por um intervencionismo desastroso. 69

E mais:

Mas o governo precisa, no mínimo por interesse eleitoral, desencadear uma onda de investimentos e, de modo especial, promover a aplicação de grandes capitais em infraestrutura. Se o esforço der certo, o País terá condições de sair do atoleiro e ganhar impulso para crescer por alguns anos.

Para isso o governo anunciou um programa de US$ 235 bilhões para fortalecimento da infraestrutura e saiu em busca de interessados tanto no Brasil quanto no exterior. Na apresentação em Nova York, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve de ouvir perguntas sobre assuntos aparentemente estranhos ao programa: os investidores potenciais estavam interessados em temas como educação e formação de mão de obra, inflação e outros aspectos básicos da gestão pública. O ministro e vários colegas de governo têm sido forçados a afirmar repetidamente um compromisso prioritário com o combate à inflação e com o controle das contas públicas. Por que haverá tantas dúvidas?70

69

KUNTZ, Rolf. Da Ilha da Fantasia à Ilha do Tesouro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 6 de março de 2013.

Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/rolf-kuntz/2013/03/06/da-ilha-da-fantasia-a-ilha-do-

tesouro/?doing_wp_cron=1364995335.5861608982086181640625. Acesso em: 28/03/2013.

70

KUNTZ, Rolf. Da Ilha da Fantasia à Ilha do Tesouro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 6 de março de 2013.

Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/rolf-kuntz/2013/03/06/da-ilha-da-fantasia-a-ilha-do-

Sobre as políticas de financiamento do BNDES a vários setores entre eles a construção pesada, o jornal critica a atuação do banco em sua política de financiamento, bem como a criação dos “campeões nacionais” e ainda aproveita para tecer críticas sobre outros assuntos como a renovação das concessões do setor elétrico, a gestão da Petrobrás, as mudanças na questão dos portos brasileiros e o PAC na mesma matéria:

Nada mais natural que a hesitação dos investidores, depois de uma longa e assustadora história de trapalhadas bem conhecidas. Não há como esquecer de um dia para outro a polêmica renovação das concessões do setor elétrico, a questão dos portos sujeitos a regimes e direitos diferentes e os danos causados à Petrobrás por uma gestão politizada. Pode-se alongar a lista com a atuação discutível do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), empenhado na criação de “campeões nacionais”,

envolvido em maus investimentos e dedicado a ações de escasso ou nenhum valor estratégico.71

E ainda:

Confiança é um ativo precioso e é preciso mantê-lo tão cuidadosamente quanto os equipamentos de um avião. Mas o governo, embora pareça perceber o problema, insiste nas soluções mágicas e voluntaristas, numa reação tipicamente brasiliense. Conhecida há muito tempo como Ilha da Fantasia, um recanto feliz e distante da realidade nacional, Brasília pode tornar-se famosa também como Ilha do Tesouro. A fantasia continua, porém agora turbinada pela imagem de um cofre maravilhoso, capaz de capitalizar mais uma vez o BNDES, adiantar receita a quem investir em ferrovias, transferir fundos para bancos financiarem a infraestrutura, socorrer distribuidoras de eletricidade, conceder mais desonerações a setores escolhidos e levar adiante o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).72

5.3 - Conclusão

Fica nítido que o jornal O Estado de S. Paulo, e consequentemente a grande imprensa, é contrário aos interesses das grandes empresas brasileiras de obras de infraestrutura e de toda burguesia interna.

71

KUNTZ, Rolf. Da Ilha da Fantasia à Ilha do Tesouro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 6 de março de 2013.

Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/rolf-kuntz/2013/03/06/da-ilha-da-fantasia-a-ilha-do-

tesouro/?doing_wp_cron=1364995335.5861608982086181640625. Acesso em: 28/03/2013.

72

KUNTZ, Rolf. Da Ilha da Fantasia à Ilha do Tesouro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 6 de março de 2013.

Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/rolf-kuntz/2013/03/06/da-ilha-da-fantasia-a-ilha-do-

O programa que a grande imprensa brasileira apoia se aproxima do programa dos grandes grupos financeiros nacionais e do capital financeiro internacional que possuem como seu principal representante o PSDB.

O resultado do trabalho é bastante interessante, pois mostra como a grande imprensa esteve alinhada partidariamente ao PSDB e contrário aos interesses do segmento empresarial estudado e da burguesia interna brasileira – o que evidencia a importância do conceito de fração burguesa, mostrando que a burguesia não pode ser tratada como um grupo com interesses únicos, mas sim povoado por diferentes facções com interesses distintos.

Conclusão

Nossa pesquisa logrou responder às perguntas a que se propôs. Nossos objetivos ao desenvolver este trabalho eram desvendar se – entre o segundo governo Lula e primeiro governo Dilma (2007-2014) – as maiores empresas de obras de infraestrutura poderiam ser enquadradas dentro do que estamos chamando de grande burguesia interna; descobrir e analisar as reivindicações dessas grandes construtoras e verificar se elas foram atendidas pelo governo; identificar – através dos intelectuais e economistas ligados ao PSDB – qual a proposta de política econômica da oposição (PSDB) para as grandes construtoras brasileiras e se ela interessa às grandes empresas brasileiras do ramo de construção pesada e, por fim, analisar a posição da grande mídia brasileira com relação a este setor empresarial e descobrir se existia a união de um partido burguês e a grande mídia contra um importante segmento empresarial.

Desse modo, para cumprir estes objetivos, levantamos as maiores empresas de obras de infraestrutura; analisamos a composição de seu capital e descobrimos a nacionalidade do controle acionário dessas empresas; investigamos e analisamos as políticas econômicas que as afetavam; analisamos se estas empreiteiras estavam satisfeitas com as referidas medidas e com os governos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff através dos pareceres da ABDIB – entidade representativa nacionalmente dessa camada de empresários –; examinamos a opinião dos intelectuais do PSDB sobre as medidas de política econômica que beneficiaram as grandes construtoras brasileiras e fizemos um balanço da avaliação que o Caderno Econômico do jornal O Estado de São Paulo faz da política econômica dos governos em questão.

Mais especificamente, no segundo e no terceiro capítulo, ao fazer o levantamento das dez maiores empresas de obras de infraestrutura entre os anos 2007-2014, pudemos observar que as maiores construtoras atuantes no mercado nacional são de nacionalidade brasileira, possuem capital fechado, são comandadas predominantemente por famílias e não possuem o hábito de realizar fusões e aquisições – caminho pelo qual, normalmente, os investidores estrangeiros adentram o mercado local.

À vista disso, nossas suspeitas de que essas grandes empresas poderiam ser consideradas parte da fração burguesa que intitulamos burguesia interna se confirmaram, pois são empresas de capital nacional que mantém uma relação ambígua com o capital estrangeiro.

Essas grandes construtoras, ao mesmo tempo em que reivindicam ao Estado uma fatia cada vez maior das obras em detrimento das grandes construtoras estrangeiras, dependem financeiramente e tecnologicamente do capital externo, portanto não podem romper definitivamente com este capital.

Ao longo da elaboração deste trabalho, ficou evidente que houve maior interesse por parte dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff em melhorar a situação econômica e a posição das grandes empreiteiras brasileiras no interior do bloco no poder, uma vez que assistimos a uma série de medidas de política econômica que favoreceram esse segmento da grande burguesia interna, como por exemplo: aumento do orçamento do BNDES para financiamento dessas empreiteiras a uma taxa de juros favorecida; adoção do programa de empresas campeãs nacionais que garantiu apoio para essas empresas galgarem novos mercados fora do Brasil; aumento do investimento em infraestrutura em programas como o PAC e o PIL; exigências de conteúdo local que tornaram o mercado de obras públicas cada vez mais restrito às empresas nacionais; mudanças na política de juros e câmbio que favoreceram essas empresas etc.

Pudemos observar também – analisando a opinião da ABDIB – que, dentro desse grupo de empreiteiras, existe uma satisfação muito grande com as medidas de política econômica adotadas entre o segundo governo de Lula da Silva (2007-2010) e o primeiro governo de Dilma Rousseff (2011-2014) – o auge do período neodesenvolvimentista. Ou seja, fica evidente que tal setor se reconheceu nessa política econômica e que apoiou, pelo menos nesse período, os referidos governos.

Posteriormente, no quarto capítulo, cotejamos os interesses dessas empreiteiras e as medidas e iniciativas estatais referentes a elas adotadas durante esses governos com a opinião de próceres ligados ao PSDB com o propósito de descobrir se essas empresas têm seus interesses vocalizados por esta agremiação no plano partidário durante esse período. Nossa hipótese era que o PSDB, enquanto principal partido de oposição aos governos Lula e Dilma e as políticas econômicas perpetradas por eles, apresentaria, consequentemente, uma proposta de política econômica distinta e conflitante com os interesses das grandes construtoras brasileiras.

Contrastando as medidas que privilegiaram as grandes construtoras brasileiras nos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff com a opinião de intelectuais do PSDB sobre esses pontos, ficou evidente que pelo menos nesse período, o Partido da Social-Democracia Brasileira não colocou como prioridade os interesses dessas grandes empreiteiras brasileiras. Inclusive defendeu interesses antagônicos aos interesses dessas empreiteiras. Nem mesmo nas

alas do partido que tradicionalmente concedem maior peso aos interesses nacionais foi possível identificar maior apoio aos interesses das construtoras brasileiras. A análise textual, inclusive, indicou uma aproximação com os interesses do capital internacional em detrimento da produção nacional, embora não seja o escopo do nosso trabalho evidenciar essa relação.

Como abordamos anteriormente, o que observamos nos textos desses próceres do PSDB foi um ataque à política econômica dos governos Lula e Dilma como um todo, um ataque às principais medidas que subvencionaram as grandes construtoras brasileiras. Ataque este que recebeu a colaboração da grande mídia – como vimos no quinto capítulo – que jamais escondeu suas críticas a todas as medidas praticadas por estes governos que beneficiaram tais empresas e a grande burguesia interna como um todo. Ou seja, podemos dizer que a grande imprensa brasileira esteve alinhada partidariamente ao PSDB contra os interesses deste segmento empresarial.

O que vimos após a destituição do governo de Dilma Rousseff – tão insuflada pela bancada do PSDB que não tardou a se integrar ao governo de Michel Temer, concedendo seu apoio e legitimidade – foi uma sucessão de medidas que rebaixaram cada vez mais a posição das grandes construtoras brasileiras.

Apenas a título de curiosidade, acrescentamos que algumas dessas medidas foram: diminuição da porcentagem de exigência da política de conteúdo local nas obras contratadas pelo Estado brasileiro; liberação do saque total das contas inativas do FGTS – fundo que até então era tradicional fonte de recursos para financiamento da casa própria – prejudicando o setor de construção e favorecendo o setor bancário; e a apresentação de projeto de lei para destravar o mercado de construção para estrangeiros, o qual inclui a emissão automática do registro para profissionais estrangeiros atuarem no Brasil, caso o Conselho Regional de Engenharia exceda o prazo para sua emissão quando as empreiteiras estrangeiras vencerem licitações públicas. Ademais, cabe mencionar outro agravante que contribuiu para a situação de rebaixamento das grandes construtoras, a operação lava jato – como já é de conhecimento geral, pois após sua deflagração, grande parte das maiores construtoras brasileiras quebraram e tiveram que colocar seus ativos à venda e as empreiteiras que foram declaradas inidôneas pelo Tribunal de Contas da União, ficaram proibidas de participar de licitações do governo federal por cinco anos, resultando em um duríssimo golpe para as empresas brasileiras do setor.

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