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6. OBSERVAÇÕES CONCLUSIVAS, CENÁRIOS E ESTUDOS FUTUROS

6.2. Possíveis Cenários na indústria de serviços PWLAN no Brasil

Cenário 1:

Diante da dificuldade cada vez maior em demonstra-se o retorno sobre o investimento em PWLANs, e face a falta de recursos geradores de vantagens competitivas sustentáveis, a grande maioria dos atores deixarão o mercado dentro de dois anos, a partir da saída da VEX, permanecendo somente as operadoras móveis Oi e Vivo e as operadoras fixas Telefónica e Brasil Telecom.

A Oi e a Vivo prosseguirão com investimentos em PWLAN de modo a implantarem a tecnologia Wi-Fi em suas células, viabilizando o escoamento de tráfego de voz e de dados em banda-larga ( aplicações multimídia na Internet) através de tecnologia mais barata.

A Telefónica também manterá investimentos em PWLAN focando no mercado residencial, explorando a combinação dos produtos DSL / Wi-Fi para o cliente final. Utilizará para isso os modems ADSL híbridos que terão embutidos um Access-Point para multiplicar o número de acessos residenciais sobre uma mesma linha.

A Brasil Telecom cederá todos os seus hot-spots para a TIM para que a mesma explore as mesmas facilidades buscadas pela Oi e Vivo.

Cenário 2:

Diante da dificuldade cada vez maior em demonstrar-se o retorno sobre o investimento em PWLANs, todos os atores deixarão o mercado, inclusive as operadoras, declarando assim o fim súbito, porém momentâneo, da indústria PWLAN.

Isto se dará até que, em um prazo de 3 anos o Wi-Max , um novo padrão wireless de comunicação MAN (Metropolitan Área Network) atualmente em fase de especificação pelo IEEE (802.16), seja aceito, regulamentado mundialmente para uso público através de freqüências a serem leiloadas pela Anatel, e comercializado pelos fabricantes da indústria wireless.

Com um alcance de aproximadamente 48 km, e uma capacidade de 75 Mbps por enlace, o Wi- Max será o grande habilitador da disseminação do Wi-Fi em áreas urbanas e rurais. Esta capacidade de transmissão do Wi-Max será de grande importância para as operadoras móveis que retomarão seus investimentos na construção de uma rede WLAN/WMAN (Wireless Metropolitan Área Network) em busca de meios para escoamento de tráfego a baixo custo.

Cenário 3:

A proliferação indiscriminada de hot-spots em residências, empresas e por provedores de Internet via rádio causará sérios problemas de segurança e interferência eletromagnética, fazendo com que a qualidade dos serviços PWLAN seja comprometida. Com isso se dará a saída de todos os atores da indústria de serviços PWLAN.

6.3. Recomendação para estudos futuros

Diante do exposto nos items 6.1 e 6.2 pode-se concluir que o objetivo final deste trabalho, i.e, de mapear a indústria de serviços PWLAN / Wi-Fi no Brasil, identificando-se seus atores, modelos de negócio utilizados, e se tais modelos possuem alguma vantagem competitiva sustentável segundo a análise VRIO , foi alcançado.

No entanto, como a área de serviços PWLAN no Brasil ainda está em desenvolvimento, propõe- se como continuidade a este trabalho que sejam desenvolvidos os seguintes estudos:

- Estudo de Caso sobre a participação da VEX no mercado brasileiro buscando identificar as estratégias que a levaram ao atual posicionamento;

- Investigação no mercado corporativo de qual é a percepção de valor presente nos usuários de serviços PWLAN;

- Investigação de quais tipos de recursos poderão gerar vantagens competitivas sustentáveis.

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ANEXO: A tecnologia Wi-Fi

Para que se entenda a funcionalidade da tecnologia Wi-Fi e o seu posicionamento no mundo das comunicações, faz-se necessária uma breve recapitulação de alguns conceitos sobre a teoria das comunicações eletromagnéticas e sobre redes de computadores.

O século XX foi marcado por grandes avanços na área de Telecomunicações e Computação. A humanidade vem, há muito tempo, experimentando o encurtamento das distâncias através das comunicações através de telex, telefone ou rádio. Tais dispositivos têm viabilizado por mais de um século a troca de informações entre pessoas sem que as mesmas estejam fisicamente próximas umas das outras. Tudo isso ocorre através da capacidade que as ondas ou sinais eletromagnéticos possuem de conduzirem informações ao viajar por um meio de transmissão como, por exemplo, o ar, cabos de cobre, e fibras ópticas.

Por definição, um processo de comunicação envolve três componentes: o transmissor , o receptor, e o meio, como ilustra a figura 14 a seguir.

Figura 14: O processo de comunicação e seus elementos.

Transmissor Receptor Informaçã o Útil entrante Informação Útil sainte

Os componentes das extremidades, i.e., transmissor e receptor, são elementos que ao longo das últimas décadas adquiriram grande valor agregado devido a evolução da indústria eletro- eletrônica, mais especificamente, da evolução das técnicas de integração de circuitos micro- eletrônicos que são partes integrantes dos dispositivos de comunicação. De um lado os emissores (ou transmissores) possuem a capacidade de, a partir de uma fonte de informação (voz ou dados na forma de bits e bytes), modularem um sinal eletromagnético que vibra em uma determinada freqüência. Este sinal, que é formado pela informação de origem “codificada”, é transmitido pela onda portadora que será emitida pela interface com o meio (antena ou dispositivo óptico).

Na outra extremidade, do lado do receptor, o dispositivo recebe tal onda através de sua interface de recepção, demodula e decodifica o sinal, extraindo-se assim a informação útil que foi gerada pelo emissor. Este é o processo que ocorre com qualquer forma de comunicação eletromagnética.

De modo a sistematizar-se as comunicações fez-se necessária, então, a criação de órgãos reguladores e de padronização vinculados à ONU, os quais convencionaram técnicas de modulação, transmissão, codificação, especificação de interfaces e respectivas faixas de freqüências vinculadas ao tipo de aplicação utilizado. Dessa forma, observa-se a designação de determinadas faixas de freqüência do chamado espectro das freqüências que estão atreladas ao tipo de comunicação, como por exemplo: rádios AM / FM, faixa do cidadão, TV pública, TV a Cabo, faixas de uso restrito das Forças Armadas, faixas para uso da navegação civil, posicionamento global, telefonia rural, telefonia móvel celular, comunicações via satélite, etc. O mundo wireless, onde a comunicação ocorre sem a presença de fios, é regido por tais normas. Dentro desse contexto, encontram-se as especificações do Wi-Fi , ou protocolo 802.11, no que tange a freqüências de uso, características de modulação, tipos de interface, potência dos equipamentos, protocolos de comunicação, etc.

Em paralelo ao desenvolvimento das telecomunicações, ocorreu também o desenvolvimento da computação. No último quartil do século XX o mundo presenciou a descentralização dos sistemas de computação. O computadores de grande porte (mainframes), de arquitetura de processamento centralizado, paulatinamente foram transferindo determinadas funcionalidades aos computadores pessoais (PCs). Com isso, houve uma proliferação de PCs nas empresas e residências, aumentando, assim, a demanda por comunicação entre os mesmos. As empresas passaram a necessitar então de ambientes de computação interconectados de modo a viabilizarem o compartilhamento de informações e aplicativos. Surgiu assim o conceito de rede local de computadores – Local Area Network – e com ele os padrões do comitê IEEE 802 para as várias arquiteturas de redes existentes. Estas redes, todas baseadas em cabeamento de cobre ou fibras- ópticas, tiveram grande disseminação. Esta evolução viabilizou a formação da Internet.

Com o crescimento cada vez maior das redes locais (LANs), metropolitanas (MANs) e de longa distância (WANs), corporativas ou públicas, surgiu também a necessidade de ubiqüidade por parte dos usuários de tais redes. Diante desta necessidade de flexibilidade, os fabricantes de equipamentos de rede desenvolveram protocolos que permitissem a configuração de redes locais, não mais baseadas em fios, mas wireless. Com isso surgiram as chamadas WLANs , que são redes de computadores sem fio. Dentre os vários protocolos criados para tais redes WLAN, o que tem obtido a maior aceitação e conseqüentemente é o mais comercializado é o 802.11, ou Wi-Fi. A figura 15 a seguir ilustra alguns dos diferentes protocolos wireless.

Figura 15: Diferentes padrões de redes wireless.

As elipses indicam, para cada tipo de rede, a expansão do alcance físico proporcionado pelas mesmas, iniciando com a PAN (Personnal Area Network), de alcance limitado, indo até a WAN (Wide Area Network), de alcance global. O Wi-Fi, 802.11, encontra inserido nos limites da LAN.

O Wi-Fi está atualmente sub-dividido em 3 padrões: 802.11a , 802.11b e 802.11g. Cada padrão possui vantagens e desvantagens conforme apresentado a seguir.

- Padrão 802.11a - Vantagens:

- Melhor desempenho

- Taxa bruta de dados de 54 Mbps

- Opera na faixa de freqüência relativamente limpa de 5 GHz

- Possui 12 canais ( o FCC abriu mais espectro na faixa 5 GHz, o que deverá fazer este número saltar para mais de 20)

- Clientes poderão ter interoperabilidade internacional

- Os produtos baseados neste padrão são mais caros - Menor alcance - cerca de 55 metros

- A área de cobertura mais limitada significa que mais pontos de acesso serão necessários para cobrir um determinado espaço (custos extras)

- Padrão 802.11b / 802.11g

- Vantagens:

- A especificação “g” é compatível com a “b”

- Taxa bruta de dados de 54 Mbps no caso da especificação “g” - A cobertura é mais ampla e de ótima relação custo-benefício.

- Opera na faixa de freqüência de 2,4 GHz(mais baixa) o que proporciona alcance de 91 metros. O alcance mais amplo se traduz em menos pontos de acesso para uma determinada área de cobertura.

- A compatibilidade com o 802.11b protege investimentos em laptops e PDAs com este padrão.

- Desvantagens:

- A freqüência em que opera é bastante congestionada(EUA). Desde fornos de microondas a telefones sem fio , tudo pode interferir em um sinal 802.11b/g.

- Considerando-se que o padrão b/g fornece apenas três canais que não se sobrepõem, não há muito espaço para movimentação quando ocorre interferência em um canal.

A tabela 31 ilustra as diferentes características do padrão 802.11 no que tange a vazão de dados obtida através dos protocolos TCP e UDP.

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