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(F) É possível tramitar ação de alimentos nos Juizados Especiais Cíveis, desde que o valor de doze meses da pensão pleiteada não exceda quarenta vezes o salário mínimo

No documento Prof. Henrique Santillo (páginas 75-94)

Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar.

Art. 3º (...) § 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.

(V) É competente, para as causas previstas na Lei nº 9.099/1995, o Juizado do foro do domicílio do autor ou

do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza.

Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:

III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza.

Resposta: B

17. (VUNESP – TJAC – 2019)

O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade. No que concerne ao procedimento do Juizado Especial Cível, regrado pelos termos da Lei Federal n° 9.099/95, é certo que

a) na contagem de prazo em dias, fixados pelo Juiz, para a prática de qualquer ato processual, computar-se-ão somente os dias úteis.

b) contra a sentença caberá recurso ordinário no prazo de 15 (quinze) dias.

c) a citação do réu far-se-á, necessariamente, por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria.

d) o réu, sendo pessoa jurídica, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, desde que tenha vínculo empregatício.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. Isso mesmo! Computamos somente os dias úteis na contagem dos atos processuais.

Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, para a prática de qualquer ato processual, INCLUSIVE para a interposição de recursos, computar-se-ão somente os dias úteis. (Incluído pela Lei nº 13.728, de 2018.

b) INCORRETA. Cabe recurso para o próprio Juizado das sentenças proferidas no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis. Além disso, o prazo é de 10, não de 15 dias.

Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado.

Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.

c) INCORRETA. Além da citação por correspondência, outras modalidades também são aceitas, como a citação por oficial de justiça:

Art. 18. A citação far-se-á:

I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria;

II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado;

III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória.

d) INCORRETA. O preposto credenciado não precisa ter necessariamente vínculo empregatício com o réu pessoa jurídica ou titular de firma individual.

Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. (...) § 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício.

Resposta: A

18. (VUNESP – TJSC – 2018)

Nos termos da Lei n° 9.099/95, assinale a alternativa correta.

a) Nas causas de valor até vinte e cinco salários-mínimos, a assistência por advogado é facultativa.

b) Nas causas em que a assistência por advogado for facultativa, se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, obrigatoriamente, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local.

c) Não se admitirá qualquer forma de intervenção de terceiro, nem de assistência, nem será admitido o litisconsórcio.

d) O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício.

e) O mandato do advogado deve ser sempre passado por escrito, sem necessidade de reconhecimento de firma.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. Nas causas de valor ATÉ VINTE SALÁRIOS-MÍNIMOS, a assistência por advogado é facultativa:

Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória.

b) INCORRETA. A outra parte terá assistência judiciária apenas se ela quiser.

Art. 9º, § 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local.

c) INCORRETA. É admitida a formação de litisconsórcio nos Juizados Especiais Cíveis:

Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio.

d) CORRETA. O preposto credenciado não precisa ter necessariamente vínculo empregatício com o réu pessoa jurídica ou titular de firma individual.

Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. (...) § 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício.

e) INCORRETA. O mandato conferido ao advogado poderá ser verbal.

Art. 9º, § 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais.

Resposta: D

19. (VUNESP – TJ/SP – Notário e Registrador – 2018)

O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor

complexidade, dentre elas

a) as causas cujo valor não exceda oitenta salários-mínimos e a execução dos seus julgados.

b) as causas cujo valor não exceda quarenta salários-mínimos e as ações de despejo por denúncia vazia, qualquer que seja o seu valor.

c) as ações de despejo para uso próprio e as ações possessórias sobre bens imóveis, estas desde que seu valor não exceda quarenta salários-mínimos.

d) as ações de despejo para uso próprio e as ações possessórias sobre bens móveis, desde que não excedam oitenta salários-mínimos.

RESOLUÇÃO:

Vamos relembrar as regras de competência dos Juizados Especiais Cíveis para depois analisarmos as alternativas, uma a uma:

Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;

II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;

III - a ação de despejo para uso próprio;

IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo [quarenta vezes o salário mínimo]

§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:

I - dos seus julgados;

II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.

a) as causas cujo valor não exceda oitenta salários-mínimos [o valor não pode exceder quarenta salários mínimos] e a execução dos seus julgados.

b) as causas cujo valor não exceda quarenta salários-mínimos e as ações de despejo por denúncia vazia, qualquer que seja o seu valor. [somente as ações de despejo para uso próprio]

c) as ações de despejo para uso próprio e as ações possessórias sobre bens imóveis, estas desde que seu valor não exceda quarenta salários-mínimos.

d) as ações de despejo para uso próprio e as ações possessórias sobre bens móveis, desde que não excedam oitenta salários-mínimos [para os bens móveis, a competência é fixada somente em razão do valor quarenta salários mínimos, independente da matéria].

Portanto, alternativa ‘c’ está correta e é o nosso gabarito!

Resposta: C

20. (VUNESP – TJ/MT – 2018 - Adaptada)

Com relação aos Juizados Especiais, assinale a alternativa correta.

Os atos processuais serão públicos e poderão realizar- se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de

RESOLUÇÃO:

É isso aí! Nos Juizados Especiais, os atos processuais:

Serão públicos

Poderão ser realizados em horário noturno

Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.

Resposta: C

21. (VUNESP – TJ/MT – 2018 - Adaptada)

Com relação aos Juizados Especiais, assinale a alternativa correta.

É admissível a denunciação da lide àquele que estiver obrigado, por lei ou contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

RESOLUÇÃO:

A denunciação da lide é uma das modalidades de intervenção de terceiros admitidas pela legislação processual.

Não é necessário que você saiba os detalhes desse instituto: basta saber que não é permitida a intervenção de terceiros nos Juizados Especiais Cíveis, o que torna a afirmativa errada:

Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio.

Resposta: E

22. (VUNESP – TJ/MT – 2018 - Adaptada)

Com relação aos Juizados Especiais, assinale a alternativa correta.

No Juizado Especial Cível, a decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz.

RESOLUÇÃO:

O CPC/2015 nos traz os casos em que será possível rescindir, através de ação rescisória, uma decisão de mérito transitada em julgado:

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;

II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;

III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

IV - ofender a coisa julgada;

V - violar manifestamente norma jurídica;

VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;

VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;

VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

Ainda que transitada em julgado por ter sido proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz, a decisão de mérito proferida no Juizado poderá ser rescindida por meio de uma ação rescisória!

Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei.

Resposta: E

23. (VUNESP – TJ/SP – 2018)

Serão admitidos(as) a propor ação perante o Juizado Especial Cível regido pela Lei nº 9.099/95:

a) os insolventes civis, ante sua hipossuficiência devidamente comprovada.

b) as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, cujo empreendedor individual tenha renunciado ao direito próprio.

c) as sociedades de economia mista, por serem pessoas de direito privado.

d) as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

e) os incapazes, devidamente representados por procuração, por instrumento público.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. Independentemente de qualquer condição, os insolventes civis não poderão propor ação perante os JEC:

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.

b) INCORRETA. Os microempreendedores individuais podem ser partes perante o Juizado Especial Cíveis, não

sendo necessário que tenham renunciado ao direito próprio (sinceramente, a banca “viajou” ao estabelecer esta

condição. Rs!)

§ 1º Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:

II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;

c) INCORRETA. As sociedades de economia mista não poderão propor ações nos JEC pelo fato de serem pessoas

jurídicas que não se enquadram nas exceções previstas:

Art. 8º, § 1º Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:

II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

II - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei nº 9.790, de 23 de marco de 1999;

IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1º da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro de 2001.

d) CORRETA. Isso aí! As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) poderão propor ação nos Juizados Especiais:

Art. 8º, § 1º Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:

II - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei nº 9.790, de 23 de marco de 1999;

e) INCORRETA. Os incapazes, ainda que representados, não podem ser parte nos Juizados Especiais:

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.

Resposta: D

24. (VUNESP – FAPESP – 2018)

Nos Juizados Especiais Cíveis, o processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. Relativamente ao procedimento dos Juizados Especiais Cíveis, como regulamentado pela Lei nº 9.099/95, assinale a alternativa correta.

a) Tem competência para julgamento de ação de despejo para uso próprio.

b) Podem nele tramitar demandas cujo valor da causa não supera 60 (sessenta) salários-mínimos.

c) Das sentenças nele proferidas, caberá recurso de apelação.

d) Poderá ser parte o incapaz, desde que acompanhado de um de seus genitores.

e) O mandato ao advogado poderá ser verbal, inclusive quanto aos poderes especiais.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. Os Juizados Especiais Cíveis têm competência para julgar ações de despejo, desde que para uso próprio:

Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

III - a ação de despejo para uso próprio;

b) INCORRETA. Podem tramitar nos Juizados Especiais Cíveis demandas cujo valor da causa não supere 40 (sessenta) salários-mínimos, dentre outras demandas que não se relacionam com o valor da causa, como a ação de despejo para uso próprio:

Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;

II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;

III - a ação de despejo para uso próprio;

IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo [quarenta vezes o salário mínimo]

§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:

I - dos seus julgados;

II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.

c) INCORRETA. Das sentenças proferidas nos Juizados caberá recurso para o próprio Juizado, exceto as que homologam (a) acordo obtido em conciliação ou (b) laudo arbitral:

Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado.

d) INCORRETA. O incapaz não poderá ser parte, ainda que acompanhado de um de seus genitores:

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.

e) INCORRETA. O mandato conferido ao advogado pode se dar de forma verbal. Contudo, caso a parte queira estabelecer poderes especiais, será necessário procuração (instrumento do mandato o qual possui forma escrita):

Art. 9º, § 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais.

Resposta: A

25. (VUNESP – TJ/SC – Juiz Leigo – 2018)

Dispõe a Lei nº 9.099/1995 como princípios processuais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais:

a) Princípio do juiz natural, do duplo grau de jurisdição e da persuasão racional do juiz.

b) Princípio da simplicidade, informalidade e celeridade.

c) Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, da irrecorribilidade das decisões judiciais e do duplo grau de jurisdição.

d) Princípio da formalidade, simplicidade e oralidade.

e) Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, da adstrição e da formalidade.

RESOLUÇÃO:

Vem relembrar comigo os princípios que orientam os processos dos Juizados Especiais:

Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.

A única alternativa que apresentou corretamente princípios orientadores dos Juizados é a ‘b’, com os princípios da

simplicidade, informalidade e celeridade.

Resposta: B

26. (VUNESP – TJ/SP – 2017)

Sobre o que dispõe a Lei nº 9.099/95, é correto afirmar:

a) O menor de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação.

b) Nos procedimentos que tramitam perante os Juizados Especiais Cíveis, o réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, havendo necessidade de vínculo empregatício.

c) Nas causas de valor de até vinte salários-mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas causas entre 20 e 40 salários-mínimos, a assistência de advogado é obrigatória.

d) Registrado o pedido, após distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias.

e) Dentre os meios de citação possíveis no âmbito dos Juizados Especiais, incluem-se: carta, oficial de justiça, edital e meios eletrônicos.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. O menor de dezoito anos é considerado incapaz, não podendo figurar como autor em processos nos Juizados Especiais:

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.

b) INCORRETA. A pessoa jurídica ou titular de firma individual poderá ser representada por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir.

Contudo, não é necessário que haja vínculo de emprego entre o preposto e a pessoa jurídica/titular de firma

individual:

Art. 9º, § 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício.

c) CORRETA. Podemos esquematizar da seguinte forma:

Causas de até 20 salários-mínimos

assistência por advogado facultativa (podem comparecer pessoalmente)

Causas entre 20 e 40 salários-mínimos

assistência por advogado obrigatória.

Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória.

d) INCORRETA. Vimos ao longo da aula que, mesmo antes de distribuir e autuar o processo, a Secretaria do Juizado designará uma sessão de conciliação, a qual será realizada no prazo de 15 dias:

Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias.

e) INCORRETA. A citação por edital não é permitida no âmbito dos Juizados Especiais:

Art. 18. A citação far-se-á:

I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria;

II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado;

III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória.

§ 2º Não se fará citação por edital.

Resposta: C

27. (VUNESP – PC/CE – 2015)

De acordo com a Lei nº 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis, assinale a alternativa correta.

a) Os incapazes não podem ser parte nas ações que tramitam perante o Juizado Especial Cível.

b) É dispensável o comparecimento da parte autora na audiência de conciliação.

c) Têm competência para processar e julgar causas que não excedam 60 (sessenta) vezes o salário-mínimo.

d) Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte não podem propor ação perante o Juizado Especial Cível.

e) É indispensável a assistência da parte por advogado, independentemente do valor da causa.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. Perfeito! Os incapazes não podem ser parte nas ações que tramitam pelo rito sumaríssimo dos Juizados:

Art. 8º, Lei 9.099/95. Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.

b) INCORRETA. O comparecimento do autor na audiência de conciliação é indispensável!

Se ele deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo (o que inclui a de conciliação), o processo será extinto sem resolução do mérito!

Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei:

I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo;

c) INCORRETA. Os Juizados Especiais Cíveis têm competência para processar e julgar causas que não excedam 40 (quarenta) vezes o salário-mínimo:

Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;

d) INCORRETA. os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte podem sim propor ação perante o Juizado Especial Cível:

Art. 8º, § 1º Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:

II - as microempresas, assim definidas pela Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999;

II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;

e) INCORRETA. Podemos esquematizar da seguinte forma:

Causas de até 20 salários-mínimos → assistência por advogado facultativa (partes podem comparecer pessoalmente)

Causas entre 20 e 40 salários-mínimos → assistência por advogado obrigatória.

Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória.

Resposta: A

No documento Prof. Henrique Santillo (páginas 75-94)