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3.6 PESQUISA EXPERIMENTAL

4.1.8 Preços Praticados

A faixa de preços praticada para a comercialização dos produtos da Uai... rapaiz! girará nos valores em torno de R$ 300,00 a R$ 1.500,00. Essa variação ocorrerá de acordo com o mix de cada coleção, que pode variar desde a linha de peças mais básicas até os modelos mais elaborados. Para as compras de valores mais elevados, o cliente poderá optar pelo parcelamento por meio de cartão de crédito ou pagamento via boleto bancário.

4.2 PÚBLICO ALVO

Figura 28 - Imagem do público alvo

4.2.1 Perfil do Consumidor

O público alvo da Uai... rapaiz! é formado por homens entre 25 e 35 anos, pertencentes às classes A e B. A maioria vive em grandes capitais ou cidades metropolitanas e já são formados e bem estabelecidos profissionalmente.

Bem resolvidos, possuem vida social ativa, frequentam lugares sofisticados e são totalmente conectados às novas tecnologias, navegando sempre nas redes sociais. Gostam de estar sempre atentos às novidades e seguem tendências de moda.

São extremamente vaidosos, gostam de fazer compras tanto em shoppings como em lojas virtuais e priorizam o consumo de roupas arrojadas, pois valorizam marcas que ofereçam produtos diferenciados na estética das estruturas dos trajes.

4.3 PESQUISA DE TENDÊNCIAS

4.3.1 Macrotendências (Socioculturais)

Segundo o Caderno de Tendências Inova Moda Criação (2016), os agitados nativos digitais estão redirecionando as expectativas e causando uma enorme agitação – desejam mais e melhor – e alavancam a inovação nas indústrias de tecnologia, que são movimentadas por profissionais cada vez mais visionários e que se jogam a fazer algo arriscado, fascinante e fresco e em sintonia com o espírito do consumidor. É difícil saber onde focar e qual vai ser a próxima novidade.

Essa é a macrotendência “Rupturas/Contatos”, que segundo o Caderno de Tendências Inova Moda Criação (2016), consiste na ideia de onde as relações com a tecnologia estão advindo de uma maneira disruptiva, gerando uma grande mudança em todas as áreas, até mesmo no universo da moda, que até tempos atrás estava preso às suas tradições.

Uma exposição em Londres, no ano de 2015, chamada “Perturbações Digitais”, se propôs a analisar a influência dos conceitos e das novas ferramentas digitais no mundo da moda. Exibindo o trabalho de sete designers, coletivos criativos e nativos digitais, levou a uma indagação sobre os resultados das interações causadas pela combinação entre o real e o virtual – e/ou entre o analógico e o digital – e das perdas e ganhos que essa associação pode gerar no processo de concepção e representação dos produtos de moda.

No mesmo espaço outra exposição chamada “Mad About The Boy” (Loucuras de Um Garoto) concentrava em mostrar através do vestuário, fotografias e coisas efêmeras e de como a moda é capaz de retratar ideais, nesse caso, a moda masculina dos jovens (Figura 29). Lá estavam expostos obras e produtos de vários artistas, escritores e alguns designers, como Raf Simons, Gosha Rubchinskiy, entre outros, todos eles obcecados por questões que envolvem fluidez de gêneros, exploração sexual, subcultura e contestações em seus temas de trabalho.

Nenhuma das exposições tinha relação com inventar ou até mesmo reinventar moda, mas sim, como sobre as pessoas fazem o uso de uma plataforma para criar e experimentar coisas das quais sempre quiseram fazer parte. Elas se

referem à sede eterna pela juventude, movida pela ânsia de quebrar as regras (INOVA MODA CRIAÇÃO, 2016).

Figura 29 - Exposição "Mad About The Boy"

Fonte: Fredbutlerstyle (2017)

Dentro da macrotendência “Rupturas/Contatos” há outras três tendências que são: “Controvérsias” (experimentar o atrito e a provocação); “Vis-ual” (influenciadores e as novas experiências em tempo real e sem filtro); e “Maq_nífica” (a nova era da revolução tecnológica). Para esse projeto foi escolhida e a “Controvérsias”.

Segundo o Caderno de Tendências Inova Moda Criação (2016), trollar é uma gíria da internet que significa “zombar”, “amolar”, “perturbar” e/ou “conversar”. As redes sociais também se tornaram um meio usado para protestar, sendo um campo propício a provar a desavença e a provocação. Uma postura que transita entre o ser intransigente, que é extravasar frustrações, ter uma opinião, causar ofensas e inflamar debates, ou seja, polemizar. Para esses indivíduos, o mundo – de uma forma ou de outra – não é um comercial de margarina.

Atentas a essa postura alimentada pela cultura digital, as marcas turbulentas estão gerando polêmica, projetando um olhar mais duro e trollando o mundo real para ganhar destaque e atrair consumidores. As palavras-chaves para essa tendência são “atrito e provocação visceral”; “assustador”; “polêmico”; “visão ousada e postura combativa”; e “assumir riscos”.

4.3.2 Microtendências (Estéticas)

O “handmade” (feito à mão) – que já uma tendência muito utilizada em vestuários do segmento feminino – aparece agora como principal protagonista no vestuário masculino da coleção da marca Uai... rapaiz!.

Os vestuários serão valorizados por meio das texturas com efeitos tridimensionais manipuladas nas superfícies das matérias-primas têxteis e dos bordados em pedrarias aplicados como detalhes nas peças, que serão desenvolvidos por processos artesanais (Figura 30).

Figura 30 - Handmade (texturas e bordados)

Fontes: Natural Cotton Color (2017) / Pinterest (2017)

A desconstrução das formas das estruturas das modelagens dos tops, bottons, dresses e overalls, e as transparências e os ombros marcados também estarão presentes nas peças desenvolvidas para a coleção.

5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

5.1 ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO

5.1.1 Conceito da Coleção

A coleção verão 2017/18 tem como conceito as “mudanças” e as “descobertas” daquilo que é desconhecido para o homem. “Mudanças” que são advindas do comportamento dos “povos nômades” e “descobertas’ que são apresentadas pela alta tecnologia microscópica que revela as maravilhas da natureza. Natureza essa que pode mudar a todo instante e que nunca está no mesmo lugar. Uma verdadeira mutação expressa das mais diferentes formas e maneiras e sob todos os sentidos.

5.1.2 Nome da Coleção

A coleção verão 2017/18 da marca Uai... rapaiz! denomina-se “Mutação Nômade”.

5.1.3 Referências da Coleção

As referências de inspiração da coleção verão 2017/18 da marca Uai... rapaiz! se baseiam nos “nômades” e no “universo microscópico”.

Nômades são pessoas que estão sempre se mudando de um local para outro (Figuras 31 e 32). Existem três tipos genéricos de nômades: os “caçadores- coletores”, os “pastores” e os “mercadores-artesãos”. Os primeiros se deslocam à procura de animais para caçar e de plantas silvestres para colher. Os pastores

nômades viajam para encontrar terras em que seus animais possam pastar. E os nômades mercadores-artesãos viajam vendendo produtos ou prestando serviços (BRITANNICA ESCOLA ONLINE, 2017).

Figura 31 - Família de nômades no deserto do Saara

Fonte: Britannica Escola Online (2017)

Figura 32 - Himbas, um dos últimos povos nômades da África

Fonte: Metamorfose Digital (2017)

Pessoas com esse estilo de vida precisam estar preparadas para se adaptar rapidamente às adversidades dos diferentes locais em que se insere. Assim como os povos nômades, as necessidades e anseios do homem contemporâneo também se associam a constantes mudanças na era globalizada.

Esse fenômeno reflete no comportamento desse novo homem perante a sociedade. Estar preso aos paradigmas de moda masculina pré-estabelecidos em décadas passadas torna-se desnecessário para o homem moderno, que com seu espírito nômade, busca mudanças a todo momento, sobretudo na maneira de se vestir e de se apropriar do traje junto ao corpo.

Assim como mudanças levam a horizontes desconhecidos, entrar em contato com o universo microscópico e surreal da fauna e da flora pode trazer

grandes surpresas. Graças à tecnologia dos novos tempos, é possível descobrir configurações surpreendentes que nos mostram cores, formas e, principalmente, texturas que são um verdadeiro espetáculo impossível de se ver somente com a capacidade normal do olho humano (Figuras 33, 34, 35 e 36).

Essas imagens moleculares servem como grande fonte de inspiração para articular texturas nas matérias-primas têxteis, propondo assim a composição de novas estruturas de vestuário que possam ser incorporadas pelo homem de espírito nômade da nova geração.

Figura 33 - Imagem microscópica dos dentículos orais de tubarão

Fonte: G1 Globo.Com (2017)

Figura 34 - Tromba de mariposa (foto com a técnica de microscopia confocal)

Fonte: Marte é Para os Fracos (2017)

Figura 35 - Seção microscópica de uma folha

Figura 36 - Células microscópicas da espécie Bazzania Fflaccida

Fonte: Pixabay (2017)

5.1.4 Cores

A predominância de cores bases na coleção ficará sob a responsabilidade do branco (11-4800 TPX), do preto (19-0303 TPX), do nude (13-1006 TPX), do areia (12-0304 TPX) e do amarelo (11-0710), que serão associados às tonalidades suaves do roxo (18-2525 TPX) e do verde (16-5425 TPX) e da essência vibrante do laranja (16-1362 TPX).

5.1.5 Materiais

No caso dos tecidos de fibras naturais (100% algodão), os materiais utilizados serão a malha de algodão, a sarja e a tricoline. Para as matérias-primas de composição sintética (100% poliéster), foram selecionados a tela, o crepe e o toque de seda. Há também o uso do neoprene (94% poliéster e 6% elastano) e da malha piquet (95% poliéster e 5% elastano), que são tecidos constituídos de composição mista. Para o forro das peças será utilizado o cetim (97% poliéster e 3% elastano).

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