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Preocupações com a alimentação e com a comunicação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

4. Preocupações com a alimentação e com a comunicação.

Idéia Central >: “ele é independente, porque o que ele quer comer ele mostra, faz

gestos, aponta pra boca, e a gente já sabe que ele quer comer”.

Discurso do Sujeito Coletivo: “Não, na alimentação eu não me preocupo, porque o

que eu der pra ele, ele come. Agora na comunicação é difícil de lidar com ele, eu num… as vezes eu num sei explicar a situação das coisas que acontece do dia-a- dia. Ele não me obedece, as vezes tem que pegar o chinelo e mostrar, ai ele sabe, ele sabe que… ele ta errado. Ele não obedece ninguém… muito difícil”.

“Às vezes eu fico assim… sem saber conversar com ele, como lidar com ele, ai eu vou falar e às vezes ele não entende. Se eu for por de castigo, às vezes não sei dizer, porque ele está ficando de castigo, ai eu tenho que ficar segurando ele…”.

A partir desses discursos podemos perceber que a preocupação principal dos familiares está na comunicação e não na alimentação. Todos os sujeitos entrevistados demonstram não terem dificuldades para alimentar os seus filhos, todos eles comem bem e se viram bem.

Sempre que aparece alguma dificuldade no discurso dos pais, está relacionado à comunicação, ou melhor, à falta de comunicação. Podemos observar esse fato principalmente em situações que exigem explicações e ordens dos pais para os seus filhos. Como o Rebelo (2002), afirma as crianças deficientes auditivas em comparação com as ouvintes, tendem a receber uma quantidade menor de explicações dos pais no que se referem às emoções, razões, ações, papeis esperados.

Em geral todos os pais falam que nunca tiveram problema com a alimentação, mas ao longo de sua descrição mostram uma grande preocupação com a falta de comunicação. Normalmente essas crianças comem de tudo e não dão trabalho para se alimentar. Acredita-se que esse fato aconteça pela dificuldade de comunicação que existe entre a mãe ouvinte com o seu filho surdo.

A criança surda possui uma comunicação expressiva alterada devido a sua privação de audição. O deficiente auditivo possui uma limitada comunicação receptiva, quando ouve algum som, não tem capacidade de discriminação sonora que lhe possibilita a compreensão, dificulta a comunicação receptiva.

A pesquisa mostra que crianças pequenas já sabem se servir sozinhas e demonstram independência. Essa independência pode ser entendida pela dificuldade de comunicação entre os pais e as crianças aqui entrevistadas, talvez por estarem em processo terapêutico. As crianças se servem para facilitar a sua alimentação. Como Swisher, (1991) descreveu, as crianças surdas perdem muito da comunicação, a mãe sem perceber não espera pelo contato visual para se comunicar, fazendo com que a criança receba uma comunicação fragmentada.

A maioria das crianças deficientes auditivas se comunica com a mãe na hora de se alimentar através de gestos ou por pequenas manifestações orais ex: [papa]. Greenberg (1984), diz que o uso precoce da comunicação bimodal (oral e gestual) pode prevenir alguns dos problemas que a criança surda enfrenta e promover interações mutuamente satisfatórias entre as mães e suas crianças surdas. Essa afirmação nos demonstra então a razão do porque a mãe definir que a alimentação do seu filho é normal, as crianças surdas junto com os seus familiares encontram maneiras de se entenderem.

Nas interações sociais a criança vai construindo as bases para agir sobre o mundo. É na e com a família que a criança adquire a linguagem e, com ela, os valores sociais e culturais, já que a família constitui o primeiro grupo social que a criança inicia suas experiências.

A linguagem da criança é influenciada pela família assim como a criança influencia os pais e irmãos pela sua linguagem.

A família, de uma forma geral, desempenha a função de cuidar, promover a saúde, o bem estar e dar proteção.

Aqui se mostra que o papel do outro é fundamental e é o responsável por introduzir-lhes o principio da realidade a fim de dar contenção às energias psíquicas que estão dispersas e confusas.

A partir da queixa "que a criança não come", "não mastiga", as mães ou forçam a criança a comer de qualquer maneira ou substituem a "comida" por mamadeira ou leite. Indo além de cuidar e nutrir, a relação mãe-criança e alimento está inserida numa dimensão de proteção de garantia de sobrevivência e não de uma relação afetiva, de estímulo, de busca ou não de autonomia e de socialização. Na ânsia de que a criança fique alimentada, identificamos que algumas mães apresentam práticas alimentares inadequadas.

CONCLUSÃO

Em geral todos os pais falam que nunca tiveram problema com a alimentação, mas ao longo de sua descrição mostram uma grande preocupação com a falta de comunicação. Normalmente essas crianças comem de tudo e não dão trabalho para se alimentar. Acredita-se que esse fato aconteça pela dificuldade de comunicação que existe entre a mãe ouvinte com o seu filho surdo.

Os pais dizem que a surdez não implica em nada na alimentação de seus filhos. Demonstram que a alimentação acontece de maneira normal. Porém não levam em consideração que a comunicação da mãe com o filho é um fator importantíssimo para o desenvolvimento da linguagem da criança. A audição desempenha um papel preponderante e decisivo na aquisição e no desenvolvimento da linguagem oral.

Através do Discurso do Sujeito Coletivo verificamos que em um processo terapêutico as questões do dia-a-dia da família precisam ser discutidas.

“Então, de alimentação é difícil falar porque não mudou nada depois que

descobri a deficiência auditiva. É normal na alimentação, não me dá trabalho, come,come comida, come um pouco de tudo. Assim, ele nunca pediu pra a gente. Então foi com o passar do tempo que a gente foi acostumando a fazer gesto pra ele né? Pra comer, até para dormir a gente faz assim (pai faz demonstração do gesto) ai ele já sabe.

Ela mama de manhã. Antes de acordar eu dou a mamadeira para ela enquanto ela dorme. Ai ela é acostumada a não tomar café, comer pão essas coisas. E almoço desde que ela nasceu eu amamentei até os seis meses, e ai depois começou a papinha, e é o almoço é arroz, feijão, ovinho, às vezes uma carne, suco, ai depois ela vai para escolinha e a tarde tem o lanchinho dela. Ai quando volta da escola ela toma uma mamadeira, e quando é umas sete horas da noite ela janta, arroz, feijão, uma carne, uma mistura e um suco. Antes de dormir ela toma outra mamadeira.

Não, nada. Não mudou nada na verdade. Tudo como criança normal.

De segunda a sexta ele fica na minha sogra ai ele come com as outras crianças. Os primos são três: uma de três anos, um de quatro e um de sete. Ai eles almoçam junto antes de ir pra escola. Os quatro almoçam juntos, sempre com alguém acompanhando, tipo minha sogra e os 4.. Mas sozinhos, eles mesmos comem , sabe?Janta também na minha sogra, com as crianças, meu sogro, minha sogra. Eu trabalho faz um tempo e quase todos os dias... Então, ...eu sou um pouco ausente em casa. ...Mas, porque eu tenho períodos, período do almoço, da manhã, no horário agora que ele chega da escola. E é normalmente horário que eu me encontro em casa, o resto eu to trabalhando.

Não, na alimentação eu não me preocupo, porque o que eu der pra ele, ele come. Agora na comunicação é difícil de lidar com ele, eu num… as vezes eu num sei explicar a situação das coisas que acontece do dia-a-dia. Ele não me obedece, as vezes tem que pegar o chinelo e mostrar, ai ele sabe, ele sabe que… ele ta errado. Ele não obedece ninguém… muito difícil.

Às vezes eu fico assim… sem saber conversar com ele, como lidar com ele, ai eu vou falar e às vezes ele não entende. Se eu for por de castigo, às vezes não sei dizer, porque ele está ficando de castigo, ai eu tenho que ficar segurando ele…”.

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Anexo 1

Caro (a) Senhor (a)

Eu, Daniela Scalon Oliveira/ Rossanna Petrosino fonoaudiólogo(a), cujo telefone de contato é (11) 8424-2221/8292-1500, iremos desenvolver uma pesquisa cujo título é, “A relação mãe ouvinte/filho surdo na cena de alimentação”.

O objetivo deste estudo é de analisar a relação da mãe ouvinte/ filho surdo na cena de alimentação: através do DSC e necessito que o Sr.(a). forneça informações à respeito de seu(sua) filho(a), cujas perguntas estão em anexo, devendo ocupá- lo(a) por 15 minutos, para completar as respostas.

A participação do(a) seu (sua) filho(a) nesta pesquisa é voluntária e não determinará qualquer risco ou desconforto, pois não manterei qualquer contato com ele(a), ficando a coleta dos dados restritos a esta entrevista.

A participação do(a) seu(sua) filho(a) não trará qualquer benefício direto mas proporcionará um melhor conhecimento à respeito da comunicação da mãe ouvinte e o filho surdo na cena de alimentação,que em futuros tratamentos fonoaudiológicos poderão beneficiar outras crianças ou, então, somente no final do estudo poderemos concluir a presença de algum benefício.

Não existe outra forma de obter dados com relação ao procedimento em questão e que possa ser mais vantajoso.

Informo que o Sr(a). tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, sobre qualquer esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com a Daniela Scalon Oliveira/ Rossanna Petrosino. Tel.8424-2221/8292-1500.

Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo, punição ou atitude preconceituosa.

Garanto que as informações obtidas serão analisadas em conjunto com outras crianças, não sendo divulgada a identificação de nenhum dos participantes.

O Sr(a). tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das pesquisas e caso seja solicitado, darei todas as informações que solicitar.

Não existirá despesas ou compensações pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há compensação financeira relacionada à participação do(a) seu(sua) filho(a). Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.

Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa e os resultados serão veiculados através de artigos científicos em revistas especializadas e/ou em encontros científicos e congressos, sem nunca tornar possível a identificação do(a) seu(sua) filho(a).

Anexo está o consentimento livre e esclarecido para ser assinado caso não tenha ficado qualquer dúvida.

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Acredito ter sido suficiente informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Relação mãe ouvinte/ criança surda na cena de alimentaçao”.

Eu discuti com o(a) fonoaudiólogo(a) Daniela Oliveira e Rossanna Petrosino sobre a minha decisão em permitir a participação de meu(minha) filho(a) nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.

Ficou claro também que a participação do(a) meu(minha) filho(a) é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer tempo. Concordo voluntariamente em permitir a participação do(a) meu(minha) filho(a) deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.

_______________________________ Data _______/______/______ Assinatura do pai (mãe) ou responsável

__________________________ Data _______/______/_____ Assinatura do (a) pesquisador(a)

Anexo 2

Questões:

1- Descreva a alimentação de seu filho(a) desde o dia que ele(a) nasceu. 2- Como é a alimentação do seu filho(a) hoje? Houve mudanças após o

diagnostico de surdez?

3- Fale sobre os momentos difíceis da alimentação. Come muito? Come pouco? Como age? Como é seu funcionamento no dia-a-dia?

4- Existe algo que preocupe em relação a alimentação ou a falta de comunicação?

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