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PREPARO PARA DESPESAS

Trata-se de uma situação inovadora em custas no processo penal, pois nunca houve obrigação de efectuar preparo para despesas em sede de custas criminais.

EM QUE SITUAÇÃO HÁ LUGAR A PREPARO PARA DESPESAS

Artº 89º nº2 do

CCJ Há lugar a preparo para despesas nos casos em que seja requerida a transcrição das provas produzidas oralmente, aplicando-se com as

necessárias adaptações o previsto nos artºs. 43º a 46º do CCJ (preparo para despesas na parte cível do CCJ).

Aplica-se em todos os processos, quer os instaurados antes ou depois de 31/12/03 ?

Sim. O artº 101º nº2 16do CPP ( alterado pelo DL 324/03 de 27/12) remete o suporte com os encargos decorrentes de transcrições para os termos fixados no CCJ.

Em processo penal, só são devidos preparos para despesas nas transcrições ou são devidos também em outras situações ?

Os preparos para despesas em processo penal só são devidos nas transcrições. Não existe outra situação sujeita a preparos para despesas no processo penal.

QUEM EFECTUA O PAGAMENTO DOS PREPAROS PARA DESPESAS

Artº 89º nº2 do

CCJ Os preparos para despesas são suportados pelo(s) sujeito(s) processual(is) recorrente(s) (arguido, assistente,…)

16 Artº 101º nº do CPP – Quando forem utilizados meios estenográficos, estenotípicos ou outros diferentes da escrita comum, o funcionário que deles se tiver socorrido, ou, na sua impossibilidade ou falta, pessoa idónea, faz a transcrição no prazo mais curto possível, sendo os respectivos encargos suportados nos termos fixados no Código das Custas Judiciais, devendo a entidade que presidiu ao acto certificar-se da conformidade da transcrição, antes da assinatura.

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E se o recorrente estiver isento de custas ou tenha o benefício de apoio judiciário na modalidade de isenção de taxas de justiça e custas ?

Nesse caso, o CGT adiantará o pagamento dos encargos com a transcrição, entrando em regra de custas.

TRAMITAÇÃO

·

Requerimento onde é solicitada a transcrição

·

Conclusão para o Juiz autorizar

·

A secção procede ao cálculo17 dos preparos para despesas

·

Emissão das guias para o recorrente efectuar o pagamento do preparo

·

Remessa das guias ao recorrente para pagamento.

Qual o prazo que o recorrente tem para efectuar o pagamento do preparo para despesas ?

10 dias a contar da notificação para o efeito – artº 44º nº 2 por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ

E se não efectuar o pagamento ? Ainda o pode fazer ?

Sim. Nos 5 dias seguintes ao termo do prazo que tinha para o fazer, mediante o pagamento de taxa de justiça igual ao preparo em falta com o limite máximo de 3 UC – artº 45º nº 2 por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ. Ex.: O recorrente que teria de efectuar o preparo para despesas no valor de 500,00 € até ao dia 11/03/2004 e, não o tendo pago, compareceu na secretaria no dia 12/03/2004 solicitando guias para realização do mesmo.

São emitidas e entregues guias, com o valor do preparo para despesas (500,00 €), acrescido de taxa de justiça de 267,00 € (3 uc-limite máximo), sendo o prazo de pagamento das guias até 16/03/2004.

Além do recorrente, mais alguém pode efectuar o pagamento destes preparos ?

Sim, à parte contrária é permitido depositar o preparo que a outra não realizou se solicitar guias para o depósito imediato nos 5 dias posteriores ao termo do

17 Para efeito de cálculo deve ser solicitada ajuda junto do escrivão da secção ou do secretário do tribunal, dado estarem familiarizados com os custos que habitualmente acarretam as transcrições.

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prazo referido no artº 45º nº 2 do CCJ (após os 5 dias que o recorrente tem para efectuar o pagamento que não realizou) – artº 46º por força do artº 89º nº2 ambos do CCJ.

Ex.: O arguido recorrente não efectuou o pagamento do preparo nos 10 dias que a lei lhe confere, nem nos 5 dias subsequentes, pode então, p.e. o assistente, nos 5 dias seguintes, solicitar guias para efectuar o seu depósito imediato. Isto é, o depósito tem que ser feito no dia em que solicitou as guias.

E se os preparos para despesas não forem pagos. Qual é a consequência ?

Se os preparos para despesas não forem pagos a consequência é a não realização da diligência, ou seja, a não transcrição – artº 45º nº1 e) por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ.

E quando é emitida a nota de despesas para pagamento das transcrições ?

A emissão da nota de despesas18 é emitida no termo da diligência a que se destinam os preparos, ou seja, após as transcrições efectuadas (artº 45º nº1 e por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ) e ser proferido despacho judicial para o efeito, o que deverá ocorrer logo que é junta a transcrição e a respectiva factura19.

Além da emissão da nota para despesas é necessário efectuar algo mais ?

Sim. A emissão da nota na aplicação informática das custas apenas cativa a quantia para a entidade a favor da qual é emitida a mesma, sendo necessário que o escrivão de direito da secção aprove a nota, na aplicação informática das custas e o secretário de justiça proceda à sua confirmação – artº 43º nº3 por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ.

18 Se o pagamento for adiantado pelo CGT (recorrente isento ou beneficiando de apoio judiciário), a nota é emitida no programa informático “Habilus” e entregue ao secretário de justiça. Se foi realizado preparo para despesas, a nota é emitida na aplicação informática das custas, não sendo entregue ao secretário de justiça, mas necessitando de posteriormente ser aprovada pelo escrivão de direito da secção e confirmada a aprovação pelo secretário de justiça.

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Se na nota aprovada se verificar que a mesma contém algum erro, ainda é possível corrigi-la ?

Não é possível corrigir notas emitidas, mas é possível rejeitá-las.

Após a aprovação pode o secretário de justiça, por iniciativa própria ou a solicitação do escrivão de direito, rejeitá-la na aplicação informática das custas.

E se o valor do preparo para despesas realizado for superior ao encargo com a transcrição ? O que se faz ao excesso ?

Se p.e., o preparo realizado foi no valor de 500,00 € e o encargo com a transcrição foi de 400,00 €, há um excesso de 100,00 € que será devolvido a quem o efectuou, através da emissão de “nota de restituição para pessoas” na aplicação informática das custas – artº 43º nº3 por força do artº 89º nº2 ambos do CCJ.

Esta nota também necessita de ser aprovada pelo escrivão de direito e aprovada pelo secretário de justiça.

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