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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

Centro de Formação de Oficiais de Justiça

Nota à 2ª Edição

A entrada em vigor da lei 34/2004 de 29/7 (apoio judiciário), da portaria 1386/2004 de 10/11 (nova tabela de honorários dos defensores oficiosos), sugestões dos colegas oficiais de justiça, bem como aperfeiçoamentos sempre necessários, levaram-nos à elaboração da 2ª edição deste texto de apoio das custas criminais.

Janeiro de 2005

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Centro de Formação de Oficiais de Justiça

O Centro de Formação de Oficiais de Justiça agradece ao senhor secretário de justiça Vítor Mendes a elaboração do presente texto de apoio.

É, por certo, face à sua experiência profissional e conhecimentos técnicos, um instrumento de trabalho que vai ajudar os oficiais de justiça no exercício das suas funções.

Agradece-se, ainda, à senhora escrivã de direito Isabel Vieira a colaboração prestada ao referido secretário de justiça.

O nosso obrigado. Maio de 2004

A Directora do CFOJ Maria João Henriques

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Introdução

As várias áreas do Direito têm vindo a ser dotadas, cada vez mais, de autonomia, umas em relação às outras.

Assim, justifica-se que as custas criminais tenham também um tratamento autónomo em relação às outras matérias de custas.

O presente manual versa sobre as custas criminais e tem por base o DL 324/2003 de 27/12, cuja entrada em vigor ocorreu em 01 de Janeiro de 2004, abrangendo também as sanções previstas no Código de Processo Penal.

Pretende-se que o mesmo seja um contributo propiciador de eficiência e celeridade para os oficiais de justiça que diariamente trabalham com processos penais, ajudando-os no seu trabalho como uma fonte de consulta, não dispensando no entanto a leitura da legislação.

Se assim for, valeu a pena.

Agradece-se a colaboração dos colegas Isabel Vieira, escrivã de direito do Tribunal Judicial de Alcácer do Sal e de Alexandre Silva, escrivão de direito, formador-coordenador do CFOJ na área Penal.

Maio de 2004

____________________________ Vítor Mendes1

1 Secretário de Justiça no Tribunal Judicial da Comarca de Alcácer do Sal e formador do CFOJ, nas áreas do Código das Custas Judiciais e Processo Penal

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ABREVIATURAS

Ac. Acórdão CC Código Civil

CPC Código de Processo Civil CCJ Código das Custas Judiciais CP Código Penal

CPP Código de Processo Penal DR Diário da República DL Decreto Lei

LAJ Lei de Apoio Judiciário MP Ministério Público UC Unidade de Conta

CFOJ Centro de Formação de Oficiais de Justiça Port Portaria

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Indíce Geral : Página Disposições Gerais ……… 6 Unidade de Conta ………. 8 Isenções ……… 9 Taxa de Justiça ………. 12 Procuradoria ………. 21

Prática de actos extemporâneos ……… 23

Instrução ……….. 25

Recursos ……….. 27

Encargos ……….. 29

Preparo para despesas ……….. 32

Pedido Cível ………. 37

Arguido ……… 39

Assistente ……… 41

Outros intervenientes ……….. 44

Sanções do CPP ……….. 45

Liquidação e prazo de pagamento ………….. 47

Pagamento de prestações ……… 53 Juros de mora ………. 57 Apoio Judiciário ………. 60 Execução de Custas ……… 65 Diversos ……….. 67 Liquidações .……… 69 Índice Remissivo ……… 82

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DISPOSI

Ç

ÕES GERAIS

DISPOSIÇÕES GERAIS

C CUUSSTTAASSCCRRIIMMIINNAAIISS

As custas criminais compreendem a taxa de justiça e os encargos.

Artº 74º nºs 1 e 2 do CCJ

R

REESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEESSEEMMOONNTTAANNTTEESS

A responsabilidade pelas custas criminais encontra-se regulada no Código de Processo Penal (regula a responsabilidade pelas custas – com excepção do 116º, 221º e 420º do CPP que fixa os montantes em que os sujeitos processuais podem ser sancionados - ) e o quantitativo encontra-se regulado no Código das Custas Judiciais (fixa os montantes).

Código de Processo Penal Sanções

artº 221º - Sanção por requerimento manifestamente infundado de “habeas

corpus”

artº 116º – Fixa o valor da sanção por falta de comparência a acto processual artº 420º – Fixa o valor da sanção por recurso manifestamente infundado

Custas

artº 510º – Lei aplicável subsidiariamente

artº 511º - Indica a ordem porque são efectuados os pagamentos com o produto dos bens executados

artº 512º – Indica o destino das multas

Da responsabilidade por custas

artº 513º – Indica a responsabilidade do arguido por taxa de justiça artº 514º – Indica a responsabilidade do arguido por encargos

artº 515º – Indica a responsabilidade do assistente por taxa de justiça artº 516º – Indica que não é devida taxa de justiça no arquivamento ou

suspensão do processo nos termos dos artigos 280 e 281 do CPP

artº 517º – Indica os casos de isenção do assistente

artº 518º – Indica a responsabilidade do assistente por encargos

artº 519º – Indica a responsabilidade do assistente em taxa de justiça pela

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DISPOSI

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ÕES GERAIS

artº 520º – Indica a responsabilidade de outras pessoas por custas

artº 521º – Indica a responsabilidade do arguido por custas na dispensa da pena artº 522º – Refere casos de isenções

artº 523º – Indica a responsabilidade por custas relativas ao pedido civil artº 524º – Indica a legislação que é subsidiariamente aplicável

Código das Custas Judiciais

artº 74 º– Âmbito das custas criminais artº 75 º– Isenções subjectivas

artº 76 º– Isenções objectivas

artº 77 º– Custas na suspensão da execução da pena

artº 78 º– Taxa de Justiça no Tribunal de Execução das Penas artº 79 º– Custas no processo de jurisdição de menores

artº 80 º– Regula o procedimento do pagamento inicial de taxa de justiça na

abertura de instrução, constituição de assistente e interposição de recurso;

bem como a sanção pela omissão e consequências do não pagamento artº 81 º– Determina a não restituição de importâncias pagas e acréscimo à indemnização

artº 81 ºA – Fixa a multa por prática extemporânea de actos em processo penal

artº 82 º– Determina quem fixa a taxa de justiça e o valor quando não é fixada –

taxa normal.

artº 83 º– Fixa o valor pela abertura de instrução e constituição de assistente artº 84 º– Determina a taxa de justiça nos incidentes

artº 85 º– Tabela com os valores mínimo e máximo em cada tipo de processo e situações

artº 86 º– Fixa o valor pela interposição de recurso

artº 87 º– Refere os valores mínimos e máximos na decisão dos recursos artº 88 º– Indica a taxa de justiça aplicável no pedido cível e no arresto artº 89 º– Refere o que compreendem os encargos

artº 90 º– Fixa os valores porque são remunerados os defensores que não são advogados, advogados estagiários ou solicitadores

artº 91 º– Fixa os valores porque são remunerados os peritos

artº 92 º– Indica como é calculada a remuneração de tradutores intérpretes e

consultores técnicos

artº 93 º– Refere como são compensadas as testemunhas

artº 94 º– Determina com que valores podem ser alterados as remunerações previstas no artº 91º

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UNIDADE DE CONTA

U.C. – UNIDADE DE CONTA

CONCEITO Artº 5º nº2 do DL nº 212/89 de 30 de Junho, alterado pelo artº 31º do DL nº 323/01 de 17/12.

Unidade de conta (UC) é a quantia monetária equivalente a um quarto da remuneração mínima mensal mais elevada, garantida no momento da condenação, aos trabalhadores por conta de outrem, arredondada, quando necessário, para a unidade de euros mais próxima, ou se a proximidade for igual, para a unidade de euros imediatamente inferior.

ACTUALIZAÇÃO

Artº 6º do DL nº 212/89 de 30 de Junho.

É actualizada trienalmente. Teve início em Janeiro de 1992. É automaticamente actualizada, atendendo-se sempre à remuneração mínima que tiver vigorado no dia 1 de Outubro do ano anterior.

Ex: Salário mínimo em 01/10/2003 – 356,60 €

Cálculo para o triénio 2004-2006 - 356,60 € / 4 = 89,15 € Valor da UC para o triénio 2004-2006 = 89,00 €

EVOLUÇÃO

Evolução da U.C.

Do ano Até ao ano Valor em Escudos Valor em Euros

1989 1991 7.000$00 34,92 € 1992 1994 10.000$00 49,88 € 1995 1997 12.000$00 59,86 € 1998 2000 14.000$00 69,83 € 2001 2003 16.000$00 79,81 € 2004 2006 ---- 89,00 €

A próxima actualização ocorrerá em 01/01/2007, e será calculada em função da

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ISEN

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ÕES

ISENÇÕES

As normas mais relevantes de isenções de custas criminais, encontram-se previstas nos artº 516º, 517º e 522º do CPP e nos artºs. 75º (subjectivas) e 76º (objectivas) do CCJ.

ARQUIVAMENTO OU SUSPENSÃO DO PROCESSO

Artº 516º do CPP Quando o processo tiver sido arquivado ou suspenso nos termos do artº 280º e 281º do CPP, não é devida taxa de justiça.

ASSISTENTE

Artº 517º do CPP

Nos casos em que o arguido não for pronunciado, ou for absolvido por razões supervenientes à acusação que o assistente houver deduzido ou com que se tiver conformado e que lhe não sejam imputáveis, é o assistente isento do pagamento de taxa de justiça e encargos.

Abrange, por exemplo, os casos em que por amnistia ou alteração legislativa o arguido não é pronunciado ou é absolvido.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Artº 522º do CPP O Mº Pº encontra-se isento de custas.

ARGUIDOS PRESOS

Artº 522º nº 1 do CPP

Os arguidos presos gozam de isenção de taxa de justiça pela interposição de recurso em 1ª instância e nos incidentes que requererem ou fizerem oposição.

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ISEN

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ÕES

Os arguidos presos:

Gozam de isenção nos recursos, só à ordem do processo em que estão presos, ou basta a condição de estarem presos para beneficiarem da isenção em qualquer processo?

Gozam de isenção em qualquer processo pois o artº 522º do CPP não condiciona a isenção apenas ao processo à ordem de que estão presos.

Gozam de isenção na abertura de instrução ?

Não. A abertura de instrução trata-se de uma fase processual e não de um incidente.

Gozam de isenção em recurso interposto de decisões dos tribunais superiores ?

Não. A isenção abrange só a interposição de recurso de decisões de 1ª instância.

Gozam de isenção em incidentes nos tribunais superiores ?

Sim. A isenção em incidentes é válida independentemente do tribunal e da posição que o arguido assuma no incidente, seja requerente ou requerido.

ARGUIDOS NÃO RECORRENTES

Artº 75º b) do CCJ Os arguidos não recorrentes que responderam no sentido da confirmação da decisão recorrida, estão isentos de custas.

MENORES OU SEUS REPRESENTANTES LEGAIS

Menores ou seus representantes legais :

Representantes legais dos menores são os pais, o tutor e os adoptantes – artºs.124, 1586, 1878 nº1 e 1921 do Código Civil-. Artº 75º a) do CCJ Encontram-se isentos de custas criminais, nos recursos de decisões

relativas à aplicação, alteração ou cessação de medidas aplicadas em processos da jurisdição de menores

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ISEN

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ÕES

Quando é que o representante legal do menor é responsável pelas custas ?

·

Quando o menor sujeito a medida aplicada em processo de jurisdição

de menores tiver menos de 16 anos – artº 79º do CCJ.

·

Quando o menor regularmente notificado não comparecer, é o representante legal que é responsável pelas multas aplicáveis – artº 104º do CCJ.

De referir que :

·

nos recursos em processos de jurisdição de menores e de execução das penas, a taxa de justiça pode ser reduzida até metade – artº 87º nºs. 2 do CCJ.

APOIO JUDICIÁRIO

Artº 75º c) do CCJ Os requeridos no incidente de apoio judiciário

2, excepto quando tenham deduzido oposição manifestamente infundada, estão isentos de custas

SITUAÇÕES PROCESSUAIS

Artº 76º do CCJ Não há lugar a custas : · Nas reclamações para a conferência julgadas procedentes sem

oposição;

· Nas audiências para determinação da pena única no caso de conhecimento superveniente do concurso;

· Nos levantamentos de cauções; e

· Nos pedidos de modificação de execução da pena de condenados portadores de doença grave e irreversível em fase terminal (Lei 36/96 de 29/8).

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TAXA DE JUSTI

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TAXA DE JUSTIÇA

TAXA DE JUSTIÇA É INDIVIDUAL

Artº 513º e 515º

do CPP. A condenação dos arguidos em taxa de justiça é sempre individual. Havendo vários assistentes, cada um paga a respectiva taxa de

justiça.

TAXA DE JUSTIÇA NO TRIBUNAL DE EXECUÇÃO DAS PENAS

Artº 78º do CCJ No tribunal de execução das penas é devida taxa de justiça pelo

arguido, quando :

· Seja revogada a saída precária prolongada; · Seja revogada a liberdade condicional; · Seja revogada a reabilitação; ou

· Quando decaia em recurso por si interposto ou em que tenha deduzido oposição.

E que taxa de justiça é devida?

É devida taxa de justiça nos processos dos tribunais de execução das penas, sendo a mesma fixada entre 1 UC e 5 UC, nos termos do artº 85º nº 3 d) do CCJ. 3

Nos recursos, em processos dos tribunais de execução de penas, a taxa de justiça nos tribunais superiores pode ser reduzida até 1 UC – artº 87º nº 2 do CCJ.

TRIBUNAIS SUPERIORES

Artº 87º do CCJ

Processos instaurados desde 01/01/2004

· Supremo Tribunal de Justiça, entre 4 e 50 UC · Tribunal da Relação, entre 2 e 30 UC

· Se o recurso for julgado em conferência a taxa de justiça nos tribunais superiores é reduzida a metade.

Processos instaurados até 31/12/2004

· Supremo Tribunal de Justiça, entre 2 e 50 UC · Tribunal da Relação, entre 1 e 30 UC

· Se o recurso for julgado em conferência a taxa de justiça nos tribunais superiores é reduzida a metade.

3 Quando o Juiz não fixa o montante da taxa de justiça, e a mesma é variável, considera-se fixada no triplo do mínimo para processos instaurados desde 01/01/2004 e no dobro do limite mínimo para processos instaurados até 31/12/2003-artº 82º,nº 2 do CCJ.

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TAXA DE JUSTI

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PENA SUSPENSA

Artº 77º do CCJ · A suspensão da execução da pena não abrange as custas

Quando a pena é suspensa, significa que o arguido tem de efectuar o pagamento das custas?

Exacto.

Ex : Numa sentença o arguido foi condenado em 4 meses de prisão, bem como nas custas do processo com taxa de justiça de 3 UC, mínimo de procuradoria, e 1% para a APAV.

A pena foi suspensa pelo período de 2 anos.

Aqui, o que fica suspenso é apenas a pena, ou seja, os 4 meses de prisão. Mas as custas, isto é, a taxa de justiça, a procuradoria, o 1 % para a APAV, bem como encargos que existam no processo e que o CGT tenha adiantado, têm de ser liquidados e pagos pelo arguido.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO

Artº 86º do CCJ Pela interposição de qualquer recurso ordinário ou extraordinário em

processo penal, é devida taxa de justiça correspondente a 2 UC – autoliquidada nos termos da Portaria nº 42 de 14/01/2004.

Se recorrerem dois arguidos, é devida uma taxa de justiça ou duas ?

Por cada arguido que recorre é devida uma taxa de justiça de 2 UC.

E se os dois arguidos interpuserem recurso no mesmo requerimento ?

É devida uma taxa de justiça por cada arguido.

O pagamento é efectuado por guias ou autoliquidado ?

O pagamento é feito por autoliquidação, nos termos da Portaria nº 42/2004 de 14/Janeiro.

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TAXA DE JUSTI

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A

Procedendo ao pagamento por autoliquidação, quando deve o documento comprovativo ser junto ao processo ?

O documento comprovativo da autoliquidação deve ser junto ao processo com a apresentação do requerimento de interposição do recurso na secretaria, ou no prazo de 10 dias a contar da sua formulação no processo (p.e. em acta ) – artº 80º nº1 do CCJ

E se o recorrente não juntar o documento comprovativo do pagamento ?

Nesse caso, a secretaria notifica4 o mesmo para no prazo de cinco dias proceder à sua apresentação e proceder ao pagamento de uma sanção de montante igual à taxa de justiça devida, ou seja, 2 UC.

Esta sanção é paga por autoliquidação ?

Não. Esta sanção é paga por meio de guias que o tribunal envia ao recorrente notificando-o simultaneamente para em cinco dias apresentar o documento comprovativo de ter efectuado a autoliquidação.

E se o recorrente não efectuar a autoliquidação da taxa de justiça devida e não se mostrar paga a sanção ?

O tribunal deverá considerar sem efeito o requerimento para interposição do recurso – artº 80º nº3 do CCJ.

E se o recorrente se tratar de arguido preso ?

No caso de o recorrente ser arguido preso, não é devida taxa de justiça pela interposição de recurso, pois está isento nos termos do artº 522ºdo CPP.

A isenção de pagamento de taxa de justiça pela interposição de recurso pelos arguidos presos aplica-se em qualquer tribunal ?

Não. A isenção prevista no artº 522º do CPP apenas se aplica aos tribunais de 1ª instância.

E se o recurso tiver por efeito manter a liberdade do arguido ?

O recurso é recebido independentemente do pagamento da taxa de justiça, nos termos do artº 80º nº 5 do CCJ. Se, depois de admitido, o arguido recuperar de imediato a liberdade, dispõe, nos termos do nº1 do artº 80º, do prazo de 10 dias para proceder à apresentação na secretaria do documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça devida pela interposição do recurso.

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TAXA DE JUSTI

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ABERTURA DE INSTRUÇÃO

Artº 83º do CCJ Pela abertura de instrução, é devida taxa de justiça correspondente a 2 UC – autoliquidada nos termos da Portaria nº 42 de 14/01/2004.

Se a abertura de instrução for requerida por cônjuge é devida uma taxa de justiça por cada um ?

Se houver interesse individual5 na defesa é devida uma taxa de justiça por cada cônjuge.

O pagamento é efectuado por guias ou autoliquidado ?

É por autoliquidação, nos termos da Portaria nº 42/2004 de 14/01.

Procedendo à autoliquidação, quando deve o documento comprovativo ser junto ao processo ?

O documento comprovativo da autoliquidação deve ser junto ao processo, com a apresentação do requerimento para abertura de instrução na secretaria – artº 80º nº1 do CCJ.

E se o requerente não juntar o documento comprovativo do pagamento ?

A secretaria notifica o mesmo para no prazo de cinco dias proceder à sua apresentação e proceder ao pagamento de uma sanção de montante igual à taxa de justiça devida, ou seja, 2 UC.

Esta sanção é paga por autoliquidação ?

Não. Esta sanção é paga por meio de guias que o tribunal envia ao recorrente notificando-o simultaneamente para em cinco dias apresentar o documento comprovativo de ter efectuado a autoliquidação.

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TAXA DE JUSTI

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E se o requerente não efectuar a autoliquidação da taxa de justiça devida e não se mostrar paga a sanção ?

O tribunal deverá considerar sem efeito o requerimento para abertura de instrução – artº 80º nº3 do CCJ.

E se o requerente for arguido preso ?

No caso de o requerente se tratar de arguido preso, é devida taxa de justiça pela abertura de instrução. O artº 522º do CPP apenas isenta o arguido do pagamento de taxa de justiça pela interposição de recurso em 1ª instância e nos incidentes.

CONSTITUIÇÃO DE ASSISTENTE

Artº 83º do CCJ Pela constituição de assistente

6 é devida taxa de justiça correspondente a 2 UC – autoliquidada nos termos da Portaria nº 42 de 14/01/2004.

O pagamento é efectuado por guias ou autoliquidado ?

É por autoliquidação, nos termos da Portaria 42/2004 de 14/01.

Procedendo à autoliquidação, quando deve o documento comprovativo ser junto ao processo ?

O documento comprovativo da autoliquidação deve ser junto ao processo, com a apresentação do requerimento para constituição de assistente na secretaria – artº 80º nº1 do CCJ.

E se o requerente não juntar o documento comprovativo do pagamento ?

Nesse caso, a secretaria notifica o mesmo para no prazo de cinco dias proceder à sua apresentação e proceder ao pagamento de uma sanção de montante igual à taxa de justiça devida, ou seja, 2 UC.

Esta sanção é paga por autoliquidação ?

Não. Esta sanção é paga por meio de guias que o tribunal envia ao recorrente notificando-o simultaneamente para em cinco dias, apresentar o documento comprovativo de ter efectuado a autoliquidação.

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TAXA DE JUSTI

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E se o requerente não efectuar a autoliquidação da taxa de justiça devida e não se mostrar paga a sanção ?

O tribunal deverá considerar sem efeito o requerimento para a constituição de assistente – artº 80º nº3 do CCJ.

TAXA NORMAL

Artº 82º do CCJ Quando a taxa de justiça a aplicar seja variável e o Juiz não a fixe considera-se fixada a taxa normal.

E qual é o valor da taxa normal ?

Para processos instaurados desde 01/01/2004, a taxa normal é o triplo do

limite mínimo.

Ex.: Num processo com intervenção de tribunal singular instaurado a partir de 01/01/2004, em que a taxa de justiça varia entre 2 UC e 30 UC, quando o Juiz não a fixa, a taxa a aplicar (a taxa normal) é de 6 UC.

Para processos instaurados até 31/12/2003, a taxa normal é o dobro do

limite mínimo.

Ex.: Num processo com intervenção de tribunal singular instaurado até 31/12/2003, em que a taxa de justiça varia entre 1 UC e 30 UC, quando o Juiz não a fixa, a taxa a aplicar (a taxa normal) é de 2 UC.

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TAXA DE JUSTI

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TAXA DE JUSTIÇA NOS INCIDENTES

Processos instaurados desde 01/01/2004.

Nos incidentes é devida taxa de justiça entre 1 UC e 5 UC De que tipo de incidentes se trata ?

Trata-se dos incidentes referidos no artº 84º do CCJ : o de recusa7 (artº 43º a 47º e 54º do CPP);

o de anulação do processado (artº 118º a 123º do CPP) ; Artº 84º do CCJ, com a redacção dada pelo DL 324/03 de 27/12

o de apoio judiciário (artº 4º do CPP e 302º a 304º do CPC); o de habeas corpus (artºs 220º a 224º do CPP);

o da reclamação para a conferência (artº 4º do CPP e 700º do CPC); o outras questões legalmente configuradas como incidentes (conflito de

competência, aceleração do processado, ...); e

o nas ocorrências estranhas ao desenvolvimento normal do processo que devam ser tributadas segundo os princípios que regem a condenação.

E se o Juiz condenar nas custas do incidente e não fixar o montante ?

Nesse caso a taxa devida é a taxa normal, ou seja 3 UC (3 x o valor limite mínimo da taxa de justiça aplicável ao processo-artº 85º do CCJ).

Processos instaurados até 31/12/2003.

Nos incidentes de :

o de recusa (artº 43º a 47º e 54º do CPP);

o de anulação do processado (artº 118º a 123º do CPP) ; o de apoio judiciário (artº 4º do CPP e 302º a 304º do CPC); Artº 84º do

CCJ, anterior ao DL 324/03 de 27/12

o de habeas corpus (artºs 220º a 224º do CPP);

o da reclamação para a conferência (artº 4º do CPP e 700º do CPC); o outras questões legalmente configuradas como incidentes (conflito de

competência, aceleração do processado, ...); e é devida taxa de justiça entre ½ UC e 5 UC;

o nas ocorrências estranhas ao desenvolvimento normal do processo que devam ser tributadas segundo os princípios que regem a condenação, é devida taxa de justiça, entre ¼ UC e 5 UC,

E se o Juiz condenar nas custas do incidente e não fixar o montante ?

Nesse caso a taxa devida é a taxa normal, ou seja 2 x o limite mínimo da taxa de justiça aplicável ao processo-artº 85º do CCJ)

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TAXA DE JUSTI

Ç

A

TAXA DE JUSTIÇA CONSOANTE O PROCESSO

Artº 85º e 87º do CCJ

A taxa de justiça a aplicar em tribunais de 1ª instância e tribunais superiores é variável e fixada pelo Juiz entre os valores referidos nos artºs. 85º e 87º do CCJ.

Processos instaurados desde de 01/01/2004

TAXA DE JUSTIÇA

Mini mo Máximo Normal (artº82º nº2)

(artº 85º - 1ª instância) UC € UC € UC €

Processo com intervenção de Tribunal de Júri ou Colectivo (a)

4 356,00 € 50 4.450,00

€ 12 1.068,00 €

Processo com intervenção de Tribunal Singular (b) 2 178,00 € 30 2.670,00 €

6 534,00 €

Processos Sumários e Abreviados 2 178,00 € 20 1.780,00

€ 6 534,00 €

Denúncias de má fé ou com negligência grave 4 356,00 € 20 1.780,00

€ 12 1.068,00 €

Processos Sumaríssimos 1 89,00 € 5 445,00 € 3 267,00 €

Contravenções e Transgressões 1 89,00 € 5 445,00 € 3 267,00 €

Processos de jurisdição de menores 1 89,00 € 5 445,00 € 3 267,00 €

Processos nos Trib. Execução Penas 1 89,00 € 5 445,00 € 3 267,00 €

Nos casos de desistência da queixa, abstenção injustificada de acusar e rejeição da acusação do assistente, bem como naqueles em que o processo esteja parado por mais de um mês por negligência do assistente

1 89,00 € 5 445,00 € 3 267,00 €

(a) Em casos excepcionais o Juiz pode elevar até 200 UC (artº 85º nº2)

(b) Em casos excepcionais o Juiz pode elevar até 100 UC (artº 85º nº2)

(artº 87º - recursos) UC € UC € UC €

Supremo Tribunal de Justiça (c) 4 356,00 € 50 4.450,00

€ 12 1.068,00 €

Tribunal da Relação (c) 2 178,00 € 30 2.670,00

€ 6 534,00 €

Processos Contra Ordenação (recurso da decisão proferida por autoridade administrativa)

2 178,00 € 20 1.780,00

€ 6 534,00 €

c) Se o recurso for julgado em conferência a taxa é reduzida a metade (artº 87º nº3)

Nos recursos em processos de jurisdição de menores e do tribunal de execução de penas a taxa pode ser reduzida até 1/2 UC (artº 87º nº2).

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TAXA DE JUSTI

Ç

A

Processos instaurados até 31/12/2003.

TAXA DE JUSTIÇA

Mini mo Máximo Normal (artº82º nº2)

(artº 85º - 1ª instância) UC € UC € UC €

Processo com intervenção de Tribunal de Júri ou Colectivo (a)

2 178,00 € 50 4.450,00 €

4 356,00 €

Processo com intervenção de Tribunal Singular (b) 1 89,00 € 30 2.670,00

€ 2 178,00 €

Processos Sumários e Abreviados 1 89,00 € 20 1.780,00

€ 2 178,00 €

Denúncias de má fé ou com negligência grave 2 178,00 € 20 1.780,00 €

4 356,00 €

Processos Sumaríssimos ¼ 22,25 € 5 445,00 € ½ 44,50 €

Contravenções e Transgressões ¼ 22,25 € 5 445,00 € ½ 44,50 €

Processos de jurisdição de menores ¼ 22,25 € 5 445,00 € ½ 44,50 €

Processos nos Trib. Execução Penas ¼ 22,25 € 5 445,00 € ½ 44,50 €

Nos casos de desistência da queixa, abstenção injustificada de acusar e rejeição da acusação do assistente, bem como naqueles em que o processos esteja parado por mais de um mês por negligência do assistente

¼ 22,25 € 5 445,00 € ½ 44,50 €

(a) Em casos excepcionais o Juiz pode elevar até 200 UC (artº 85º nº2) (b) Em casos excepcionais o Juiz pode elevar até 100 UC (artº 85º nº2)

(artº 87º - recursos) UC € UC € UC €

Supremo Tribunal de Justiça (c) 2 178,00 € 50 4.450,00

€ 4 356,00 €

Tribunal da Relação (c) 1 89,00 € 30 2.670,00

2 178,00 €

Processos Contra Ordenação (recurso da decisão proferida por autoridade administrativa)

1 89,00 € 20 1.780,00 €

2 178,00 €

c) Se o recurso for julgado em conferência a taxa é reduzida a metade (artº 87º nº3)

Nos recursos em processos de jurisdição de menores e do tribunal de execução de penas a taxa pode ser reduzida até ¼ UC (artº 87º nº2)

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PROCURADORIA

PROCURADORIA

CONCEITO

A procuradoria é uma importância que impende sobre a parte condenada em custas e que se destina a compensar a outra parte no processo pelas despesas por ela realizadas com o seu mandatário judicial.

COMO É ARBITRADA E VALOR

Artº 95º nº 1 do CCJ

A procuradoria é arbitrada pelo tribunal, tendo em atenção o volume e a natureza da actividade desenvolvida e a situação económica do devedor, entre um quarto e metade da taxa de justiça individualmente devida.

VALOR QUANDO NÃO É FIXADA

Artº 95º nº 3 do

CCJ Quando o tribunal a não arbitre, a procuradoria considera-se fixada em metade da taxa de justiça individualmente fixada.

POR QUEM É DEVIDA E A QUEM SE DESTINA

Artº 95º nº 2 do CCJ

A procuradoria é devida pelo arguido e é contada a favor dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça, salvo se o processo tiver por objecto exclusivo crimes de natureza particular. Se a condenação resultar de crimes particulares e públicos, a procuradoria é dividida com o assistente na proporção que o Juiz fixar em função do número de cada espécie.

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PROCURADORIA

Ex.: Dois arguidos, por sentença, são condenados respectivamente em 2 UC e 3 UC de taxa de justiça e o Juiz não se pronuncia quanto ao valor da procuradoria. Qual o valor a cobrar ?

Não tendo o Juiz fixado o valor da procuradoria, fica a mesma automaticamente fixada em ½ da taxa de justiça devida por cada arguido.

Pelo que o arguido condenado em 2 UC de taxa de justiça pagará 1 UC de procuradoria e o arguido condenado em 3 UC de taxa de justiça pagará 1,5 UC de procuradoria

Sendo o arguido condenado em incidente é devida procuradoria?

Nos incidentes da acção penal não é devida procuradoria.

Quando o assistente é condenado em taxa de justiça é devida procuradoria ?

Não. O nº 2 do artº 95º apenas determina o destino da procuradoria devida pelo arguido, pressupondo a condenação em procuradoria a existência de condenação pela prática de crime.

Em processo em que só houve condenação pela prática de crimes particulares, qual o destino da procuradoria devida pelo arguido ?

O destino da procuradoria é, nesse caso, para o assistente.

O arguido foi condenado em 1ª instância, e tendo sido julgado improcedente o recurso interposto para o tribunal superior, foi em ambos condenado em taxa de justiça. É devida procuradoria em ambos os tribunais ?

Sim. Em processo penal é devida procuradoria na 1ª instância e nos tribunais superiores-artº 95º CCJ .

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PRÁTICA EXTEMPORÂNEA DE ACTOS

PRÁTICA DE ACTOS FORA DE PRAZO

Quando o acto for praticado fora de prazo, o cálculo da multa aplicável é feito com base na taxa de justiça mínima correspondente à respectiva forma de processo e, se o processo ainda não estiver classificado (por exemplo na fase de inquérito ou de instrução), é considerada a taxa de justiça mínima correspondente ao processo comum com julgamento pelo Juiz singular – artº 81º A do CCJ. Artºs. - 81º A do CCJ - 85º do CCJ - 87º do CCJ -107º nº 5 do CPP - 145º nº 6 do CPC

Conjugando o artº 81º-A do CCJ com o disposto no artº 107º nº5 do CPP (independentemente de justo impedimento, pode o acto ser praticado no prazo, nos termos e com as mesmas consequências previstas no processo civil) com o artº 145º do CPC e com o estatuído nos artºs 85º e 87º do CCJ, pode-se resumir a prática extemporânea de actos em processo penal da seguinte forma: Percentagem em relação à taxa justiça mínima : 1º Dia ¼ 2º Dia ¼ +¼ 3º Dia ¼+¼+¼ Artº145 nº6 2x Processo UC € UC € UC € UC € Tribunal de Júri ou Colectivo 1 89,00 € 2 178,00 € 3 267,00 € 8 712,00 € Tribunal Singular (a) 0,5 44,50 € 1 89,00 € 1,5 133,50 € 4 356,00 € Processos Sumários e Abreviados 0,5 44,50 € 1 89,00 € 1,5 133,50 € 4 356,00 € Processos Sumaríssimos 0,25 22,25 € 0,5 44,50 € 0,75 66,75 € 2 178,00 € Contravenções e Transgressões 0,25 22,25 € 0,5 44,50 € 0,75 66,75 € 2 178,00 € Processos de jurisdição de menores 0,25 22,25 € 0,5 44,50 € 0,75 66,75 € 2 178,00 € Processos nos Trib. Execução Penas 0,25 22,25 € 0,5 44,50 € 0,75 66,75 € 2 178,00 € Recurso de Contra Ordenação 0,5 44,50 € 1 89,00 € 1,5 133,50 € 4 356,00 € a) e quando o processo ainda não esteja classificado (artº 81º A, nº2)

Se não pagar e praticar o acto notifica-se para pagar multa de valor igual ao da taxa mínima fixada para o processo(145º nº6 CPC)

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PRÁTICA EXTEMPORÂNEA DE ACTOS

Em processo Abreviado o prazo para o arguido interpor recurso terminava no dia 19 de Março de 2004 (6ª feira) e o arguido só apresentou o requerimento de interposição de recurso, no dia 22/03/2004 (2ª feira). Quanto é que o mesmo teria de pagar pela prática do acto ? E até quando o poderia fazer ?

Sendo a taxa de justiça mínima no processo abreviado de 2 UC, e a sanção a aplicar pela prática do acto no 1º dia útil após o prazo8, de ¼ da taxa de justiça mínima correspondente à forma do processo, o arguido teria de pagar o equivalente a ¼ de 2 UC, ou seja 44,50 € (Cfr. tabela da página anterior) até ao termo do 1º dia útil posterior à prática do acto, que no caso seria 3ª feira, dia 23/03/2004.

No caso do arguido apresentar o requerimento num dos 3 dias úteis9 após o prazo e não solicitar guias, como proceder ?

Decorrido o prazo sem ter sido paga a multa, a secretaria oficiosamente notifica o arguido para em 10 dias, pagar a multa de montante igual ao dobro da taxa de justiça mínima correspondente à forma do processo. Neste caso de processo abreviado a multa seria de 2 x a taxa de justiça mínima, ou seja (2 x 2 UC) 4 UC, 356,00 €.

Artº 145º nº 6 do CPC

O pagamento desta multa é por guias ou por autoliquidação ?

É por meio de guias – Portaria 42/2004 de 14/01.

8 Artº 145º do CPC

Nº 5 – Independentemente de justo impedimento, pode o acto ser praticado dentro dos três primeiros dias úteis subsequentes ao termo do prazo, ficando a sua validade dependente do pagamento, até ao termo do 1º dia útil posterior ao da prática do acto, de uma multa de montante igual a um quarto da taxa de justiça inicial por cada dia de atraso, não podendo exceder 3 UC.

Nº 6 – Decorrido o prazo referido no número anterior sem ter sido paga a multa devida, a secretaria, independentemente de despacho, notifica o interessado para pagar a multa de montante igual ao dobro da taxa de justiça inicial, não podendo a multa exceder 20 UC.

9 Os 3 dias são dias úteis, ou seja dias em que a parte possa praticar o acto, p.e., prazo que termina a uma 6ª feira, o 1º dia útil é a 2ª feira seguinte, o 2º dia útil é a 3ª feira, e se a 4ª feira for feriado, o 3º dia útil é a 5ª feira.

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INSTRU

Ç

ÃO

INSTRUÇÃO

TAXA DEVIDA PELA ABERTURA DE INSTRUÇÃO

Artº 83º do CCJ Pela abertura de instrução

10, é devida taxa de justiça correspondente a 2 UC

Se a abertura de instrução for requerida por cônjuges é devida uma taxa de justiça por cada um ?

Se houver interesse individual11 na defesa, é devida uma taxa de justiça por cada cônjuge.

O pagamento é feito por guias ou autoliquidado ?

É feito por autoliquidação, nos termos da Portaria nº 42/2004 de 14/01.

Procedendo à autoliquidação, quando deve o documento comprovativo ser junto ao processo ?

O documento comprovativo da autoliquidação deve ser junto ao processo com a apresentação do requerimento para abertura de instrução na secretaria – artº 80º nº1 do CCJ.

E se o requerente não juntar o documento comprovativo do pagamento ?

Nesse caso, a secretaria notifica o mesmo para no prazo de cinco dias proceder à sua apresentação e proceder ao pagamento de uma sanção de montante igual à taxa de justiça devida, ou seja, 2 UC.

Esta sanção é paga por autoliquidação ?

Não, esta sanção é por meio de guias que o tribunal envia ao recorrente notificando-o simultaneamente para em cinco dias apresentar o documento comprovativo de ter efectuado a autoliquidação

E se o requerente não efectuar a autoliquidação e o pagamento da guia da sanção?

O tribunal determina que não seja declarada a abertura de instrução – artº 80º nº3 CCJ.

10 A fase de instrução encontra-se regulada entre os artºs 286º e 305º do CPP 11 Se houver dúvida suscitar a interpretação do Magistrado.

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INSTRU

Ç

ÃO

E se o requerente for arguido preso ?

No caso de o requerente ser arguido preso é devida taxa de justiça pela abertura de instrução. O artº 522º do CPP apenas isenta o arguido do pagamento de taxa de justiça pela interposição de recurso em 1ª instância e nos incidentes. Dado que a instrução deixou de ser considerado um incidente, o arguido não beneficia da referida isenção.

CONDENAÇÃO EM TAXA DE JUSTIÇA DO ASSISTENTE NA INSTRUÇÃO

Artº 83º Nº 2 do CCJ

Se o arguido não for pronunciado por todos ou alguns dos crimes constantes da acusação que o assistente haja deduzido, é devida taxa de justiça pelo assistente, fixada pelo Juiz 12no final da instrução entre 2 UC e 10 UC.

12 Caso o Juiz apenas condene o assistente, mas não fixe o montante da taxa de justiça, considera-se fixada a taxa normal.

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RECURSOS

RECURSOS

TAXA DE JUSTIÇA DEVIDA PELA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO

Artº 86º do CCJ Pela interposição de qualquer recurso ordinário ou extraordinário em processo penal é devida taxa de justiça correspondente a 2 UC –

autoliquidada nos termos da portaria nº 42/2004 de 14/01.

Se recorrerem dois arguidos é devida uma taxa de justiça ou duas ?

Por cada arguido que recorre é devida uma taxa de justiça de 2 UC.

E se os dois arguidos interpuserem recurso no mesmo requerimento ?

Mesmo interpondo recurso no mesmo requerimento é devida uma taxa de justiça por cada arguido.

O pagamento é feito por guias ou autoliquidado ?

É feito por autoliquidação, nos termos da Portaria nº 42/2004 de 14/01.

Procedendo à autoliquidação, quando deve o documento comprovativo ser junto ao processo ?

O documento comprovativo da autoliquidação deve ser junto ao processo com a apresentação do requerimento de interposição do recurso na secretaria ou no prazo de 10 dias da sua formulação no processo (p.e. em acta ) – artº 80º nº1 do CCJ

E se o recorrente não juntar o documento comprovativo do pagamento ?

Nesse caso, a secretaria notifica o mesmo para no prazo de cinco dias proceder à sua apresentação e proceder ao pagamento de uma sanção de montante igual à taxa de justiça devida, ou seja, 2 UC.

Esta sanção é paga por autoliquidação ?

Não. Esta sanção é paga por meio de guias que a secção envia ao recorrente notificando-o simultaneamente para em cinco dias apresentar o documento comprovativo de ter efectuado a autoliquidação.

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RECURSOS

E se o recorrente não efectuar a autoliquidação e o pagamento da guia da sanção?

O tribunal determina que o requerimento para interposição de recurso seja considerado sem efeito.

E se o recorrente for arguido preso ?

No caso de o recorrente ser arguido preso não é devida taxa de justiça pela interposição de recurso, pois o mesmo encontra-se isento nos termos do artº 522ºdo CPP.

A isenção de pagamento de taxa de justiça pela interposição de recurso pelos arguidos presos aplica-se em qualquer tribunal ?

Não. A isenção prevista no artº 522º do CPP, apenas se aplica nos tribunais de 1ª instância.

E se o recurso tiver por efeito manter a liberdade do arguido ?

O recurso é recebido independentemente do pagamento da taxa de justiça, nos termos do artº 80º nº 5 do CCJ. Se, depois de admitido, o arguido recuperar de imediato a liberdade, dispõe, nos termos do nº1 do artº 80º, do prazo de 10 dias para proceder à apresentação na secretaria do documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça devida pela interposição do recurso.

Se o recurso for interposto por fax, quando é que tem de ser junto o documento comprovativo de ter sido efectuada a auto liquidação pela interposição do recurso ?

Quando do envio por fax do requerimento para interposição do recurso, deve também ser enviado o documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça, devendo o respectivo original ser remetido ao Tribunal nos dez dias seguintes contados do envio por telecópia – artº 4º nº 3 do DL nº 28/92 de 27 de Fevereiro.

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ENCARGOS

ENCARGOS

CONCEITO

Encargos são as despesas decorrentes da actividade processual ao nível da instrução da causa.

As custas criminais compreendem a taxa de justiça e os encargos – artº 74º nº 1 CCJ.

ENQUADRAMENTO

Artº 89º a 95º do

CCJ. Na parte criminal os encargos encontram-se regulados no CCJ nos artºs. 89º e 95º.

ENCARGOS – O QUE COMPREENDEM

Aos processos instaurados até 31/12/2003 Aos processos instaurados desde de 01/01/2004 Reembolso por despesas adiantadas

Artº 89

nº 1 a) Os reembolsos ao CGT por despesas adiantadas, salvo as relativas aos gastos com papel.

Artº 89

nº 1 a) O reembolso ao CGT por despesas adiantadas entre outras, as relativas à transcrição de provas produzidas oralmente e a honorários pagos no âmbito do apoio judiciário.

Reembolso por honorários Artº 89

nº 1 b) Os honorários e a compensação por despesas atribuídas aos defensores nomeados

Artº 89

nº 1 b) Os honorários e a compensação por despesas atribuídas aos defensores nomeados

Intervenientes acidentais Artº 89

nº 1 c) As retribuições devidas a quem interveio acidentalmente no processo, incluindo as compensações legalmente estabelecidas

Artº 89

nº 1 c) As retribuições devidas a quem interveio acidentalmente no processo, incluindo as compensações legalmente estabelecidas

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ENCARGOS

Aos processos instaurados até 31/12/2003 Aos processos instaurados desde de 01/01/2004 Despesas de transporte13

Artº 89

nº 1 d) As despesas de transporte e ajudas de custo Artº 89 nº 1 c) As despesas de transporte e ajudas de custo

Reembolsos “Papel” Artº 89 nº 1 e) Artº 89 nº 1 f) Artº 89 nº 3 Artº 32 nº 2

O reembolso por franquias postais, comunicações telefónicas, telegráficas, por telecópia ou por meios telemáticos.

O reembolso com aquisição de suportes magnéticos necessários à gravação de provas.

Ao cálculo das despesas referidas nas al. e) e f) é aplicável o disposto no artº 32º nº2 do CCJ.

O reembolso pelos encargos referidos nas al. e) e f), é calculado à razão de metade de UC nas primeiras 50 folhas ou fracção do processado e de um décimo de UC por cada conjunto subsequente de 25 folhas ou fracção do processado.

Nos processos instaurados desde 01/01/2004, não há lugar a tributação pelo nº de folhas do processo

Procuradoria Artº 89

nº 1 g) A procuradoria Artº 89 nº 1 d) A procuradoria Transcrições

Artº 89

nº 1 c) Por força da alteração do artº 101º do CPP, pelo DL 324/03 de 27/12, às transcrições é aplicável a actual redacção do artº 89º nº 2 do CCJ.

Artº 89

nº 2 Nos casos em que haja lugar à transcrição das provas produzidas oralmente, os custos com a mesma são suportados pelo recorrente, mediante o pagamento do preparo para despesas, aplicando-se, com as necessárias adaptações, o disposto nos artºs. 43º a 46º do CCJ14

Contribuições devidas a instituições de segurança e previdência social Artº 89

nº 2 São equiparadas a encargos as contribuições devidas às instituições de segurança e previdência social a que se refere o artº 54º

Artº 89

nº 3 São equiparadas a encargos as contribuições devidas às instituições de segurança e previdência social a que se refere o artº 54º

Documentação das despesas

Embora não exista referência expressa, entende-se que há a necessidade de todas as despesas ficarem documentadas.

Artº 89

nº 4 Todas as despesas suportadas pelo CGT, mesmo respeitantes à fase de inquérito, ficam documentadas no processo.

13 As despesas de transporte são mencionadas no documento por quem o lavrar e são incluídas na liquidação. 14 Se o recorrente for isento ou beneficiar de apoio judiciário, é o CGT que adianta os custos com a trasncrição.

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ENCARGOS

REMUNERAÇÃO DE DEFENSORES

Artº 90º do CCJ.

A remuneração dos defensores que não sejam advogados, advogados estagiários ou solicitadores é arbitrada, tendo em consideração o volume e a natureza da actividade desenvolvida entre 1/5 de UC e 2 UC.

O artº 62º nº2 do CPP foi revogado pela Lei 30-E/2000 de 20/12, pelo que deixou de ter aplicação prática.

REMUNERAÇÃO A PERITOS

Artº 91º e 94º do CCJ.

A remuneração a peritos está regulada no artº 91º do CCJ, mas o tribunal pode, face à simplicidade da actividade desenvolvida, reduzir até metade a remuneração, como pode, em razão do tempo despendido, da dificuldade ou qualidade do serviço realizado, elevá-la até ao dobro.

A remuneração por perícias médico-legais e as perícias forenses estão fixadas na Portaria nº 1178-C/2000 de 15/1215.

COMPENSAÇÃO ÁS TESTEMUNHAS

Artº 93º do CCJ. As testemunhas convocadas para a audiência de discussão e julgamento, que o requeiram até ao seu termo, têm direito a

compensação nos termos da lei do processo (Cfr. Artº 317º nº4 do CPP)

PROCURADORIA

Artº 95º do CCJ. Consultar o capítulo “Procuradoria”.

15 O artº 91º nº2 do CCJ que remete a remuneração das perícias para a Portaria 1178-C/2000 de 15/12, foi revogada pelo artº 33º al, c) da Lei 45/2004 de 19 de Agosto (regime jurídico das perícias médico-legais e forenses), mantendo-se no entanto, nos termos do artº 34º, transitoriamente em vigor até à publicação das portarias previstas no artº 8º da referida lei.

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PREPARO PARA DESPESAS

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Trata-se de uma situação inovadora em custas no processo penal, pois nunca houve obrigação de efectuar preparo para despesas em sede de custas criminais.

EM QUE SITUAÇÃO HÁ LUGAR A PREPARO PARA DESPESAS

Artº 89º nº2 do

CCJ Há lugar a preparo para despesas nos casos em que seja requerida a transcrição das provas produzidas oralmente, aplicando-se com as

necessárias adaptações o previsto nos artºs. 43º a 46º do CCJ (preparo para despesas na parte cível do CCJ).

Aplica-se em todos os processos, quer os instaurados antes ou depois de 31/12/03 ?

Sim. O artº 101º nº2 16do CPP ( alterado pelo DL 324/03 de 27/12) remete o suporte com os encargos decorrentes de transcrições para os termos fixados no CCJ.

Em processo penal, só são devidos preparos para despesas nas transcrições ou são devidos também em outras situações ?

Os preparos para despesas em processo penal só são devidos nas transcrições. Não existe outra situação sujeita a preparos para despesas no processo penal.

QUEM EFECTUA O PAGAMENTO DOS PREPAROS PARA DESPESAS

Artº 89º nº2 do

CCJ Os preparos para despesas são suportados pelo(s) sujeito(s) processual(is) recorrente(s) (arguido, assistente,…)

16 Artº 101º nº do CPP – Quando forem utilizados meios estenográficos, estenotípicos ou outros diferentes da escrita comum, o funcionário que deles se tiver socorrido, ou, na sua impossibilidade ou falta, pessoa idónea, faz a transcrição no prazo mais curto possível, sendo os respectivos encargos suportados nos termos fixados no Código das Custas Judiciais, devendo a entidade que presidiu ao acto certificar-se da conformidade da transcrição, antes da assinatura.

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E se o recorrente estiver isento de custas ou tenha o benefício de apoio judiciário na modalidade de isenção de taxas de justiça e custas ?

Nesse caso, o CGT adiantará o pagamento dos encargos com a transcrição, entrando em regra de custas.

TRAMITAÇÃO

·

Requerimento onde é solicitada a transcrição

·

Conclusão para o Juiz autorizar

·

A secção procede ao cálculo17 dos preparos para despesas

·

Emissão das guias para o recorrente efectuar o pagamento do preparo

·

Remessa das guias ao recorrente para pagamento.

Qual o prazo que o recorrente tem para efectuar o pagamento do preparo para despesas ?

10 dias a contar da notificação para o efeito – artº 44º nº 2 por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ

E se não efectuar o pagamento ? Ainda o pode fazer ?

Sim. Nos 5 dias seguintes ao termo do prazo que tinha para o fazer, mediante o pagamento de taxa de justiça igual ao preparo em falta com o limite máximo de 3 UC – artº 45º nº 2 por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ. Ex.: O recorrente que teria de efectuar o preparo para despesas no valor de 500,00 € até ao dia 11/03/2004 e, não o tendo pago, compareceu na secretaria no dia 12/03/2004 solicitando guias para realização do mesmo.

São emitidas e entregues guias, com o valor do preparo para despesas (500,00 €), acrescido de taxa de justiça de 267,00 € (3 uc-limite máximo), sendo o prazo de pagamento das guias até 16/03/2004.

Além do recorrente, mais alguém pode efectuar o pagamento destes preparos ?

Sim, à parte contrária é permitido depositar o preparo que a outra não realizou se solicitar guias para o depósito imediato nos 5 dias posteriores ao termo do

17 Para efeito de cálculo deve ser solicitada ajuda junto do escrivão da secção ou do secretário do tribunal, dado estarem familiarizados com os custos que habitualmente acarretam as transcrições.

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prazo referido no artº 45º nº 2 do CCJ (após os 5 dias que o recorrente tem para efectuar o pagamento que não realizou) – artº 46º por força do artº 89º nº2 ambos do CCJ.

Ex.: O arguido recorrente não efectuou o pagamento do preparo nos 10 dias que a lei lhe confere, nem nos 5 dias subsequentes, pode então, p.e. o assistente, nos 5 dias seguintes, solicitar guias para efectuar o seu depósito imediato. Isto é, o depósito tem que ser feito no dia em que solicitou as guias.

E se os preparos para despesas não forem pagos. Qual é a consequência ?

Se os preparos para despesas não forem pagos a consequência é a não realização da diligência, ou seja, a não transcrição – artº 45º nº1 e) por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ.

E quando é emitida a nota de despesas para pagamento das transcrições ?

A emissão da nota de despesas18 é emitida no termo da diligência a que se destinam os preparos, ou seja, após as transcrições efectuadas (artº 45º nº1 e por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ) e ser proferido despacho judicial para o efeito, o que deverá ocorrer logo que é junta a transcrição e a respectiva factura19.

Além da emissão da nota para despesas é necessário efectuar algo mais ?

Sim. A emissão da nota na aplicação informática das custas apenas cativa a quantia para a entidade a favor da qual é emitida a mesma, sendo necessário que o escrivão de direito da secção aprove a nota, na aplicação informática das custas e o secretário de justiça proceda à sua confirmação – artº 43º nº3 por força do artº 89º nº2, ambos do CCJ.

18 Se o pagamento for adiantado pelo CGT (recorrente isento ou beneficiando de apoio judiciário), a nota é emitida no programa informático “Habilus” e entregue ao secretário de justiça. Se foi realizado preparo para despesas, a nota é emitida na aplicação informática das custas, não sendo entregue ao secretário de justiça, mas necessitando de posteriormente ser aprovada pelo escrivão de direito da secção e confirmada a aprovação pelo secretário de justiça.

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Se na nota aprovada se verificar que a mesma contém algum erro, ainda é possível corrigi-la ?

Não é possível corrigir notas emitidas, mas é possível rejeitá-las.

Após a aprovação pode o secretário de justiça, por iniciativa própria ou a solicitação do escrivão de direito, rejeitá-la na aplicação informática das custas.

E se o valor do preparo para despesas realizado for superior ao encargo com a transcrição ? O que se faz ao excesso ?

Se p.e., o preparo realizado foi no valor de 500,00 € e o encargo com a transcrição foi de 400,00 €, há um excesso de 100,00 € que será devolvido a quem o efectuou, através da emissão de “nota de restituição para pessoas” na aplicação informática das custas – artº 43º nº3 por força do artº 89º nº2 ambos do CCJ.

Esta nota também necessita de ser aprovada pelo escrivão de direito e aprovada pelo secretário de justiça.

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PEDIDO CIVEL

PEDIDO CÍVEL

PEDIDO CÍVEL NO PROCESSO PENAL

Artº 71º a 84º do

CPP20. O pedido cível / partes civis está regulado no Título V do CPP nos artºs. 71º a 84º.

TAXA DE JUSTIÇA E CUSTAS NO PEDIDO CÍVEL E NO ARRESTO

Artº 88º do CCJ Ao pedido cível e ao arresto enxertados no processo penal é aplicável o disposto nos artºs. 13º e seguintes, ou seja, o regime aplicável às

acções cíveis.

Artº 523º do CPP À responsabilidade por custas no pedido cível são aplicáveis as normas do processo civil.

20

Artº do CPP Regula / define

71º O pedido cível é deduzido no processo penal, só sendo em separado nos casos previstos na lei. 72º Quando pode o pedido cível ser deduzido em separado do processo penal

73º Contra quem pode ser deduzido

74º Quem o pode deduzir e poderes processuais

75º Dever de informação a quem possa deduzir pedido cível 76º Representação no pedido cível

77º Formulação do pedido cível no processo, por quem e até quando 78º Contestação ao pedido cível

79º Regras sobre a apresentação de provas

80º Comparência em julgamento – casos de obrigatoriedade 81º Renúncia, desistência e conversão do pedido cível

82º Liquidação em execução de sentença e reenvio para os tribunais civis 83º Exequibilidade provisória

Referências

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