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PARTE I – CONTEXTO E CARACTERÍ STI CAS DO ESTUDO

2 2 PREVALÊNCI A DE TABAGI S MO NO MUNDO E NO BRASI L

Esti ma-se que e m 2009 a pr eval ênci a de t abagi s mo no mundo er a de 36 % entre os ho mens mai ores de 15 de anos e de 8 % e nt re as mul heres. Essas pr oporções, no ent ant o, se di stri buem de ma neira bast ant e het er ogênea entre as r egi ões do mundo. Enquant o nos paí ses de bai xa r enda a pr eval ênci a de t abagi s mo er a de 30 % nos ho mens e 4 % nas mul heres, nos paí ses co m r enda alt a a pr eval ência das mul her es mai s do que quadri pli cava ( 19 %) e entre os ho mens 32% ut ili zava m o tabaco. No sexo masculi no a mai or pr eval ênci a de t abagi s mo f oi encontrada nos paí ses de r enda médi a- bai xa. Entre as mul heres, as t axas são r el ati va ment e mai s alt as e m paí ses de r enda médi a e alt a. De acor do co m a r egi ão da OMS, as preval ênci as vari a m entre os ho mens de 17 % na Áfri ca a 51 % na r egi ão oci dent al do pacífi co, e ent re as mul heres vari a m entre 3 % na Áfri ca a 22 % na Eur opa ( Tabel a 1). O paí s co m a me nor pr eval ênci a de t abagi s mo entre os ho mens f oi a Eti opi a ( 8 %) e as mai ores t axas f ora m encontradas no Ki ri bati ( 71 %). Em r el ação às mul heres, a pr eval ênci a variou de 1 % e m Beni n e Bar bados e ati ngi u 50 % e m Naur u20.

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TABELA 1: Pr eval ênci a de t abagi s mo e pr odut os deri vados do tabaco e m adult os de 15 anos ou mai s anos de i dade nas r egi ões da OMS e gr upos de renda do Banco Mundi al e m 2009

Vari ávei s Ho me ns ( %) Mul heres ( %)

Re gi ão

Áfri ca 17 3

Améri cas 26 16

Sudest e da Ási a 30 5

Eur opa 41 22

Medit errâneo ori ent al 33 4

Pacífi co oci dent al 51 4

Gr upos de renda

Bai xa renda 30 4

Renda médi a bai xa 39 4

Renda médi a 37 15

Renda alt a 32 19

Baseado e m: Worl d Healt h Or gani zati on, 201220.

Gi ovi no et al21 i nvesti garam o us o do t abaco e m 3 bil hões de i ndi ví duos de 14 paí ses partici pant es do Gl obal Adult Tobacco Survey ( GATS ) e do Rei no Uni do e Est ados Uni dos. Tr at a-se de u m levant a ment o do mi cili ar si ste mati zado pel a Or gani zação Mundi al de Saúde ( OMS) e m par ceria co m o Cent er f or Di sease Cont rol and Preventi on ( CDC) dos Est ados Uni dos da Améri ca. Os r esult ados de monstra m que a pr eval ênci a de t abagi s mo f oi de 48, 6 % (I C95 % 47, 6- 49, 6) entre os ho mens e 11, 3 % (I C95 % 10, 7- 12, 0) entre as mul her es. A pr oporção entre os ho mens vari ou de 21, 6 % no Br asil a 60, 2 % na Rússi a, e nas mul heres entre 0, 5 % no Egit o a 24, 4 % na Pol ôni a. No Rei no Uni do a pr opor ção de ho mens f u mant es f oi de 22, 8 % e nas mul heres 20, 6 % e j á nos Est ados Uni dos f oi de 24, 0 % nos ho mens e de 16, 2 % nas mul heres ( Fi gura 1).

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Fi gura 1: Pr opor ção de adultos entre 15 anos ou mai s de i dade que fu ma m ci garr os e out r os pr odut os deri vados do t abaco e os nú mer os at uai s de fu mant es de t abaco ( e m mi l hões), por sexo, par a o Rei no Uni do, os Est ados Uni dos da Améri ca e os 14 paí ses parti ci pant es do GATS.

Font e: Gi ovi no et al21. (2012)

A pr eval ênci a nos ho mens geral ment e f oi mai or na i dade adult a j ove m e na mei a i dade. Nas mul heres, obser vara m-se padrões diferent es: nos paí ses asi áti cos e no Egit o a pr eval ênci a de t abagis mo f oi muit o bai xa nas j ovens e au ment ou co m a i dade, enquant o na Pol óni a, Tur qui a, Br asil e EUA a pr eval ênci a de t abagi s mo au ment ou na i dade adult a j ove m e na mei a i dade; nas mul heres mai s vel has obser var a m- se frequênci as menor es. Nos de mai s paí ses a pr eval ência de t abagi s mo entre as mul heres é el evada entre as j ovens e di mi nui progressi va ment e nos outros gr upos et ári os de mai or i dade. Em r el ação a o nú mer o de ci garr os f u mados por di a, a mé di a vari ou de 6, 1 na Í ndi a a 19, 4 no Egit o nos ho mens e de 6, 9 nas Filipi nas a 15, 5 na Pol ôni a entre as mul heres21.

De acor do co m a Or gani zação Mundi al de Saúde a pr eval ênci a de tabagi s mo na Eur opa e m 2005 er a de 40, 0 % entre os home ns, vari ando

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entre 14, 4 % na Suéci a, 29, 1% na It áli a, 31, 7 % na Al e manha a 64, 9 % na Rússi a. Ent re as mul heres, a pr oporção de f u mant es er a de 28, 6 %, vari ando de 0, 4 % no Azer baij ão, 15, 5 % na It áli a, 18, 1% na Suéci a a 40, 0 % na Áustri a22.

Já na Améri ca Lati na as menor es pr oporções de ho mens f u mant es fora m i dentifi cadas na Repúbli ca Do mi ni cana ( 17, 2 %) e no Pana má (17, 4 %) e as mai ores na Bolí vi a ( 40, 7 %)23. Nas mul heres, os menor es í ndi ces f ora m encontradas no Per u ( 6, 9 %) e no Equador ( 8, 2 %) e os mai ores no Chil e ( 37, 1 %) . Obser vara m-se el evadas pr opor ções de adol escent es est udant es ( 13 a 15 anos) do sexo masculino f u mant es na Ar genti na, Ur uguai e Per u e do sexo f e mi ni no na Ar genti na e Ur uguai. Const at ou-se, ta mbé m, que mai s adol escent es do sexo f e mi ni no do que adol escent es do sexo mascul i no f u mava m ci garr os, sendo a pr eval ênci a entre as adol escent es 11, 9% mai or do que a dos adol escent es e m Santi ago, 6, 2 % na Ar genti na e 4, 0 % e m São Paul o23. Ent re adol escent es de 13 a 15 anos a pr evalênci a de adol escent es do sexo f e mi ni no fu mant es no Ur uguai entre 2005 e 2010 f oi de 25 %, 30% na Ar genti na, 31 % no Br asil e 40 % no Chil e. Enquant o nos adol escent es as t axas fora m me nor es do que as obser vadas nas adol escent es, 21 % no Ur uguai, 26 % na Ar genti na, 29 % no Br asil e 30 % no Chil e20.

No Br asil, a Pesqui sa Naci onal por Amostra Do mi cili ar ( PNAD), reali zada e m 2008 pel o I nstit ut o Br asil eiro de Geogr afi a (I BGE) e m t odo o t errit óri o naci onal const at ou pr eval ênci a de f u mo di ári o de 15, 1 % (11, 6 % de mul heres e 18, 8% de ho mens), vari ando de 12, 8 % na r egi ão Nort e a 17, 4 % na r egi ão Sul. Os mai ores val ores f ora m obser vados na fai xa et ári a de 40 a 59 anos, no gr upo co m me nor ní vel soci oeconô mi co, nos t rabal hadores ati vos, nos i ndi ví duos co m mai or car ga hor ári a de trabal ho e nos funci onári os do set or pri vado24.

A Pesqui sa Es peci al de Tabagi s mo ( PETab), r eali zada e m 2008 co mo s upl e ment o da P NAD t eve co mo popul ação-al vo pessoas co m 15 anos ou mai s de i dade. O r esult ado mostrou que exi stia no Br asil, e m 2008, 24, 6 mil hões de f u mant es ( 17, 2 %), co m pr eval ência de 21, 6 % de ho mens e 13, 1 % de mul heres. Os per cent uai s de f u mant es er a m mai or es entre as pessoas de 45 a 64 anos de i dade ( 22, 7 %), entre os mor ador es da r egi ão Sul ( 19, 0 %), os me nos escol ari zados ( 25, 0%) e ent re os de me nor renda ( 23, 1 %). De acor do co m as Uni dades da Feder ação, o percent ual de f u mant es variou de 13, 1 % e m Ser gi pe a 22, 1 % no Acr e. Adi ci onal ment e, a mai or par cel a dos f u mant es di ári os ( 33, 9 %) consu mi a entre 15 e 24 ci garros por di a. Por outr o l ado, quase t odos os

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fu mant es ( 93, 0 %) afir mavam s aber que o ci garr o pode causar doenças gr aves, 52, 1 % r el at ara m que pensava m ou pl anej a m parar de f u mar e 45, 6 % t ent ara m par ar de f u mar nos 12 meses ant erior es à dat a da entrevi st a25.

2. 3 DESI GUALDADES S OCI OECONÔMI CAS NA