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Capítulo V. Análise dos dados e discussão dos resultados

5.2. Técnicas de tratamentos de dados

5.4.1.2. Primeira sessão de intervenção

Portal Educativo: “ Escolovar”

Atividade: “Investigating angles and the use of protractors”

Previamente ao início da sessão, toda a turma foi informada de que iam realizar atividades nos computadores, tendo sido necessária a deslocação para a sala de informática do Agrupamento Afonso de Paiva (figura 31).

Ao chegar a sala de informática, os alunos distribuíram-se pelos computadores, sendo que cada aluno ficou com um computador. A sala de informática possuía num total de 28 computadores, permitindo que pudesse ficar um aluno por computador. Depois de estarem sentados e de acordo com as instruções da investigadora é que lhes foi permitido ligarem os computadores.

Depois dos computadores estarem ligados e antes dos alunos iniciarem qualquer atividade, a investigadora começou por explicar de forma clara cada passo necessário até chegarem às atividades a realizar. Ao mesmo tempo, todos os alunos acompanhavam as instruções uma vez que estas eram projetadas de modo a que todos tivessem acesso à visualização. Seguidamente os aulos iam executando os passos indicados à medida que a investigadora os ia realizando. Mais se informa, que foi distribuído um guião com o ‘percurso didático’ associado à atividade a realizar.

Depois de todos os alunos terem chegado à atividade, e para que nenhum a começasse antes do tempo indicado, foi pedido para que todos os alunos retomassem a atenção à investigadora, pois esta iria dar novas instruções, uma vez que este era uma atividade em inglês, e que eles precisariam ouvir e observar a explicação em português.

Após a exemplificação e explicação dada pela investigadora, foi pedido para que os alunos executassem as atividades propostas houve o apoio do ‘par pedagógico’ para um maior controlo e maior apoio. Inicialmente, não estava previsto este apoio mais direto do par pedagógico. Aquando do primeiro contato com os computadores (avaliação inicial), pelo facto de estar um aluno por computador, num total de 18, a investigadora sentiu a necessidade de reformular a sua atuação (previamente não tinha a intenção de envolver o ‘par pedagógico’) por sentir que seria mais eficaz. Sendo esta uma investigação baseada num modelo de investigação-ação, a reflexão da ação levou à introdução desta reformulação (figura 32).

Durante a realização desta atividade, os alunos demonstraram-se bastante ansiosos, pelo facto de quererem trabalhar com os computadores, um dos problemas que poderia surgir, era o problema do idioma ser em inglês, mas tal não aconteceu, pelo facto de a matemática ter uma linguagem universal e pelo facto de estarem bastante atentos no que disse respeito à constante explicação que a investigadora ia fazendo. É de salientar que todos apresentaram um grande interesse pela atividade.

Nesta atividade era solicitado para que os alunos observassem como se mediam os ângulos com um transferidor e as suas respetivas leituras. É importante referir que as atividades relacionadas com a medição de ângulos foram realizadas em aulas anteriores com recurso a transferidores. Para o efeito, os alunos forma solicitados a medirem ângulos no caderno e no quadro. A observação destas atividades permitiu tornar evidentes as dificuldades relacionadas com o posicionamento do transferidor, o que levava à realização de leituras erradas. Por essa razão, se procedeu a inclusão deste recurso digital com um duplo sentido: melhorar e ultrapassar as dificuldades dos alunos na medição e leitura dos ângulos e, numa fase posterior, criar condições para que os alunos possam treinar e consolidar essas competências. O Anexo 6 apresenta as planificações das 4 sessões de intervenção.

Durante esta atividade, os alunos demonstraram um enorme interesse, pois segundo as reações apresentadas, muitos diziam que era uma maneira mais fácil de perceber como se posicionava o transferidor num ângulo. Houve trabalho cooperativo e colaborativo, pois a partilha de ideias foi bastante percetível entre eles. Os alunos que apresentavam mais dificuldades, por terem uma fraca competência digital, foram acompanhados sempre que possível pela investigadora e pelo par pedagógico o que possibilitou a realização das tarefas sem grandes problemas.

A título de exemplo, passam-se a apresentar alguns dos comentários proferidos pelos alunos:

“Eu gostei muito da atividade, foi fixe medir os ângulos no computador e acertei.” (B)

No final da atividade, é possível afirmar-se, de um modo geral, que os objetivos pretendidos tinham sido atingidos. Nesta atividade foi notória uma grande evolução por parte dos alunos que apresentavam maiores dificuldades. Neste sentido, podemos afirmar que todos os alunos estiveram sempre motivados e apresentaram um comportamento bastante adequado, um empenho e interesse na concretização das tarefas, assim como também demonstraram bastante autonomia e iniciativa. A tabela 10 apresenta a síntese relativa aos comportamentos que foram observados:

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Tabela 9. Avaliação da atividade 1 Compreensão da atividade Sim Não Notas

Compreendeu a tarefa X Todos os alunos

tiveram uma compreensão rápida da tarefa. Sabe utilizar os botões para aumentar e

diminuir os ângulos X Todos os alunos estiveram aplicados a aumentar e a diminuir a amplitude dos ângulos.

Sabe manusear o rato de modo a posicionar o transferidor no local correto

X Os alunos “H” e “M” tiveram algumas dificuldades no posicionamento do transferidor no vértice dos ângulos, contudo depois de um apoio personalizado, conseguiram superar as suas dificuldades. Sabe fazer a leitura do ângulo X O Aluno “H” teve

alguma

dificuldade em fazer a leitura da amplitude dos ângulos.

É importante referir que a Professora Cooperante emitiu uma opinião bastante positiva relativamente à atividade realizada, ao afirmar:

“ (...) foi uma atividade muito boa e que na atualidade, isto faz parte do dia-a-dia deles e faz falta este tipo de atividades (...) portaram-se lindamente”.

“(…) a utilização do computador foi decisiva porque eles se sentes muito motivados por usar estes equipamentos.”

“Sentiu-se uma grande evolução nos alunos, porque com este recursos conseguiram mesmo medir os ângulos, foi possível observar-se uma melhoria generalizada no seu desempenho… acho que só uma pequena minoria… sei lá, um ou dois é que ainda mostraram dificuldade.”

Do mesmo modo, o ‘par pedagógico’ também afirmou que os alunos tinham estado muito motivado e que lhe tinha parecido terem superado as grandes dificuldades que tinham mostrado nas aulas anteriores:

“(…) foi uma grande mudança… nem o inglês os atrapalhou.”

“(…) mas sou sincera, se não tivesse colaborado tinha sido mais difícil acompanhar 18 computadores. Mesmo assim, eles iam-te acompanhando quer na projeção e outros no guião.”

Em termos globais, a investigadora sentiu alguma dificuldade no acompanhamento individual dos alunos, pelo que a colaboração do ‘par pedagógico’ se pode considerar como tendo sido bastante positiva. Uma possível alteração poderia ter passado pela distribuição de dois alunos por computador. Desta forma, a investigadora teria que acompanhar ‘apenas’ nove computadores/grupos em vez de 18 computadores. No entanto, tal não ocorreu devido à possibilidade de cada alunos ter o seu computador. Esta opção foi também apoiada pelo facto do desempenho dos alunos no contato inicial com os computadores ter demonstrado que eles dominavam com facilidade este recurso.

5.4.1.3. Segunda sessão de intervenção