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I REVISÃO DA LITERATURA

Questionário 6 primeiras questões

Relativamente à questão inicial do questionário: Gostaste das aulas de educação musical? Porquê? 27 dos 28 elementos da amostra respondeu sim, de acordo com o gráfico 5.5:

Gráfico 5.5 - Resposta à questão: Gostaste das aulas de educação musical?

Já relativamente ao porquê, e feita uma análise de conteúdo às respostas dos alunos considerámos a existência de sete categorias dominantes: porque treinámos músicas para a apresentação ; porque as aulas são divertidas ; gostei de fabricar o instrumento e tocá-lo ; gostei de aprender as notas ; foi magia/ coisas diferentes ;

experiência nova, tocar com objetos ; toquei instrumentos e novas músicas .

Já relativamente ao porquê, e feita uma análise de conteúdo às respostas dos alunos considerámos a existência de sete categorias dominantes: porque treinámos músicas para a apresentação ; porque as aulas são divertidas ; gostei de fabricar o instrumento e tocá-lo ; gostei de aprender as notas ; foi magia/ coisas diferentes ;

experiência nova, tocar com objetos ; toquei instrumentos e novas músicas .

As respostas dadas estão de acordo com a especificidade do trabalho realizado num e noutro período, como se pode observar no gráfico 5.6.

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Gráfico 5.6 - Resposta à questão: Gostaste das aulas de educação musical? Porquê?

Quanto à resposta à questão 2: O que mais gostaste de fazer nas aulas de educação musical? Porquê? , o importante era analisar o porquê, e feita a análise de conteúdo às respostas dos alunos considerámos a existência de seis categorias dominantes: cantar e tocar determinada música ; ver os Stomp ; aprender os ritmos ; tocar objetos e fazer sons / instrumentos o seu ; aprender as notas e escrevê-las ; tocar na apresentação .

As respostas dadas também estão de acordo com a especificidade do trabalho realizado num e noutro período. Por exemplo, enquanto as categorias: ver os Stomp e aprender os ritmos , só aconteceram no trabalho com instrumentos alternativos, as restantes categorias são comuns ao trabalho das duas práticas instrumentais. No gráfico seguinte podemos comparar as respostas dadas.

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Gráfico 5.7 - Resposta à questão: O que mais gostaste de fazer nas aulas de educação musical? Porquê?

Quanto à resposta à questão 3: Em que é que tiveste mais dificuldades nas aulas de educação musical? Porquê? a qual estava inversamente relacionada com a anterior pretendemos ir mais longe no sentido de saber das dificuldades relativamente às duas práticas instrumentais vivenciadas.

Na análise de conteúdo feita às respostas dos alunos considerámos a existência de seis categorias dominantes: figuras rítmicas ; não estava a perceber ; notas musicais ; executar a música/ decorar música ; exercícios rítmicos ; tocar instrumento , outros alunos não conseguiram exprimir a natureza das suas dificuldades.

Mais uma vez as respostas dadas estão de acordo com a especificidade do trabalho realizado num e noutro período. Por exemplo, enquanto a categoria: exercícios rítmicos só aconteceu no trabalho com instrumentos alternativos, a categoria: tocar instrumento só aconteceu no trabalho com instrumentos convencionais. Quanto à categoria: não estava a perceber , embora só tivesse uma resposta, decidimos incluí- la aqui porque é representativa da pouca complexidade das tarefas a executar e quando esta existiu esteve mais no campo da prática instrumental alternativa como podemos observar no gráfico.

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Gráfico 5.8 - Resposta à questão: Em que é que tiveste mais dificuldades nas aulas de educação musical? Porquê?

As respostas à questão 4: Achas que tiveste ajuda da tua professora sempre que foi necessário? Em quê? pretendemos uma opinião relativamente à impressão dos alunos sobre o trabalho da professora, porque uma diferença acentuada na atitude da docente relativamente a uma determinada prática instrumental poderia influenciar os resultados do estudo num dado sentido e pretendemos ver se esta situação se verificou ou não. Os resultados indiciam que a atitude da docente foi estável e neutra sem diferenças de uma para outra prática instrumental, como mostra o gráfico relativo à primeira parte da questão.

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Já relativamente ao porquê, e feita uma análise de conteúdo às respostas dos alunos considerámos a existência de seis categorias dominantes: explicar figuras rítmicas ;

ritmo ; tudo ; escrever as notas ; a presentação e tocar .

Todas as categorias, à exceção de uma: ritmo , que só aconteceu no trabalho com instrumentos alternativos, as outras apresentam valores semelhantes, ainda que com outra meia exceção na categoria tocar , em que os alunos querem dizer que tocar um instrumento convencional e com regras convencionais se tornará mais difícil. Situação que logicamente se torna extensível à categoria escrever as notas , conforme os resultados globais expressos e visíveis no gráfico seguinte:

Gráfico 5.10- Resposta à questão: Achas que tiveste ajuda da tua professora sempre que foi necessário? Em quê?

Quanto à resposta à questão 5: Achas que os teus colegas colaboraram contigo? Em quê? , Pode observar-se no gráfico 5.11, que a maioria dos alunos que constitui o total da amostra, considera que teve colaboração dos colegas. 24 alunos no 1º período e 19 no 2º período.

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Gráfico 5. 11 - Resposta à questão: Achas que os teus colegas colaboraram contigo?

Relativamente ao porquê, e feita uma análise de conteúdo às respostas dos alunos considerámos a existência de cinco categorias dominantes: apresentação ; tudo ;

decorar e tocar músicas ; selecionar instrumentos e cantar músicas .

Nesta questão os resultados dos alunos que responderam afirmativamente é muito idêntico em todas as categorias da primeira para a segunda avaliação e expressa o clima colaborativo havido no decurso das duas práticas instrumentais, como podemos observar pelo gráfico seguinte:

Gráfico 5.12 -Resposta à questão: Achas que os teus colegas colaboraram contigo? Em quê

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Quanto à resposta à questão 6: Achas que o público gostou da apresentação das músicas? Porquê? Pode observar-se no gráfico 5.13, que 100 % da amostra considera que efetivamente existe a impressão unânime de que o público gostou do trabalho apresentado, conforme a representação gráfica:

Gráfico 5. 13 - Resposta à questão: Achas que o público gostou da apresentação das músicas?

Relativamente ao porquê, e feita uma análise de conteúdo às respostas dos alunos considerámos a existência de seis categorias dominantes: público participou dizendo magia ; correu bem / apresentaram vídeo ; divertido / uma senhora deu-nos chocolates ; nunca tinham ouvido nada assim ; sorriam e aplaudiram muito e

opinião dada pelos colegas no recreio .

Nesta questão voltamos a estar em presença de respostas que estão de acordo com a especificidade do trabalho realizado num e noutro período. Por exemplo, enquanto as categorias: nunca tinham ouvido nada assim ; e opinião no recreio , refere-se à opinião de outros alunos que assistiram, dada no recreio e que se relaciona com o trabalho com instrumentos alternativos. As restantes categorias apresentam valores aproximados da primeira para a segunda avaliação, embora na categoria público participou dizendo magia , o valor absoluto das respostas é mais elevado, reflexo da participação ativa da assistência, mais caraterística na prática instrumental alternativa. A mesma tendência verificou-se na categoria sorriam e aplaudiram muito reflexo da participação ativa da assistência, mais caraterística na prática convencional, como podemos observar no gráfico seguinte:

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Gráfico 5.14 -Resposta à questão: Achas que o público gostou da apresentação das músicas? Porquê?

Questionário comparativo - 6 últimas questões

Iniciamos aqui a análise às seis últimas questões, aquelas que estabelecem uma comparação direta com as duas práticas instrumentais. Por isso e para estabelecer esta diferença entendemos mudar a apresentação gráfica.

Na resposta à questão 7: Na tua opinião gostaste mais das aulas, no 1º ou no 2º período? Porquê? pretendemos uma opinião relativamente às duas práticas instrumentais diferenciadas no 1º e no 2º períodos letivos. No 2º período com o recurso aos instrumentos convencionais, pode observar-se no gráfico 15, que 64% dos alunos apreciou mais a prática do 2º período e apenas 22% gostou mais da prática com objetos. Os restantes 14% manifestaram-se igualmente agradados com uma e com outra de acordo com o gráfico:

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Gráfico 5.15 - Resposta à questão: Na tua opinião gostaste mais das aulas, no 1º ou no 2º período?

Relativamente ao porquê, e feita uma análise de conteúdo às respostas dos alunos considerámos a existência de quatro categorias dominantes, duas relativamente à preferência pela prática instrumental seguida no 1º período, com objetos sonoros: mais divertido / interessante e nunca se tinha feito na Escola , referenciados com a cor azul na infografia. Depois mais duas relativamente à preferência pela prática instrumental seguida no 2º período, com instrumentos Orff: gostei mais de tocar instrumentos e mais difícil e requeria mais concentração , referenciados com a cor verde.

Para os alunos que se manifestaram igualmente agradados com uma e com outra escolhemos a designação de igual e surgem na infografia com a cor vermelha.

No conjunto das respostas, o que sobressai é que o que mais agradou aos alunos foi tocar com os instrumentos Orff, ligados a uma prática instrumental convencional, conforme o gráfico seguinte:

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Gráfico 5.16 -Resposta à questão: Na tua opinião gostaste mais das aulas, no 1º ou no 2º período? Porquê?

Para aferir a consistência da questão anterior, a resposta à questão 7, a questão 8 perguntava: Tiveste mais dificuldades no 1º ou no 2º período? Porquê? Pretendia-se saber se com o acesso a uma prática instrumental diferente e com o recurso a objetos banais haverá mais facilidade em fazer música. Pode observar-se no gráfico 17, que 14% dos elementos da turma, consideram que não é mais fácil fazer música com objetos sonoros, durante o período em que foi introduzida a prática instrumental que designamos de alternativa , enquanto 7% da amostra considerou que era igual. Assim, 79% da amostra considerou que fazer música com instrumentos convencionais foi mais difícil.

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Relativamente ao porquê, e utilizando a mesma técnica de análise de conteúdo às respostas dos alunos considerámos a existência das mesmas quatro categorias dominantes, duas relativamente à preferência pela prática instrumental seguida no 1º período, com objetos sonoros: tocar determinada música , referida por três alunos e aprender ritmos referida por dois alunos, referenciados com a cor azul na infografia.

Depois considerámos mais duas categorias relativas à preferência pela prática instrumental seguida no 2º período, com instrumentos Orff: difícil tocar instrumentos referida por doze alunos e aprender as notas e escrevê-las referida por nove alunos. Apenas dois alunos consideraram que o grau de dificuldade foi idêntico em cada um dos períodos, conforme o gráfico seguinte. Os resultados apresentados conferem desde já uma tendência entre estas duas primeiras questões finais: os alunos consideram que apesar de terem gostado mais da prática instrumental seguida no 2º período, com instrumentos Orff, a acharam simultaneamente mais difícil.

Gráfico 5. 18 - Resposta à questão: Tiveste mais dificuldades no 1º ou no 2º período? Porquê ?

Quanto à resposta à questão 9: Achas que a Professora ensinou melhor no 1º ou no 2º período? ou foi igual, Porquê? pretendia-se saber se a atitude da professora teria de alguma forma influenciado a preferência dos alunos por uma das duas práticas instrumentais. Sobre isto, os resultados dizem-nos que quase dois terços da amostra, 72% afirmam que foi igual . Enquanto 21% consideraram que a professora tinha ensinado melhor no segundo período aquando da prática instrumental com

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instrumentos Orff e 7% consideraram que a professora esteve melhor no 1º período com a prática instrumental alternativa .

Gráfico 5.19 -Resposta à questão: Achas que a Professora ensinou melhor no 1º ou no 2º período? ou foi igual?

Nesta questão temos a referir que consideramos interessante apenas as cinco respostas dadas pelos alunos que compunham a amostra que referiram que a professora tinha sido mais exigente, conforme mostra o gráfico seguinte:

Gráfico 5.20- Resposta à questão: Achas que a Professora ensinou melhor no 1º ou no 2º período? ou foi igual, Porquê?

A questão 10 pretendia saber a exemplo da anterior como é que outros elementos intervenientes no estudo tinham influenciado a prática e a questão era: Achas que,

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os teus colegas te ajudaram mais no 1º ou no 2º período? ou foi igual, Porquê? As respostas globalmente vão no mesmo sentido da anterior, ou seja, 68% da amostra considerou qua a ajuda recebida dos colegas foi igual nos dois períodos.

Gráfico 5.21- Resposta à questão: Achas que, os teus colegas te ajudaram mais no 1º ou no 2º período? ou foi igual?

A análise que efetuámos às respostas dadas, conforme o gráfico seguinte, apontam para um equilíbrio entre as respostas dos alunos. Os que consideram que houve uma ajuda maior dos colegas no 1º período, apresentam dois fatores principais que suportam esta opinião: mais empenho dos alunos e melhor comportamento dos alunos . Quanto aos que se pronunciaram por uma melhor ajuda recebida no 2º período, consideraram que os fatores foram: mais dificuldades e por isso receberam mais ajuda e não queriam piorar a apresentação .

Gráfico 5.22- Resposta à questão: Achas que, os teus colegas te ajudaram mais no 1º ou no 2º período? ou foi igual, Porquê?

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Quanto às duas últimas questões, pretendemos recolher a opinião dos elementos da turma mas agora de uma forma mais aberta sobre aspetos mais específicos da relação vivida aquando da experimentação das duas práticas instrumentais a que tiveram acesso.

Quanto às respostas à questão 11: A relação com a tua professora foi melhor no 1º ou no 2º período? ou foi igual, Porquê? , os resultados mostram uma sintonia quase perfeita com as respostas da questão 9, com 68% da amostra a considerar que tinha sido igual, enquanto na questão 9 tinha sido de 72%. Esta coincidência de opiniões é total relativamente aos dois alunos que consideraram ter sido melhor no 1º período. A única diferença nesta questão foi a transferência de opinião de um aluno que tinha considerado ser igual para o 2º período.

Gráfico 5.23 - Resposta à questão: A relação com a tua professora foi melhor no 1º ou no 2º período? ou foi igual, Porquê?

Quanto à análise que efetuámos às respostas dadas os alunos maioritariamente consideram que foi igual, conforme o gráfico seguinte. Os restantes consideram que no 1º período dois fatores principais influenciaram esta opinião: novidade e professora nova . Quanto aos que se pronunciaram por uma melhor ajuda recebida no 2º período, consideraram que os fatores foram: mais ajuda da professora e

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Gráfico 5. 24 - Resposta à questão: A relação com a tua professora foi melhor no 1º ou no 2º período? ou foi igual, Porquê?

A questão 12: A relação com os teus colegas foi melhor no 1º ou no 2º período? Porquê? , cruzava com a questão 10. Os resultados neste caso são divergentes e dão-nos que apenas 28% da amostra considera que foi igual, ou seja, menos 40% da mesma opinião dada na Questão 10, o que à partida poderá não ser muito coerente ou então revela que dos 68% dos alunos que considerou a ajuda dos colegas ter sido igual, em 40% esta ajuda talvez tenha deteriorado o clima relacional entre a amostra.

Tudo isto originou a transferência dos valores das opiniões favoráveis, tanto para o 1º como para o 2º período. Assim, registou-se que 36% da amostra considerou que a relação com os colegas tinha melhorado de igual forma ou no 1º ou no 2º período, conforme se pode observar pelo gráfico seguinte. Contudo, para melhor avaliar esta alteração de opinião é necessário recorrer à análise do desdobramento da questão, que faremos mais à frente.

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Gráfico 5.25 - Resposta à questão: A relação com os teus colegas foi melhor no 1º ou no 2º período?

Já no desdobramento da questão a análise que efetuámos às respostas dadas, conforme o gráfico seguinte, apontam para um equilíbrio entre os alunos que se inclinou para uma relação melhor dos colegas no 1º período, com estes a chamarem a atenção para o fator comportamental e a considerarem que os dois fatores principais a influenciar esta opinião foram: estivemos mais calmos e calados e partilhar, trabalhar em equipa . Quanto aos alunos que se pronunciaram por uma melhor ajuda recebida no 2º período, 4 consideraram: não saber ou então que foi determinante uma melhor relação pessoal , conforme mostra o gráfico seguinte:

Gráfico 5.26 - Resposta à questão: A relação com os teus colegas foi melhor no 1º ou no 2º período? Porquê?

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Em conclusão, a construção do questionário, assim como o seu desdobramento pretendeu recolher as impressões dos alunos integrantes da amostra sobre os vários aspetos e variáveis presentes aquando da experiência vivenciada no decurso das aulas em que foram introduzidas duas práticas instrumentais diferentes a que tiveram acesso.

As respostas obtidas revelam aspetos interessantes caraterizadas por alguma coerência mas que à partida nos podem levar a interpretações curiosas que não podem ser analisadas de forma simplista para que se alcance o verdadeiro interesse e agradabilidade e aplicabilidade de cada prática instrumental.

De qualquer forma, outras extrapolações serão remetidas para o capítulo seguinte - discussão dos resultados .

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