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Com a intensificação do comércio entre os dois países, a Alemanha passou a posição de principal parceiro comercial do Brasil na década de 1950, quando foi assinado o primeiro Acordo entre os dois países em 04/09/1953, sobre as Convenções e Acordos Internacionais de Respeito de Marcas de Fábrica, Propriedade Industrial e Direitos Autoriais de que eram Signatários entre os dois Estados e o Acordo de Investimentos e Financiamentos.

O Brasil e a Alemanha ratificam sua determinação de aprofundar a Parceria Estratégica, por meio da intensificação das relações bilaterais em todos os níveis em seus variados setores. Atualmente existem 36 Acordos, 12 Convênios e 8 Protocolos, entre os dois países, os quais foram ajustados durante os anos para a melhoria dos mesmos.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE) (2008), são eles os acordos:

Promulgação Título celebração Data de Entrada em Vigor Decreto Data

Acordo sobre as Convenções e Acordos Internacionais Respeito de

Marcas de Fábrica, Propriedade Industrial e Direitos Autoriais de que

eram Signatários os dois Estados. 4/9/1953 4/9/1953 Acordo sobre Restauração dos

Direitos de Propriedade Industrial e Direitos Autorais Atingidos pela

Segunda Guerra Mundial 4/9/1953 23/5/1958 43956 3/7/1958 Acordo de Investimentos e

Financiamentos 4/9/1953 4/9/1953 Acordo sobre Convenções, sobre

Propriedade Industrial de 04 de setembro de 1953 - Retificação ao

Acordo 20/12/1954 20/12/1954 Acordo para a Inclusão do "Land

Berlin" no Revigoramento da Conveção Internacional sobre a

Circulação de Automóveis de 1926 10/2/1956 10/2/1956 Acordo Sobre Vistos em Passaportes 8/7/1957 1/8/1957

Acordo, por troca de Notas, sobre Direitos de Tráfego Aéreo a serem

Regulados em Futuros Acordos 29/8/1957 29/8/1957 Acordo Sobre Transportes Aéreos

Regulares 29/8/1957 15/8/1964 54173 21/8/1964 Acordo Básico de Cooperação Técnica 30/11/1963 25/5/1964 54075 30/8/1964 Acordo Cultural 9/6/1969 17/12/1970 68107 25/1/1971 Acordo Para o Estabelecimento de um

Mecanismo de Consulta sobre

Transporte Marítimo Internacional 28/11/1969 28/11/1969 Acordo para a Aprovação de um

Convênio Especial entre a CNEN e o Centro de Pesquisas Nucleares de JULICH. Complementar ao Acordo Geral sobre Cooperação nos Setores

da Pesquisa e do Desenvolvimento

Promulgação Título celebração Data de Entrada em Vigor Decreto Data

Acordo de Aprovação de Convênio Especial Celebrado entre o Centro Técnico Aeroespacial do Brasil e o Instituto Alemão de Pesquisa e Ensaio

de Navegação Aérea e Espacial, para

a Execução de Projeto Científicos 18/11/1971 18/11/1971 Acordo de Aprovação de Convênio

Especial Celebrado entre o Conselho Nacional de Pesquisas do Brasil e o

Centro de Pesquisas Nucleares de Jülich para a Execução de Projetos

Científicos. 18/11/1971 18/11/1971 Acordo de Radioamadorismo 11/4/1972 11/4/1972 Acordo sobre Cooperação no Setor

Agrícola 21/1/1975 21/1/1975 Acordo sobre Cooperação no Campo

dos Usos Pacíficos da Energia

Nuclear. 27/6/1975 18/11/1975 76695 1/12/1975 Acordo sobre Transporte Marítimo. 4/4/1979 22/10/1983 88947 7/11/1983 Acordo para Substituição do Quadro

de Rotas do Acordo sobre Transportes Aéreos Regulares, de 29 de agosto de

1957. 19/12/1979 19/12/1979 Acordo, que aprova o Adendo ao

Convênio Especialentre o Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e o Instituto Alemão de Pesquisas e Ensaio de Navegação Aérea e

Espacial (DFVLR) Relativo à Cooperação Científica e Tecnológica

no Campo da Pesquisa Aeronáutica

Especial, de 19/11/71 14/7/1983 14/7/1983 Acordo Relativo ao Procedimento para

a Certificação de Produtos

Aeronáuticos 26/9/1987 26/9/1987 Acordo sobre Cooperação Financeira

no Montante de DM 304.858.202,00 24/10/1991 24/10/1992 586 26/6/1992 Acordo, por Troca de Notas, para a

Consecução dos Compromissos ao Abrigo do Expirado Acordo de

Comércio e Pagamento com a RDA. 22/10/1992 22/10/1992 Acordo sobre Cooperação Financeira

para o Empreendimento "Projeto Integrado de Proteção das Terras e Populações Indígenas da Amazônia

Legal/Demarcação de Terras

Promulgação Título celebração Data de Entrada em Vigor Decreto Data

Acordo sobre Cooperação Financeira para o Empreendimento "Projetos

Demonstrativos". 6/4/1995 28/10/1995 1668 11/10/1995 Acordo sobre Cooperação Financeira

para o Empreendimento "Proteção da

Mata Atlântica/Paraná. 6/4/1995 28/10/1995 1669 11/10/1995 Acordo sobre Cooperação Financeira

para o Empreendimento "Estudos Técnico, Econômico e de Impácto

Ambiental para a Melhoria do Transporte de Carga e Passageiros, no Corredor Rio de Janeiro/São

Paulo-Campinas, inclusive em seus Acessos

aos Portos da Região". 6/4/1995 28/10/1995 1676 17/10/1995 Acordo-Quadro sobre Cooperação em

Pesquisa Científica e Desenvolvimento

Tecnológico. 20/3/1996 18/2/1997 2199 8/4/1997 Acordo Básico de Cooperação

Técnica. 17/9/1996 9/3/1998 2579 6/5/1998 Acordo sobre Cooperação Financeiro

para o Empreendimento "Projetos

Demonstrativos-Reforço" 10/3/1999 19/5/2000 3.512 19/5/2000 Acordo sobre Cooperação Financeira

para a Execução de Projetospara a Preservação das Florestas Tropicais

(1997-2000) 14/2/2002 1/4/2003 4684 28/4/2003 Acordo sobre Cooperação Financeira

para a Execução de Projetos na Área de Preservação das Florestas

Tropicais 10/6/2003 25/5/2004 5.160 28/7/2004 Acordo sobre Co-Produção

Cinematográfica 17/2/2005 20/11/2007 6.375 19/2/2008 Acordo Relativo a Isenções

Recíprocas de Impostos sobre a Renda e o Capital de Empresas de

Transporte Marítimo e Aéreo 14/12/2005 14/12/2005 Acordo sobre Isenção de

Contribuições Sociais 13/11/2007 Quadro 1 – Acordos entre Brasil e Alemanha

Fonte: Ministério das Relações Exteriores (2008) acessado em 15/10/2008

Segundo o site do MRE (2008), o Acordo de Investimentos e Financiamentos, o qual entrou em vigor em 04/09/1953 teve como objetivo principal fomentar as relações econômicas entre os dois Estados, por representações e financiamentos a

serem concedidos a negócios de interesse para ambos e o desenvolvimento da técnica e métodos que permitam acelerar a realização dos projetos e de iniciativa agrícolas, industriais e de outra natureza, submetida a exame da Comissão. Outro objetivo foi o de fomentar o intercâmbio de idéias, experiências e técnicas entre eles, através da realização de estágios de aperfeiçoamento de técnicos brasileiros na Alemanha e vinda de técnicos alemães ao Brasil para prestação de assistência técnica a entidades públicas e privadas, na base de indicações específicas da Comissão. O Governo da RFA concordou, em que empresas alemãs se unificam com empresas brasileiras ou se estabeleçam por conta própria no Brasil, mediante transferência de bens de produção. Os dois Governos concordaram ainda, para que inicialmente, 30% das exportações anuais da Alemanha para o Brasil, se destinem a bens de equipamento, pagáveis a médio e longo prazo.

Também foi apresentado no MRE o Acordo Sobre Transportes Aéreos Regulares, qual entrou em vigor em 15 de agosto de 1964, e tem o Decreto n° 54173 do dia 21 de agosto de 1964. Neste acordo, foi estabelecida a importância da aviação comercial para os dois países, de acordo com suas características essenciais, as quais permitem ligações rápidas, proporcionando assim uma melhor aproximação entre os países. Torna-se conveniente organizar a aviação de forma segura e ordenada, sem prejuízo dos interesses regionais e nacionais, tendo em vista o desenvolvimento da cooperação internacional no campo dos transportes aéreos.

Segundo o site do Consulado Geral da Alemanha no Recife (2008), o Acordo Básico de Cooperação Técnica entre Brasil e Alemanha foi firmado em 30 de novembro de 1963, com o objetivo de contribuir para a melhoria de vida da população menos favorecida. Este trabalho está sendo realizado através de projetos, incentivos financeiros e consultorias técnicas em diversos setores como agricultura, meio ambiente, educação e saúde, para micros, pequenas e médias empresas.

A proteção e o uso sustentável dos recursos naturais, o desenvolvimento regional integrado em locais desfavorecidos, bem como energias renováveis, são fatores fundamentais para a futura cooperação bilateral de desenvolvimento.

De acordo com o MRE (2008) o Acordo sobre Transporte Marítimo que entrou em vigor em 22 de outubro de 1983 através do Decreto n° 88947 do dia 07 de Novembro do mesmo ano, teve o desejo em assegurar o desenvolvimento

harmonioso do intercâmbio marítimo entre a República Federal da Alemanha e a República Federativa do Brasi, fundado assim na reciprocidade de interesses e na liberdade do seu comércio exterior. Também foi reconhecido que o intercâmbio bilateral de produtos deve ser acompanhado de uma interação eficaz de serviços e com a necessidade de assegurar a eficiência e regularidade dos transportes marítimos com fretes economicamente viáveis.

O ultimo Acordo apresentado no site do MRE foi o Acordo, por Troca de Notas, sobre Cooperação no Setor de Energia com Foco em Energias Renováveis e Eficiência Energética, pelo qual os dois Governos assumem o Compromisso de Respeitar o Acordo dos UsosPacíficos de Energia Nuclear de 27/06/1975 e demais Acordos sobre o assunto, o qual foi assinado e teve seu ingresso em 14 de maio de 2008. Foi decidido em não alterar a vigência dos acordos bilaterais no campo dos usos pacíficos da energia nuclear concluídos pelo Governo da República Federal da Alemanha e pelo Governo da República Federativa do Brasil, bem como de outros acordos celebrados entre o s dois Governos sobre a cooperação no Campo dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear.

Segundo o site deutsche - welle (dw) (2008), em 1975, o Kanzler federal da RFA Helmut Schmidt e o presidente do Brasil, Ernesto Geisel, assinaram um convênio bilateral de cooperação no setor de energia nuclear, que previa a construção conjunta de oito centrais, uma fábrica de reatores e uma planta de reprocessamento, bem como a exploração, extração e comercialização de urânio no Brasil. Esse acordo renova-se automaticamente a cada cinco anos, caso não seja anulado por uma das partes. Porém, na prática, logrou-se apenas um projeto, Angra 2, que teve seu início somente após 25 anos de obras.

Conforme o site defesabr (2008), em 16 de abril de 2002, o Governo brasileiro assinou em Berlim um promissor Acordo de Cooperação Militar com a República Federal da Alemanha, com o objetivo de Intenção de incrementar a cooperação militar, identificando assim os fundamentos para a troca de experiências e de conhecimento para o uso e benefício de ambos os lados. A cooperação poderá acontecer com base em programas acordados entre os Estados, projetados para o ano seguinte. Alterações nesses programas, assim como nas áreas e formas de cooperação, poderão ser realizadas a qualquer tempo, por consentimento mútuo. O ultimo acordo estabelecido entre Brasil e Alemanha foi o de Troca de Notas ao Acordo entre a Alemanha e o Brasil sobre Cooperação no Setor de Energia com

Foco em Energias Renováveis e Eficiência Energética, no qual as Partes assumem o Compromisso de Respeitar o Acordo dos Usos Pacíficos de Energia Nuclear de 27/6/1975 e demais Acordos sobre o Assunto, assinado em 14/05/2008, que teve seu inicio de aplicação em 14/05/2008.

De acordo com o site do Consulado da Alemanha, o volume de recursos assumido nos últimos anos pelos Governos do Brasil e da Alemanha representa, aproximadamente, 93,5 milhões de euros, sendo 76 milhões de euros destinados à Cooperação Financeira e o restante à Cooperação Técnica. O Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) é o responsável pelo planejamento, coordenação, negociação e financiamentodos programas e projetos de cooperação com os países parceiros.

Percebe-se que os acordos mostram uma grande importância para os dois países, já que o desenvolvimento do Brasil e da Alemanha deve ser visto de vários aspectos como o avanço de diversos setores como automobilismo, tecnologia, educação, saúde, crescimento da economia interna, diminuição do desemprego, entre outros. Porém, para que se possa estabelecer uma parceria mais forte e intensiva entre os dois Estados, os acordos existentes, devem ser revisados periodicamente, e ainda, aplicar planos estratégicos para que os mesmos ajudem a desenvolver os setores citados a terem um maior crescimento e discutir ainda sobre novos possíveis acordos que poderão ser assinados para a melhoria da parceria entre os dois países.

6.3 Novas possibilidades da Relação Comercial entre Brasil e

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