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Pelas considerações feitas, proponho como problema central de pesquisa a seguinte questão: Como os professores percebem a integração de disciplinas e como justificam os resultados que afirmam obter ao integrarem as disciplinas, no Ensino de Ciências?

Para buscar respostas a essa pergunta, cabe apresentar as seguintes questões de pesquisa:

• Qual o significado das interfaces disciplinares como estratégia educativa para os sujeitos da investigação?

• Que naturezas de práticas os sujeitos da investigação realizam ou realizaram no âmbito das interfaces disciplinares na escola?

• Qual(ais) ação(ões) pedagógica(s) os professores que utilizam as interfaces disciplinares como estratégia educativa afirmam ter?

• Qual a concepção de professores de Ciências do Ensino Médio sobre as interfaces disciplinares na escola como estratégia educativa?

• Como se comparam as concepções sobre as interfaces disciplinares de professores que as utilizam como princípio educativo, com as concepções de teóricos nessa temática?

2.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

O objetivo central desta tese pode ser explicitado do seguinte modo: Compreender como os professores percebem a integração de disciplinas e como justificam os resultados que afirmam obter ao integrarem as disciplinas, no Ensino de Ciências.

Pretende-se atingir como objetivos específicos, os objetivos arrolados abaixo e sistematizados no quadro 3, situado no capítulo 7 desta pesquisa. Como a presente tese é estruturada por meio da composição de artigos, no quadro 3 estão associados os correspondentes artigos que compõem o corpus desta tese, aos objetivos específicos almejados. Ademais, no capítulo 7 também foram feitos apontamentos sobre os resultados obtidos em cada artigo e as análises destes frente os objetivos da pesquisa.

Sendo assim, os objetivos específicos pretendidos com esta pesquisa são: • conhecer os elementos comuns nas experiências dos professores, com

interfaces disciplinares no ensino de Ciências;

identificar as concepções sobre as interfaces disciplinares dos professores que utilizam esta estratégia como princípio educativo;

identificar as contribuições do estabelecimento das interfaces disciplinares na escola para os estudantes e para o professor na ótica dos entrevistados; • entender como ocorre o processo de elaboração metodológica de estratégias

de ensino que estabelecem interfaces disciplinares;

descobrir quais são as conjunturas didáticas, pedagógicas e epistemológicas dos professores, ao promoverem práticas educativas que visam a construção de interfaces disciplinares no ensino de Ciências;

comparar as concepções sobre as interfaces disciplinares de professores que as utilizam como princípio educativo, com as concepções de teóricos nessa temática.

Portanto, nesta tese de doutorado, tem-se intenção de compreender os princípios educativos envolvidos nas ações didáticas em interfaces disciplinares, sob o ponto de vista dos professores entrevistados. Ademais, também pretende-se apresentar, por meio da investigação realizada, um estudo sobre propostas metodológicas viáveis para a promover ações que viabilizem o emprego da estratégia didática das interfaces disciplinares.

3 METODOLOGIA

Podemos ensaiar a organização de nossa desordem segundo esquemas sábios e de virtude provada, mas há de restar um mundo de essências mais íntimas que, esse, permanecerá sempre inato, irredutível e desdenhoso das invenções humanas. (HOLANDA, 1995, p. 188)

3.1 PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa está alicerçada em pressupostos metodológicos que embasam as leituras feitas e as análises do material colhido ao longo do processo investigativo. Com isso, o presente capítulo almeja salientar, de forma descritiva, as etapas da pesquisa e a forma como foi feita a constatação dos tópicos significativos sobre a investigação, emergentes, juntamente com a correlação com os teóricos da área, para a sustentação referencial dos princípios de pesquisa. Num primeiro momento é apresentado o prisma focal da investigação: a contrastação com as teorias paradigmáticas das referências da área. Na sequência, a contextualização de ordem prioritária para a pesquisa é ressaltada, juntamente com os sujeitos de pesquisa, bem como a tratativa da análise de dados.

3.1.1 Abordagem de pesquisa

Esta tese de doutorado tem como paradigma de pesquisa a ótica pós- positivista, pois não deseja apresentar uma visão objetiva ou a quantificação dos dados da pesquisa, a partir da busca por explicações para o fenômeno estudado. Ao contrário, esta pesquisa tem caráter qualitativo, pois visa buscar compreensões sobre o fenômeno investigado, ao invés de explicações, assim como entende que as teorizações também podem ser construídas de dentro do próprio fenômeno.

[...] os estudos dedutivos-verificatórios-enumerativos-objetivos utilizam preferencialmente a dedução, propondo a testagem de hipóteses, enfatizando a quantificação e a objetividade, o que é um indicativo de valores paradigmáticos que tendem ao positivismo. Por outro lado, a utilização de métodos indutivos, dando abertura para a emergência do novo, valoriza a construção e a subjetividade, indicando movimentos em direção a um paradigma alternativo.

Tal paradigma alternativo, mencionado por Moraes (2007), trata-se de um paradigma pós-positivista, pois as concepções teóricas subjacentes a este paradigma, “[...] compreendem uma realidade construída, a impossibilidade de generalização, a superação da ênfase na causalidade e a impossibilidade de realizar pesquisa livre de valores.” (IBIDEM, p. 206). A forma de entender a realidade assumida por esta tese é a de uma realidade que é construída e que pode se manifestar de formas diferentes, logo este entendimento de realidade apresenta sintonia com as teorias subjacentes ao paradigma pós-positivista, apresentado por Moraes (2007).

Cabe aqui ressaltar que não é o intuito desta tese promover uma discussão sobre os pressupostos teóricos positivistas. Como isso, não se está tergiversando sobre o assunto, mas sim evitando certas digressões, acerca dos objetivos deste trabalho. Sendo assim, entende-se sobre positivismo como sendo

[...] uma escola de grande influência no pensamento científico moderno, e que considera impossível conhecer as causas ou razões dos fenômenos, cabendo às ciências apenas estabelecer as leis às quais estão sujeitos. As leis são estabelecidas quantitativamente, sem especulações sobre as suas causas. (BORGES, 2007, p. 34)

Outro aspecto importante desta pesquisa é que, ao invés de enfatizar a quantificação, esta assume um caráter qualitativo, pois “[...] implica em relativa falta de controle de variáveis estranhas ou, ainda, a constatação de que não existem variáveis irrelevantes. Todas as variáveis do contexto são importantes”. (GÜNTHER, 1986, p. 75). Além disso, nas pesquisas qualitativas, a teoria visa apresentar “[...] o olhar do pesquisador, e se espera a explicitação de uma compreensão mais aprofundada dos fenômenos investigados.” (MORAES, 2007, p. 210).

De acordo com Turano (2003, p. 1),

[...] os pesquisadores qualitativistas procuram entender o processo pelo qual as pessoas constroem significados e descrevem o que são estes. Depreende-se que o pesquisador qualitativista não quer explicar as ocorrências com as pessoas, individual ou coletivamente, listando e mensurando seus comportamentos ou correlacionando quantitativamente

eventos de suas vidas. Porém, ele pretende conhecer a fundo suas vivências, e que representações essas pessoas têm dessas experiências de vida.

Portanto, a partir das as ideias de Turano (2003) e Moraes (2007), pode-se classificar esta pesquisa como qualitativa, pois esta foi desenvolvida com a premissa de compreender os fenômenos investigados, por intermédio do entendimento processos pelos quais estes fenômenos foram construídos. Ou seja, tem-se a intenção de compreender os fenômenos investigados e refletir a partir destes as teorizações e os produtos da pesquisa.

A construção da pesquisa ocorreu por intermédio de um Curso de extensão na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) de nome Buscando Interfaces Disciplinares no ensino de Ciências. Tal curso de extensão, atualmente tornou-se uma disciplina de natureza eletiva oferecida aos estudantes dos cursos de Licenciatura em Biologia e em Química.

Como o foco da pesquisa pretendida é a investigação fenomenológica e compreensiva das concepções (ou representações) dos professores sobre o ensino pela pesquisa, cujo método requerido almeja a obtenção de uma visão ampla de realidade, esta tese de doutorado se adequa a um tipo de pesquisa categorizada como: estudo de caso. O estudo em questão se dispõe a averiguar as concepções dos professores de Ciências acerca do estabelecimento de interfaces disciplinares, como estratégia educativa.

Segundo Yin (2001, p. 2),

Os estudos de caso representam a estratégia preferida quando: se colocam questões do tipo “como” e “por que”; o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos; e o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. A clara necessidade pelos estudos de caso surge do desejo de se compreender fenômenos sociais complexos. Ou seja, o estudo de caso permite uma investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real.

Sendo assim, a averiguação aqui decorrida segue o fluxograma representado na Figura 2, onde se encaixa em um paradigma pós-positivista, com uma caracterização qualitativa, peremptoriamente enquadrada em um tipo de pesquisa que esclarece de forma objetiva e pragmática todas as abordagens de pesquisa fenomenológica-compreensiva e em um estudo de caso, pois transpões as

circunstâncias da interpretação integral dos fenômenos inerentes da realidade da qual estes são oriundos.

Figura 2: Estrutura metodológica da pesquisa

Fonte: TAMANINI, 2018.

3.2 CONTEXTO DE PESQUISA

No segundo semestre do ano de 2016, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi realizado um curso de extensão cujo o nome era Buscando Interfaces Disciplinares no ensino de Ciências. Este curso era extensivo a professores em exercício na educação básica, bem como para estudantes que estavam cursando licenciaturas da área de Ciências da Natureza. Três professoras dos Institutos de Biociências, de Física e de Química tiveram tal iniciativa e ministraram em conjunto as aulas, em todos os encontros do curso de extensão. Este, por sua vez, deu origem a uma disciplina eletiva, incorporada aos currículos dos cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas, em Física e em Química, que ocorre nos mesmos moldes educativos do curso de extensão.

Paradigma Pós- Positivista

Pesquisa Qualitativa

Fenomenológica-

Para um melhor entendimento da pesquisa realizada nesta tese, é mister que seja explanada de maneira detalhada a estrutura pedagógica do curso de extensão, agora consolidada na condição de disciplina eletiva. Haja vista que das relações dialéticas, estudos, ensaios e reflexões desta proposta de ação docente emergiram os elementos sobre os quais está alicerçada esta pesquisa.

Sendo assim, iniciemos pelos objetivos de tal proposta de ação14 que foram:

abordagem de conceitos fundamentais de interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, pluridisciplinaridade, multidisciplinaridade, incluindo discussões sobre diferentes metodologias de trabalho científico; discussões de temas que se localizam nas fronteiras entre as disciplinas, seguindo o viés da transposição didática para a educação básica; elaboração de sequências didáticas pautadas nas interfaces disciplinares, das disciplinas de Biologia, Física e de Química, aplicáveis à educação básica.

O curso de extensão teve uma carga horaria total de 40 horas, sendo que destas, 32 horas foram de trabalho coletivo em sala de aula e 8 horas de produção prática de sequências didáticas, na modalidade a distância. Os encontros semanais tiveram carga horária de 4 horas-aula por encontro, no período de agosto a outubro de 2016. Como disciplina, a carga horária total foi fixada em 45 horas, sendo destas, 33 horas de trabalho coletivo em sala de aula e 12 horas de atividades autônomas de elaboração e aplicação de sequências didáticas. Os encontros semanais tiveram carga horária de 2 horas e meia, ou seja, 3 horas-aula por encontro. Cabe ressaltar que o Plano de Ensino da Disciplina pode ser encontrado no Anexo 1.

A estrutura pedagógica, os planejamentos de aula e estratégias didático- teóricas do curso de extensão e da disciplina foram semelhantes, portanto são relatados a seguir, com base na carga horária da disciplina eletiva, de acordo com seu Plano de Ensino.

Em um primeiro momento, foram explorados o referencial teórico e a produção de autores da área desta temática sobre as interfaces disciplinares,

14 O curso de extensão aqui citado, “Buscando interfaces disciplinares no ensino de Ciências”,

também será chamado de proposta ou de ação, expressões utilizadas pelas professoras que o idealizaram.

Fazenda (2008), Pombo (2008), Krüger (2011), dentre outros. O cronograma foi o seguinte:

1ª semana - presencial – Apresentação do Plano de Ensino, da proposta da

disciplina, cronograma e metodologia do trabalho a ser realizado. Levantamento das concepções dos estudantes matriculados sobre interdisciplinaridade.

2ª semana - presencial – Discussão das recomendações oficiais presentes na legislação educacional brasileira sobre a aplicação da interdisciplinaridade no ensino de Ciências na educação básica.

3ª semana - presencial – Discussão de referenciais teóricos para o trabalho inter, trans, pluri, multidisciplinar.

4ª semana - presencial – Metodologias aplicáveis a abordagens temáticas na educação básica.

Em um segundo momento do curso de extensão, foram promovidas discussões acerca de temas com vistas à construção das interfaces disciplinares na educação básica. Nesta etapa foram apresentadas experiências de ações interdisciplinares já realizadas em ações de extensão, no PIBID ou em escolas de educação básica:

5ª semana – encontro presencial – Discussão, tema interdisciplinar 1. 6ª semana – encontro presencial – Discussão, tema interdisciplinar 2. 7ª semana – encontro presencial – Discussão, tema interdisciplinar 3. 8ª semana – encontro presencial – Discussão, tema interdisciplinar 4.

Em um terceiro momento, priorizou-se a elaboração, prática e avaliação de projetos aplicáveis à sala de aula. A organização se deu como está representado abaixo:

9ª semana – encontro presencial – Início da elaboração, em grupos, de projetos de interfaces disciplinares aplicáveis à sala de aula.

10ª semana – atividade autônoma – Elaboração, em grupos, de projetos interfaces disciplinares aplicáveis à sala de aula.

11ª semana – encontro presencial – Discussão dos projetos.

12ª semana – atividade autônoma – Elaboração, em grupos, de projetos interfaces disciplinares aplicáveis à sala de aula.

13ª semana – encontro presencial - Finalização da elaboração dos projetos. 14ª semana – encontro presencial - Apresentação em aula e discussão dos

projetos.

15ª semana – atividade autônoma – Aplicação piloto dos projetos, elaborados em grupos, em escolas de ensino médio.

16ª semana – atividade autônoma – Aplicação piloto dos projetos, elaborados em grupos, em escolas de ensino médio.

17ª semana – encontro presencial – Apresentação e avaliação dos resultados da aplicação dos projetos, em aula

18ª semana – encontro presencial – Apresentação e avaliação dos resultados da aplicação dos projetos, em aula

No curso, foram realizadas discussões dos tópicos do programa, a partir de textos selecionados pelas professoras coordenadoras e supervisões da elaboração de sequências didáticas de interfaces disciplinares aplicáveis à educação básica.

Quanto às experiências de aprendizagem vividas pelos participantes, é importante mencionar que o curso possibilitou aos participantes:

• leitura e discussão de textos oriundos da bibliografia recomendada; • discussões mediadas pelos professores dos tópicos abordados em aula; • realização de trabalho em equipe, para elaboração de sequências didáticas,

sob a forma de projetos, intercalados com discussões propostas pelos professores;

• vivência de produção colaborativa de material didático em ambiente virtual de aprendizagem;

• vivência de construção coletiva de materiais didáticos em equipes compostas por, pelo menos, um estudante de cada um dos cursos de Licenciatura em Biologia, Física e Química;

• aplicação supervisionada de estratégias didáticas interdisciplinares no ambiente escolar da educação básica;

• elaboração de relatório escrito com a descrição de todas as etapas da construção e aplicação do projeto de sequência didática.

Sendo assim, a proposta de ação elaborada pelas professoras coordenadoras, que se tornou disciplina eletiva, oportunizou vivências de trabalho

com interfaces disciplinares aos professores (graduandos e graduados) participantes, na área de Ciências da Natureza, instrumentalizando-os a utilizarem estratégias que promovam a superação da segregação dos saberes no ensino de Ciências. Este contexto de importante material histórico, foi o cenário teórico-prático a partir do qual compôs-se a presente tese. Os ensaios realizados pelos participantes e a riqueza das relações dialéticas entre os pares, sobre como a práxis das interfaces disciplinares se dá em sala de aula, amparada pela conjuntura teórica desta temática, foram imprescindíveis para que as diretrizes deste trabalho fossem constituídas.

3.3 SUJEITOS DE PESQUISA

Os sujeitos de pesquisa foram os professores participantes, primeiramente, do curso de extensão e, posteriormente, da disciplina eletiva, no período de agosto de 2016 até dezembro de 2017. O total de professores participantes foi de 40 professores, sendo que:

No Curso de Extensão 2016/2: 5 professores licenciados; 16 professores licenciandos.

Na Disciplina Eletiva 2017/1: 15 professores licenciandos. Na Disciplina Eletiva 2017/2: 4 professores licenciandos.

Quanto ao tempo de docência, esse aspecto varia bastante. Os professores já licenciados apresentam intervalos e disparidades grandes em relação à experiência docente: possuíam entre 2 e 19 anos de magistério. Já os professores licenciandos, possuíam tempo de experiência docente entre 1 e 3 anos. Constam no quadro 1 informações sobre os sujeitos de pesquisa como, formação, disciplina e tempo de docência, especialização, organizadas sistematicamente.

Como já foi ressaltado neste estudo, 8 professores graduandos que participaram do curso de extensão eram bolsistas de iniciação à docência do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), logo possuíam contato com a sala de aula. Como disciplina, no primeiro semestre de 2017, dos 15

professores participantes, 5 faziam parte do PIBID. Já no segundo semestre de 2017, nenhum graduando fazia parte do PIBID.

Sobre a política educacional do programa, esta visa,

[...] unir as secretarias estaduais e municipais de educação e as universidades públicas, a favor da melhoria do ensino nas escolas públicas em que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) esteja abaixo da média nacional, de 4,4. Entre as propostas do Pibid está o incentivo à carreira do magistério nas áreas da educação básica com maior carência de professores com formação específica: ciência e matemática de quinta a oitava séries do ensino fundamental e Física, Química, Biologia e Matemática para o ensino médio. (BRASIL, 2016)

Quadro 1: Informações sobre formação e atuação docentes dos professores Nº de Professores

For

m

ação

Graduação

Bacharelado em Biologia 1 Bacharelado em Física 1 Bacharelado em Química 4 Licenciatura em Biologia 16 Licenciatura em Física 10 Licenciatura em Química 14 Outros15 2

Pós-Graduação

16 Doutorado 1 Mestrado 4 Especialização 1

At

u

a

ç

ã

o

d

o

c

e

n

te

Tempo de docência

Menos de 3 anos 17 Entre 3 e 10 anos 8 Entre 10 e 20 anos 2

Nível de Ensino em que

atua

Ensino Fundamental 3

Ensino Médio 20

Ensino Superior 0

Outros 8

Tipo de Instituição

Instituição Particular Instituição Pública 20 6

Participação no PIBID Entre 1 e 5 anos Menos 1 ano 9 4

Fonte: TAMANINI, 2018.

15 Um professor era graduado em Pedagogia e outro em Nutrição

16 Todas as especializações correspondem à área técnica, ou seja, nenhuma especialização

Outra análise acerca dos sujeitos de pesquisa que se faz importante é a capacitação dos educadores participantes. Observa-se que a maioria dos docentes não possui algum tipo de pós-graduação. Apenas uma professora possui título de Doutora em Catálise Química.

Os sujeitos de pesquisa assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A). Não houve nenhum perfil pré-determinado na seleção de uns e exclusão de outros professores, apenas o interesse desses em colaborar com a pesquisa.

3.4 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

A pesquisa foi realizada com a aplicação de um questionário, com a finalidade de verificar o significado das interfaces disciplinares para os professores participantes do curso de extensão e da disciplina, pois trata-se de um princípio educativo mencionado nos documentos legais (PCN, OCEM, DCN e BNCC) e era a temática do curso de extensão/disciplina. A respeito do questionário, este se encontra no Apêndice B e está dividido em duas partes: a primeira parte aborda as informações elementares acerca dos respondentes, como identificação, tempo de docência, se tem especialização, as crenças sobre o que é interdisciplinaridade e a prática interdisciplinar, dentre outras informações; na segunda parte encontram-se as perguntas de natureza pedagógica, com o intuito de entender as ideias dos professores sobre as atividades por eles realizadas. Cabe aqui ressaltar que a primeira parte do questionário foi respondida no início das atividades do curso de extensão, bem como da disciplina na qual este se transformou, com a intenção de buscar as impressões prévias dos entrevistados sobre articulação das disciplinas de Biologia, Física e Química. Após os seminários, debates, discussões teóricas e a construção das oficinas, foi aplicada a segunda parte do questionário, com perguntas sobre as interfaces disciplinares, visto que estas foram discutidas no decorrer das atividades. O intuito de tal elaboração foi verificar as crenças dos

professores sobre as formas de conexões entre as disciplinas, antes e depois da