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Um dos problemas contemporâneos, que mais preocupam a sociedade e os cidadãos, são as grandes mudanças produzidas no meio ambiente pelas atividades do homem sobre o Planeta, principalmente as relacionadas a seu modo de vida.

O homem ao modificar a paisagem local (surgimento de cidades e suas edificações) altera o complexo equilíbrio entre a superfície e a atmosfera.

Com o crescimento desordenado do ambiente urbano, assim como a circulação de veículos, a ampliação de indústrias e o crescimento de uma sociedade de consumo, a circulação e as condições atmosféricas são alteradas.

Dentre as principais causas das enfermidades da sociedade urbana está a questão da qualidade socioambiental. Sem minimizar os aspectos endógenos, os fatores externos ao corpo humano estão no cerne de muitas das moléstias, responsáveis pelo agravamento da

saúde da população urbana. Alem disso, o processo adaptativo do homem a cidade ao longo da historia, implicou-se no aumento de casos de doenças crônicas, a medida em que as condições do ambiente de forma cumulativa, degradaram-se.

A medicina cientifica, todavia, tem inicio com Hipócrates. Esse teria vivido entre 460 a 370 a.c. e do lado de notável espírito de observação, conhecendo, profundamente o ser humano e exercendo intensa atividade médica. Hipócrates descreveu numerosas doenças e recebeu o codinome “pai da medicina”. As teorias médicas, reunidas nos corpos hipocraticos até os dias atuais, exercem grandes influencia na medicina.

As mais aceitáveis explicações das doenças foram construídas por meio de cogitações das teorias de causas, se não havia como determina-las, eram concebidas em termos de agentes invisíveis e sobrenaturais, até mesmos os pecados, que afetavam os corpos humanos.

Deve-se, a Hipócrates, a primeira tentativa de eliminar as causas sobrenaturais sob as doenças, atribuindo assim, uma causa natural.

A saúde resulta de equilíbrios de elementos da natureza, que na época era contemplada por meio da combinação de quatro elementos: a terra, a água, o fogo e o ar; determinando suas propriedades: seco, úmido, quente e frio. Segundo a teoria. A doença dever-se-ia ao desequilíbrio dos mesmos elementos.

Esta é à base dos princípios dos estudos, denominada de patologia humoral, face ao papel que desempenham os humores ou líquidos dos organismos. Essa doutrina humoral manteve-se e transmitem-se, com o aperfeiçoamento de Galeno de Pérgamo (131-201), pelo principio do “pneuma”, ate quase o final do século XVIII.

Derivado do resultado de complexas e dinâmicas inter-relações entre o homem e o meio, o estilo de vida, o meio ambiente (físico e social) a biológica humana e os serviços de atenção à saúde tornaram-se, paulatinamente mais fundamentais para que o individuo possa ter qualidade de vida.

A epidemiologia, assim como a geografia, apesar de seus problemas e suas diferenças epistemologias, tem dado importantes contribuições, não apenas no reconhecimento de diferentes fatores, que correlacionam (como ambientais, econômicos, sociais, culturais e outros) para um determinado problema, mas também, na formulação de alternativas direcionadas ao combate de diversos problemas mórbidos, os quais atingem a sociedade.

Gradativamente o campo da saúde pública está baseado em diversos estudos da epidemiologia, equipados de técnicas estastísticas, que possibilitam analises de padrões espaciais e temporais das doenças.

Há necessidade de se pensar em soluções para o desenvolvimento social e a criação de políticas públicas, um dos melhores e mais eficazes instrumentos de melhoria de qualidade de vida e bem estar. Pois, vivendo um momento em que altas tecnologias e a rapidez da modernidade crescem a cada dia, é possível tomar algumas medidas não tecnológicas, visando à redução da poluição atmosférica. (SOUZA, 2008).

7.1. - O CLIMA NA INTERAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA

O Clima é um dos importantes elementos formadores do ambiente planetário. Os debates relativos à questão ambiental, notadamente após a década de 1960, tem evidenciado sua importância na analise ambiental, principalmente quando da ocorrência de catástrofes naturais. Os impactos do clima sobre a sociedade repercutem dente outros, na condição de saúde humana.

A historia do ultimo um quarto do século XX encontra-se fortemente marcada pelo debate acerca da questão ambiental. A realização da Conferencia das Nações Unidas Para o Desenvolvimento e Meio Ambiente, ou também denominada Rio-Eco/92, engendrou novos

elementos que resultaram numa nova concepção dos problemas ambientais, concepção esta que inclui abordagens de cunho social, dai, a terminologia sócio ambiental.

Num primeiro momento da Modernidade, o clima aparecia como um dos componentes fundamentais do meio natural, e era muito fracamente tomado em consideração quando se tratava do meio social.

As correlações estabelecidas entre estes dois meios prendiam-se na maioria das vezes à perspectiva da determinação e/ou do determinismo natural, ou climático, fato que com a revolução tecnológica e a expressiva urbanização – industrialização em momento mais recente, abriu-se para uma perspectiva fortemente eivada de relativismo.

A revolução tecnológica e a concentração da riqueza no mundo moderno gerou, por sua vez, relações muito diferenciadas no que concerne a influencia do clima sobre o homem, como muito bem apontou Michel Serres, ao evidenciar a desigual susceptibilidade humana ao tempo atmosférico face as condições tecnológicas.

Houve, ao longo de toda a historia da humanidade, uma permanente interação entre a sociedade e o clima. Esta se deu tanto de forma benéfica quanto maléfica; no primeiro caso observou-se toda uma condição favorável à consolidação de incontáveis civilizações sobre determinados espaços, enquanto que no segundo, a historia é rica em momentos de penúria, tristeza sofrimento e desespero de grupos humanos para os quais somente a adaptação às condições adversas ou a migração em massa se constituíram em soluções para enfrentar os desafios impostos pelas condições climáticas.

Alguns dos mais importantes fenômenos que contribuíram para a eclosão da questão ambiental na atualidade estão diretamente relacionados ao clima, ou seja, à interação negativa estabelecida entre este e a sociedade.

A elevada e preocupante mortalidade decorrente da fome que se repercutiu sobre a população do Sahel na década de sessenta, conseqüência direta de uma longa seca que se abateu sobre a região, constituiu-se num dos principais problemas do século e despertou a atenção da sociedade e dos governantes para os graves problemas sociais que tomam proporções avassaladoras quando intensificados por fenômenos naturais.

Nesta mesma perspectiva encontram-se os graves e alarmantes problemas da humanidade na fase contemporânea ligados diretamente ao aquecimento global da atmosfera, efeito estufa planetário, aos impactos do El Nino / La Nina, aos ciclones tropicais, as inundações as secas, etc.

Todavia, a grave crise ambiental instalada no planeta nestes últimos quarenta anos evidenciara, já nos sessenta e inicio dos setenta, a preocupação com os destinos da humanidade nesta fase contemporânea da sociedade.

Observa-se que o conceito de impacto ambiental, tem uma forte conotação antropocêntrica, dado que esta fundamentado nos efeitos das ações humanas sobre os ecossistemas e sobre a própria sociedade e sua economia. Neste contexto observa-se um processo direto de causa e efeito, sendo que a sociedade produz alterações na dinâmica natural que, a partir de “efeitos negativos” retornam sobre ela mesma provocando impactos variados.

Neste caso, as situações de risco estão ligadas diretamente às próprias atividades humanas, e os impactos se configuram na manifestação e repercussão dos riscos sobre os grupos humanos a ele submetidos; em ultimo termo, a degradação pode atingir condições de irreversibilidade, explicitando a impossibilidade de resistência a um determinado ambiente.

O efeito estufa, em escala planetária ou global, assim como as inversões térmicas em áreas urbano – industriais, em escala local, dentre outros, revelam a interação negativa estabelecida entre a sociedade e a natureza, bem como a criação de situações de risco e de impacto ambiental climático decorrente da interferência humana na dinâmica climática.

Nas regiões tropicais o ritmo das cheias está intimamente relacionado com o volume e o tempo de duração das grandes chuvas. Cidades inteiras em faixas ribeirinhas recebem a pressão e as interferências das inundações nos verões chuvosos, a principal época de

precipitações. Via de regra quanto mais cresce o organismo urbano – tamponando e hermetizando os solos, outrora livres para a infiltração – mais rápida se torna o escoamento superficial, maior o volume das águas nos rios e riachos e mais catástrofes e imediatas às interferências das inundações sobre a funcionalidade do mundo urbano.

A saúde humana é fortemente influenciada pelo clima. As condições térmicas, de dispersão (ventos e poluição) e de umidade do ar exercem destacada influência sobre a manifestação de muitas doenças, epidemias e endemias humanas, a energia e o conforto são mais afetados pelo clima do que outro elemento do meio ambiente.

BELTRANDO e CHEMERY (1995), ao explanar sobre a bioclimatologia humana, levantaram vários aspectos relativos à susceptibilidade da saúde humana, segundo estes, a manutenção do equilíbrio térmico do corpo com seu ambiente, a omeotermia, é uma das principais exigências do conforto e da saúde estando os processos fisiológicos na dependência de parâmetros do ambiente, pois em certos casos extremos, as condições atmosféricas podem colocar o organismo em perigo. Quando os fatores do ambiente atingem valores extremos, sob atuação de onda de calor ou de frio, de ventos violentos ou de precipitações abundantes, por exemplo, então eles afetam a saúde humana.

AYOADE (1986) ressaltou que a influência do clima na saúde humana se dá tanto de maneira direta como indireta, é tanto maléfica quanto benéfica; para o autor os extremos térmicos e higrométricos acentuam a debilidade do organismo no combate às enfermidades, intensificando processos inflamatórios e criando condições favoráveis ao desenvolvimento dos transmissores de doenças contagiosas, ao contrario, o ar fresco com temperatura amena, umidade e radiação moderada, apresenta propriedades terapêuticas.

Um outro exemplo revela que a relação entre mortes por enfermidades cardiovasculares e cerebrovasculares (derrames) e temperaturas na faixa de -5º C a cerca de + 5º C tende a ser, conforme HAINES (1992), inversamente proporcional, isto é, o numero de óbitos diminui à medida que a temperatura aumenta nessa faixa.

Segundo o autor os efeitos sazonais comprovados sobre as doenças respiratórias são no inverno: bronquite aguda, bronquiolite, bronquite crônica, asma pneumonia e, no verão: ataque de asma e febre do feno, no outono: bronquite aguda e asma aguda.

Ao considerar mudanças climáticas relacionadas ao efeito – estufa planetário HAINES (1992) afirmou que varias doenças, como a malaria, tripanossomíase, leishmaniose, filariose, amebíase, oncocercíase, esquistossomose e diversas verminoses, hoje restritas as zonas tropicais, tem relação com a temperatura e poderiam teoricamente ser afetadas pela mudança do clima.

A temperatura tem, para este autor, relação também com muitas outras doenças contagiosas não – parasíticas como febres amarela, dengue e outras enfermidades viróticas transmitidas por artrópodes, peste bubônica, desenteria e outras afecções diarréicas.

Os perfis de desenvolvimento e multiplicação dos parasitas, ou vírus, da malaria, no interior de mosquitos transmissores dependem da temperatura do ar.

A expressiva reincidência de inúmeras doenças na zona tropical na atualidade, como é o que se observa em relação às chamadas doenças “emergentes” como a cólera, a dengue, a malaria, a meningite, etc., coloca inúmeras questões não somente à epidemiologia é a medicina, campos do conhecimento classicamente mais voltados ao estudo destas patologias, mas demanda a participação de inúmeros outros campos do saber, dentre eles o geográfico. Muito mais que o próprio desenvolvimento da geografia / climatologia médica ou da saúde como campo do conhecimento, objetiva-se contribuir de forma direta para o equacionamento de problemas que afligem a sociedade contemporânea. (MENDONÇA, 2000).

Através da educação são constituídas as bases que sustentam o pensar e a forma pela qual as pessoas se relacionam e determinam suas ações no meio ambiente. Deste modo, intervenções educacionais que possam conduzir a mudanças positivas necessitam primeiramente levar a revisão de conceitos, ou no mínimo, de se ter clareza dos elementos conceituais que norteiam a questão ambiental, como o conceito de Meio Ambiente de Ecologia, de Ética e de Política.

De modo geral, os avanços promovidos na Educação Básica e no Ensino Superior, no sentido de desconstruir a perspectiva reducionista, que fragmenta os conteúdos abordados, têm se apresentado ainda como insipientes, especialmente no que se refere à educação ambiental.

Na área da saúde alguns avanços podem ser considerados como significativos, como na Epidemiologia que embora de forma modesta tem demonstrado a possibilidade de articulação / associação conceitual entre os fatores ambientais e com as abordagens sócio educativas e que possam levar a promoção da saúde.

O ambiente humano consiste de vários elementos básicos: o ar, a água, o alimento, o clima ao redor de nossos corpos e o espaço disponível para os nossos movimentos.

Além disso, existimos em um ambiente social e espiritual, que é de grande importância para a nossa saúde física e mental.

A maioria das doenças é causada ou influenciada por fatores ambientais.

O entendimento de que a forma pela qual o ser humano estabelece a sua relação com o meio ambiente determina as condições ambientais e consequentemente as condições de saúde da população, auxiliam a entender a questão da resistência bacteriana.

A resistência bacteriana representa atualmente um problema de saúde pública mundial, que causa inúmeros prejuízos na manutenção da saúde da população. Ela desenvolve-se devido à adaptação genética das bactérias; do uso inadequado de antibióticos, através da automedicação; do não cumprimento das prescrições médicas ao realizar o tratamento e do uso indiscriminado do fármaco; da faltas de saneamento básico, bem como ausência de tratamento prévio do esgoto e descarte das sobras e resíduos do medicamento no ambiente.

Nas células a resistência bacteriana desenvolve-se a partir de mutações cromossômicas ou aquisição de um novo material genético pela troca direta de DNA ou plasmideo, através da transdução por um bacteriogafo ou pela transformação, que consiste na incorporação de DNA pela bactéria. A informação nesse material genético possibilita a bactéria desenvolver resistência através da reprodução de uma enzima que inativa ou destrói o antibiótico, altera o sitio de ligação do medicamento ou impede a ação do mesmo.

A principal implicação econômica desse fenômeno é a diminuição da eficácia do medicamento, exigindo o uso de fármacos cada vez mais onerosos que são praticamente inacessíveis para muitos programas de atenção primaria em saúde, contribuindo para aumento da morbidade, mortalidade e gastos com serviços de saúde.

Considerando-se que o principal fator desencadeante da resistência bacteriana é o uso incorreto de antibióticos, o trabalho dos profissionais da área da saúde, muitas vezes não enfatiza o diagnostico correto, a prescrição adequada e os meios para garantir a aderência do paciente ao tratamento. E função destes profissionais, explicarem que o uso inadequado dos antibacterianos pode estar relacionado com o surgimento da resistência bacteriana.

Além da resistência bacteriana que se desenvolve no organismo humano devido ao uso inadequado de antibiótico, pois ocorre a seleção das bactérias permanecendo somente as mais tolerantes ao fármaco, e necessário considerar também a resistência que as bactérias adquirem mo próprio ambiente natural, ou seja, fora do organismo humano.

Este mecanismo e desencadeado a partir das vias de exposição dos antibióticos no ambiente, destacando-se o esgoto e efluentes domésticos que possuem metabólitos ativos do fármaco, excretados pelos humanos. Tudo isso é agravado pela deficiência de saneamento básico, tratamento prévio do esgoto e baixa biodegrabilidade do fármaco, que apresenta

grande potencial para bioacumulação e persistência no ambiente, causando impactos ambientais e para a saúde pública.

Além da desinformação, a falta de saneamento básico e o uso massivo de antibióticos, o inadequado descarte de dejetos contribui para que haja o desenvolvimento de cepas bacterianas resistentes no ambiente. Esta condição permite que esses fármacos entrem em contato com o homem e animais através da água, do solo e do ar.

O lixo representa um elemento que não deve ser desprezado no estudo da estrutura epidemiológica, uma vez que, pela sua composição, poderá conter agentes biológicos patogênicos ou resíduos químicos tóxicos que poderão alcançar o homem direta ou indiretamente.

Apesar de existirem resoluções sobre o gerenciamento dos resíduos de saúde, as mesmas não contemplam a disposição final de resíduos ou sobras de medicamentos gerados nos domicílios, isso por partir-se do pressuposto que a população segue devidamente as recomendações médicas, ao realizar tratamento medicamentoso, e com isso não haver sobras de fármacos.

Não bastando à questão dos resíduos e as dificuldades conceituais de entendimento sobre resíduos domésticos, outro fator preocupante é a falta de coleta e tratamento desses materiais, especialmente em paises em desenvolvimento.

Desse modo, é necessária a realização de programas de educação formal e não formal buscando orientar a população sobre o processo da resistência bacteriana, responsabilizando-as para a minimização do problema através do uso correto de antibióticos, de forma a evitar a geração de resíduos e prevenir danos à saúde publica e ao meio ambiente.

A aproximação de temas ligados à saúde humana na educação formal na sua perspectiva trandiciplinar / multidisciplinar com as questões ambientais que objetivam a aprendizagem visando a promoção da saúde requerem também uma visão ampla o suficiente a considerar as abordagens na saúde como forma de melhorar as condições ambientais. Isso significa dizer que, se condições ambientais satisfatórias determinam de forma proporcional as condições de saúde, o inverso também pode ser valido, pois o cuidado com a saúde corporal pode resultar na melhoria das condições ambientais.

As temáticas em saúde devem fazer parte do currículo das disciplinas na educação básica, pois a questão de falta de conhecimento da população sobre a resistência bacteriana atinge todos os níveis de formação, e, portanto não é exclusivo da população com baixa escolaridade. Outro aspecto é a educação não formal, especialmente a realizada pelos meios de comunicação, que pode auxiliar a população no sentido de transmitir orientações seguras, como por exemplo, sobre o uso correto dos antimicrobianos, pode contribuir para proporcionar a melhoria das condições sócio-ambientais. (KORB, 2009).

7.3. - POLUIÇÃO ATMOSFERICA

Ao longo dos últimos duzentos anos o Homem empreendeu um processo de alteração da face do planeta sem paralelo na historia. Rios foram represados, pântanos drenados, cidades inteiras erguidas e vias de comunicação traçadas através de florestas, desertos e montanhas.

A industrialização a necessidade de transporte de pessoas e mercadorias e a incorporação de um novo ritmo de vida fomento de energia, aceleraram a depleção de reservas, o esgotamento de recursos naturais e a poluição do planeta. Até então, apenas a natureza houvera sido capaz de alterar as características da biosfera e as condições de equilíbrio do ecossistema.

As alterações causadas pela ação humana apenas agora começam a ser equacionadas, seus efeitos avaliados e providencias encaminhada no sentido de restaurar as condições mais favoráveis do equilíbrio ecológico.

A poluição do ar é a condição em que a concentração de uma espécie na atmosfera causa um efeito nocivo. Pode causar irritação nos olhos e mucosas, dificultar a respiração, diminuir a visibilidade e prejudicar o aspecto e a segurança de estruturas causando prejuízos de extensão variada ao homem, animais e vegetais.

A atmosfera sempre serviu de deposito de material descartado, recebendo gases de fogueiras e fermentadores, dispersando e sedimentando particulado, digerindo substâncias pela ação solar e devolvendo ao solo o produto de seu trabalho, através das chuvas.

A poluição do ar se constitui de um tripé interativo: fonte geradora de resíduos, meio dispersor aéreo e elementos receptores. A fonte pode ser continua como a chaminé de uma termelétrica, ou intermitente como uma queimada agrícola.

A dispersão é afetada pelas condições atmosféricas, sujeita a zonas de alta ou baixa pressão, inversões térmicas, correntes de convecção e regime de ventos. Quanto aos receptores, concentração, natureza e tempo de exposição aos poluentes determinam à extensão dos efeitos. Um organismo vivo processa e elimina algumas substâncias estranhas, enquanto outras permanecem e apresentam efeito cumulativo.

As fontes podem ser puntuais, como uma siderúrgica, ou dispersas como milhões de escapamentos de veículos. Um deposito de lixo a céu aberto constitui uma área extensa de emissão, ou uma estrada não pavimentada, levantando partículas ao longo de quilômetros. Uma vez lançado na atmosfera, o poluente original pode transformar-se, como os gases

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