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Nos possuímos cinco sentidos e algumas pessoas diriam que a intenção é um sexto sentido. O sistema imunológico é parte do nosso sentido – a autoconsciência.

O sistema imunológico tem muitas características de um órgão sensorial. Os olhos percebem a luz, o ouvido percebe os sons e o sistema imunológico percebe o eu, envia essa informação de volta para o cérebro pelos neurotransmissores e o resultado é saúde.

A autoconsciência é necessária para a sobrevivência. Conscientemente podemos fechar os olhos e bloquear o sentido da visão, mas não podemos, deliberadamente limitar o nosso sistema imunológico.

O sistema imunológico, e o sistema representacional do eu. Um sistema imunológico forte pode ser o equivalente fisiológico de uma forte autoconsciência.

Qualquer coisa que aumente a autoconsciência, provavelmente fortalecera o sistema imunológico. Qualquer coisa que enfraqueça a autoconsciência pode enfraquecer o sistema imunológico.

A PNL busca criar uma autoconsciência forte – torna-se mais consciente de si mesmo, prestando atenção e tendo curiosidade pela própria experiência de maneira não critica. Acompanhado a si mesmo, você fica menos dividido, mais relaxado e intuitivo, mais congruente e em harmonia.

A consciência dos próprios estados emocionais e a criação de âncoras de recursos começam a destruir as ligações, causa efeito. Assim deixamos de ser uma vitima dos acontecimentos, adquire mais escolhas e controle sobre sua experiência. Escolhemos como reagir, em vez de apenas reagir como boneco.

Ironicamente, as doenças nos forçam a dedicar algum tempo a nos mesmos, mas não da maneira que escolheríamos. Portanto, a doença não e tanto um sinal de fraqueza quanto um sinal de reequilibrio nós não somos perfeito. A vida é um equilíbrio entre quem nós somos e quem estamos nos tornando.

5.1. - DEFININDO A AUTOCONSCIÊNCIA

O Sistema imunológico é muito complexo embora seu trabalho possa ser resumido de maneira bastante simples: ele cuida de nossa identidade no nível fisiológico.

Apesar da grande quantidade de pesquisas realizadas recentemente o sistema imunológico é um território complexo e bastante desconhecido. Como o cérebro, ele demonstra ser tão complexo quanto a nossa vaidade espera e quanto o nosso intelecto teme. Com freqüência lhe e retratado como uma maquina mortal ou um exército – “expulsando” germes, “lutando” contra infecções e “mobilizando” recursos. Ele funciona reconhecendo aquilo que somos “nós” e aquilo que não é. Ele elimina qualquer coisa que não reconheça como sendo “nós”, como tumores, bactérias, vírus e transfusões de sangue do tipo errado.

Ele realiza, no nível fisiológico, aquilo que psicologicamente fazemos a partir da infância – determina os limites entre “eu” e os outros.

Isso indica que, no nível fisiológico, a saúde está relacionada a uma autoconsciência bastante nítida.

Em si mesmo, o sistema imunológico consiste principalmente de leucócitos, células especializadas que são transportadas pelo sangue (leuco significa branco e cito = célula). Um adulto saudável tem cerca de um trilhão de células sangüíneas brancas, isto é sete mil por milímetro cúbico de sangue.

Essas células executam diversas tarefas, algumas convocam outras para combater bactérias e vírus, outras, marcam a bactéria e o vírus a serem destruídos e algumas cancelam a ação e eliminam os detritos.

O sistema imunológico utiliza dois métodos para defender o corpo. O primeiro é chamado de “imunidade mediada celularmente”, células especializadas reconhecem aquilo que não é parte do corpo, eliminando-o diretamente. O segundo é a “imunidade humoral”, diferentes células especializadas fabricam anticorpos – grandes moléculas, criadas exatamente para destruir antígenos específicos como às bactérias.

Normalmente, o sistema imunológico sabe o que atacar e o que deixar em paz. Por exemplo, ele não ataca muitas bactérias que vivem em nosso intestino e nos ajudam a digerir os alimentos.

Quando o sistema imunológico não reage com força suficiente contra os antígenos externos como bactérias ou vírus ficamos doentes. Entretanto, algumas vezes, a infecção pode ser tão grande que o sistema imunológico reage normalmente e mesmo assim, não consegue vencer.

Por outro lado, quando o sistema imunológico reage com muita força contra um antígeno externo, o resultado é uma alergia. A resposta imunológica é mais perigosa do que o antígeno externo.

Quando o sistema imunológico reage de maneira insuficiente a um antígeno interno, um câncer pode se desenvolver.

Nossas células se dividem milhões de vezes todos os dias de nossa vida, e é mais do que provável que células anormais e potencialmente cancerosas estejam sendo produzidas o tempo todo. Se o sistema imunológico estiver enfraquecido, as células cancerígenas podem não ser detectadas e aumentar até ficarem fora de controle.

Por engano o sistema imunológico pode atacar partes de nos mesmos. Isso surge uma condição auto-imune, como a artrite reumatóide. O sistema imunológico parece atacar o tecido saudável da cartilagem das articulações resultando fadiga rigidez muscular e inchaço nas articulações, dificultando os movimentos e provocando dor.

5.2. - SISTEMA IMUNOLÓGICO

O sistema imunológico é formado por um conjunto de células e órgãos que nos protegem do mundo. Isso significa que ele defende o corpo humano de invasores e intrusos com os quais entra em contato todos os dias, entre vírus perigosos, bactérias fatais parasitas tóxicos e elementos menos nocivos.

Incrivelmente complexo – mais do que qualquer outro órgão, inclusive do que o cérebro – esse sistema não é bem compreendido. Um dos fatores que dificultam seu entendimento é o fato de ele não se constituir de um único elemento.

Ao contrario do cérebro, do coração e de qualquer outro órgão que podemos tocar, o sistema imunológico não ocupa um lugar especifico no organismo. Ele é formado tanto por órgãos quanto por células e está presente em quase todas as partes do corpo.

O sistema imunológico tem duas tarefas importantes: a primeira delas e defender o organismo ele devemos proteger dia e noite e lutar contra todos os intrusos nocivos que nos atacam sem parar, a segunda tarefa é ainda mais extraordinária, armazenar memórias - e elas não são poucas. O sistema imunológico tem que guardar em seu banco de dados os registros

de toas as batalhas de que já participou e de todas as ameaças que já encontrou. Se não fizer isso acabará não conseguindo nos defender.

A função do sistema imunológico é nos manter a salvo de todas as formas de agressão. Os invasores podem nos atacar não apenas cruzando a fronteira da pele, como rompendo outros limites, entre os quais os dos órgãos internos, como pulmões, a garganta, o tato digestivo, etc.

Todas essas áreas estão sujeitas a sofrer investidas de uma série de inimigos, como bactérias, vírus, alérgenos, parasitas, germes, fungos, produtos químicos tóxicos, gases nocivos e ate os perigosos prions (forma modificadas de proteínas normais), que atuam como agentes infecciosos causadores de doenças degenerativas do cérebro.

Os cientistas já identificaram pelo menos 20 tipos de células imunológicas.

O sistema imunológico e tão complexo que não seria possível explica-lo inteiramente em apenas um livro. Saber como esse sistema trabalha pode salvar nossa vida, quanto mais o conhecer, melhor será tratado, e em resposta, mais beneficio ele nos proporcionará.

O sistema imunológico é extraordinário por causa do seu tamanho, da sua complexidade e da sua eficácia. No entanto, assim como qualquer um de nós, ele pode errar.

Sua vulnerabilidade de ser subjugado por invasores; a outra e ficar hiperativo.

O primeiro problema ocorre quando sua resposta a uma ameaça é ineficaz, permitindo que invasores ultrapassem suas redes de proteção.

Outra possibilidade é o fato de o próprio sistema imunológico ter sido debilitado por um invasor (por exemplo, HIV), por determinadas doenças (como as causadas por imunodeficiências) ou por medicação imunossupressoras (como as drogas para evitar a rejeição de órgãos transplantados e os esteróides como a predmisona e a cortisona).

Em casos como esses, o sistema imunológico se torna incapaz de nos defender de inimigos que, em outras circunstâncias, seriam exterminados com facilidade.

A falência do sistema imunológico continua sendo a principal causa de morte em muitos paises em desenvolvimento, que não tem acesso a vacinas e antibióticos modernos, condições sanitárias adequadas, a água própria o consumo nem alimentos saudáveis.

Doenças como a tuberculose, a malaria e a cólera permanecem entre as mais letais em todo o mundo.

Nos países ricos, a situação é diferente. Nos Estados Unidos, em 2005 as doenças que mais mataram não foram às infecciosas, e sim as auto-imunes, responsáveis por mais de 50% dos óbitos, e apenas 4% deles decorreram diretamente de infecção (gripe, pneumonia e sépsis). Cerca de 6% das mortes foram provocadas por ferimentos (acidentes e suicídios) e 23% por cânceres estimulados pelo sistema imunológico.

O maior perigo ocorre quando o sistema imunológico se torna hiperativo.

O primeiro grupo de pesquisadores a estudar e reconhecer a relação entre ativação imunológica e problemas como ataque cardíaco, AVC e má circulação sangüínea foi liderado pelo Dr. Paul Ridker, da Faculdade de Medicina de Harvard, em meados da década de 1990. Enquanto realizava estudos sobre o coração, Ridker notou a existência de níveis altos de proteína C – relativa (PCR) no sangue de pacientes que tenham sofrido infarto do miocárdio.

O teste mais comum para verificar a ativação do sistema imunológico é um exame de sangue que mede o nível de PCR – quanto mais elevado ele estiver, mais ativo estará o sistema imunológico. Outra forma comum de avaliação é por meio da taxa de sedimentação. Esse índice mede a velocidade com que as células sanguíneas vermelhas se depositam no fundo de um tubo de ensaio.

Quanto mais rápido for o processo de sedimentação, mais ativo estará o sistema imunológico.

Desde então, diversos pesquisadores vêm confirmando as descobertas de Ridker. Também muito interessante foi à constatação de que, além de apontar doenças cardíacas, o PCR-us elevado è uma indicação de outros problemas de saúde, como aneurisma da aorta

abdominal, mal de Alzheimer, fibrilação atrial (batimento cardíaco irregular), diabetes hipertensão arterial, degeneração macular, osteoporose, AVC, morte súbita de origem cardíaca e vários tipos de câncer como o de cólon e o de próstata.

Vale ressaltar que os níveis de PCR aumentam antes mesmo que as doenças se instalem. Isso significa que a ativação imunológica precede as enfermidades.

Os cientistas estão começando a compreender e a identificar a participação especifica do sistema imunológico no surgimento das doenças.

Quando o sistema imunológico esta envolvido numa guerra para nos livrar de uma ameaça, sua munição pode ferir sem querer órgãos que ele esta tentando defender, como o coração, o cérebro os vasos sanguíneos, o pâncreas ou qualquer outro espectador inocente.

Embora seu objetivo seja debelar uma infecção especifica, ele pode não conseguir coordenar suas forças com precisão necessária para que apenas o problema seja atacado.

Portanto é crucial que haja um equilíbrio entre as ações de proteção e destruição realizadas pelo sistema imunológico.

Outra área de ativação do sistema imunológico é a que reage a acidentes percebidos, porém não confirmados. Para rastrear o organismo em busca de possíveis ameaças, o sistema imunológico adota diversas estratégias – uma delas é recorrer às nossas emoções, ele as monitora para obter vantagem antecipada.

O sistema imunológico é inteligente o bastante para compreender a importância de saber que estamos, por exemplo, sentindo medo, uma emoção que muitas vezes, é seguida por dor, infecção, lesão e ate mesmo morte. O medo é interpretado como ameaça real, ou no mínimo provável. Da mesma forma, a hostilidade, o desespero e a frustração são considerados perigos.

Novas pesquisas médicas mostram que quando sentimos medo, raiva ou depressão, ficamos mais vulneráveis a doenças associadas ao envelhecimento.

Em um estado feito ao longo de 10 anos com jovens adultos, o grau de hostilidade aferido foi correlacionado à formação de placas calcificadas nas artérias coronarianas. Além disso, a hostilidade foi vinculada ao desenvolvimento de hipertensão arterial – quanto mais intensa essa emoção, mais o risco de hipertensão.

Um estudo realizado pelo Departamento de Ciências Comportamentais da Universidade Duke (setembro/outubro 2004) revelou que um grau maior de raiva e hostilidade indicava níveis mais elevado de PCR (Proteína C – reativa).

Provou-se também que a ansiedade ativa o sistema imunológico. Com uma pesquisa realizada em 2004 com 1100 homens e mulheres o grau de medo de um ataque terrorista que uma pessoa sentia estava correlacionado ao seu nível de ativação imunológica.

A ciência já suspeitava de uma poderosa conexão entre emoções e saúde há, algum tempo, conteúdo somente agora estamos começando a compreender o motivo dessa ligação e seu funcionamento. A pesquisa mostra que uma solução para evitar doenças cardíacas é a habilidade para controlar as emoções. È por isso que o bio feedback, meditação, ioga e pensamentos altruístas, entre outros recursos e técnicas, são capazes de anular ou minimizar os efeitos adversos do medo, da hostilidade e da depressão.

E de que maneira o sistema imunológico capta essas emoções?

Da mesma forma que o cérebro faria, ou seja, por meio de mensageiros químicos, entre eles adrenalina, a serotonina, a dopamina e outros neurotransmissores.

Os cientistas não sabem exatamente em que parte do corpo as emoções tem origem. E provável que comecem no cérebro junto com os pensamentos, porém, isso ainda é uma teoria – outras hipóteses situam a base das emoções nos centros nervosos do intestinos.

O que se sabe é que determinados produtos químicos são lançados na circulação sanguínea quando vivenciamos emoções especificas. O medo, por exemplo, provoca liberação de adrenalina, de cortisol e de uma mescla de outras substancias químicas. O amor parece estar associado a uma mistura de dopamina e oxitocina, como as emoções são muito

complexas, o padrão exato e a identificação química de cada uma delas ainda não foram inteiramente decifrados.

O que esta claro é que o cérebro não é a única parte do corpo que iria ou percebe estados emocionais, o sistema imunológico dispõe de um método bem desenvolvido para captar as emoções e, em seguida, responder à ameaça que as causou.

O numero de pesquisas cientificas sobre como controlar e fortalecer a função imunológica não para de crescer.

Quando as peças finais estiverem encaixadas, teremos mais controle sobre o sistema imunológico, e isso permitirá ficar livres de infecções, evitar o desenvolvimento de doenças e, quem sabe, até interromper e reverter o processo de envelhecimento.

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