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Capítulo IV. Conclusão das Análises

4.2 Problemas e resoluções

A existência de palavras polissémicas gera dificuldades de compreensão quando aplicadas em circunstâncias diferentes. Os resultados obtidos neste trabalho permitem determinar que os problemas encontrados se classificam nos seguintes aspetos.

A influência da língua materna, o chinês, é a origem da maioria dos problemas na aprendizagem de palavras polissémicas. A língua portuguesa constitui uma língua muito distinta e representa uma cultura completamente distante. Os alunos possuem um vocabulário próprio e é diferente do vocabulário português autêntico e vão provavelmente depender do pensamento habitual da língua materna e do vocabulário que têm. Por isso, quando eles adquirem uma palavra nova, eles ligam-na ao sentido chinês e quando pretendem expressar as suas ideias, organizam primeiro as palavras e expressões correspondentes em chinês e a seguir, traduzem-nas mentalmente para o português. O exercício III é exemplo deste problema, já que muitos inquiridos preencheram as respostas em chinês.

A divergência da cultura portuguesa e da chinesa é um fator que contribui inegavelmente para os problemas na aprendizagem da língua portuguesa. Os modos de pensamento são refletidos em todos os aspetos da sociedade humana, especialmente no aspeto da linguagem das diferentes etnias. Os costumes, religiões, histórias geram dificuldade para a compreensão de alguns itens, devido aos alunos chineses não terem essa conceptualização a partir da sua experiência. Por exemplo, traduzir “casa dos botões” de chinês para português vai ser “olho dos botões”, neste caso a palavra polissémica “casa” provavelmente causa confusão e mal-entendido aos alunos.

O fraco domínio do vocabulário português é considerado como a causa direta de alguns problemas. Por um lado, para dominar bem as palavras, especialmente as

palavras polissémicas, é necessário adquirir significados diferentes das palavras. Por causa de limites de tempo e da própria personalidade do aluno, esse processo pode não ser fácil, pois exige leitura ampla e experiência da vida quotidiana. Por outro lado, o sistema pedagógico e o método didático da China exigem que os alunos aprendam conhecimentos para passar os exames. Por isso os estudantes estudam sozinhos e limitam a sua aprendizagem aos materiais escolares. Estes fatores impedem os alunos de expandir o seu vocabulário.

Outro fator a considerar diz respeito aos métodos de ensino. As línguas constituem realidades diretas do pensamento humano e são o meio mais importante para a comunicação interpessoal. Todas as línguas, em certo sentido, são vivas e flexíveis, mesmo que existam regras gramaticais. Na aprendizagem das palavras e no desenvolvimento do vocabulário da língua portuguesa, muitos alunos parecem conservadores e mecânicos, incluindo alguns professores chineses. Por influência da metodologia pedagógica tradicional chinesa, os alunos chineses costumam memorizar rigidamente expressões e regras gramaticais e utilizar meramente estas expressões e regras memorizadas. Não sabem analisar e verificar dialeticamente nem conseguem considerar caso a caso. Este hábito, de certo modo, vai ajudar os aprendentes a adquirir novos conhecimentos, mas de um ponto de vista mais longo e amplo, vai prejudicar a autenticidade e a vitalidade do que se aprende, o que pode ser considerado como causa indireta de problemas.

Por fim, importa mencionar a atitude passiva face à aprendizagem do português, especialmente das palavras polissémicas. Sabemos que o processo de aprendizagem de uma língua estrangeira é progressivo e difícil e que é necessário rever conteúdos adquiridos continuamente. O processo de aprendizagem das palavras polissémicas exige ter um conhecimento completo de cada palavra que aprendem. É normal que uma palavra tenha vários significados diferentes, mas os alunos geralmente não procuram saber mais sobre aspetos desconhecidos e não estão interessados em descodificar os significados que não sabem.

Apresentam-se em seguida as sugestões em relação à aprendizagem das palavras polissémicas da língua portuguesa.

É importante estar ciente da influência da língua materna e formar gradualmente o pensamento dentro do português. Quando se encontra uma palavra nova, é aconselhável consultar o dicionário português-português ou procurar as imagens na internet, em vez de consultar diretamente o dicionário português-chinês, para estabelecer mentalmente as relações lógicas e os recursos expressivos na fase inicial da aquisição do português. Os alunos devem saber que a polissemia é um fenómeno universal, mas a sua realização é típica, apenas de uma língua particular. Por esta razão, as aceções são diferentes em línguas diferentes (por exemplo, em português, “casa” tem o sentido de “posição numérica”, no entanto, esta aceção de “casa” não existe em chinês). Com o fim de entender e usar corretamente as palavras, é indispensável prestar atenção aos hábitos autênticos na expressão desta língua e aos sistemas linguísticos. Isso não é fácil, porque a língua materna tem influência sobre o nosso sistema linguístico deste a infância, e a cultura chinesa e a portuguesa são bastante diferentes, mas vai ajudar a prevenir a maioria dos problemas. Depois de formar o pensamento em português, a interpretação e a aplicação destas palavras tornar-se-ão mais corretas, adequadas, autênticas e naturais.

A integração na cultura local é essencial para promover a compreensão das palavras polissémicas. Manter uma atitude aberta e aprender a aceitar as diferenças. É recomendado participar em eventos e festivais locais com nativos, visitar monumentos e lugares históricos, provar a gastronomia portuguesa, etc. Mergulhar na cultura portuguesa, ajuda os alunos a alargar o vocabulário e o conhecimento sobre os costumes, as tradições, e a diminuir a confusão que as palavras polissémicas causam.

A abundância do vocabulário é indispensável para a compreensão de uma língua. O desenvolvimento lexical é uma tarefa que nunca está terminada, pois é sempre possível aprender novas palavras e novos significados das palavras em domínios específicos. A seguir, deixam-se algumas sugestões aos alunos chineses para expandir o vocabulário:

1. Leitura é o melhor caminho para expandir o vocabulário. Leia em áreas diferentes, procure publicações de qualidade (jornais, romances clássicos, revistas de ciência, economia, arte, etc.). Domine os significados em

contextos diferentes.

2. Faça “análise do discurso” na vida quotidiana. Procure escutar como os portugueses falam, preste atenção às palavras que eles usam e como as usam. Tudo isto pode ser resumido em tentar obter uma maior perceção e uso das palavras polissémicas. Também é necessário prestar atenção à reação dos portugueses com quem fala para verificar se as palavras que usa causam estranheza aos portugueses.

3. A prática leva à perfeição. Depois de aprender uma palavra nova, ou saber um novo significado duma palavra polissémica, pratique-a o mais possível no diálogo, na escrita, etc. Através da prática, as partes motoras do cérebro são ativadas, e quanto mais o cérebro estiver em atividade, mais fácil é fixar algum conteúdo.

É essencial encontrar um método próprio que sirva para o estudo das polissemias. O papel mais significativo de uma língua realiza-se na comunicação interpessoal. Não negamos que assimilar os conhecimentos sólidos nas aulas é importante, mas isto só é a base de aprender bem uma língua. Os alunos não podem depender apenas dos livros didáticos, dos exercícios gramaticais, porque os conceitos teóricos são mais ou menos

limitados.As palavras são, geralmente, derivadas ou evoluídas dos étimos, portanto é

importante conhecer o significado do étimo quando encontra uma nova palavra, o que pode determinar melhor os significados em determinados contextos. O uso das palavras é flexível, os alunos chineses devem analisar dialeticamente o que estudam e empregar as palavras de maneira dinâmica e depender menos da memorização forçada e mais de conexões diversificadas, estabelecendo um método mais sólido e eficaz de aprendizagem.

Os alunos chineses precisam de alterar a atitude passiva para a atitude ativa no processo de aprendizagem. No meio universitário, a curiosidade e o interesse constituem os melhores mestres, para se descobrir as potencialidades das palavras polissémicas. Aprender novas palavras nas experiências é um modo mais interessante, especialmente aprendendo com amigos portugueses. Além disso, ler romances, ouvir músicas, ver telenovelas, filmes portugueses vão deixar os alunos apaixonados pelo

que estudam e vão prestar mais atenção aos estudos, aliás, as palavras aprendidas também são mais vivas e práticas. Praticar com português.

Conclusão

A presente dissertação sobre a polissemia concentra-se especialmente nos problemas e nas dificuldades que os alunos chineses encontram na sua aprendizagem. O trabalho divide-se em quatro partes e resulta de um inquérito feito junto de três grupos diferentes de informantes. A primeira parte é sobre a teoria das palavras polissémicas; a segunda parte é a metodologia do inquérito; a terceira parte é a análise do inquérito e a última parte é a conclusão das análises dos inquéritos.

Na comparação dos resultados entre os três grupos, não obtivemos o resultado esperado relativamente ao uso, compreensão e expressão das palavras polissémicas. De facto, os alunos do grupo B, com mais tempo de aprendizagem e de permanência em Portugal, têm resultados inferiores aos do Grupo A, o que pode ter sido influenciado por diversos fatores.

De acordo com os dados que recolhemos, concluímos que há um grande número de alunos chineses de PLE que não dominam muito bem o uso da polissemia. Embora a polissemia seja uma área pouco explorada, ela desempenha um papel importante na compreensão da língua portuguesa. Consideramos, pois, que é muito importante obter a capacidade de identificar os significados diferentes em contextos determinados.

No caso dos alunos do segundo ano de mestrado (grupo C), eles dominam melhor do que os outros alunos. Por isso, quando eles respondem às perguntas, é normal terem mais conhecimento das palavras, mesmo que ainda não dominem bem todos os significados. É muito difícil memorizar todos os sentidos de uma palavra polissémica. No resultado do inquérito, verificaram-se erros frequentes na explicação das palavras. Por isso, sugere-se que os alunos chineses prestem mais atenção à aprendizagem das novas palavras e tentem identificar sentidos diferentes.

Foi também possível constatar que os alunos chineses prestam mais atenção à explicação das palavras em chinês. Os alunos chineses só memorizam os significados prototípicos e alguns casos especiais, portanto é muito difícil compreender casos não estudados. Ao mesmo tempo, eles também não fazem uma reflexão consciente sobre

os sentidos diferentes da mesma palavra. Normalmente, eles limitam-se a memorizar a aceção prototípica das palavras polissémicas.

Ademais, verificou-se que o tempo de permanência em Portugal tem influência sobre os resultados, mas que as diferenças culturais são um fator de dificuldade.

O presente trabalho identificou que os problemas principais para os alunos chineses são: a influência da língua materna, ou seja, o chinês; a divergência das culturas; a pobreza do vocabulário português; métodos de aprendizagem deficientes e atitude passiva face à aprendizagem.

Como todas as investigações também se encontraram algumas limitações. Em primeiro lugar, o número de inquéritos recolhidos não correspondeu à expectativa inicial. Em segundo, o facto de os alunos do grupo C terem realizado o inquérito no seu tempo livre, sem pressão, sem controlo externo e com a possibilidade de consultar dicionários, pode ter enviesado os resultados. Outro aspeto diz respeito às frases usadas no inquérito que podem ter condicionado as respostas dos alunos, por exemplo “Dá-me aquela chave de parafusos.”

A língua portuguesa e a língua chinesa são duas línguas distintas, é inevitável existir diferenças de vocabulário entre as duas línguas e os alunos serem influenciados pela língua materna. Entretanto a cultura e a educação da China promovem atitudes diferentes e métodos desadequados. Por isso, conhecer a cultura portuguesa, formar um pensamento português, alterar a atitude passiva da aprendizagem, procurar métodos adequados e eficazes para melhorar o português tomam-se importantes para o sucesso.

Em conclusão, neste trabalho, os resultados não corresponderam totalmente ao esperado, mas permitiu especular sobre alguns motivos para o erro. A análise dos problemas mais comuns dos alunos é o contributo mais importante do presente trabalho e será certamente útil para professores chineses e portugueses no ensino dirigido a alunos chineses.

Espera-se que o presente trabalho possa vir a servir como base para uma investigação mais profunda. O texto termina aqui, mas a pesquisa nunca, as reflexões e considerações vão-se renovando com todas as ideias e sugestões.

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Web links

Polissemia – o que é, exemplos e diferenciações

https://www.figuradelinguagem.com/gramatica/polissemia/ consultado a 6 de setembro de 2019.

Anexos

Declaração de Consentimento Informado

No âmbito do Mestrado em Português Língua Estrangeira/Língua Segunda do Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, está a ser conduzido um estudo sobre as palavras polissémicas em Português L2. A polissemia diz respeito aos diferentes sentidos de uma palavra ou locução, como o caso de “coração” que pode significar “centro” ou “órgão central da circulação sanguínea”.

Ao analisar as respostas dos alunos, pretende-se verificar se as palavras polissémicas constituem, efetivamente, uma área problemática para os alunos chineses.

Os dados recolhidos serão tratados quantitativamente, salvaguardando-se a confidencialidade e o anonimato de todas as informações recolhidas.

Os resultados do estudo podem vir a ser divulgados em revistas científicas e/ou em congressos/eventos da área.

Declaro que compreendi a explicação que me foi fornecida sobre o estudo em questão, nomeadamente os objetivos e os métodos.

Concordo com a participação neste estudo, de acordo com os esclarecimentos que me foram prestados, como consta neste documento, do qual me foi entregue uma cópia.

Nome: _________________________________________________________________________ Assinatura: _____________________________________________________________________ Data: ____________________

Inquérito

Dada a importância da sua resposta, por favor preencha cuidadamente. Obrigada pela sua colaboração.

Parte A – Informação do aluno 1. Idade:

2. Sexo:

3. Nacionalidade: 4. Língua materna:

5. Língua que usa mais na vida quotidiana:

6. Há quantos anos estuda português? ( anos em Portugal) 7. Qual é o seu nível de proficiência da língua?

A1 A2 B1 B2 C1 C2

8. Profissão que quer ser depois do curso:

Professor/a de português tradutor/a outros 9. Maneiras utilizadas para aprender novas palavras

Nas aulas e nos textos usados em aula

Experiências da vida quotidiana (fazer compras, ir aos restaurantes, conviver com os amigos portugueses, etc.)

Ver televisão e/ou ouvir rádios em português Ler livros e/ou jornais em português

Fazer exercícios gramaticais

10. Tem dificuldade em compreender as palavras polissémicas (一词多义)? Sim Não

Parte B – Exercícios

I. Faça tantas frases, quantos os sentidos (significados) que cada uma das seguintes palavras pode ter.

Ex.: linha:

O aluno leu a primeira linha do texto.

Houve um acidente e a linha do comboio foi cortada. A linha telefónica está com interferências.

1. Nota:

2. Cartão:

3. Doce:

4. Deixar:

5. Terminar:

II. Identifique na coluna da direita o significado que as palavras polissémicas adquirem em cada frase.

casa

1. Ele detém casas, vinhas e outras possessões.

2. Ele não está em casa.

3. Temos de fazer casas para cinco botões.

4. O próximo jogo é em casa.

5. É um homem ainda novo, aí na casa dos quarenta.

a. Período de tempo correspondente a dez anos, sobretudo na vida de alguém.

b. Edifício, construção.

c. Estádio próprio de uma equipa. d. Local onde se vive; domicílio,

morada.

e. Abertura na roupa onde prende o botão.

banco

1. No jardim havia bancos pintados de verde, onde os mais velhos se sentavam a ler o jornal.

2. Naquela zona, havia vários bancos de areia, que dificultavam a entrada e a saída das embarcações.

3. Houve muitas pessoas que retiraram

do banco as suas pequenas

poupanças.

4. Há um banco de sangue, portanto há serviço de transfusões.

5. Os feridos foram transferidos para o banco de urgência.

a. Instituição financeira cuja atividade

principal consiste em receber

depósitos e conceder créditos.

b. Extensa elevação do fundo do mar ou dum rio quase até à superfície.

c. Departamento hospitalar para

consultas e tratamentos urgentes de doentes externos.

d. Seção de hospital onde se

armazenam órgãos e/ou substâncias orgânicas para posterior utilização (transplantes, enxertos, etc.).

e. Assento comprido, com ou sem encosto, para duas ou mais pessoas.

chave

1. Fechar a porta à chave.

2. Dá-me aquela chave de parafusos. 3. Ela deu muito dinheiro pela chave

do apartamento.

4. Ficou contente quanto finalmente descobriu a chave para o problema. 5. O diálogo é a chave de todo o

entendimento.

a. Instrumento ou ferramenta que serve para apertar ou desapertar (porcas, parafusos, peças, etc.).

b. Símbolo da posse ou do usufruto de algo.

c. Solução.

d. Elemento fundamental; ponto

essencial.

e. Instrumento que se introduz numa fechadura para fazer mover a

lingueta, permitindo abri-la ou

fechá-la.

ver

1. Gosto de ver lá fora quando está a chover.

2. Adorou ver o jogo de futebol. 3. O tio vê a sobrinha todos os dias. 4. Vi, no jornal, que o Presidente vai à

Madeira.

5. Dizia-se que via o futuro nas cartas.

a. Perceber ou conhecer por meio dos olhos. b. Assistir a; presenciar. c. Prever. d. Visitar; percorrer. e. Conhecer. abandonar

1. No fim do verão as andorinhas abandonam o nosso país e partem para regiões mais quentes.

2. Ele abandonou a mulher.

3. Não devemos abandonar a nossa saúde.

4. Abandonou os estudos para ajudar os pais.

5. Ele abandonou-se à tentação e comeu todos os chocolates que tinha em casa.

a. Retirar-se de (um local); deixar.

b. Não fazer caso de; negligenciar.

c. Renunciar a; desistir de.

d. Repudiar.

e. Entregar-se.

1. – 2. – 3. – 4. – 5. –

1. – 2. – 3. – 4. – 5. –

III. Indique o sentido da palavra assinalada no contexto da frase. Siga o exemplo. Ex.: O hotel situa-se no coração da cidade do Porto. SENTIDO: centro

a) O Miguel corre para o pai sempre que sente medo. SENTIDO: ____________ b) O João é um bom rapaz. SENTIDO: ____________

c) Ele vai cumprir uma pena de 18 anos na prisão. SENTIDO: ____________ d) Hoje não há estrelas no céu. SENTIDO: ____________

e) Os investigadores ainda não detetaram a fonte da infeção. SENTIDO: ____________

f) O meu programa não está a correr. SENTIDO: ____________ g) Conseguimos um bom resultado na prova. SENTIDO: ____________ h) A Rita é a estrela da companhia. SENTIDO: ____________

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