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A.1 Parˆ ametros da rede

3.5 Avaliando M´etodos de Localiza¸c˜ao de Faltas

3.5.4 Procedimento para inclus˜ao dos erros

Os erros aleat´orios s˜ao inseridos nos valores ideais das grandezas de acordo com a abor- dagem proposta em (CAVALCANTE; ALMEIDA, 2015). Assim, os valores reais das medi¸c˜oes, cargas e parˆametros s˜ao gerados pela adi¸c˜ao de erros aleat´orios aos seus valores ideais, como indicado em (3.6).

zimed= ziideal+ bi· σi (3.6)

onde zideal

i ´e o valor ideal da i-´esima grandeza. Os valores ideais das medi¸c˜oes s˜ao obtidos

da simula¸c˜ao computacional, por exemplo, usando o ATP, enquanto os valores ideais para as cargas e parˆametros s˜ao obtidos de bancos de dados. Considerando uma distribui¸c˜ao normal, o valor σi ´e o desvio padr˜ao da i-´esima medida, carga ou parˆametro e ser´a definido de

acordo com os erros t´ıpicos associados a estes valores. Finalmente, bi ´e um n´umero aleat´orio

gerado seguindo uma distribui¸c˜ao matem´atica especificada, por exemplo, bi ∈ N(0, 1) para

uma distribui¸c˜ao normal com m´edia zero e desvio padr˜ao unit´ario (CCAHUANA et al., 2015; WU et al., 2013).

Os desvios padr˜ao associados aos m´odulos das medidas, das previs˜oes de cargas, bem como de parˆametros, s˜ao calculados por (3.7), onde ρ = 3 para uma distribui¸c˜ao normal e

e% ´e o erro associado `a medi¸c˜ao, carga ou parˆametro. Os desvios padr˜ao associados com os ˆangulos das medi¸c˜oes s˜ao calculados por (3.8). Para uma distribui¸c˜ao uniforme, ρ = 1 e, portanto, σi ´e o erro m´aximo da i-´esima medida, carga ou parˆametro.

σi = zideal i · e% ρ · 100 (3.7) σi = eangulo ρ (3.8)

Para incluir os erros nas medi¸c˜oes dos fasores sincronizados, o ˆangulo real do fasor ´e obtido de acordo com (3.9), onde T V E ´e a magnitude do n´umero aleat´orio que segue uma distribui¸c˜ao normal com m´edia zero e desvio padr˜ao 1/3, o que significa que o TVE est´a limitado a ±1%, e bn ´e um n´umero aleat´orio que segue uma distribui¸c˜ao normal com m´edia

zero e desvio padr˜ao unit´ario.

θnmed= θidealn + bn· T V E · 180

3 · π · |Xideal| · 100 (3.9)

Finalmente, o valor da amplitude do fasor real ´e obtido de (3.4) considerando o valor do TVE selecionado aleatoriamente e o ˆangulo calculado por (3.9). Note que o fasor Xideal

tomado como referˆencia ´e conhecido.

3.6

Conclus˜oes Parciais

Neste cap´ıtulo, primeiramente, foram abordados aspectos que delineiam a abrangˆencia da tese, no que se refere `as caracter´ısticas do sistema de distribui¸c˜ao de energia el´etrica utilizado para os testes das metodologias. Em seguida, foram apresentados e discutidos os tipos de medi¸c˜oes considerados na execu¸c˜ao das metodologias de localiza¸c˜ao de faltas propostas. Al´em disso, foi proposto um algoritmo para a sincroniza¸c˜ao de fasores a partir das oscilografias das medi¸c˜oes.

propostas, foram apresentadas. Em seguida, foi apresentada uma discuss˜ao a respeito dos principais fatores causadores de imprecis˜ao nas metodologias de localiza¸c˜ao de faltas. Esses fatores podem ser devidos `as condi¸c˜oes da falta e operacionais do sistema, bem como, `as limita¸c˜oes da pr´opria t´ecnica, erros de modelagem, erros de medi¸c˜ao e erros em parˆametros do sistema. Com objetivo de permitir a incorpora¸c˜ao de erros na avalia¸c˜ao das metodologias apresentadas na tese, foi proposto um mecanismo simples que permite inserir esses erros na execu¸c˜ao dos testes, permitindo uma avalia¸c˜ao mais real e consistente das t´ecnicas de localiza¸c˜ao de faltas.

Cap´ıtulo 4

Uma Abordagem Baseada na Teoria

de Curto-Circuito

Neste cap´ıtulo ´e proposta uma metodologia para a localiza¸c˜ao de faltas em redes de distribui¸c˜ao baseada na teoria de c´alculo de curto-circuito e na presen¸ca de medidas es- parsas. Para a implanta¸c˜ao da metodologia s˜ao necess´arias as medi¸c˜oes dos m´odulos das correntes e/ou tens˜oes antes e durante a falta. A metodologia proposta ´e baseada no c´alculo das varia¸c˜oes nas tens˜oes (tens˜oes sobrepostas) devidas `a ocorrˆencia de faltas no sistema de distribui¸c˜ao. As varia¸c˜oes nas tens˜oes s˜ao calculadas a partir de medi¸c˜oes esparsas de tens˜ao e/ou corrente e da matriz de impedˆancias nodais do sistema Zbarra. Nesta tese, os

termos varia¸c˜oes nas tens˜oes e tens˜oes sobrepostas ser˜ao usados indistintamente e o mesmo se estender´a `as varia¸c˜oes das correntes.

Do ponto de vista te´orico, a metodologia proposta requer o uso de medi¸c˜oes fasoriais sincronizadas. Entretanto, ´e poss´ıvel aplicar esta metodologia usando medi¸c˜oes de fasores n˜ao sincronizados, bem como fasores sincronizados obtidos de oscilografias. Al´em disso, ´e poss´ıvel aplicar a metodologia usando medidas convencionais de m´odulos de tens˜oes e correntes, adicionando ˆangulos defasados entre si de 120◦ aos m´odulos. No pr´oximo cap´ıtulo ´e proposto um algoritmo para a sincroniza¸c˜ao dos fasores de tens˜ao e corrente obtidas de oscilografias, podendo tamb´em ser aplicado em conjunto com a metodologia proposta neste cap´ıtulo. As principais contribui¸c˜oes originais que podem ser destacadas nesta metodologia s˜ao:

• Propor uma t´ecnica que pode ser aplicada a partir de medidas de m´odulos das tens˜oes 44

e/ou correntes;

• Propor um mecanismo de pondera¸c˜ao que permite dar mais importˆancia `as medidas pr´oximas da falta;

• Propor um mecanismo de refinamento que permite localizar faltas nos ramos e n˜ao apenas nas barras;

• Estudar os impactos de erros nas medi¸c˜oes e nos parˆametros do sistema de energia na abordagem;

• Desenvolver um m´etodo de localiza¸c˜ao de faltas que pode ser aplicado em redes radiais ou malhadas;

• Propor o uso dos chamados fasores n˜ao sincronizados na localiza¸c˜ao de faltas.

4.1

C´alculo de curto-circuito usando Z

barra

Os curtos-circuitos ou faltas podem provocar viola¸c˜oes severas nas condi¸c˜oes de ope- ra¸c˜ao dos sistemas de energia el´etrica, podendo resultar em danos ao sistema e aos consu- midores. O estudo da teoria de curto-circuito permite compreender tais efeitos e, portanto, planejar sistemas mais robustos e confi´aveis. O c´alculo das correntes de curto-circuito no sistema de distribui¸c˜ao tem como principais objetivos determinar a capacidade de ruptura de disjuntores e chaves fus´ıveis, prever esfor¸cos t´ermicos e eletromecˆanicos produzidos pelas correntes de curto-circuito e coordenar o sistema de prote¸c˜ao, por meio do ajuste dos tempos de disparo dos rel´es, religadores e seccionadores respons´aveis pela de prote¸c˜ao da rede.

A matriz de impedˆancias nodais Zbarrafornece uma maneira conveniente para do c´alculo

das tens˜oes e correntes de curto-circuito do sistema de energia em condi¸c˜ao de falta, quando ´e constru´ıda tomando-se como referˆencia a terra. Uma vez constru´ıda, a matriz Zbarra pode

ser utilizada diretamente para calcular as tens˜oes e correntes associadas com v´arios tipos e localiza¸c˜oes de faltas (STAGG; EL-ABIAD, 1968).

Tipicamente, para o c´alculo das correntes de curto-circuito s˜ao realizadas simplifica¸c˜oes na rede que permitem resolver o problema a partir de uma abordagem trif´asica matricial linearizada. Assim, as correntes de curto-circuito s˜ao calculadas a partir da matriz de im- pedˆancias nodais, Zbarra, dos valores das tens˜oes pr´e-falta na barra sob curto-circuito, Uf, e

Zbarra de ordem 3 × 3 associada `a barra f. As linhas e as colunas de Zf f se referem `as fases

da rede.

IF (f ) = (ZF · +Zf f)−1· Uf (4.1)

A matriz de impedˆancias de falta de dimens˜ao 3 × 3 varia de acordo com o tipo e a impedˆancia da falta. Para as faltas fase-terra, a matriz ZF possui a configura¸c˜ao mostrada

em (4.2), onde zf ´e a impedˆancia entre a fase sob falta e a terra.

ZF =      zf 0 0 0 ∞ 0 0 0      (4.2)

Ao inv´es de utilizar a matriz impedˆancias de falta ´e poss´ıvel usar a matriz de admitˆancias de falta (YF) mostrada em (4.3). Assim, evita-se o tratamento dos valores infinitos presentes

em ZF. O c´alculo das correntes de curto-circuito utilizando a matriz YF ´e dado por (4.4).

YF =      1/zf 0 0 0 0 0 0 0 0      (4.3) IF (f ) = YF · (I + Zf f · YF)−1· Uf (4.4)

De acordo com (4.4), as correntes de curto-circuito dependem da resistˆencia de falta, do tipo da falta, dos parˆametros dos ramos, das cargas, do equivalente de Thevenin na barra de gera¸c˜ao e das tens˜oes pr´e-falta na barra sob falta. As correntes de curto-circuito tamb´em podem ser obtidas a partir das tens˜oes durante (Vf) e imediatamente antes da falta (Uf) na

barra sob falta f , conforme (4.5).

IF (f ) = (Zf f)−1· (Uf − Vf) (4.5)

Observe que as correntes de curto-circuito s´o dependem dos elementos da matriz Zbarra

pela equa¸c˜ao (4.6), em que as correntes de curto-circuito na barra f podem ser obtidas a partir das tens˜oes em uma barra p qualquer da rede. Dessa forma, se existe medi¸c˜ao na barra p, as correntes de curto-circuito podem ser obtidas em qualquer barra do sistema de distribui¸c˜ao. As metodologias de localiza¸c˜ao de faltas propostas nas referˆencias (BRAHMA, 2011) e (TRINDADE et al., 2014) s˜ao conceituadas na equa¸c˜ao (4.6).

IF (f ) = (Zpf)−1· (Up− Vp) (4.6)

A metodologia proposta neste cap´ıtulo ´e concebida a partir de manipula¸c˜oes da expres- s˜ao (4.6), com o objetivo de calcular as varia¸c˜oes de tens˜oes no sistema de energia sob falta, por meio de medidas de tens˜oes e correntes.

Inicialmente, para cada medida dispon´ıvel s˜ao calculadas as varia¸c˜oes nas tens˜oes de todas as barras do sistema. Em seguida, ´e calculada a variˆancia ponderada das varia¸c˜oes nas tens˜oes por barra. A barra associada `a menor variˆancia ponderada ´e indicada como a mais pr´oxima do local da falta. Ap´os a indica¸c˜ao desta barra ´e realizada uma etapa de refinamento, onde os ramos conectados `a barra indicada s˜ao investigados e o local da falta ´e apontado com maior precis˜ao. Assim, ao contr´ario de muitas metodologias dispon´ıveis na literatura, o procedimento de refinamento permite localizar faltas nos ramos e n˜ao apenas nas barras. As etapas principais do algoritmo proposto, mostradas na Figura 4.1, s˜ao discutidas a seguir.

4.2

C´alculo das varia¸c˜oes nas tens˜oes a partir das me-

di¸c˜oes

Nesta se¸c˜ao, dadas as medi¸c˜oes de tens˜ao e/ou corrente, s˜ao desenvolvidas as equa¸c˜oes requeridas para o c´alculo das varia¸c˜oes nas tens˜oes das barras. Para tal, considere que a

n-´esima medi¸c˜ao ´e composta pelas tens˜oes medidas nas fases da barra p ou pelas correntes

medidas nas fases do ramo que conecta as barras p e q. Da teoria de c´alculo de curto-circuito, as varia¸c˜oes nas tens˜oes das fases da barra f , assumindo que a falta tenha ocorrido na pr´opria barra f , podem ser calculadas a partir das tens˜oes medidas na barra p por:

∆Vnf = Zf f (Zpf)−1·



Umedp − Vmedp



Rede Medidas

Construir Zbarra

Calcular as varia¸c˜oes de tens˜oes em todas as barras a partir das medidas

Calcular o ´ındice de classifica¸c˜ao para todas as barras

Indicar a barras mais pr´oxima a falta

Refinar a localiza¸c˜ao da falta

Indicar a localiza¸c˜ao da falta

Figura. 4.1: Algoritmo da metodologia proposta.

onde Vmedp = [Va

p Vpb Vpc]T ´e o vetor contendo as tens˜oes medidas em todas as fases da

barra p durante a falta; Umedp = [Ua

p Upb Upc]T ´e o vetor contendo as tens˜oes medidas em todas

as fases da barra p antes da falta; Zf f, de ordem 3 × 3, ´e uma submatriz de Zbarra contendo

as impedˆancias pr´oprias da barra f ; Zpf, de ordem 3 ×3, ´e uma submatriz de Zbarracontendo

as impedˆancias de transferˆencia entre as barras p e f ; e med indica as grandezas medidas. As submatrizes de Zbarra requeridas s˜ao indicadas em (4.8).

Zbarra=             .. . ... · · · Zf f · · · Zf p · · · .. . ... · · · Zpf · · · Zpp · · · ... ...             (4.8)

As varia¸c˜oes nas tens˜oes das fases da barra f tamb´em podem ser calculadas a partir de medi¸c˜oes de correntes. Para tal, considere que s˜ao medidas as correntes nas fases do ramo que conecta as barras p e q. Da teoria de c´alculo de curto-circuito ´e poss´ıvel escrever as equa¸c˜oes

das correntes que fluem da barra p em dire¸c˜ao `a barra q antes da falta (4.9) e durante a falta (4.10). A matriz zpq, de dimens˜ao 3 × 3, ´e a matriz de impedˆancias primitivas do ramo p − q,

Vq ´e o vetor coluna das tens˜oes nas fases da barra q durante a falta e Uq ´e o vetor coluna

das tens˜oes nas fases da barra q antes da falta.

Jpq = (zpq)−1(Up− Uq) (4.9)

Ipq = (zpq)−1(Vp− Vq) (4.10)

Subtraindo (4.10) de (4.9), obtemos a express˜ao

(Up− Vp) − (Uq− Vq) = zpqJpq− zpqIpq (4.11)

De (4.7), as varia¸c˜oes das tens˜oes das fases das barras p e q s˜ao dadas por:

Up− Vp = Zpf(Zf f)−1∆Vnf (4.12)

Uq− Vq = Zqf(Zf f)−1∆Vnf (4.13)

Finalmente, substituindo (4.12) e (4.13) em (4.11), ´e poss´ıvel calcular as varia¸c˜oes nas tens˜oes das fases da barra f , assumindo que a falta tenha ocorrido na pr´opria barra f , a partir da n-´esima medi¸c˜ao de corrente coletada nas fases do ramo que conecta as barras p e

q, como segue:

(Zpf− Zqf)(Zf f)−1∆Vfn= (zpq)(Jmedpq − Imedpq ) (4.14)

∆Vnf = Zf f(Zpf − Zqf)−1(zpq)(Jmedpq − Imedpq ) (4.15)

Com base nas equa¸c˜oes definidas nesta se¸c˜ao, a partir de medi¸c˜oes de tens˜ao e corrente ´e poss´ıvel calcular varia¸c˜oes de tens˜oes para toda as barras da rede, supondo que a falta est´a

localizada em cada uma das barras da rede por vez. Assim, para cada barra da rede ser˜ao calculadas tantas varia¸c˜oes de tens˜ao quantas forem as medidas dispon´ıveis. Na pr´oxima se¸c˜ao, as varia¸c˜oes de tens˜ao calculadas para cada uma das barras ser˜ao usadas para calcular um ´ındice por barra que ser´a usado com crit´erio de sele¸c˜ao da barra mais pr´oxima ao local da falta. Note que todas as grandezas de tens˜ao e corrente usadas nesta se¸c˜ao s˜ao fasores. Por´em, na defini¸c˜ao do crit´erios de sele¸c˜ao da barra sob falta ser˜ao utilizados apenas os m´odulos das varia¸c˜oes das tens˜oes calculadas.

4.3

Crit´erio de sele¸c˜ao do local da falta

De acordo com a teoria de c´alculo de curto-circuito, se n˜ao forem introduzidas aproxi- ma¸c˜oes no c´alculo dos parˆametros requeridos para a constru¸c˜ao da matriz Zbarra, as varia¸c˜oes

nas tens˜oes do local da falta calculadas a partir de medi¸c˜oes de tens˜ao e corrente, respecti- vamente, pelas equa¸c˜oes (4.7) e (4.15), ir˜ao convergir para valores pr´oximos entre si. Assim, uma medida de dispers˜ao como a variˆancia pode ser usada para medir esta proximidade e, portanto, indicar o local da falta. A variˆancia das varia¸c˜oes nas tens˜oes da barra f , calculadas pelas equa¸c˜oes (4.7) e (4.15), pode ser obtida por (4.16):

σ2f = 1 nc + nv nc+nv X n=1  ∆V n f − ∆Vf T  ∆V n f − ∆Vf  (4.16)

onde nc ´e o n´umero de medi¸c˜oes de corrente, nv ´e o n´umero de medi¸c˜oes de tens˜ao, ∆Vf, definido por (4.17), ´e o valor m´edio das varia¸c˜oes nas tens˜oes das fases da barra f

calculadas a partir das medi¸c˜oes e ∆Vnf cont´em as varia¸c˜oes nas tens˜oes das fases da barra

f calculadas a partir da n-´esima medi¸c˜ao.

∆Vf = 1 nc + nv nc+nv X n=1 ∆V n f (4.17)

Em (4.16), todas as medidas s˜ao ponderadas igualmente. Entretanto, ´e sabido que as tens˜oes mais pr´oximas ao local da falta s˜ao mais sensibilizadas, ou seja, tais tens˜oes apresentar˜ao maiores varia¸c˜oes nas suas amplitudes devido `a falta (WANG et al., 2005). Assim, a amplitude das varia¸c˜oes medidas nas tens˜oes podem ser usadas como indicativo do qu˜ao pr´oximo um medidor est´a do local da falta (GALIJASEVIC; ABUR, 2002). Nesse contexto, ´e

proposto o uso da variˆancia ponderada (4.18). σf2 = Pnc+nv1 n=1 wn nc+nv X n=1 wn  ∆V n f − ∆Vf T  ∆V n f − ∆Vf  (4.18) ∆Vf = 1 Pnc+nv n=1 wn nc+nv X n=1 wn· ∆V n f (4.19)

O fator de pondera¸c˜ao wn ´e definido a partir das varia¸c˜oes medidas nas tens˜oes da fase

da rede que apresentaram a maior variˆancia calculada de acordo com (4.20).

σ2α = 1 nv nv X n=1  ∆Vn,α− ∆Vα2 (4.20) ∆Vα = 1 nv nv X n=1 ∆Vn,α (4.21) ∆Vn,α = U α pV α p (4.22)

Como a n-´esima medi¸c˜ao de tens˜ao ´e realizada em todas as fases da barra p, Vα p ´e a

tens˜ao medida na fase α da barra p durante a falta, Uα

p ´e a tens˜ao medida na fase α da barra

da barra p antes da falta e, portanto, ∆Vn,α ´e a varia¸c˜ao na tens˜ao da fase α observada pela

n-´esima medi¸c˜ao de tens˜ao.

wn= U α pV α p (4.23)

Note que todas as varia¸c˜oes nas tens˜oes calculadas a partir das medi¸c˜oes de tens˜ao e corrente realizadas por um mesmo medidor, ser˜ao ponderadas pelo mesmo fator wn, definido

por (4.23), onde a fase α ´e aquela que apresenta o maior valor para σ2

α. Dessa forma, ´e

poss´ıvel ponderar com pesos maiores os medidores que apresentam maiores varia¸c˜oes nas tens˜oes medidas devidas `as faltas e que, portanto, s˜ao medidores mais pr´oximos ao local da falta.

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