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Procedimentos Adotados na Coleta de Dados

No documento Download/Open (páginas 90-92)

Para alcançar os objetivos propostos, os dados da pesquisa foram coletados conforme os seguintes procedimentos: a) montagem de um painel sobre BTs no setor público brasileiro para fins de benchmarking no contexto do estudo da UFRPE, por meio de um mapeamento de experiências apresentado ao GCP; b) elaboração do pôster intitulado “Banco de Talentos como uma inovação organizacional: um estudo apreciativo na UAST/UFRPE” (MANDÚ; OLIVEIRA, 2018). A apresentação do referido pôster pela autora na XVIII Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão – JEPEX da UFRPE, em 2018, visou a introduzir a temática do BT perante a comunidade acadêmica que atua no campus da UAST; c) leitura sistemática de documentos ligados à GP na UFRPE, a exemplo do PDI (2013-2020), dos Relatórios de Gestão da UFRPE, entre outros; d) anotações decorrentes da observação participante da pesquisadora; e) entrevistas apreciativas semiestruturadas com dirigentes da cúpula da PROGEPE/UFRPE, da UAST/UFRPE e de outras IFES, por meio dos já citados benchmarkings, como lideranças institucionais, cujos discursos subsidiaram os materiais produzidos pelos participantes durante a realização das oficinas apreciativas. No caso dos dirigentes da PROGEPE e da UAST, os contatos foram mantidos para comunicar e obter apoio para a realização da pesquisa, obter colaboração para montagem do grupo colaborativo e estreitar laços para os desdobramentos do trabalho possam ter continuidade; e f) oficinas apreciativas com os oito membros do grupo colaborativo constituído no âmbito da UAST/UFRPE, cujos registros foram realizados mediante a utilização de anotações da pesquisadora, além de gravador de voz e registro fotográfico, previamente autorizados pelos participantes do processo colaborativo. Um dos pontos altos das oficinas foi a escolha da logomarca do futuro BT, aberta à comunidade acadêmica local, contando com a participação do GCP, como será visto mais adiante.

Neste sentido, o protagonismo dos membros do GCP revelou a faceta inclusiva do processo, como atores representativos das áreas-fim e da missão institucional da UFRPE, já que são oriundos das atividades de ensino, pesquisa e extensão, e não menos importante, da gestão organizacional – área administrativa. Com eles, foram firmados pactos para que com os mesmos se mantivesse um diálogo construtivo acerca dos potenciais humanos existentes na

UAST/UFRPE e, consequentemente, para a discussão acerca da construção do BT no âmbito da UFRPE, em consonância com o desenho de pesquisa apresentado no Quadro 11.

Quadro 11 – Desenho da Pesquisa

Objetivos Específicos Contribuições Teóricas Operacionalização do ciclo de 5-D

1. Mapear experiências exitosas, relativas ao funcionamento de Bancos de Talentos em algumas IFES brasileiras, que sirvam como benchmarking para o caso da UAST/UFRPE, no contexto de uma pesquisa piloto; 2. Levantar as bases teóricas e empíricas referentes à configuração de um Banco de Talentos alinhado com as perspectivas e atribuições de competência da PROGEPE/UFRPE; 3. Estabelecer as conexões apreciativas entre a criação de um Banco de Talentos e sua inserção no contexto institucional da UAST/UFRPE, visando promover sua extensão para a forma sistêmica e estrutural a ser adotada pela PROGEPE/UFRPE.

Reflexão acerca dos desafios a serem superados e análise dos passos que

serão dados: Mandú e Oliveira (2018) Oliveira, Sena e Mandú (2018); Souza, McNamee e Santos (2010);

Cooperrider Whitney e Stavros (2009);

Cooperrider e Whitney (2006).

1-D Definição - Elaboração do protocolo de

pesquisa/acordos;

- Apresentação de pôster na XVIII JEPEX da UFRPE

- Entrevistas Apreciativas (PROGEPE, DIGER e DIRAD);

- Formação do grupo colaborativo; - Análise de experiências positivas de

outras IFES (benchmarking) e preparação de um painel formativo;

- Escolha do Tópico Afirmativo. Descoberta de forças, conhecimentos

e experiências, talentos na organização:

Choo (2011); Cooperrider, Whitney e Stavros (2009);

Cooperrider e Whitney (2006).

2-D Descoberta

Oficina da Descoberta do Núcleo Positivo da UAST/UFRPE:

- Validação do Tópico Afirmativo; - Descoberta dos potenciais do quadro

de servidores;

- Pesquisa documental: PDI UFRPE (2013-2020), Relatório de Gestão

UFRPE, etc.; - Mobilização da comunidade acadêmica para elaboração da

logomarca do novo BT. Construção da realidade por meio do

sonho e idealização de possibilidades, multiplicidade e potencialidades: Nilson et al. (2014); Cooperrider,

Whitney e Stavros (2009); Cooperrider e Whitney (2006);

Berger e Luckmann (2005).

3-D Sonho

Oficina Pensar o futuro:

- Imaginar as características do Banco de Talentos que seja ideal à realidade

da UFRPE;

- Narrativas de desejos/sonhos.

Desenvolvimento de planos alinhados ao desempenho futuro e caracterização das ações: Oliveira e Amorim, (2017); Galvão

(2016); Cooperrider, Whitney e

4-D Planejamento

Oficina Projetar o futuro Banco de Talentos:

Stavros (2009); Gramigna (2007); Cooperrider e Whitney (2006); Colares (2005); Romani e Borszez

(2001).

- Escolha da logomarca para o futuro BT;

- Formulação de propostas provocativas; - Definição de proposições; etapas e

responsabilidades. Implementação e aprendizado

contínuo:

Cooperrider, Whitney e Stavros (2009);

Cooperrider e Whitney (2006).

5-D Destino

Oficina Entrega do projeto:

- Premiação do concurso da logomarca;

- Força para manter o futuro; - Estabelecimento de compromissos

em relação ao BT alinhado à metodologia positiva. Fonte: elaborado pela autora

Vale salientar que a ótica positiva prevaleceu no alcance de tais objetivos, com sua estratégia de “fazer perguntas invariavelmente positivas que fortaleçam a capacidade do sistema para assimilar, prever e ressaltar o potencial positivo” (COOPERRIDER; WHITNEY, 2006, p. 10). Ao mesmo tempo, procurou-se cercar os trabalhos com o pressuposto do paradigma 2, dando-se ênfase ao discurso afirmativo, em oposição ao padrão focado no déficit ou na perseguição do que falta, dos chamados gaps, escapando do modo tradicional encontrado no gerenciamento de transformação. Isto ocorreu em alinhamento com o discurso positivo (COOPERRIDER; WHITNEY; STAVROS, 2009). O pressuposto foi de que IA consiste na busca cooperativa do melhor nas pessoas, nas suas organizações e no mundo ao redor, sendo este incorporado à análise e interpretação dos dados.

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