• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO III – ESTUDO EMPÍRICO

3.7 Procedimentos de recolha e análise de dados

O presente estudo desenvolveu-se passando por determinados procedimentos, sendo eles:

 Primeiramente observaram-se algumas situações decorrentes da PSEPE e destas optámos por uma temática a ser estudada, aquela que nos deixou mais curiosas, interessadas e com vontade de aprofundar e perceber o porquê de acontecer tanta e tão marcada distinção de género nas brincadeiras das crianças em contexto de J.I.;

 Selecionada a temática começámos por realizar pesquisas nesse sentido, de forma a aprofundá-la e dessa forma fomos construindo o capítulo do enquadramento teórico, dando enfâse a temas relativos com a temática em estudo;

 Num primeiro momento, foram estabelecidos contactos informais com a Instituição de Educação Pré-Escolar e com a Educadora de Infância, de forma a sabermos se poderíamos desenvolver o nosso estudo nessa Instituição, com a Educadora responsável pelo grupo de crianças e com o respetivo grupo;

 Num segundo momento, foram estabelecidos contactos formais com a Instituição, a Educadora de Infância e os Encarregados de Educação, onde foi pedida a autorização ao Responsável da Instituição e à Educadora de Infância para desenvolver o trabalho, de forma a fazer a recolha dos dados. Foi também pedida a autorização aos Encarregados de Educação, de modo a ficarmos a conhecer se os seus educandos poderiam participar no nosso estudo;

 Seguidamente e de forma a caracterizar e conhecer os intervenientes a constar na estudo, consultámos o PCT e registámos algumas ideias acrescentadas pela Educadora de Infância;

 Com os dados de caracterização biográfica do grupo de crianças dos 5 anos de idade recolhidos, selecionámos a amostra, sendo esta constituída pelo mesmo número de sujeitos de cada sexo (três meninos e três meninas);

 Seguidamente contactou-se a Educadora de Infância para marcar o dia, a hora e o local para a realização da entrevista;

 Realizámos a entrevista à Educadora, no dia 13 de fevereiro de 2012, no período da manhã e no interior da sala de atividades. Começámos por escolher um local para efetuarmos a entrevista e informámos o entrevistado dos procedimentos éticos. Para registo da mesma recorremos a um gravador, o que nos permitiu transcrever, na íntegra, todo o conteúdo do discurso do entrevistado e efetuar adequadamente a codificação dos dados recolhidos para uma posterior análise;

 Contactámos novamente a Educadora e, desta vez, também as crianças, para marcarmos data e hora para realizarmos as entrevistas às mesmas;

- uma experiência com crianças de Educação Pré-Escolar -

 Realizámos as entrevistas às crianças em duas manhãs e num espaço exterior à sala de atividades, de modo a que estas não se distraíssem com as restantes crianças que se encontravam a brincar. Duas das entrevistas foram realizadas no dia 20 de janeiro de 2012 e a terceira no dia 27 do mesmo mês. Os entrevistados foram codificados como entrevistado 1 – criança do sexo feminino e entrevistado 2 – criança do sexo masculino;

 Realizámos a transcrição das quatro entrevistas, a da Educadora e as das crianças que foram realizadas em pares (menino com menina);

 Estabelecemos contactos formais com a Educadora, de forma a dar-lhe a ler, os dados para verificar a sua precisão, acrescentar mais informações ou até mesmo retirar, de forma a validar a sua entrevista;

 Realizámos as observações junto do grupo de crianças (observações essas nos períodos da manhã, no seu dia-a-dia no Jardim de Infância), Para tal, recorremos a uma grelha de observação construída, previamente, por nós e aprovada pela Educadora de Infância, para registo dos comportamentos das crianças no seu jogo espontâneo.

Estas observações decorreram num período de três meses, de janeiro a março de 2012:

 No mês de janeiro de 2012, realizou-se uma observação, no dia 27 do mesmo mês;

 No mês de fevereiro de 2012, realizou-se novamente apenas uma observação, no dia 13 do mesmo mês;

 No mês de março de 2012, realizaram-se duas observações, no dia 15 do mesmo mês.

 Antes da implementação das atividades junto das crianças, realizámos a planificação de duas atividades, tendo por base os dados das observações, das entrevistas, a literatura consultada para a temática e a caracterização das crianças. Também procedemos à preparação dos materiais a utilizar durante as atividades. A planificação de ambas as atividades foi sujeita à apreciação das orientadoras e respetiva Educadora;

 As atividades foram realizadas em dias e meses diferentes, no entanto ambas no período da manhã e no interior da sala de atividades dos 5 anos de idade. As duas atividades estavam relacionadas, tendo uma por base a outra e sendo complementar. A primeira atividade foi realizada no dia 8 de maio de 2012 e a segunda, no dia 19 de junho de 2012;

 Após a implementação das atividades, realizámos uma reflexão sobre o que foi desenvolvido e o que foi conseguido pelo grupo de crianças. Esta reflexão também teve por base as notas de campo que fomos registando ao longo do estudo;

 Concluiu-se o capítulo do enquadramento teórico que construímos com os temas mais adequados e pertinentes relativos à temática e ao estudo em causa;

 Por último, procedemos à análise dos dados, efetuando uma triangulação da informação recolhida de modo a cruzar os dados das observações/notas de campo, entrevistas (Educadora e crianças) e atividades.

Para operacionalizar essa análise recorremos à técnica de análise de conteúdo. De acordo com os autores consultados (Oliveira, 2008; Bardin, 2009), a análise de conteúdo permite a exploração do material analisado com base na visualização de diversos elementos implícitos no texto recorrendo a procedimentos sistemáticos e objetivos da descrição do conteúdo das mensagens.

De acordo com Bardin (2009, p. 121), a análise divide-se e, três etapas: a) pré-análise; b)

exploração do material e c) tratamento dos resultados: inferência e a interpretação.

Quanto à primeira etapa, segundo Bardin (2009), destina-se à organização e tem como finalidade operacionalizar e sistematizar as ideias iniciais de forma a levar a um esquema preciso de desenvolvimentos da pesquisa.

A segunda etapa, a exploração do material, é um processo moroso que implica a exploração do material a analisar e que envolve a tarefa de codificação, ou seja, nesta etapa é necessário a operação de analisar o texto sistematicamente com base nas categorias anteriormente formadas (Bardin, 2009).

A última e terceira etapa diz respeito ao tratamento dos resultados, e, desta forma Bardin (2009), afirma que as categorias que serão utilizadas como unidades de análise são sujeitas a operações estatísticas simples ou complexas dependendo do caso, de forma a permitir destacar- se as informações conseguidas.

Assim no processo de analisar as entrevistas realizadas neste estudo, procedeu-se à codificação das ideias, no entanto, considerando um número relativamente reduzido de entrevistas e os dados daí obtidos, não sentimos necessidade de proceder à organização da informação por categorias e subcategorias.

- uma experiência com crianças de Educação Pré-Escolar -