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Este capítulo apresenta de maneira detalhada as características da população e amostra envolvida no estudo, os procedimentos técnicos referentes à coleta de dados, delineamento da pesquisa, bem como a descrição da mensuração e avaliação das variáveis de crescimento físico (CF), AFRS, o controle da maturação sexual e as possíveis influências dos diferentes NSE diante dessas variáveis.

3.1. Características da população estudada

O município de Luís Eduardo Magalhães está situado na região oeste do estado da Bahia (FIGURA 1), distante 990 km de Salvador - BA e 550 km de Brasília - DF.

Luís Eduardo Magalhães

550 km

Distrito Federal

FIGURA 1 - Localização geográfica de Luís Eduardo Magalhães – BA.

A expansão agrícola regional ocorrida nas últimas décadas deu origem ao povoado Mimoso do Oeste, emancipando-se em dezembro de 2000, quando passou a chamar-se Luís Eduardo Magalhães. A população oficial é de 20.169 habitantes, sendo que, 10.380 são do

gênero masculino e 9.789 do gênero feminino (IBGE, 2000).

Em razão da forte migração observada nos últimos anos, o Censo realizado pelo IBGE (2000) dispõe informações defasadas. Evidências dão conta de que a população atual é de aproximadamente 35.000 habitantes, visto que a rede municipal de ensino possui 10.500 alunos entre seis e quatorze anos de idade e, ainda, 21.800 eleitores participaram das eleições municipais de 2004, devidamente recadastrados pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia.

3.2. Coleta de dados

Este estudo atendeu aos critérios éticos em pesquisa envolvendo seres humanos, definidos pela resolução nº 196/96, “Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos” e foi aprovado pelo do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Brasília (ANEXO 1). Após esses procedimentos, os estabelecimentos de ensino selecionados foram visitados para apresentação do projeto de pesquisa às suas respectivas direções, explicitando-se objetivos, propósitos, procedimentos e aspectos legais e éticos. Em seguida foi solicitada a assinatura do termo de autorização para a realização da pesquisa (ANEXO 2). Após assinatura da autorização, foi mantido contato com os professores de Educação Física para detalhamento de todos os procedimentos para a realização da pesquisa.

Em visita às escolas, os alunos foram convidados a participar da pesquisa, sendo informados sobre os objetivos e propósitos da pesquisa bem como o direito de desistir de participar a qualquer momento e sem nenhum ônus ou prejuízo. Aos adolescentes que concordaram em participar da pesquisa, foi solicitado que entregassem o consentimento livre e esclarecido (ANEXO 3), devidamente preenchido e assinado por seus respectivos responsáveis legais. A coleta de dados foi realizada na presença do professor regente da turma, nos dias e horários das aulas de Educação Física.

3.3. Amostra

Luís Eduardo Magalhães possui sete escolas de ensino fundamental (ciclos 3 e 4) e médio na zona urbana, sendo três da rede municipal, duas da rede estadual e duas da rede particular. Destas, seis foram escolhidas para realização da pesquisa, já que uma da rede estadual encontrava-se em fase de implantação no período da coleta de dados e ainda não possuía infra-estrutura necessária para realização dos testes.

A amostra foi composta por 403 voluntários, entre 15 a 17 anos, nascidos nos anos de 1987, 1988 e 1989, matriculados nos períodos matutino e vespertino, totalizando 18,3% dos 2200 matriculados nas sete escolas urbanas (MEC, 2003), distribuídos por idade e gênero conforme o QUADRO 1.

QUADRO 1 – Distribuição da amostra por idade e gênero. Idade (anos) Rapazes Moças Total

15 122 136 258

16 42 46 88 17 27 30 57 Total 191 212 403

Devido à intensa migração, principalmente dos estados da região sul do país, a população de Luís Eduardo Magalhães possui características diferenciadas de outras cidades da região. Em função dessas peculiaridades, optou-se por controlar o local de nascimento dos avaliados, a partir de um questionário (ANEXO 4 B), sendo respectivamente 61,8%, 18,8% e 11,2% nascidos na região nordeste, sul ou outra região, enquanto 8,2% não informaram seus locais de nascimento.

3.4. Mensuração do nível sócio-econômico

As classes sócio-econômicas foram definidas pelo questionário critério de classificação econômica Brasil (ANEP, 1996) – ANEXO 4 A, adaptado para três níveis sócio- econômicos, da seguinte maneira: nível sócio-econômico baixo - classificados como classes D e E pela ANEP, famílias com rendimento estimado de até R$ 424,00; nível sócio-econômico médio - classificados como classes B1, B2 e C pela ANEP, famílias com rendimento estimado entre R$ 425,00 e R$ 2.804,00; alto nível sócio-econômico, classificadas como classes A1 e A2 pela ANEP, famílias com rendimentos estimados acima de R$ 2.805,00. A classificação sócio-econômica da população brasileira (ANEP, 1996) e da amostra deste estudo com suas porcentagens correspondentes são apresentadas no QUADRO 2. O fato das porcentagens serem muito aproximadas permite a inferência para a população brasileira quanto às variáveis investigadas.

QUADRO 2 - Porcentagem da população brasileira conforme divisão da ANEP (1996) e da amostra do presente estudo por nível sócio-econômico (NSE) adaptado.

A1 e A2 B1, B2 e C D e E Classe Social e NSE

correspondente Alto NSE Médio NSE Baixo NSE Total

ANEP (1996) 6,0% 59% 35% 100%

Presente estudo 9,9% 63,3% 26,8% 100%

A1, A2, B1, B2, C, D e E: classificação sócio-econômica segundo ANEP (1996).

O QUADRO 3 apresenta a distribuição da amostra por idade, gênero e nível sócio- econômico (NSE), classificados pelo questionário da ANEP (1996), adaptado para três níveis sócio-econômicos.

QUADRO 3 – Distribuição da amostra por idade, gênero e nível sócio-econômico (NSE). Alto NSE Médio NSE Baixo NSE Total Total Idade

(anos) masc. fem. masc. fem. masc. fem. masc. fem. Total geral 15 16 6 70 101 36 29 122 136 258 16 5 6 29 22 8 18 42 46 88 17 6 1 15 18 6 11 27 30 57 Total 27 13 114 141 50 58 191 212 403 3.5. Variáveis de estudo

Para a realização deste estudo foram consideradas como variáveis independentes: a idade, gênero e os diferentes NSE. Como variáveis dependentes o crescimento físico e os componentes da AFRS, enquanto a maturação sexual foi considerada variável de controle. Excetuando-se o teste de aptidão cardiorrespiratória, os demais procedimentos e testes foram realizados em uma sala de aula, organizada de maneira a atender todas as necessidades.

As informações das variáveis antropométricas e os componentes da AFRS foram registradas na ficha individual (ANEXO 5).

Para garantir a qualidade das informações, um projeto piloto foi desenvolvido antes da coleta de dados; além do responsável pelo estudo, participaram da coleta de dados mais dois profissionais de educação física, sendo um do gênero masculino e outro do feminino e, para tal, treinamento prévio foi realizado, sendo que cada um dos avaliadores cumpriu funções específicas.

Durante a coleta de dados, o pesquisador responsável desempenhou as seguintes funções: mensuração das dobras cutâneas tricipital e panturrilha (TR+PA), aplicação do teste de correr/caminhar 1600 m e preenchimento do questionário de classificação sócio- econômica. A mensuração das variáveis do crescimento físico, massa corporal e estatura, da AFRS, força/resistência muscular inferior e superior de tronco bem como as orientações para

a auto-avaliação da maturação sexual foram realizados pelo responsável pela pesquisa e pelos dois mensuradores.

3.6. Variáveis do crescimento físico

As variáveis do crescimento físico, massa corporal, estatura e IMC foram mensurados conforme os procedimentos descritos a seguir.

Para a mensuração da massa corporal, o avaliado posicionou-se em pé, no centro da plataforma da balança, procurando não se movimentar (PETROSKI, 1995). O cursor da escala foi movido até que houvesse equilíbrio. A massa corporal foi obtida utilizando uma balança da marca Filizola, mecânica, modelo 31, com capacidade para 150 kg e divisões de 100 gramas.

A estatura foi mensurada a partir da distância compreendida entre a planta dos pés e o ponto mais alto da cabeça (vértex). O avaliado permaneceu descalço ou usando meias finas, em ângulo reto com o estadiômetro (SECA Bodymeter 208), procurando colocar em contato com o aparelho de medida os calcanhares, a cintura pélvica, a cintura escapular e a região occipital. A cabeça, por sua vez, orientada no plano de Frankfurt (PETROSKI, 1995). A medida foi registrada em 0,10 cm, estando o indivíduo em apnéia após inspiração profunda.

O IMC foi calculado a partir da divisão da variável da massa corporal pela estatura², conforme a seguinte expressão: IMC = MC (kg)

ES² (m)

3.7. Variáveis da aptidão física relacionada à saúde

As variáveis da AFRS, gordura corporal, aptidão cardiorrespiratória, força/resistência muscular da parte inferior do tronco e flexibilidade foram mensuradas conforme proposto pela AAHPERD (1988), com exceção do teste da barra modificada que foi proposto por PATE et

al., apud GUEDES, D. (1994), todos descritos a seguir.

Para o componente de gordura corporal foram mensuradas as dobras cutâneas do tríceps e panturrilha medial (TR+PA), utilizando um adipômetro Lange (Lange Beta Technology Incorporated, Cambridge, Maryland), com divisão de 1,0 mm e resolução de 0,05 mm.

A dobra cutânea do tríceps foi mensurada no braço direito, no ponto médio entre o acrômio da escápula e o olécrano da ulna. O ponto médio foi medido na parte posterior do braço. O avaliado permaneceu ereto, com seu braço relaxado e os pés voltados para frente. O avaliador pinçou a dobra no sentido vertical com o dedo polegar e o indicador a 1 cm acima do ponto médio do braço e, em seguida, mensurou a dobra (AAHPERD, 1988).

A dobra cutânea da panturrilha foi mensurada na parte interior, no ponto de maior circunferência. O avaliador apanhou a dobra acima do maior ponto de circunferência, usando os dedos polegar e o indicador médio de modo que o compasso fosse colocado no ponto de maior circunferência da panturrilha. O avaliado colocou o pé direito em um banco com o joelho flexionado a 90°, no momento da mensuração da dobra da panturrilha (AAHPERD, 1988).

Todos os procedimentos de mensuração das dobras cutâneas foram realizados três vezes alternados, utilizando-se a média das três mensurações (AAHPERD, 1988), sendo que a leitura foi realizada dois segundos após a borda do compasso ter pinçado a dobra.

A aptidão cardiorrespiratória foi mensurada através do teste de correr/caminhar 1600 m, realizado na quadra poli - esportiva das respectivas escolas, devidamente sinalizadas com cones. O número de voltas a serem realizadas variou entre 17 e 19, observando pequenas variações do tamanho das quadras. Os avaliados foram informados de que seria permitido caminhar e, também, que um ritmo rápido fosse sustentado durante todo o teste, de modo que o teste fosse concluído no menor tempo possível (AAHPERD, 1988). A freqüência cardíaca

em repouso e após o teste não foi controlada devido à inexistência de instrumentos e a dificuldade de fazê-lo manualmente. Desse modo, não se pôde afirmar com exatidão o nível ou porcentagem de esforço de cada avaliado, sendo esse aspecto, um limitante do referido teste.

A força resistência/muscular da parte superior do tronco e braços foi mensurada utilizando o teste de barra modificada, que consiste em uma armação de madeira especialmente construída para que possa haver fixação da barra metálica, com dimensões de 110 x 50 cm na base e tábuas laterais de 15 cm, acoplados à base para suporte. As tábuas laterais que servem de suporte para a barra possuem altura de 140 cm, com orifícios a cada 15 cm, para que a barra possa ser ajustada, de acordo com o comprimento dos braços do avaliado. Uma tábua de 15 cm de largura por 1,5 cm de espessura foi fixada acima das tábuas laterais de suporte, evitando que a armação possa movimentar-se quando da realização dos movimentos. A barra de metal utilizada mede 130 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro. A estrutura de madeira foi, ainda, posicionada em área plana, com piso adequado para que a armação de madeira não se movimentasse quando da realização do teste.

Para a realização do teste, a barra foi instalada e regulada a uma altura mínima de 3 cm acima da ponta dos dedos, estando o avaliado em decúbito dorsal no solo e com os braços totalmente estendidos para cima. Na posição inicial, o avaliado pendurou-se, com os cotovelos em extensão, a barra em direção de seus ombros, corpo ereto, e apenas os calcanhares em contatos com o solo. A posição da empunhadura da barra foi a dorsal, equivalente à distância biacromial. Após assumir essa posição, o avaliado foi orientado a elevar o corpo até que a região da garganta tocasse a linha de demarcação colocada no espaço imediatamente abaixo da barra, retornando o corpo à posição inicial completando, assim, uma repetição. O objetivo do teste foi realizar o máximo de repetições possíveis, sendo registradas apenas as repetições realizadas corretamente (PATE et al., apud GUEDES, D., 1994) . Os

resultados deste teste foram apenas comparados a resultados de outros estudos realizados no Brasil.

Para a mensuração da força/resistência muscular da parte inferior do tronco (abdominal), o avaliado foi orientado a permanecer em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados, pé no solo, calcanhar entre 30 e 45 cm das nádegas e braços cruzados no peito, com as mãos voltadas para lados opostos. Os pés foram segurados por outro adolescente no intuito de mantê-los fixados ao solo durante a realização do teste, sendo que o avaliador posicionou-se de tal modo a observar o movimento como um todo. Ao comando, o avaliado executou o movimento para a posição sentada, mantendo os braços em contato com o tronco. Uma repetição foi considerada completa quando os cotovelos tocaram as coxas, retornando à posição inicial até encostar pelo menos a metade anterior das escápulas no solo. O avaliado foi incentivado a realizar o máximo de repetições possíveis durante um minuto, sendo registradas apenas as repetições corretas. O avaliado foi informado que poderia descansar entre as repetições, na posição inferior ou na ascendente, sem interferência no registro final das repetições (AAHPERD, 1988). O teste foi realizado dentro de uma sala de aula, devidamente organizada e preparada para a realização deste.

O teste de “sentar e alcançar” foi realizado para mensurar a flexibilidade. Para a realização deste, foi utilizada uma caixa de madeira especialmente construída para esta finalidade, com dimensões de 30,5 x 30,5 cm na sua base e, sendo a parte superior plana e com 56,5 cm de comprimento, na qual foi fixada uma escala em centímetros; esta escala foi colocada na caixa de tal forma que a marca de 23 cm estivesse no mesmo nível dos pés do avaliado, apoiados, na posição inicial do teste e, com limite mínimo de 2,0 cm e máximo de 52,5 cm.

O avaliado permaneceu descalço e com os joelhos totalmente estendidos, com os calcanhares posicionados na mesma direção da largura dos ombros. Os pés permaneceram em

contato com a extremidade da caixa. Em seguida, o avaliado executou o movimento de inclinação do tronco à frente, deslizando as mãos à frente, ao longo da escala, com as palmas das mãos voltadas para baixo e sobrepostas, com os dedos de ambas as mãos alinhados. Foram realizadas três tentativas e em cada uma delas o avaliado tentou alcançar a maior distância possível, permanecendo no ponto máximo por no mínimo dois segundos. Quando o tempo não foi observado ou os joelhos permaneceram flexionados ou, ainda, as mãos se deslocaram em desigualdade, foi considerada uma tentativa inválida. Sem aplicar a resistência, o avaliador colocou uma mão nos joelhos do avaliado (AAHPERD, 1988), sendo utilizado o melhor escore entre as três tentativas.

Para o período preparatório da realização dos testes de aptidão cardiorrespiratória, força/resistência muscular inferior de tronco, superior de tronco e braços e de flexibilidade foi adotado um procedimento padronizado de alongamento, envolvendo grandes grupos musculares, com duração entre oito e dez minutos, orientados por um dos avaliadores já mencionados.

Os procedimentos durante a coleta de dados obedeceram à seqüência descrita a seguir: a) preenchimento da ficha com informações pessoais e questionário sócio-

econômico;

b) mensurações antropométricas;

c) testes de flexibilidade e força/resistência muscular; d) teste de aptidão cardiorrespiratória;

e) auto-avaliação da maturação sexual.

Para obtenção de todas as informações foram necessárias entre quatro e cinco visitas aos respectivos estabelecimentos e, 67% da amostra foi avaliada entre 08:00 e 10:00 e, 33%, entre 16:00 e 17:30, conforme os horários das aulas de Educação Física.

3.8. Critérios-referenciado para a aptidão física relacionada à saúde

Os componentes da AFRS, descritos anteriormente, foram avaliados conforme os critérios-referenciado da AAHPERD (1988), apresentados a seguir, de acordo com o QUADRO 4, respectivamente para rapazes e moças.

QUADRO 4 – Critérios-referenciado estabelecidos pela AAHPERD (1988), para uma desejável aptidão física relacionada à saúde para rapazes e moças.

Rapazes

Idade Componentes da AFRS

(anos) 1600 m TR + PA IMC Sentar e Abdominal

(min.) (mm) (kg/m²) alcançar (cm) (no rep. /1 min.)

15 7:30 12 - 25 17 - 24 25 42

16 7:30 12 - 25 18 - 24 25 44

17 7:30 12 - 25 18 - 25 25 44

Moças

Idade Componentes da AFRS

(anos) 1600 m TR + PA IMC Sentar e Abdominal

(min.) (mm) (kg/m²) alcançar (cm) (no rep. /1 min.)

15 e 16 10:30 16 - 36 17 - 24 25 35

17 10:30 16 - 36 17 - 25 25 35

3.9. Controle da maturação sexual

A maturação biológica é uma variável que independe da idade cronológica, podendo apresentar velocidade e magnitude de desenvolvimento em diferentes idades em ambos os gêneros, no período da adolescência (GALLAHUE, 2003). Considerando que adolescentes com idades entre quinze e dezessete anos, teoricamente, encontram-se em estágios finais de maturação, optou-se por controlar essa variável para homogeneizar a amostra.

Entre os diferentes métodos que permitem a avaliação da maturação biológica, a auto- avaliação da maturação sexual por meio de fotos é confiável, de fácil aplicabilidade e não exigir investimento financeiro (MALINA & BOUCHARD, 2002).

Desse modo, as características sexuais secundárias foram controladas de acordo com o proposto por TANNER (1962), através da auto-avaliação por meio de fotos, considerando os estágios de 1 a 5 para desenvolvimento de seios e pilosidade pubiana para gênero feminino e, desenvolvimento de genitália e pilosidade pubiana para o gênero masculino (ANEXO 6 “A” e “B” ). Se após a auto-avaliação os estágios de tamanho dos seios e pilosidade para as moças, ou entre o tamanho das genitálias e pilosidade para os rapazes não coincidiram, o estágio de maturação sexual foi definido levando em consideração apenas a pilosidade pubiana para ambos os gêneros.

Sendo os estágios 4 e 5 da escala utilizada correspondentes ao final da maturação biológica, participaram deste estudo apenas aqueles que se auto-avaliaram em um destes estágios. Para evitar constrangimentos, a auto-avaliação foi realizada individualmente, em ambiente reservado, onde cada avaliado teve acesso apenas à ficha com as fotos do respectivo gênero e, após ter recebido orientações de um avaliador do mesmo gênero. Ao final, foram excluídos 04 rapazes e 05 moças que não se auto-avaliaram nos estágios 4 ou 5 de TANNER (1962).

3.10. Tratamento estatístico

A estatística descritiva foi utilizada para obter valores médios, desvios-padrão e a porcentagem que atingiu e a que não atingiu os critérios-referenciado da AAHPERD (1988). A análise de variância one-way foi utilizada para verificar as possíveis diferenças entre as variáveis dependentes do crescimento físico (massa corporal, estatura e IMC) entre os gêneros e NSE, por idade e, as variáveis independentes da AFRS (gordura corporal, aptidão

cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade) entre os NSE, por gênero. O teste post hoc de Scheffé foi utilizado para localizar as possíveis diferenças, sendo considerado o nível de significância de p < 0,05.

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