2.7 Contabilidade da Administração Pública 2.7.15 Processo de Planejamento no Brasil O Processo de planejamento da administração pública esta divididos em várias etapas são elas: O orçamento público, O plano plurianual, Lei de diretrizes orçamentárias, Lei orçamentária anual, Receita pública e Despesa pública. 2.7.15.1 Orçamento público O Orçamento Público em sentido amplo é um documento legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e as estimativas de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício geralmente compreendido por um ano. No entanto, para que o orçamento seja elaborado corretamente, ele precisa se basear em estudos e documentos cuidadosamente tratados que irão compor todo o processo de elaboração orçamentária do governo. O Orçamento Público no Brasil inicia-se com um texto elaborado pelo Poder Executivo e entregue ao Poder Legislativo para discussão, aprovação e conversão em Lei. O documento contém a estimativa de arrecadação de receitas federais, para o ano seguinte e a autorização para a realização e despesas do Governo. Porém, está ligado a um forte sistema de planejamento público das ações a realizar no exercício. Existem princípios básicos que devem ser seguidos para elaboração e controle dos Orçamentos Públicos, que estão definidos no caso brasileiro na Constituição na Lei 4320/64, no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na recente Lei de Responsabilidade Fiscal. É no Orçamento que o cidadão identifica a destinação dos recursos que o governo recolhe sob a forma de impostos. Nenhuma despesa pública pode ser realizada sem estar fixada no orçamento. O Orçamento Geral da União (OGU) é o coração da administração pública federal. 46 2.7.15.2 Plano plurianual A regulamentação do PPA, prevista art.165 da Constituição foi inicialmente contemplada no artigo 3º da Lei Complementar 101/2000 ou simplesmente Lei de Responsabilidade Fiscal. Infelizmente, o artigo foi vetado, mas a sua elaboração continua obrigatória. Ele é a peça fundamental da Gestão e a partir da vigência da LRF a criação de despesa que não esteja contemplada na PPA será considerada não autorizada e Lesiva ao patrimônio público (art.15 combinado com os arts.16, II e 17,§ 4º). O PPA devera ser elaborado no primeiro ano de governo e encaminhado até 31 de agosto, contemplando as ações governamentais desdobradas em programas e metas. Com a adoção deste plano, tornou-se obrigatório o Governo planejar todas as suas opções e também seu orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contida, somente devendo efetuar investimentos em programa estratégicos previstos na redação do PPA para o período vigente, conforme a Constituição, também é de iniciativa privada voltar suas ações de desenvolvimento para as áreas abordadas pelo plano vigente. 2.7.15.3 Lei de diretrizes orçamentárias É a Lei que antecede a Lei orçamentária que define as metas e prioridades em termos de programas a executar pelo Governo. O projeto de Lei da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional até 15 de abril de cada ano (8 meses e meio antes do encerramento da sessão legislativa). No Brasil a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a principal finalidade orientar a elaboração fiscal e da seguridade social e de investimento do Poder Público, incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e às empresas públicas autarquias, busca sintonizar a Lei Orçamentária Anual (LOA) com objetivos e metas da Administração pública estabelecidas no Plano Plurianual. A Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) define as metas e prioridades do governo para o ano seguinte orienta a elaboração da Lei Orçamentaria Anual dispõe sobre alterações na legislação tributária e estabelece a politica das agências de desenvolvimento. 2.7.15.4 Lei orçamentária anual É elaborada anualmente pelo poder Executivo em atendimento à Constituição Federal e a Lei Federal 4320/64, que estabelece as normas gerais para elaboração, execução e controle orçamentário. É elaborada para possibilitar a concretização das situações planejadas no Plano Plurianual. Obedece a Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecendo a programação das ações a serem executadas para alcançar os objetivos determinados, cujo cumprimento se dará durante o exercício financeiro. Do mesmo modo que a Lei das Diretrizes Orçamentárias é instrumento constitucional de planejamento operacional. Por determinação constitucional o Governo é obrigado a encaminhar o projeto de Lei Orçamentária Anual ao Congresso nacional até o dia 31 de agosto de cada ano (4 meses antes do encerramento da sessão legislativa ). A companhia o projeto uma mensagem do presidente da República na qual é feito o diagnostico sobre a situação econômica do país e suas perspectivas. A Constituição determina que o Orçamento deva ser votado e aprovado, até o final de cada legislatura, depois de aprovado, o projeto é sancionado e publicado pelo Presidente da República transformando-se na LOA. 2.7.15.5 Receita pública A Receita pública é o valor em dinheiro administrado pelo Tesouro Nacional usado para pagar as despesas e investimentos públicos. É o resultado dos impostos, taxas, contribuições e outras fontes redirecionadas para as despesas públicas. Ela é formada pelos tributos pagos pelos cidadãos e pelos empréstimos feitos pelo Governo. Sendo assim, as receitas públicas podem constituir-se em originárias ou derivadas. -Receitas Originárias: são as provenientes de patrimônio estatal. -Receitas Derivadas: são provenientes através do Estado por meio de tributos e multas. Pode ser dividida em efetiva e não efetiva. A primeira é aquela em que os recursos não são obrigações e dessa forma mudam a condição líquida patrimonial, 48 ou seja, é a que provêm do próprio setor público como os impostos. Já a não efetiva refere-se aos recursos que não mudam condição líquida patrimonial e não são da arrecadação, como as operações de crédito classificados em: cobrança de tributos, prestação de serviços e venda de materiais. 2.7.15.6 Despesa pública Como o governo possui receitas, denominadas receitas públicas, ele também possui despesas governamentais, chamadas de despesas públicas, É o conjunto de ações feitas pelos órgãos públicos para pegar serviços do governo feitos para os cidadãos e recursos utilizados para investimentos. É uma das vertentes da política Fiscal e deve ser administrada de maneira cuidadosa para garantir os ideais dispostos na política econômica. O desembolso realizado pelo governo pode ser caracterizado em orçamentário e extra orçamentário: *Orçamentário - saída de recursos sem associação para pagamentos e gastos públicos. *Extra orçamentário - devolução de recursos financeiros transitórios que chegaram ao Estado como extra orçamentário. Causas de crescimento das Despesas Públicas: -Crescimento econômico -Crescimento populacional -Problemas sócios econômicos - Problemas de gestão Classificação das Despesas Públicas Despesas Públicas Orçamentárias: feita por uma entidade pública e precisa de consentimento legislativo para que seja feito. Despesas Privadas Orçamentárias: feitas por entidades privadas e necessita de consentimento orçamentário realizado pelo conselho superior ou outros procedimento para sua aquisição. - Efetiva: é a despesa realizada que reduz a situação líquida patrimonial. Ex: despesas correntes. - por mutação: é a despesa que não muda a situação liquida patrimonial. Ex: despesas de capital. - Ordinárias: despesas relacionadas com a manutenção dos serviços estatais, como o gasto com funcionários e materiais são frequentes e previstas no orçamento. - Extra orçamentária: despesas eventuais ocasionadas por situações excepcionais, como em caso de calamidade pública ou compra de vacinas para combater uma determinada doença. 50 3 ANÁLISE DOS RESULTADOS A seguinte pesquisa foi realizada no departamento de Ciências Contábeis e também com auxílio de nossa biblioteca localizada aqui na UFMT, nos dias 20 e 21 de fevereiro deste ano de 2017. No documento UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS (páginas 46-51)