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de dados relacional estruturada de modo a armazenar dados e informações espaciais; SEPdbapp, uma aplicação que incorpora as formas de acesso aos dados pretendidos, o

4) Simulação e Formulação da Proposta Final

4.3.3.5. Processo – Plano de Desenho Urbano

Esta proposta assente em estratégias energéticamente eficientes, possibilita através da elaboração de diversas opções, a concepção de uma proposta preliminar de desenho relativo à morfologia e edificação urbana.

Em torno deste objectivo torna-se essencial a constante utilização de precisas ferramentas computacionais que forneçam à equipa responsável o auxílio e a informação ao desenvolvimento de um conceito de desenho urbano que minimize os consumos energéticos e os respectivos custos associados desde a sua fase inicial. Assim, a modelação computacional pode ajudar a lidar eficazmente com a complexidade das questões intrínsecas ao desenho urbano passivo, identificando e resolvendo problemas de conforto e maximizando a performance energética do edifício, proporcionando assim um processo de análise e aperfeiçoamento do projeto [86].

Dito isto, torna-se fundamental na elaboração do projecto a identificação da plataforma ideal para o seu desenvolvimento no âmbito do planeamento energético urbano. De acordo com isto, é importante que o software escolhido consiga fundir no plano de desenho urbano as características relevantes dos distintos mas importante grupos: CAD e GIS [86].

Assim, o objectivo da ferramenta computacional é: em primeiro lugar, ler os dados relacionados ao potencial geográfico local através de uma plataforma GIS para a formulação e descrições de programas adequados; posteriormente possibilitar a produção de soluções alternativas de concepção que satisfaçam os objectivos pretendidos; e, finalmente, avaliar as soluções de desenho existente por forma a obter resultados satisfatórios e determinar o valor intrínseco de cada solução em relação aos indicadores de sustentabilidade [86].

Na aplicação da proposta metodológica através da utilização constante de ferramentas computacionais de desenho urbano estão previstas as seguintes fases principais:

1) A primeira fase a ser considerada é a identificação e a análise do potencial geográfico local efectuada anteriormente através dos elementos condicionantes como a radiação solar e orientação das encostas,ventos, geomorfologia, vegetação e espécies arbóreas, actividades económicas, sociais e culturais, entre outras. Com base nesses dados procede-se à definição dos factores estratégicos de sustentabilidade a implementar em todo o projecto e na qual todo o plano de desenho urbano se irá basear. Após esta análise e devida avaliação encontram-se reúnidas as condições para o início do esboço de desenho urbano.

2) Interessa incialmente nesta fase, analisar os padrões básicos de formato urbano e indicadores morfológicos, de forma a posteriormente se proceder à concepção e direcção do plano na sustentabilidade desejada e correspondente às características locais. À luz do potencial geográfico e das directrizes climáticas para as condições locais, estes dados são utilizados para a definição e composição das tipologias da malha urbana, no que se refere à sua forma, orientação e densidade para a área em questão.A previsão de diferentes tipologias de malhas urbana, seja em relação à sua geometria ou densidade, contribui para a elaboração de várias opções de tecido urbano, possibilitando a sua comparação quanto às condições de insolação, ventilação e aproveitamento do solo.

3) Após estas definições preliminares relacionadas à morfologia urbana, é pré-dimensionada a rede viária que serve os sistemas de transportes urbanos (passeios públicos, ciclovias, faixas gerais e faixas exclusivas). As relações que importa realçar na sua definição são os pontos de ligação já existentes, a topografia, orientação e exposição solar, ventos predominantes, fluxo de mobilidade e localização das diversas actividades locais. A largura viária é calculada com base nas premissas do ângulo de obstrução de céu visível e comparada com parâmetros de largura mínima do sistema viário, resultando nas seções viárias preliminares. Assim sendo, além da referência da largura mínima da secção viária, é possível definir uma configuração inicial com base na associação de elementos viários, tendo em conta várias capacidades e aplicações. A secção viária final corresponderá, portanto, ao maior valor entre a largura viária mínima e a largura mínima imposta pelo ângulo de obstrução de céu visível, de modo a que ambas as funcionalidades referentes à iluminação/ventilação natural e circulação/ transporte sejam satisfeitas;

4) Com base na definição anterior, procede-se à elaboração geral e preliminar da disposição e forma das edificações, entendidas como elementos básicos e condicionantes do projecto urbano a desenvolver. Dados relativos ao clima, tais como a disponibilidade de luz solar, fluxo de ventos e temperaturas externas e internas nos períodos de aquecimento e arrefecimento são tidos em conta para a sua definição preliminar. A oferta de diferentes padrões residenciais e comerciais, seja em volumetria ou em área, possibilitam o enriquecimento da dinâmica urbana local devido à multiplicidade dos interesses sociais e económicos da população. Conjuntamente a estes aspectos, são definidas também as dimensões e características gerais dos lotes a projectar.

5) Em seguida, as tipologias da malha urbana são relacionadas à orientação geográfica e à relação prevista da altura das edificações e largura viária, tendo em vista obter o melhor desempenho relativo ao factor de céu visível.

6) Após a elaboração dos diversos aspectos referentes à morfologia urbana e sistema rodoviário, procede-se à definição da localização dos serviços e espaços públicos. Considerando as diferentes características a que os espaços se podem destinar, os principais condicionantes na sua definição são: dimensão, forma, localização, orientação solar, tipo de solo e vegetação existente ou a implementar.

Ao proceder-se ao aproveitamento dos resultados e indicadores produzidos até então, resultam diversas opções de tecido urbano já compatíveis com os diversos condicionantes urbanos, e respectivos quantitativos gerais relativos a áreas ocupadas e número de edificações. As características do tecido urbano resultante apresenta-se como um modelo preliminar que consiste no somatório das diferentes opções produzidas nas etapas anteriores, o que produzindo um desenho flexivel e eficiente relativo ao desempenho global das infra-estruturas, edifícios, rede viária e espaços públicos. Deste modo, os principais resultados desta etapa abrangem a proposta preliminar de uma configuração urbana da área em estudo, no que diz respeito à estruturação do tecido urbano, à quantificação e distribuição geral de edifícios e à definição do sistema rodoviário de acordo com as estratégias de eficiência energética empregues.

4.3.4. Simulação e Formulação da Proposta Final