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4.3 Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

PROCESSOS DE NATUREZA CÍVEL E ADMINISTRATIVA

Em 30 de junho de 2017, a Companhia era parte no polo passivo em processos de natureza cível com valor total de R$ 2.882.135 mil. Os processos de natureza cível versam, em sua grande maioria, sobre pedidos relacionados a supostas falhas na operação da distribuidora (demandas consumeristas/massivas), parte deles de menor complexidade com trâmite nos juizados especiais, como indenizações sobre corte ou cobranças indevidas. Além disso há ações de tarifaço (devolução de valores por reajuste tarifário declarado ilegal), pedidos de indenização por acidente/morte com energia elétrica, algumas demandas de cooperativas de eletrificação rural que discutem aluguéis sobre linhas de distribuição, alguns casos que questionam valores pagos por desapropriações de terreno para passagem de linha/construção de subestação, ações que alegam irregularidades nos processos de reajuste/revisão da tarifa. A Coelce não possui processos administrativos na esfera Cível que tenham relevância ou impacto em contingência.

Em junho de 2017, a Coelce possuía 4.808 ações cíveis consumeristas/massivas, sendo 1632 ações em trâmite nas varas cíveis e 3.177 em Juizados Especiais. Esses processos não são reportados em notas às demonstrações financeiras, visto que tratam de casos de menor complexidade, bem como menor impacto financeiro para Companhia. A maior parte dessas ações visa a compensação por suspensão de fornecimento de energia, cobranças indevidas, entre outras falhas nas prestações de serviço. O valor total envolvido nessas ações corresponde a R$ 179.135 mil, sendo o valor provisionado R$ 13.756 mil, possível R$ 86.520 mil e remoto R$ 78.859 mil, visto a análise de risco efetuada em cada processo.

4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

estratégica, visto que, em alguns casos, a Concessionária nem é responsável pelo acidente. A única regra aplicável refere-se à apresentação de provas periciais para o julgamento da lide. O valor total das demandas de acidentes corresponde a R$ 161.307 mil, sendo o valor provisionado de R$ 21.405 mil para provável, R$ 80.216 mil para possível, e R$ 59.686 mil para remoto.

As ações envolvendo tarifaço (reajuste tarifário - Portarias 38 e 45 do DNAEE) totalizam 85 demandas. Essas ações versam sobre o reajuste das tarifas de energia elétrica, feito com base nas Portarias 38 e 45, emitidas pelo Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE) em fevereiro de 1986. A portaria autorizou o aumento de 20% das tarifas dos clientes industriais durante o período de congelamento de preços, também implementado pelo Governo Federal por meio do decreto-lei nº 2283 de 28/02/1986. O poder concedente autorizou esse reajuste, no entanto, o Poder Judiciário (STJ) sustentou que o aumento tarifário não respeitou o plano econômico de congelamento de preços e se pronunciou favoravelmente em relação à devolução dos valores correspondentes a esse aumento, para o consumidores industriais, referente ao período entre março e novembro de 1986. Como consequência disso, os clientes industriais exigem, através dessas ações judiciais, o retorno dos valores que teriam pago em excesso no período informado. O valor total envolvido nas mencionadas ações, corresponde a R$ 214.013 mil, sendo o valor provisionado de R$ 8.803 mil para provável, R$ 30.535 mil para possível e R$ 175.395 mil para remoto (incluindo os litígios de Vicunha/Finobrasa e IBACIP).

Outro tema importante a ser mencionado se refere às ações de cooperativas de eletrificação rural. Atualmente existem 7 demandas. As cooperativas envolvidas são COPERCA, COERCE, CERBO, CERCA, CERVA, COERBA e COPERVA. Essas ações surgiram visto que, nas décadas de 1960 e 1970, o governo brasileiro iniciou um projeto de expansão de rede elétrica nas áreas rurais, cuja principal fonte de financiamento foram as instituições internacionais (BID). Conforme exigido por essas instituições financeiras, a idéia era que o governo utilizasse essas cooperativas de eletrificação rural para organizar e implementar esses ativos, além de fornecer energia aos consumidores nessas localidades. Especificamente no Estado do Ceará, a Coelce assinou, em 1982, contratos de uso do sistema elétrico com 13 cooperativas, sendo estabelecido à Concessionária a obrigação de efetuar o pagamento de aluguel mensal atualizável, sendo a Coelce responsável pela operação e manutenção desses ativos. Estes contratos foram assinados por tempo indeterminado e, atendendo às circunstâncias da criação dos eletrificadores rurais, bem como a natureza pública da Coelce, não havia uma identificação clara de quais redes estavam cobertas pelo contrato, já que elas foram substituídas/expandidas. De 1982 a junho de 1995, a Coelce pagou regularmente o aluguel pelo uso do sistema elétrico às cooperativas, atualizadas mensalmente pelo índice de inflação correspondente. No entanto, a partir de junho de 1995, a Coelce, ainda como empresa estatal, decidiu deixar de atualizar o valor dos pagamentos. Em 1998, a Coelce foi privatizada e continuou a pagar o aluguel das redes às cooperativas, da maneira que estava sendo feito antes da privatização, ou seja, sem atualizar os valores dos aluguéis. Com o advento da privatização, das treze cooperativas criadas, sete apresentaram ações judiciais contra a Coelce, algumas pleiteando os reajustes não aplicados, outras requerendo o reequilíbrio do contrato de aluguel em percentuais aleatórios sobre o valor dos ativos. Deve-se ressaltar que os ativos da época das cooperativas já estão todos depreciados, conforme manual de contabilidade da Aneel. Além disso, essas cooperativas não se regularizaram como permissionárias perante o órgão regulador e, portanto, a partir de 1989, não poderiam prestar serviço de fornecimento de ener gia. Atualmente, os montante envolvidos são os mencionados abaixo, não havendo valor provisionado.

4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

a. Juízo TJCE

Ação Civil Pública ajuizada perante a 10° Vara Federal - Justiça Federal no Estado do Ceará

b. Instância 2ª Instância

c. Data de instauração 30/11/2012

Autor: Ministerio Público Federal

Reú: Companhia Energética do Ceará e ANEEL

e. Valores, bens ou direitos

envolvidos Valor : indeterminado/ Provisão: Não há

Revisão Tarifário de 2011

Trata-se de uma ação que busca impor a COELCE a obrigação de observar imediatamente a tarifa definida na homologação da revisão tarifária da COELCE, que determinou a redução do valor da tarifa de energia. A ANEEL estabeleceu que o reembolso fosse feito de forma fracionada nos próximos 2 ajustes tarifários 2013 e 2014, mas o Ministério Público Federal entende que o reembolso deve ser feito imediatamente. Em 19/06/2017, foi proferida decisão pela 2ª Turma do TRF da 5ª região negando provimento ao recurso de apelação do MPF, interposto contra a sentença de improcedência dessa ação.

Estamos aguardando arquivamento desse processo, pois não consta registro de recurso interposto contra o acórdão.

O valor foi pago pela Coelce, através de sua tarifa para consumidores (aproximadamente 11,5 milhões de reais por mês). Em março/2015, o reembolso do valor devido foi concluído. A Coelce apresentou uma petição em que exige o encerramento do pedido devido à conclusão da devolução dos valores.

g. Chance de perda Remoto

h. Análise do impacto em caso de perda do processo

O valor já foi devolvido pela Enel CE através de sua tarifa para consumidores (aproximadamente 11,5 milhões de reais por mês). Não há mais qualquer impacto.

f. Principais fatos

Processo N° 0014982-70.2012.4.05.8100

d. Partes no processo

a. Juízo Ação Civil Pública ajuizada na 1° Vara Federal - Justiça Federal no Estado do Ceará

b. Instância 1ª Instância

c. Data de instauração 01/07/2016

Autor: PROCON Reú: Coelce e Aneel

e. Valores, bens ou direitos

envolvidos Valor: Indeterminado* Provisão: Não há

Declaração de ilegalidade do reajuste tarifário 2016

Ação Civil Pública, através da qual o PROCON de Fortaleza questiona a diferença entre o índice do reajuste da Coelce e a inflação. Processo ainda em primeira instância, aguardando julgamento.

g. Chance de perda Possível.

Processo N°0804099-89.2016.4.05.8100

d. Partes no processo

4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

a. Juízo Ação Coletiva - Antigo processo n. 136346-54.2016.8.06.0001 – competência declinada

para justiça federal - 4ª Vara Federal

b. Instância 1ª Instancia

c. Data de instauração 30/11/2012

Instituto de Pesquisa Científica e Tecnológica, Ensino e Defesa do Consumidor - IPEDC Reú: Coelce e Aneel

e. Valores, bens ou direitos

envolvidos Valor: Indeterminado* Provisão: Não há

Declaração de ilegalidade de reajuste tarifário 2016

Trata-se de uma ação civil pública, através da qual o IPDEC questiona o percentual do reajuste da tarifa da Coelce. Em suma, o que está sendo questionado é a diferença entre o índice de reajuste e a inflação. Processo em primeira instância.

Em 16 de julho, a Coelce foi notificada do processo arquivado pela IPDEC na jurisdição estadual. A ANEEL não faz parte do processo, razão pela qual a COELCE exigiu sua inclusão no processo. O juiz acatou pedido da COELCE e determinou a notificação da ANEEL e a remessa da demanda para a jurisdição federal. O requerimento foi rejeitada pelo juiz. Parecer do MPF, em 04/07/2017, destacando ser necessário o julgamento conjunto das ações nº 0805667-09.2017.4.05.8100, 0804105-96.2016.5.04.8100 e 080499-89.2016.4.05.8100, bem como opinando pela procedência da pretensão autoral, vez que o reajuste tarifário deveria ser calculado com base no reajuste inflacionário.

g. Chance de perda Possível

h. Análise do impacto em caso de perda do processo

*o impacto econômico que causaria uma possível decisão desfavorável seria muito relevante para a empresa, sendo muito complexa a determinação exata de seu valor, devido às muitas variáveis que envolvem o assunto.

Processo nº 0805667-09.2017.4.05.8100

d. Partes no processo

f. Principais fatos

a. Juízo Ação Civil Publica - 2ª Turma TRF5 - 6ª Vara Federal de Fortaleza

b. Instância 2ª instancia

c. Data de instauração

01/07/2016

Defensoria Pública, Comité de Defesa dos Consumidores - Assembléia Legislativa de Ceará e Decon/Ce.

Reú: Coelce e Aneel

e. Valores, bens ou direitos

envolvidos Valor: Indeterminado* Provisão: Não há

Declaração de ilegalidade da revisão tarifária provisória 2015 e reajuste de 2016

Trata-se de uma ação civil pública, através da qual as instituições questionam o procedimento de revisão e reajuste tarifário realizado pela ANEEL em 2015 e 2016. Em 06/09/16, sentença pela improcedencia do pedido dos autores. Autores recorreram. Distribuído ao Relator Des. VLADIMIR CARVALHO, em 20/02/2017.

Conclusos para julgamento em 19/05/2017.

g. Chance de perda Remoto.

h. Análise do impacto em caso de perda do processo

*o impacto econômico que causaria uma possível decisão desfavorável seria muito relevante para a empresa, sendo muito complexa a determinação exata de seu valor, devido às muitas variáveis que envolvem o assunto.

Processonº 0804599-58.2016.4.05.8100

d. Partes no processo

4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

a. Juízo Mandado de Segurança Coletivo - 5ª Vara Federal Cível da SJDF

b. Instância 1ª Instancia

c. Data de instauração

06/07/2016

Federação das Indústrias do Ceará – FIEC. Reú: Coelce e Aneel

e. Valores, bens ou direitos

envolvidos Valor: Indeterminado* Provisão: Não há

Ilegalidade na aprovação pela ANEEL da revisão Tarifária de 2015

Trata-se de uma ação civil pública, através da qual a FIEC questiona o procedimento de revisão tarifária feito em 2015 pela ANEEL. Em resumo, o que está sendo questionado é o fato de que a revisão tarifária de 2015 foi provisória e só foi concluída em 2016. Assim, a COELCE, supostamente, se beneficiou de uma taxa de 3% ou 4% maior que o que deveria ser estabelecido.

Em 19 de agosto, decisão proferida e os pedidos da FIEC foram jugados improcedentes. Em vista do entendimento do juiz, a federação não tem legitimidade para apresentar ação.

g. Chance de perda Remoto

h. Análise do impacto em caso de perda do processo

*o impacto econômico que causaria uma possível decisão desfavorável seria muito relevante para a empresa, sendo muito complexa a determinação exata de seu valor, devido às muitas variáveis que envolvem o assunto.

Processo n°: 1005428-04.2016.4.01.3400

d. Partes no processo

4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

a. Juízo Ação Civil Pública Proceso nº: 0016335-92.2005.4.05.8100 (2005.81.00.016335-6) - 7ª Vara

Federal

b. Instância 1ª instancia

c. Data de instauração

14/10/2005

Autor: Ministerio Público Federal