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AV FASE 3 – PROCURAR REALIZAR ESSAS FUNÇÕES AO MÍNIMO CUSTO, SEM PERDA DA QUALIDADE.

Revisão Bibliográfica

AV FASE 3 – PROCURAR REALIZAR ESSAS FUNÇÕES AO MÍNIMO CUSTO, SEM PERDA DA QUALIDADE.

Nesta fase avalia-se cada proposta sob o ponto de vista técnico, econômico e comercial. Avaliado o estudo, resta apenas implementá-lo. Neste ponto, decide pela proposta mais adequada às necessidades determinadas. Faz-se necessário a participação do líder. A implementação da solução selecionada e aprovada compete a uma estrutura executora já determinada pela equipe de AV, devendo ficar sob a gestão do líder e acompanhamento da equipe, assegurando a finalização do projeto e especialmente os resultados.

Devido ao fato da AV ter sido uma das ferramentas mais utilizadas no desenvolvimento do veículo, serão apresentados aqui os processos utilizados para concepção e construção, tomando-se, especialmente, a metodologia de BAXTER como referência.

Para o projeto, procurou-se inicialmente definir o objetivo principal do desenvolvimento do veículo (função principal do projeto), bem como as equipes de trabalho. Explorar as habilidades dos integrantes e a presença do animador foi sempre a referência para um projeto coerente e inovador. Outro ponto importante é o estudo das demais funções do produto. Definir o perfil do produto possibilitou centrar os esforços na otimização das variáveis que compõem um veículo voltado às Shell Éco-Marathon. Para tal, listou-se uma série de pontos (variáveis) que representam funções determinadas no projeto.

Eco-Design e Seleção de Materiais no Transportation Design Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica

A citar: • estética/morfologia; • ergonomia; • materiais; • mecânica/eletrônica; • produção;

Através destes pontos, pôde-se organizar as equipes enquadrando as habilidades e os assuntos abordados. É nessa fase que são identificadas a qualidade de líder (gestor) de cada integrante do grupo. Analisando os pontos listados, estabeleceu-se uma relação de focos de especialidades, onde cada integrante poderia desempenhar uma função. De aparência óbvia, entretanto, faz-se necessária listar cada grande grupo de estudo para poder, então, distribuir cada função. Aqui, a busca por especialistas fora do time de trabalho mostra-se como alternativa.

A divisão de tarefas dá-se de forma livre. Porém, procurou-se organizar as funções de maneira que todos façam de tudo. Isso permitiu alcançar soluções projetuais mais coerentes com os objetivos do projeto. Após a identificação das funções, estabeleceu-se uma hierarquia de funções. Essa hierarquização pontual contribui para uma melhor concentração no objetivo final e, por conseguinte, alcançar melhor performance do conjunto.

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Através dos pontos listados anteriormente, chegou-se às seguintes demandas de conhecimento (Figura, 2.20):

Através da definição das categorias de assuntos para estudos aprofundados, estabeleceu- se as devidas ligações com as equipes/profissionais correspondentes. Essa relação permitiu definir o objetivo principal do projeto e hierarquizou-se as demais funções na seguinte ordem:

F1 (ou função principal) – o objetivo principal do veículo é, permitir a uma Escola de Design, competir na Shell Éco-Marathon na categoria design;

F2 – Como estratégia mercadológica, o equilíbrio formal e a ousadia em estilo revelam- se como o grande diferencial do projeto, necessitando de um extenso estudo de alternativas bidimensionais (desenhos) e tridimensionais (modelos em escala). Nessa fase é definido o conceito geral do veículo, influenciando todas as funções seguintes;

CARRO

Figura 2.20 – Gráfico de Funções. Ferramenta da AV que auxilia na listagem dos assuntos a serem abordados no projeto, suas respectivas habilidades requeridas e a hierarquização de cada função definidas. Fonte: Desenvolvido pelo autor para desenvolvimento do projeto.

Mecânica Produção Ergonomia Materiais Morfologia Designers Equipes/ Escolas Eng. Produção Ergonomista Eng. Mecânica Eng. Materiais Prêmio de Design F1 F2 F3 F4 F6 F5

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F3 – Um dos pontos de maior concentração de análises dos Sabiás dá-se nos estudos ergonômicos voltados ao interior (comandos; posição de condução; leitura dos mecanismos e instrumento; e visibilidade) e exterior (acesso ao interior; acesso ao sistema mecânico; saída do veículo e transporte do veículo). Estes pontos determinam a seleção e aplicação de materiais, especialmente nos pontos onde estarão em contato direto com o piloto;

F4 – Neste ponto a aplicação correta dos materiais e a maximização de suas propriedades contribui de maneira significativa para expressar os atributos formais do veículo contribuindo para o se chegar ao prêmio de design. Para tal, inserir-se no contexto da engenharia de materiais contribuiu para desenvolvimento de uma carroceria que agrega forma e função de maneira integrada;

F5 – Mesmo não competindo na categoria economia de combustível, a presença de um conjunto mecânico coerente e confiável revela-se muito importante para competir em qualquer categoria. Afinal, faz-se necessário que cada competidor complete as 6 voltas (de 3.636 m) em no máximo 52 minutos (média de 25 km/h). A partir da 19a Shell Éco- Marathon (2003) a prova dar-se-á em 7 voltas (de 3.636 m) em no máximo 50 minutos e 34 segundos (média de 30km/h). Com isso, torna-se importante a presença de um projeto eficiente.

F6 – Por fim, mas não menos importante a produção. Posicionada em última posição, dentre as listadas, esta resume-se na fabricação de apenas um veículo. Assim, este pôde apresentar uma quantidade de detalhes mais significativa, não comprometendo o

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Estabelecidas as prioridades, centrou-se esforços no desenvolvimento do projeto procurando racionalizar todas partes e componentes. Nos Sabiás o conceito de valor de estima é largamente explorado através de um conceito ousado, de uma execução esmerada e de um projeto coerente em suas funções preestabelecidas. Assim, a Análise e Seleção de Materiais e a Análise do Ciclo de Vida dos Produtos, que serão apresentados a seguir, foram relevantes para a realização do projeto como um todo.

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