Dedico este trabalho à minha família, fonte da minha alegria, força e motivação. Durante toda a minha vida tive o apoio deles, mas este ano de 2018 pude perceber que não importa o que eu precise, eles estão comigo e serão sempre o meu porto seguro.
Carlos (pai), Léa (mãe) e Eduardo (irmão), obrigada por estarem sempre ao meu lado. Robert, meu filho, obrigada pela paciência com a mamãe. Sei que estive muito tempo ausente, mas tento e continuarei tentando compensar com momentos “mágicos” entre nós. Com certeza, estou buscando algo melhor para nossa família.
Ao Jefferson Caponero, uma pessoa incrível, que participou desse processo no seu período mais “tenso” e esteve ao meu lado me apoiando e motivando.
Aos amigos, Ádrian Estrela e Manuela Rodrigues, minha gratidão pela paciência em me ouvir, e me ajudar diretamente na produção deste material.
As amigas/irmãs, Cristiane Borborema, Neli Gomes, Lidia Fidelina, Luciana Acácia, Hilzilaila Lins, Márcia da Hora e Vilene Santana, obrigada por cada gesto de carinho e amizade.
Fernando Menezes, mesmo de longe, sua atenção e disponibilidade em me ouvir, foram parte importante deste processo.
Adalto Benedito, sua disponibilidade e inteligência fizeram com que esse livro se tornasse real. Serei sempre grata!
Sumário
PREFÁCIO ...77 APRESENTAÇÃO ...79 ESTUDOS ...80 ESTUDO nº 1 (ARTUR) ...80 ESTUDO Nº 2 (LAURA) ...82 ESTUDO Nº 3 (MARIA FERNANDA) ...84 ESTUDO Nº 4 (LIS CAPONERO) ...88 ESTUDO Nº 5 (WALDICE) ...90 ESTUDO Nº 6 (NICHOLAS) ...94 ESTUDO Nº 7 (NINA)...98 ESTUDO Nº 8 (ROBERT) ...103 ESTUDO Nº 9 (MILENA) ...107 ESTUDO Nº 10 (CAMILA) ...109 ESTUDO Nº 11 (HENRIQUE)...113 ESTUDO Nº 12 (CARINA)...115 ESTUDO Nº 13 (JOSÉ BENTO) ...119 ESTUDO Nº 14 (ANA RAQUEL)...121 ESTUDO Nº 15 (KETLYN)...123 ESTUDO Nº 16 (CAROLINA) ...125 ESTUDO Nº 17 (JOÃO LUCAS) ...127 ESTUDO Nº 18 (JOÃO CLEMENT)...129 ESTUDO Nº 19 (LIZ CLEMENT) ...131 ESTUDO Nº 20 (LUCIANA)...135 ESTUDO Nº 21 (CAMILLY) ...137 ESTUDO Nº 22 (IAGO)...140 ESTUDO Nº 23 (MARIA LUIZA)...142 ESTUDO Nº 24 (MARIANNE)...145 ESTUDO Nº 25(MARCELO)...148 ESTUDO Nº 26 (THAMIRES) ...150 ESTUDO Nº 27 (LIGYA)...152 ESTUDO Nº 28 (JOSÉ RAIMUNDO)...155 CONSIDERAÇÕES FINAIS...159 REFERÊNCIAS...160PREFÁCIO
Banda, coral e orquestra são amostras de apresentações musicais coletivas. Apresentações musicais nesse formato costumam agradar aos seus apreciadores. O esforço, no entanto, para a harmonização dos grupos que assim se exibem são desconhecidos pela maioria dos ouvintes e internalizados pelos músicos e cantores envolvidos, os quais descobrem nas infindas aulas e ensaios o poder da coletividade e o valor que cada um possui no grupo. A soma de esforços, dons, talentos e técnicas nos trazem por resultado a harmonia de vozes e instrumentos que se alinham com o objetivo de apresentar uma composição musical com o cuidado de detalhes mínimos, evidenciando-se, assim, a expressividade imaginada e registrada pelo compositor da mesma.
Ao longo do tempo, a música, que sempre teve acolhimento no cotidiano do homem como elemento de entretenimento que registra, transmite e provoca sentimentos, ganhou também força no campo educacional. Para além de fatores culturais e conhecimentos técnicos, a Educação foi assimilando e inserindo em seu cotidiano a educação musical em atividades didático-pedagógicas com crianças e adolescentes que entoavam canções com o intuito de aprender a ler, escrever, contar, e marcavam momentos de atividades como lanchar, descansar, despedir-se, etc. “A música acalma as crianças!”, dizem a maioria dos educadores que utilizam esse recurso. Um olhar mais apurado, no entanto, diria que o canto coletivo promove a união no grupo, que se volta a uma mesma atividade envolvendo ritmo, letra e melodia, ainda que minimamente harmonizados. Na produção musical coletiva ninguém é mais importante que ninguém. Existe algo a ser seguido, previamente posto por um compositor, que é obedecido pelo grupo. Se alguém se destaca, apresenta um solo, isso também já estava previsto e projetado e, a execução da peça musical exigirá um limite de exibição desse solo, uma postura reverente e contemplativa dos demais participantes da mesma, o reconhecimento de que as funções definidas estão alinhadas e o belo só poderá ser apreciado a partir da consciência de que cada integrante de um grupo tem por função promover o próprio grupo. Essa consciência sobre a força da coletividade e adequação de comportamentos não pode ter outra definição se não EDUCAÇÃO. Sim, a educação promove mudanças de comportamentos e nenhum músico ou cantor passa a integrar uma banda, coral ou orquestra sem a necessidade de educar-se, aprender a conviver com o grupo, entender os desafios, poder e surpreendentes resultados produzidos pela coletividade.
Nesse contexto de educação musical, o Ensino de Instrumento em Grupo tem trazido, para além de noções sobre coletividade, técnicas específicas peculiares a essa modalidade de
ensino-aprendizagem. Tratam-se de estudos, que promovem o aprendizado musical utilizando a metodologia de grupo, trabalhando-se num primeiro momento individualmente para, posteriormente, colher-se um melhor resultado.
Este livro de estudos, o qual tenho a honra de apresentar, propõe-se a reforçar a importância da realização de atividades em grupo, também no ensino e aprendizagem da música. Esta obra apresenta peças para ensino de piano em grupo, a partir das pesquisas realizadas por sua autora, Débora Mara Oliveira, no Mestrado Profissional em Música.
Conheci a Débora Mara em atividades de ensino da música. Na ocasião, a ainda recém-estudante universitária ministrava aulas de piano no Conservatório de Música do Colégio Adventista de Salvador (MusiCAS) e ensaiava um coral na Igreja Adventista do Sétimo Dia no bairro de Brotas, na mesma cidade. Já se foram quase duas décadas, desde essa ocasião e, ao longo desses anos a atividade musical não abandonou o cotidiano da musicista, que continuou a ministrar aulas, ensaiar corais escolares infantis, ministrar o louvor nas igrejas a que frequentou e, nas “horas vagas”, ocupava-se a cantar com as amigas, atividade da qual, felizmente, fiz parte por algum tempo. A música poderia ser um dos sobrenomes da Débora, a qual a vivencia profissional e pessoalmente. A presente obra é, portanto, resultado, sim, de pesquisa, estudo, aprimoramento e proposta de técnicas, mas, sobretudo, é a concretização da experiência educacional que a profissional em questão adquiriu ao longo de uma vida de “relacionamento íntimo e pessoal” com a música.
Paulo Freire afirmou que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” As propostas que aqui apresentamos contribuem para a educação musical, mas, através da metodologia do Ensino de Piano em Grupo entendemos que, para além de técnicas musicais, existe a contribuição para a formação pessoal e social de indivíduos que, por certo, estarão mais aptos a viver em sociedade de forma harmoniosa, educando-se entre si e crescendo coletivamente.
Raquel Pollyana Santos Educadora e apreciadora da música
APRESENTAÇÃO
Na busca por aprimorar e melhorar a didática aplicada em sala de aula de forma que os educandos fiquem motivados e se dediquem ao estudo em casa, que surgiu a ideia da elaboração deste livro.
Com o intuito de contribuir para a metodologia de ensino do piano em grupo, este material foi elaborado com base no nível de alunos de 10 a 12 anos e duplas de alunos do MusiCAS – Escola de Música do Colégio Adventista.
A estrutura da obra consiste em: Para turma com quatro alunos:
1- Três estudos em Dó Maior (Podendo ser executado em outras tonalidades) 2- Quatro estudos em Sol Maior
3- Dois estudos em Ré Maior 4- Três estudos em Lá Menor Para Dois alunos:
5- Quatro estudos - nível Iniciante (2 em Sol Maior e 2 em Ré maior)
6- Quatro estudos - nível Iniciante (2 em Lá menor, 1 em Si menor e 1 em Mi menor) 7- Quatro estudos - nível avançado (2 em Fá Maior e 2 em Sib Maior)
8- Quatro estudos - nível avançado (1 em lá menor, 1 em Dó Maior, 1 em Ré menor e 1 e Mi menor)
Total: 28 estudos.
Cada composição foi inspirada nas dificuldades e facilidades apresentadas por cada aluno. No processo de criação, contemplei algo que o aluno apresentava dificuldade, como um desafio a ser vencido, avançando assim na aprendizagem. Ao mesmo tempo, utilizei algo que o aluno tocasse com facilidade, para servir de motivação.
Alguns dedilhados e dinâmicas foram sugeridos. O andamento não foi definido, deixando por conta do professor, aplicar o que achar mais apropriado para o nível da turma.
Espero que esse material consiga ajudar no processo de desenvolvimento cognitivo- musical dos educandos e na aplicação da prática do piano em grupo dos educadores.
Débora Oliveira Salvador, outubro de 2018
ESTUDOS
ESTUDO Nº 1 ARTUR
ESTUDO Nº 2 LAURA
ESTUDO Nº 3 MARIA FERNANDA
ESTUDO Nº 4 LIS
ESTUDO Nº 5 WALDICE
ESTUDO Nº 6 NICHOLAS
ESTUDO Nº 7 NINA
ESTUDO Nº 8 ROBERT
MILENA
CAMILA
DÉBORA OLIVEIRA
HENRIQUE
CARINA
JOSÉ BENTO
ANA RAQUEL
KETLYN
CAROLINA
JOÃO LUCAS
JOÃO
LIZ CLEMENT
ESTUDO Nº 20 LUCIANA
CAMILLY
ESTUDO Nº 22 IAGO
ESTUDO Nº 23 MARIA LUIZA
MARIANNE
ESTUDO Nº 25 MARCELO
ESTUDO Nº 26 THAMIRES
ESTUDO Nº 27 LIGYA
ESTUDO Nº 28 JOSÉ RAIMUNDO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração deste livro reafirmou meu pensamento, de que, sempre posso aprender coisas novas. A busca pelo conhecimento e aprimoramento nunca deve acabar. Cada experiência vivida contribui para o desenvolvimento de alguma área. No caso da pesquisa para este livro, na área da educação musical.
Meu objetivo com esta obra foi o de colaborar com outros educadores que também aplicam a metodologia de ensino de piano em grupo e contribuir positivamente no processo de aprendizagem dos educandos.
“Professor não é quem ensina, mas quem de repente aprende”. João Guimarães Rosa / Grande Sertão: Veredas
REFERÊNCIAS
BOTELHO, A. Meu piano é divertido vol. 1. São Paulo: Ricordi, Brasileira S. A. 1983.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 28º ed., 1993.
CRUVINEL, F. M. Educação musical e transformação social – uma experiência
com ensino coletivo de cordas. Goiânia: Instituto Centro Brasileiro de Cultura,
2005.
FERNANDES, J. N. Oficinas de Música no Brasil: História e Metodologia. Rio de Janeiro: Papéis e Cópias, 1997.
FLETCHER, L. Piano course. Book 1. New York: Mayfair Montgomery Publishing, 2006.
FONTERRADA, M. T. O. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2ª Ed. São Paulo: Editora UNESP; Rio de Janeiro: Funart, 2008.
GONÇALVES, M. de L. Educação Musical Através do Teclado – Habilidades Funcionais. Vol 4. Rio de Janeiro: Cultura Musical, 1989.
HENTSCHKE, L.; DEL BEN, L., (2003). Aula de música: do planejamento e
avaliação à prática educativa. In: __. HENTSCHKE, L. DEL BEN, L. (Orgs.). Ensino
de música: propostas para pensar e agir em sala de aula. São Paulo: Ed.
Moderna. Cap. 11.
LUFT, J. Introdução à dinâmica de grupos. Lisboa: Moraes, 1970.
PENNA, M. Música e seu ensino. 2 ed. rev. e ampl. – Porto Alegre: Sulina, 2010. 246 p.
SANTIAGO, D. As oficinas de piano em grupo da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (1989-1995). IN: Revista da ABEM, v. 2, 1995, p. 74-81.
STEWARD, M. Aventuras no país do som. 38ª edição. Editora Ricordi: 1978.
SWANWICK, K. Ensinando música musicalmente. Tradução de Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo: Moderna, 2003.
TOURINHO, A. C. G. S. Aprendizado musical do aluno de violão: articulações entre práticas e possibilidades. In: Liane Hentschke; Luciana Del Ben. (Org.). Ensino de
Música, propostas para pensar e agir na sala de aula. 1ª ed. São Paulo:
Moderna, 2003, v. 01, p. 77-85.
WILLEMS, E. As bases psicológicas da educação musical. Suíça: Edições Pró- música, 1970.