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3 POLÍTICAS PÚBLICAS DE INOVAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA

4 PROGRAMA ESTADUAL DE INCENTIVO À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – INOVATEC

O levantamento de dados realizado a partir das informações disponibilizadas pela Secti, como as notas técnicas, relatórios parciais e recursos financeiros disponibilizados, juntamente com o referencial teórico que orienta este trabalho permite que nesta etapa da pesquisa apresente-se uma visão do programa Inovatec, cumprindo dessa maneira, o objetivo deste trabalho de verificar a sua contribuição para o estado da Bahia no que diz respeito às políticas de inovação e as razões que levaram a sua suspensão no ano de 2013.

4.1 CONCEPÇÃO DO PROGRAMA8

De acordo com os materiais e informações disponibilizadas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação em 12/04/15, a lei 9.833 de 05 de dezembro de 2005 institui o Programa Estadual de Incentivo à Inovação Tecnológica (INOVATEC), contudo, somente em 17 de setembro de 2007 é que houve a sua regulamentação através do decreto nº 10.456.

Operacionalizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), o programa tem como objetivo principal promover o desenvolvimento da economia baiana através da ampliação de seu conteúdo de ciência, tecnologia e inovação; incentivar os investimentos de base tecnológica no Estado; incentivar as atividades de pesquisa e desenvolvimento e a produção e disseminação do conhecimento científico e tecnológico.

Instituído para promover o desenvolvimento da economia baiana por meio de investimentos nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), o Programa Estadual de Incentivos à Inovação Tecnológica (INOVATEC) tem como prerrogativa que os recursos destinados ao programa poderão ser aplicados na criação da infraestrutura necessária a implementação e fixação da inovação e na aquisição de bens e equipamentos necessários às atividades de inovação, sendo que estes bens serão cedidos pelo Estado para uso do beneficiário, mediante instrumento contratual específico, condicionado à aprovação do projeto pelo Conselho Deliberativo do Programa Estadual de Incentivos à Inovação Tecnológica.

Seu regimento interno está organizado conforme a figura abaixo:

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As informações deste tópico encontram-se na Lei 9.833/05 disponível em : http://governo- ba.jusbrasil.com.br/legislacao/85402/lei-9833-05

Figura 9 - Regimento interno do INOVATEC

Fonte: Elaboração própria, 2016 com base nos relatórios fornecidos por BAHIA, 2004

O Conselho Deliberativo do Inovatec estabeleceu dez áreas prioritárias para os investimentos: biotecnologia e saúde, energia e alimentos, tecnologia da informação e comunicação, agrotecnologia (produção de alimentos), nanotecnologia e novos materiais, mineração, petroquímica e indústria de transformação, papel e celulose, indústria naval, couros e calçados.

Não poderão ser contemplados com os recursos do programa Inovatec os projetos cujo objetivo não seja a inovação tecnológica e caso o proponente encontrar-se em alguma situação

CONSELHO ESTADUAL DE CT&I

POLÍTICA ESTADUAL DE CT&I

SECRETARIA ESTADUAL DE CT&I

LEI ESTADUAL DE INOVAÇÃO FUNDAÇÃO ESTADUAL DE AMPARO À PESQUISA INOVATEC SICM SEFAZ DESEMBAHIA HABITATS DE INOVAÇÃO (parques

tecnológicos, incubadoras, centros de P&D, EBTs) CENTROS DE PESQUISA INSTITUIÇÕES DE NÍVEL SUPERIOR, PÚBLICAS E PRIVADAS EMPRESAS E INSTITUIÇÕES DE APOIO

de inadimplência com a Fazenda Pública Estadual e a Desenbahia ou que por ventura, ainda esteja em situação de prestação de contas com projetos que tenham recebido anteriormente incentivos do programa.

O Inovatec tem como fonte de financiamento os recursos do Fundo de Investimento em Ações Econômicas e Sociais (FIES), em valor não inferior a R$ 15 milhões de reais no primeiro exercício financeiro; os juros e/ou dividendos sobre o capital próprio que o Estado vier a receber por sua participação no capital da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), os recursos decorrentes de acordos, ajustes, contratos e convênios celebrados com órgãos e entidades nacionais ou internacionais, públicos ou privados, inclusive aqueles vinculados à Administração Pública Federal e Municipal e por contribuições voluntárias, auxílios, subvenções, doações e legados, de qualquer natureza, de pessoas físicas ou jurídicas do País ou do exterior e outras receitas que vierem a ser destinados ao programa.

De fluxo contínuo, ou seja, a qualquer momento o proponente poderá submeter projetos ao programa sem precisar da abertura de editais ou chamadas públicas, os projetos quando pré- enquadrados aos critérios do programa serão submetidos ao Conselho Deliberativo constituído pelo Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação que o presidirá, pelo Secretário da Fazenda, pelo Secretário da Indústria, Comércio e Mineração, pelo Secretário da Casa Civil, pelo Diretor Geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia e pelo Presidente da Agência de Fomento do Estado da Bahia que decidirá acerca da aprovação dos benefícios pleiteados junto ao programa, sendo que, de forma alguma os projetos aprovados poderão ter sua titularidade transferida.

Cabe ao Conselho Deliberativo formular as políticas operacionais através do estabelecimento de programas prioritários, deliberar sobre a aprovação dos projetos que lhe sejam encaminhados e orientar os mecanismos de gestão, conforme as disposições contidas no seu regimento.

Por meio deste, o governo concede benefícios fiscais como diferimento do ICMS na entrada decorrente de importação do exterior de máquinas, equipamentos, instrumentos e seus sobressalentes, destinados aos investimentos de base tecnológica para o momento em que ocorrer a desincorporação e redução da carga tributária de até 90% (noventa por cento) na utilização de serviços de comunicação, bem como benefícios financeiros para as entidades públicas na criação da infraestrutura necessária à implementação e fixação de inovação e na

aquisição de bens e equipamentos e para as entidades privadas na aquisição de bens e equipamentos permanentes (conforme Decreto Estadual nº 9.461 de 20 de junho de 2005) diretamente ligados e essenciais às atividades de inovação.

Como contrapartida, as empresas que tiveram os seus projetos aprovados, apresentarão cronogramas físico-financeiros sobre a execução dos projetos, como uma forma de possibilitar a avaliação do gestor do programa dos resultados atingidos.

4.2 PROJETOS APROVADOS

Abaixo encontram-se os projetos das empresas que foram aprovados pelo programa INOVATEC, de modo a serem contempladas com incentivos fiscais como diferimento de ICMS para aquisição de equipamentos ou recebimento de incentivo financeiro, descritos conforme as notas técnicas e relatórios parciais da SECTI.

Vale ressaltar que o programa INOVATEC apesar de ser de fluxo contínuo só recebeu projetos das empresas até o ano de 2013. Até o vigente momento o programa encontra-se suspenso, acompanhando apenas os projetos que já foram contemplados, mas que, todavia, não foram finalizados. Seguem os projetos contemplados pelo programa: