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PROGRAMAS COM RECURSOS ESPECÍFICOS Programa Água Doce

Formulado em 2003, o Programa Água Doce é uma ação do governo federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil (MMA, 2012).

A partir de 2010 suas ações têm sido orientadas pelos Planos Estaduais de Implementação e Gestão do Programa Água Doce, que têm como meta atender um quarto da população do semiárido até 2019, ou seja, aproximadamente 2,5 milhões de pessoas em 10 anos (MMA, 2012).

Desde 2011, o Programa Água Doce passou a integrar o Programa Água para Todos, no âmbito do Plano Brasil sem Miséria.

Em 10/03/15, nove Estados assinaram o III Pacto Nacional de Execução do Programa Água Doce. No pacto assinado, o Água Doce assume a meta de aplicar sua metodologia na recuperação, implantação e gestão de 1.200 sistemas de dessalinização até o final

sofrem com a falta de água potável. Mais de 90% dos recursos já foram repassados (Portal Brasil, 2016).

Os convênios estão estruturados em três fases: diagnósticos técnico, social e ambiental; recuperação e implantação dos sistemas de dessalinização e acompanhamento e monitoramento dos sistemas implantados. Em 2013 e 2014 os estados realizaram diagnóstico de 2.947 comunidades rurais em 232 dos municípios mais críticos da região semiárida (Portal Brasil, 2016).

Programa Água para Todos

O programa Água para Todos foi instituído pelo Decreto nº 7.535, de 26 de julho de 2011. Coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, tem como objetivo garantir o amplo acesso à água para as populações rurais dispersas e em situação de extrema pobreza, seja para o consumo próprio ou para a produção de alimentos e a criação de animais, possibilitando a geração de excedentes comercializáveis para a ampliação da renda familiar dos produtores rurais.

Embora seja de abrangência nacional, o Programa Água para Todos iniciou-se no Semiárido da Região Nordeste e do norte de Minas Gerais, e tem priorizado essas áreas, onde se concentra o maior número de famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social. Essa população tem sido atendida, especialmente, com as seguintes tecnologias: cisternas de consumo, de placas ou de polietileno, à razão de uma por família; sistemas coletivos de abastecimento e barreiros (pequenas barragens), para atendimento a comunidades; e os kits de irrigação.

Os municípios do semiárido brasileiro, que possuem moradores em situação de pobreza e extrema pobreza na área rural cadastradas no CADÚnico do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, têm sua inserção automática no Água para Todos. A participação das cidades que não fazem parte desta região são analisadas pelo Comitê Gestor do programa, que avalia a expansão do programa para outras localidades.

Conta com apoio dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Meio Ambiente (MMA), da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), da Fundação Banco do Brasil (FBB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Petrobrás, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e dos Estados beneficiados.

No Plano Plurianual Federal 2016-2019, os objetivos e metas do Programa Água para Todos estão associados ao Programa 2012 - Fortalecimento e Dinamização da Agricultura Familiar (132.503.412 mil reais), da responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome:

Objetivo 1138: Contribuir para a redução da pobreza rural, por meio da inclusão produtiva dos agricultores e das agricultoras familiares

Meta 04MX: Atender 350 mil famílias em situação de pobreza em uma estratégia de inclusão produtiva rural, por meio da oferta de assistência técnica e extensão rural e do acesso a recursos de fomento e às tecnologias sociais de água para produção

Iniciativa 067S: Promoção da integração do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, do Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e Outras Tecnologias de Acesso à Água (Programa Cisternas) e das demais ações do Programa de Universalização do Acesso e Uso da Água (Programa Água para Todos) e das ações de sementes de qualidade e adaptadas ao território, por meio da articulação dos instrumentos de gestão, contratação e avaliação.

O Programa Produtor de Água foi lançado pela ANA em 2001. Tem como objetivo a redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais. O programa, de adesão voluntária, prevê o apoio técnico e financeiro à execução de ações de conservação da água e do solo, como, por exemplo, a construção de terraços e bacias de infiltração, a readequação de estradas vicinais, a recuperação e proteção de nascentes, o reflorestamento de áreas de proteção permanente e reserva legal, o saneamento ambiental, etc. Prevê também o pagamento de incentivos (ou uma espécie de compensação financeira) aos produtores rurais que, comprovadamente contribuem para a proteção e recuperação de mananciais, gerando benefícios para a bacia e a população.

A concessão dos incentivos ocorre somente após a implantação, parcial ou total, das ações e práticas conservacionistas previamente contratadas e os valores a serem pagos são calculados de acordo com os resultados: abatimento da erosão e da sedimentação, redução da poluição difusa e aumento da infiltração de água no solo.

No contexto do Programa Produtor de Água, são elegíveis, como práticas mecânicas, aquelas voltadas à conservação do solo e água, tais como subsolagem, construção de terraços, de barragens de captação e infiltração de água de chuva (barraginhas), de barragens subterrâneas, readequação de estradas rurais e outras tecnologias adaptáveis à região de implantação do projeto. A recuperação florestal envolve, para efeitos do Programa, todas as práticas voltadas ao restabelecimento da cobertura vegetal com fins de proteção hídrica, e pode incluir o cercamento de áreas, produção de mudas, plantio, enriquecimento, regeneração natural e conservação. Com relação à educação ambiental, o Programa considera como elegíveis as atividades de palestras, cursos, reuniões, seminários, eventos, material de divulgação e de consumo, logística, e contratação de palestrantes, instrutores, monitores (ANA, 2016b).

Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES)

Criado pela ANA em março de 2001, o Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (Prodes), também conhecidas como “programa de compra de esgoto tratado”, não financia obras ou equipamentos, paga pelos resultados alcançados, ou seja, pelo esgoto efetivamente tratado.

O Prodes consiste na concessão de estímulo financeiro pela União, na forma de pagamento pelo esgoto tratado, a Prestadores de Serviço de Saneamento que investirem na implantação e operação de Estações de Tratamento de Esgotos (ETE), desde que cumpridas as condições previstas em contrato.

Podem participar do Prodes os empreendimentos destinados ao tratamento de esgotos com capacidade inicial de tratamento de pelo menos 270kg de DBO (carga orgânica) por dia, cujos recursos para implantação da estação não venham da União. Podem se inscrever estações ainda não iniciadas ou em fase de construção com até 70% do orçamento executado.

A seleção do Prodes também considera se o empreendimento está em municípios nos quais o Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água, da ANA, tenha identificado a necessidade de investimentos em tratamento dos esgotos para proteção dos mananciais de sistemas de produção de água, entre outros critérios.

No Plano Plurianual Federal 2016-2019, os objetivos e metas do PRODES estão associados ao Programa 2084 - Recursos Hídricos:

Objetivo 1027 - Promover a conservação, a recuperação e o uso racional dos recursos hídricos, por meio da indução de boas práticas de uso de água e solo e da revitalização de bacias hidrográficas (Órgão Responsável: Ministério do Meio Ambiente);

Meta 041X - Reduzir os níveis de poluição hídrica pela remoção de 72.000 toneladas de carga poluidora de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) lançadas nos rios, por meio do pagamento pelo esgoto tratado, no âmbito do Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES).

O MMA vem promovendo ações de fomento para apoiar a implementação dos Planos Estaduais de Combate a Desertificação. Nesse contexto, um conjunto de diretrizes articuladas entre os instrumentos de fomento para as políticas públicas como o Fundo Clima, o Fundo Socioambiental da Caixa e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal vem sendo estratégicos no apoio a projetos estruturantes (PAUPITZ, J., 2013).

Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas

Lançado pela ANA, tem por meta geral oferecer à sociedade conhecimento adequado da qualidade das águas superficiais brasileiras, de forma a subsidiar os tomadores de decisão (agências governamentais, ministérios, órgãos gestores de recursos hídricos e de meio ambiente) na definição de políticas públicas para a recuperação da qualidade das águas, contribuindo com a gestão sustentável dos recursos hídricos.

Participam do PNQA a ANA, como instituição coordenadora e executora das atividades de âmbito nacional; os órgãos estaduais de meio ambiente e de gestão de recursos hídricos que aderirem ao Programa, como executores das atividades regionais; universidades e instituições de pesquisa; e demais entidades interessadas (ANA, 2016c).

Programa Segunda Água

Programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) dentro do Programa Brasil Sem Miséria que apóia a construção de tecnologias sociais de captação de água de chuva em propriedades de agricultores familiares do Semiárido. A água de boa qualidade será utilizada para a produção agropecuária.

Programa Minas Sustentável

O Programa Minas Sustentável foi criado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) no ano de 2010.

Esse Programa tem auxiliado as indústrias na busca da regularização ambiental, ecoeficiência e responsabilidade social.

Visa capacitar os empresários para o aperfeiçoamento dos seus processos industriais, buscando uma maior eficiência na utilização da água, da energia e das matérias-primas, minimizando a produção de resíduos, a emissão e o lançamento de efluentes.

7.4.4. Financiamento de âmbito Estadual

Os financiamentos de âmbito estadual constituem uma fonte importante de recursos para a implementação do Plano de Recursos Hídricos do São Francisco. Seguidamente, são analisados os fundos mais importantes, a saber:

a) Fundo de recuperação, proteção e desenvolvimento sustentável das bacias hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO;

b) Fundo Estadual de recursos hídricos da Bahia – FERHBA; c) Fundo Estadual de recursos para o meio ambiente – FERFA; d) Fundo Estadual de recursos hídricos de Pernambuco – FEHIDRO; e) Fundo Estadual de meio ambiente de Pernambuco – FEMA; f) Fundo Estadual de recursos hídricos de Alagoas – FERH; g) Fundo Estadual de recursos hídricos de Sergipe – FUNERH.

A. FUNDO DE RECUPERAÇÃO, PROTEÇÃO E DESENVOLVIMENTO