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O Teatro, além de inserido como um dos conteúdos da disciplina Arte, tem estado presente em algumas escolas da rede estadual de ensino por meio de programas federais que funcionam em formatos diferenciados ao das disciplinas da grade curricular.

Dentre as escolas contatadas, o programa mais recorrente dos projetos em andamento encontrado na cidade de Salvador foi o Mais Educação. Seu objetivo é o de possibilitar à escola oferecer atividades aos estudantes de forma a complementar o quadro curricular, atendendo, prioritariamente as escolas que apresentam baixos índices de desenvolvimento no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica),39 e consideradas em situação de vulnerabilidade social, que requerem maior atenção quanto a políticas públicas e educacionais.

Por intermédio do programa Mais Educação podem funcionar diferentes oficinas de caráter variado em uma mesma escola, porém todas devem acontecer em turno oposto ao que o aluno estuda regularmente. As atividades foram organizadas em macrocampos, tais como: Acompanhamento Pedagógico, Meio

39. Criado em 2007, esse índice é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação com o objetivo de medir a qualidade das escolas e das redes de ensino no Brasil.

Ambiente, Esporte e Lazer, Direitos Humanos em Educação, Cultura e Artes, Cultura Digital, Promoção da Saúde, Educomunicação, Investigação no Campo das Ciências da Natureza e Educação Econômica. O macrocampo de Cultura e Artes abriga as seguintes atividades: Leitura, Banda fanfarra, Canto Coral, Hip Hop, Danças, Pintura, Grafite, Desenho, Escultura, Mosaico, Percussão, Capoeira, Flauta doce, Cineclube, Prática Circense e Teatro. Apesar de não estar claro na leitura dos documentos os critérios de escolha destas atividades, elas abrangem uma vasta área de campos do conhecimento.

A ideia é de que a escola tenha autonomia para decidir quais as atividades serão contempladas, com base no perfil da comunidade e em acordo com as características de seu Projeto Político-Pedagógico (PPP), possibilitando a interação entre a instrução formal e não formal no desenvolvimento do processo educativo. O formato extracurricular, contudo, não é novidade nas escolas soteropolitanas, uma vez que já existiam escolas com propostas similares em funcionamento antes do surgimento dos programas federais. Entretanto, com eles cria-se oficialmente uma dupla proposição para a inserção das artes, em especial do Teatro, no ambiente escolar: a sala de aula da disciplina Arte no currículo oficial (com todas as problemáticas aqui apresentadas) e as oficinas artísticas no contraturno que, nos moldes da escola parque, podem ser de caráter obrigatório, mesmo que possibilitando a escolha da linguagem artística ou atividade na qual o aluno queira frequentar.

Com parcerias entre as instâncias municipais e estaduais de Educação, o referido programa é oferecido ao ensino fundamental I, II e ensino médio com fundos oriundos de outros programas federais de apoio à educação, como o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad / MEC), em associação com a Secretaria de Educação Básica (SEB / MEC). De acordo a página oficial de divulgação, o programa Mais Educação,40 que teve início em 2008, tem como objetivo:

Aumentar a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica. (PORTAL-MEC, 27/07/2011).

É possível perceber uma ligação temporal entre o início do funcionamento desse programa federal e o fim das oficinas nas escolas públicas promovidas por professores efetivos, transparecendo a ideia de que uma atividade acabe por substituir a outra. O formato de inserção dos programas nas escolas também indica um reforço à tendência de se manter os alunos nas escolas em período de tempo integral.41 A realização de aulas no contraturno - cujo objetivo é a ampliação da educação oferecida no currículo obrigatório - é um formato inspirado nas propostas de educação em tempo integral idealizadas por Anísio Teixeira.

Outra ação direcionada à melhoria do desempenho educacional dos alunos foi criada, em 2007, o Programa Mais Educação, cuja implementação ocorreu em 2008, com o objetivo de oferecer atividades educativas, inspiradas nas ideias de Anísio Teixeira, diferentes daquelas desenvolvidas nas aulas regulares aos alunos do ensino fundamental das escolas públicas que manifestam interesse em desenvolver o Programa. (QUEIROZ /MUNHOZ / MACIEL, 2012, p. 23).

Outro aspecto também semelhante às proposições da escola parque idealizada por Teixeira, similar aos programas federais, é o caráter opcional das atividades oferecidas. Essa característica garante ao aluno a decisão final sobre a escolha das atividades nas quais participará. O projeto surge como novo, sem o ser realmente, contribuindo para o encerramento de ações em escolas nas quais os próprios professores já haviam tomado a iniciativa de instalar oficinas semelhantes, de caráter optativo, voltadas para o ensino do Teatro, e de outras linguagens artísticas, como os que já vinham sendo realizados por um longo período em

41. Essa é, de fato, uma indicação da versão atualizada da LDBEN no 9.394/96 que institui, no seu Artigo 87, a Década da Educação, garantindo no parágrafo 5o que: "Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral" (LDBEN, 2011).

algumas unidades de ensino fundamental e médio da rede estadual, sob a responsabilidade de professores efetivos e habilitados nas áreas específicas de atuação.

Segundo a página eletrônica oficial do Ministério da Educação, para a viabilização das atividades o governo federal repassa recursos para a aquisição de materiais de consumo e de apoio para o desenvolvimento das mesmas. Assim, instrumentos musicais, rádio escolar, bem como outros equipamentos e materiais podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados, dentre alguns dos suportes materiais que o projeto oferece. Um questionamento para esse modelo refere-se à ausência de capacitação dos gestores para o trato com as verbas públicas, o que pode gerar uma instabilidade na manutenção dos projetos e aquisição dos materiais. Esse e outros fatores podem ainda influenciar na sustentação do mesmo a curto prazo ou em iniciativas isoladas, sem continuidade no currículo escolar.

Um dos objetivos importantes do Mais Educação é o que visa fortalecer os vínculos entre a escola e as pessoas que habitam em seu entorno, pelo estímulo à participação de todos nas suas ações educativas, abrindo a escola para a atuação de professores comunitários. Para o campo das artes, a falta de exigência para uma formação superior mínima dos monitores das oficinas artísticas é um ponto importante, principalmente devido à especial atenção que as universidades têm dedicado nos últimos anos às pesquisas e publicações voltadas para a formação dos professores em artes e Teatro.

Essa problemática no funcionamento do programa foi, inclusive, identificada quando da realização da pesquisa de campo, no contato direto com as escolas, e aponta que os chamados "oficineiros", responsáveis pelas atividades, são, em sua maioria, estagiários ainda sem a devida formação e que atuam sem acompanhamento ou supervisão especializada na área.42 Trata-se de uma característica do programa que pode ser tida como um desafio à Constituição nacional que, no Capítulo III, Artigo 206, item V, estabelece o ingresso de

42. O que vai de encontro à proposta legal no mesmo Artigo 87 da LDB, que no Parágrafo 4o assegura que até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço.

professores no sistema público de ensino "exclusivamente por concurso público de provas e títulos".

A falta de exigência de uma formação mínima para os monitores das oficinas artísticas pode suscitar discussões, por exemplo, referentes à escolha dos conteúdos que serão desenvolvidos quando inexiste a qualificação especializada de quem conduz as ações no ambiente escolar, fazendo com que tal proposta ganhe contornos de um Amigos da Escola43 em caráter oficial, sendo esta uma das maiores críticas que se pode fazer ao programa. A diferença é que estão previstos "recursos para o ressarcimento de monitores" (PORTAL-MEC, 27.07.2011), termo que chama a atenção pelo seu caráter de compensação por um mal ou prejuízo causado a alguém, o que instiga a reflexão sobre o exercício da função de oficineiro.

Outro programa federal citado com grande frequência como estando em funcionamento em algumas unidades da rede estadual durante o período de realização desta pesquisa foi o Escola Aberta. Com propostas similares ao Mais Educação no que diz respeito à integração escola-comunidade, esse projeto visa reduzir os índices de violência ao sustentar que ocupar os jovens com outras atividades evitaria o ócio mal empregado, algo que colabora para a redução da delinquência juvenil. A proposta é que as escolas abram aos sábados e domingos para que a comunidade e os alunos desenvolvam atividades complementares nas áreas da educação, cultura, trabalho, esporte e lazer seguindo o pensamento da "desescolarização" da sociedade. As oficinas devem ser planejadas a partir de uma pesquisa sobre os interesses e necessidades da comunidade realizada pelo coordenador escolar. Os objetivos podem variar entre informar, entreter, recrear, formar para o trabalho e ensinar.

Ainda, a título exemplificativo, as oficinas culturais das mais diversas linguagens (teatro, dança, pintura) são mais do que acesso a determinada expressão, são possibilidades de estabelecimento de relação dialógica entre o erudito e o popular; mais ainda, de desmistificação do erudito e universal e de resgate e valorização do popular e local. (PORTAL MEC, 27.07.2011).

43. Amigos da Escola é um projeto criado pela Rede Globo de televisão, em 1999, que incentiva o envolvimento e a participação da comunidade na escola pública e em centros comunitários por meio de atividades voluntariadas em diversos setores e instâncias.

No recém-citado programa não existe um ressarcimento proposto aos monitores das atividades, nem uma especificação sobre sua necessária qualificação, apenas o chamamento à prática e ao exercício da solidariedade. Em funcionamento desde 2005, ele é um programa que não está diretamente relacionado a esta tese, pois se destina mais à ampliação das relações entre escola e comunidade durante os finais de semana e, por tal razão, não tem interferência no currículo oficial ou nas ações pedagógicas do ensino básico regular. A sua inserção nesta seção justifica-se pelo fato de o programa incorporar, no seu funcionamento, as práticas artísticas ao ambiente escolar.

O último dos programas federais educacionais em Salvador diferencia-se dos demais pela sua inserção e interferência direta no funcionamento do ensino médio, mas se encontra em atividade apenas em uma única escola na cidade, o Ensino Médio Inovador. O projeto se autodefine como uma oportunidade de “pensar novas soluções que diversifiquem os currículos com atividades integradoras, a partir dos eixos de trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para melhorar a qualidade da educação oferecida nessa fase de ensino e torná-la mais atraente.” Assemelha-se, em alguns aspectos, ao Mais Educação, uma vez que ambos objetivam incentivar práticas pedagógicas complementares ao currículo regular, possibilitando ao aluno "a escolha das atividades nas quais participará para compor seu programa de nível médio." (PORTAL-MEC, 28/07/2011).

Trata-se de um projeto para as redes estaduais de ensino, inserido em uma proposta de reformulação do nível médio pelo Ministério da Educação. Dentre as alterações propostas encontram-se um aumento na carga horária mínima do ensino médio para três mil horas (200 horas a mais a cada ano) e a oportunidade de oferecer ao aluno a livre escolha para compor 20% de sua carga horária com as atividades oferecidas pela escola. De acordo com a página eletrônica oficial de divulgação do projeto, “faz parte ainda da proposta associar teoria e prática, com grande ênfase a atividades práticas e experimentais, como aulas práticas, laboratórios e oficinas, em todos os campos do saber; valorizar a leitura em todas as áreas do conhecimento; e garantir formação cultural ao aluno” (PORTAL MEC, 28/07/2011). É um projeto que almeja ser uma experiência-piloto para futuras

transformações que podem ocorrer em todo o funcionamento do nível médio e que estão vinculadas à flexibilização da organização curricular, especialmente no quadro das disciplinas diversificadas.44 As medidas ocorrem em função da complexidade desse nível de ensino, visando contemplar às diferentes expectativas dos alunos e educadores para a referida etapa dos estudos.

Entre os indicativos para a materialização do projeto nas escolas encontra-se o de "contemplar atividades integradoras de iniciação científica e no campo artístico- cultural", pressupondo, mais uma vez, a inclusão das atividades teatrais, e de outras modalidades artísticas, em um formato diferenciado ao da sala de aula regular na disciplina Arte. Retoma-se, assim, a discussão sobre a dupla possibilidade de inserção do Teatro na escola, tanto na sala de aula regular, como em oficinas, no turno regular ou no contraturno. O que todos esses projetos têm em comum é a necessidade de ampliar e complementar o ensino básico oferecido no turno regular ou de disponibilizar um grupo de atividades que podem ser consideradas opcionais, cuja escolha depende das aptidões e interesse dos alunos, estando sempre incluídas no rol das atividades artísticas e culturais nas áreas de Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.

Ao se falar em experiência de tempo integral, como as que estão sendo implantadas pelo governo federal, é inevitável a comparação com as propostas educacionais de Anísio Teixeira e o modelo da escola parque apresentadas anteriormente. Vale lembrar que na primeira experiência levada à frente por Teixeira havia, por trás da ideia de uma escola funcionando em tempo integral, uma sólida proposta de educação integral do ser humano. Sustentava-se também a ideia da manutenção de escolas funcionando em tempo integral, especialmente nos bairros mais populares, devido à necessidade da criança e do adolescente de permanecer na escola durante todo o dia, uma vez que seus pais e familiares eram trabalhadores. Aliás, nos tempos atuais, pode-se se considerar válido esse apelo igualmente para outras camadas da sociedade, em consequência da ampliação das oportunidades de trabalho para todos.

44. Atualmente o currículo é composto por disciplinas obrigatórias, inclusive Arte, e disciplinas diversificadas, onde está inserida, por exemplo, a Língua Estrangeira, conforme disposto na LDB nº 9.394/96.

O ensino das artes na experiência da Escola Parque da Bahia ainda aparece como uma referência importante, por configurar os moldes como hoje funcionam os programas federais, com as atividades complementares ou diversificadas em turno oposto ao que o estudante frequenta as disciplinas regulares e outras iniciativas que visam criar situações de ensino-aprendizagem em linguagens artísticas específicas. Conforme apresentado anteriormente, a ideia era de que o funcionamento escolar fosse dividido em dois: a escola-classe e a escola parque, sendo que na escola- classe as crianças estudavam as disciplinas ditas mais teóricas e na escola parque vivenciavam as práticas artísticas, esportivas e de iniciação ao trabalho. É importante lembrar a influência do pensamento escolanovista na prática de Anísio Teixeira, pensamento que se traduz na expressão aprender fazer, fazendo, sobre a qual já fiz referência na presente tese.

Foi, aliás, esse aspecto prático que proporcionou o caráter de oficinas, modo e conceito ainda hoje utilizado e bem visto para o estudo e prática artística teatral. Destaco, nessa experiência, bem como nos projetos acima citados, o respeito às especificidades de cada uma das áreas artísticas, sendo separadas as aulas de Dança, Teatro, Música e as diversas ramificações das Artes Visuais, mesmo com a possibilidade de integração entre elas quando da realização de projetos comuns. Em tal contexto, cada uma das linguagens pode ser considerada como uma disciplina diferenciada, ao contrário do que ocorre na grade curricular, em que o Teatro e as demais linguagens são conteúdos de uma única disciplina: Arte.

Apesar da inspiração nos ideais de Teixeira, considero que os aludidos programas estejam em desacordo com a experiência prática da escola parque, nos moldes de seus primeiros anos de funcionamento, quando não prezam pela criação e manutenção necessárias para o desenvolvimento das suas atividades, e não apenas em termos de salas adequadas e materiais apropriados para as atividades artísticas, como também no quesito alimentação, um importante fator de manutenção dos alunos na escola em dois turnos. O Centro Educacional Carneiro Ribeiro ainda contava com Biblioteca e Serviço de Orientação ao Estudante que complementavam eficazmente as atividades oferecidas tanto nas escolas-classe como na escola parque.

Outro desacordo se evidencia quando não preza pela capacitação dos seus "oficineiros", nem sempre formados e cuja instabilidade de permanência nas escolas é muito grande. Necessário lembrar que uma grande preocupação de Anísio Teixeira incidia sobre a formação, contratação e capacitação continuada de professores especialistas para as diferentes linguagens artísticas, o que já demonstrava uma preocupação e respeito a cada uma delas. Nesse sentido, seria mais lógico e coerente que professores concursados e devidamente habilitados da própria unidade escolar assumissem as atividades dos programas federais, ou ao menos que lhes fosse dada a oportunidade de propor projetos e oficinas em formato similar, como meio de assegurar a formação adequada dos educadores responsáveis pelas crianças e jovens que frequentam a escola pública por meio desses projetos.

A formação acadêmica propicia a aquisição de conhecimento e experiência mínimos para a qualificação do professor. Por isso, é importante citar aqui que, além dos programas federais propostos pelo Ministério da Educação, encontra-se em funcionamento em diversas unidades escolares da rede estadual, inclusive no campo das artes, o Pibid - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Este é um projeto da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) em parceria com universidades federais e estaduais em todo o território nacional, e tem como principal objetivo o incentivo à formação docente para a educação básica em nível superior. O programa tem como meta fomentar a valorização e o aperfeiçoamento continuado dos professores da rede pública do nível básico ao mobilizá-los para aturem como co-formadores dos futuros docentes, tornando-os protagonistas nos processos de formação inicial docente nos cursos de Licenciatura, ação que acaba por promover a integração entre os dois níveis de ensino, o básico e o superior.

Em Salvador, o Pibid funciona pela ação da Universidade Federal da Bahia nos cursos de licenciatura de várias áreas do conhecimento, por meio da inserção dos licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública. Desta forma, proporciona a oportunidade de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e de práticas docentes, que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem neste contexto escolar. A práxis pedagógica oportuniza, por sua vez, a possibilidade de estudos e reflexões,

contribuindo para a articulação entre teoria e prática tão importante para a formação docente, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura, ligação esta que evoca as ideias de Teixeira quanto às pesquisas aplicadas à educação como forma de garantir tanto a boa formação como o próprio desenvolvimento da educação pública, algo que acontece mais comumente em "escolas de aplicação", destinadas a este fim.

O Pibid funciona por meio de concessão de bolsas, pagas diretamente pela Capes, em cinco modalidades: iniciação à docência, aos alunos dos cursos de licenciatura integrantes do projeto; supervisão, aos professores efetivos da educação básica que acolhem e intermediam as ações dos licenciandos nas escolas vinculadas ao projeto; coordenação de área, para os professores da licenciatura que coordenam os subprojetos por área de conhecimento; coordenação de área de gestão de processos educacionais, para professores de licenciatura que auxiliam a gestão do projeto nas unidades de ensino superior; e, por fim, coordenação institucional, para o professor do curso de licenciatura responsável pelo programa na instituição de ensino superior, a qual pode abrigar diversas áreas e unidades no seu campo de atuação, desde que atendam às demandas necessárias solicitadas para os projetos de adesão ao programa. As escolas públicas participantes do projeto