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Projeto para criação do Fundo de Amparo ao ex-presidiário

O Fundo de Amparo ao ex-presidiário - FAP é um fundo especial de natureza contábil-financeira, vinculado ao Ministério da Justiça e a Governos Estaduais, destinado ao custeio do programa de Amparo ao ex-presidiário, do abono pecuniário, e ao financiamento de Programa de desenvolvimento sócio- econômico.

As fontes de recursos do FAP serão integradas por recursos repassados por verbas específicas dos Ministérios da Justiça, do Trabalho e da Previdência Social, e pelas Loterias Esportivas da União e dos Estados.

As cotas individuais do Fundo serão mantidas como direito do ex-presidiário por tempo determinado a ser regulamentado, para custear o programa acima referido.

O Fundo será administrado pelo Diretor do Escritório Modelo, e por um órgão colegiado, de caráter tripartite, composto por representantes do governo, da sociedade e do ex-presidiário.

Dentre as funções precípuas do Fundo, estão a de criar e elaborar metas para o programa e para a geração de novos empregos e recursos, com a finalidade de acompanhar o ex-presidiário durante o prazo que estiver sob a sua orientação, e de avaliar o impacto social, propondo o aperfeiçoamento da administração e legislação pertinente.

A principal ação do fundo é de amparar temporariamente o ex-presidiário, executando um trabalho de recuperação, com base no programa elaborado pelo Escritório Modelo para a educação, profissionalização, ressocialização e integração à sociedade.

A produção dos trabalhos profissionais das diversas oficinas efetuados pelos detentos quando do cumprimento da pena e do ex-presidiário, enquanto durar a

vinculação ao Escritório Modelo, poderá ser exposta e comercializada em Cooperativa a ser criada e coordenada pelo Escritório Modelo.

Se houver disponibilidade de recursos financeiros, e tendo o ex-presidiário feito o curso profissionalizante ou técnico, poderá o Escritório Modelo criar programa de financiamento para criação de microempresas.

O presente programa visa ao tripé básico de ressocialização do ex-presidiário. • Qualificação profissional - a partir dos cursos oferecidos pelo Escritório

Modelo.

• Benefício de ajuda desemprego - assistência social ao ex-presidiário. • Intermediação de mão de obra - buscar recolocar o ex-presidiário no

mercado de trabalho, de forma ágil e não onerosa.

7.3.2 O que representa o FAP

O Fundo de Assistência ao presidiário e ao ex-presidiário, enquanto durar a sua vinculação, é uma meta a ser atingida pelo Escritório Modelo para a volta do homem à sociedade.

7.3.3 Quem terá direito

Todo presidiário e ex-presidiário que não tenha sofrido punição durante o cumprimento da pena, após análise médica por psicólogo e psiquiatra e que completar o(s) módulo(s) dos cursos profissionalizantes ou técnicos oferecidos pelo Escritório Modelo.

7.3.4 Como requerer

O presidiário poderá requerer a sua inscrição aos cursos a direção do Escritório Modelo com a aprovação do Diretor do Sistema Penitenciário, não podendo ser reincidente.

7.3.5 Valor do benefício

O valor do benefício será calculado após a realização de estudo técnico, tendo- se por base a verba a ser destinada.

Obs. Todo trabalho efetuado pelos presidiários deverá ser remunerado, com o devido desconto para previdência social e para o fundo de participação, a fim de que o mesmo possa contribuir para o sustento de sua família.

7.3.6 Como receber

O presidiário enquanto preso terá uma parte depositada em poupança, e uma parte em dinheiro para o sustento de seus familiares.

O ex-presidiário enquanto estiver sob o amparo da FAP, receberá através de banco oficial.

O Escritório Modelo anualmente prestará conta aos órgãos acima mencionados das verbas utilizadas.

Conforme tem-se presenciado por meio de noticiários e relatos, o Sistema Penitenciário Brasileiro, em sua grande maioria, é obsoleto, sem nenhuma estrutura que possa auxiliar na recuperação do preso. O Estado investe pouco e, a sociedade, em sua maioria, nenhuma ajuda presta para a recuperação do presidiário; são poucas as instituições que auxiliam o preso, como se é feito em Itaúna.

No presente projeto, a proposta é de desenvolver no Sistema Penitenciário a educação e a profissionalização do preso, bem como a reeducação e a inserção deste na sociedade. Para isso, devem ser seguidos alguns critérios e devem ser feitas algumas observações, tais como:

1) clientela a ser atendida deverá ser selecionada entre os presos, observando-se o interesse e comportamento e analisando o perfil psicológico;

2) os serviços prestados poderão ser oferecidos com a devida retribuição financeira ao preso do governo no âmbito Federal, Estadual e Municipal bem como as instituições filantrópicas;

3) os meios para o desenvolvimento do projeto deverão ser fornecidos pelo Governo Federal, Estadual, Municipal e pela sociedade; o Governo Federal e o Estadual através de leis, deverão reservar das diversas loterias que exploram, e também dos impostos uma parcela para o programa oferecido.

8 CONCLUSÃO

Considerando que mídia é um conjunto de meios de informação e comunicação embasados na tecnologia cada vez mais avançada, deve-se afirmar a relevante importância que ela tem diante da Educação a Distância. A propósito, este tipo de ensino encampa e tenta solucionar o problema por que passam as pessoas que desejam adquirir conhecimentos, querem fazer cursos de formação variados, mas estão impedidas de locomover-se para o local dos mesmos ou não há disponibilidade de horário adequada.

Esses, talvez, sejam os problemas de muitas pessoas que aspiram a uma chance de estudar, mas não têm a possibilidade de efetivá-la.

Inserindo a Educação a Distância no Sistema Penitenciário, pode-se ter uma boa resposta e aceitação devido à premência de mudança no que se refere a esse sistema.

As pessoas que estão dentro do sistema prisional não têm perspectiva de nada, pois o sistema não oferece condições físicas e materiais, tratamento de saúde, tanto físico quanto psicológico e possibilidade de os presos deixarem de ficar ociosos, de melhorarem a auto-estima deles, de estudarem e profissionalizarem-se .

Com a Educação a Distância, os detentos podem ter uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho após saírem do presídio, podem ter uma perspectiva de vida, pois, ao invés de ficarem ociosos, estarão estudando, fazendo cursos profissionalizantes e sendo atendidos por profissionais qualificados em suas respectivas áreas.

Para isso, a TV Corporativa é útil porque com ela, pode-se alcançar uma grande massa populacional ao mesmo tempo, e isso facilitará, porque não haverá problemas com a falta de instrutores e professores, e assim não é colocado em risco a segurança das unidades penais.

A implantação do Escritório Modelo e a criação do Fundo de Assistência ao Preso contribuirão de forma eficaz para a diminuição da reincidência do crime no país, pois conforme dados fornecidos pela FUNAP, o grau de instrução da população carcerária é muito baixo, ou seja, essa população carcerária é semi- analfabeta.

Com a aplicação desse projeto, estima-se que muitos apenados saiam da prisão com uma formação profissionalizante, tanto na área de informática quanto na área técnica socializando-se no mundo globalizado.

A Cooperativa que faz parte do projeto visa à exclusão do preso do ócio, da fragilidade que o sistema oferece até então. A finalidade da Cooperativa é trazer o preso ao mundo atual. Os presos de pena longa perdem espaço no mundo globalizado, tendo em vista que a grande maioria tem o mínimo grau de escolaridade, sendo que o treinamento contínuo de massa dá oportunidade de eles adquirirem um pouco de cultura e de preencherem o tempo com uma atividade profissional, visa também a restituir a eles a cidadania. Mesmo que seja um processo não amplo, como no mundo globalizado, o sistema de Cooperativa se adapta à globalização.

O fundamental da presente proposta é que seja criado um complexo em que não só o governo, bem como a sociedade e voluntários criem meios para a implementação do Escritório Modelo com as suas ramificação apresentadas na proposta, pois em análise e estudando minuciosamente o atual Sistema Penitenciário, põe-se que pessoas isoladas, no Brasil, procuram ajudar a reabilitação e a integração do preso excluído da sociedade como é o caso citado nas cidades de Itaúna e Bragança Paulista e o trabalho realizado no CIR, o qual é muito superficial, face às dificuldades organizacionais e de recurso.

É importante que se relate que foram enviados questionários para alguns Estados no intuito de se fazer uma comparação e uma integração de dados, informações e estatísticas a respeito de educação e profissionalização do indivíduo preso; entretanto, nenhum questionário foi respondido.