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AVALIAÇÃO CRÍTICA

RESULTADOS OBTIDOS

ENRIQUECIMENTO PROFISSIONAL • PONTOS POSITIVOS

Integração do Parque P1 na paisagem, através de um desenho que mantém a leitura da encosta.

Adopção de soluções amigas do ambiente a nível dos pavimentos, da drenagem pluvial e dos planos de plantação.

Recurso as espécies transplantadas do viveiro do Parque das Cidades

Projeto pensado para minimizar a manutenção futura.

Figura 2.11 -Parque norte - P1

Conclusão do projeto de execução do Parque P1, em Fevereiro de 2002, no prazo previsto.

Lançamento do concurso público da empreitada de construção do Parque P1 em Março de 2002 e a obra foi consignada em 2002.09.02, tendo sido executada e concluída a tempo do evento do Euro 2004.

Cerca de 10 anos passados o parque P1 tem a vegetação arbórea bem desenvolvida, e está integrado na paisagem, mantendo a leitura da encosta suave onde se localiza.

A elaboração do projeto de execução do Parque P1, para concretização do PPPC, foi mais uma etapa de um projeto integrado que incluiu, o planeamento (elaboração do PPPC), o projeto (por exemplo do Parque P1) e a obra (através do lançamento de empreitadas de obras públicas), tendo contribuído para o enriquecimento profissional na medida que: Proporcionou a oportunidade de voltar a projetar com uma equipa multidisciplinar, passando da abordagem feita à

escala do plano (1/5.000 e 1/2.000) para a escala de projeto (1/500).

Permitiu reciclar os conhecimentos académicos e implementar os princípios de natureza ambiental e paisagísticos no desenvolvimento do(s) projeto(s).

Proporcionou a oportunidade de desenvolver um projeto de execução preparando-o para o lançamento de uma empreitada de obra pública, com a elaboração do respetivo caderno de encargos.

Obrigou a estudar, pesquisar e consultar o mercado, para elaborar um plano de plantação que permitisse privilegiar as espécies espontâneas da região ou características da paisagem rural ou urbana, articulando-o com o plano e plantação definido para os eixos viários e para a envolvente do estádio, tendo sempre presente a necessidade de garantir um coberto vegetal mínimo quando da realização do evento do EURO 2004.

• PONTOS NEGATIVOS

Resistência à adoção dos pavimentos propostos. Resistência à adoção de sistemas de retenção e

separação dos hidrocarbonetos na rede de drenagem

pluvial.

Dificuldades de disponibilidade no mercado, de espécies vegetais espontâneas da região.

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IDENTIFICAÇÃO DA TAREFA /TRABALHO

TAREFA DESEMPENHADA

CARACTERIZAÇÃO DA TAREFA / TRABALHO

Empreitada de Modelação do Terreno para implantação do Estádio Algarve

A empreitada de Modelação do Terreno para implantação do Estádio Algarve e área envolvente, foi a primeira das oito empreitadas para construção do estádio, abrangia uma área de cerca de 20,64 hectares e foi adjudicada em 22 de Junho de 2001, pelo prazo de 53 dias. A primeira consignação parcial ocorreu em 2001.07.02, seguida de uma segunda em 2001.07.19 e de uma terceira em 2002.02.15, à medida que foram sendo disponibilizados os terrenos. Pretende-se destacar na empreitada em apreço, não a questão da modelação do terreno, mas o facto da mesma prever:

A decapagem da terra vegetal numa área de 17.980m2, com uma espessura média de 0,20m, transporte a depósito e sementeira nas terras de depósito para evitar infestações, para reaproveitar nos espaços verdes do empreendimento. – A transplantação das árvores e arbustos identificados, para um viveiro localizado na futura área verde equipada

definida no PPPC, a fim de manter os indivíduos no local de origem facilitando o sucesso da transplantação (tendo em consideração que o período em que a mesma ocorreu não foi o mais indicado) e reaproveitar nos espaços verdes do empreendimento.

• O caderno de encargos identificou as espécies a transplantar e os requisitos técnicos a adotar, sendo de destacar: Árvores

Oliveira (Oleo oleaster), definiu-se como requisito: limpa-se previamente a parte aérea deixando o tronco principal e os

ramos secundários. Faz-se um corte limpo das raízes, selando as cicatrizes provocadas pelo corte com um produto apropriado. Remove-se a árvore e transporta-se para viveiro onde é plantada numa vala previamente aberta, com um mínimo de 2 metros de largura por 1,5 metros de profundidade, variável em função das características das árvores. Foram transplantadas para viveiro 15 oliveiras.

Alfarrobeira (Ceratonia siliqua), definiu-se como requisito: limpa-se a parte aérea e com uma semana de antecedência, antes do transplante, abre-se uma vala à volta da árvore com um raio mínimo de 1 metro (variável em função das características das árvores), para cortar as raízes. O raio da vala é definido a partir do diâmetro do tronco da árvore e a profundidade mínima da mesma é de 1,5 metros. As cicatrizes provocadas pelo corte das raízes devem ser seladas com um produto apropriado devendo a vala ser fechada de seguida. Decorrida uma semana a vala volta a ser aberta e a árvore é removida e conduzida ao local a definir, onde é plantada numa vala previamente aberta, com um mínimo de 2 metros de largura por 1,5 metros de profundidade, variável em função das características das árvores. Foram transplantadas para viveiro 5 alfarrobeiras.

Arbustos

Palmeira anã ou Palmeira da vassoura (Chamaerops humilis L.), definiu-se como requisito: limpa-se a parte aérea da planta, e remove-se a planta com um torrão de pelo menos 1 metro de profundidade. Transporta-se a árvore para viveiro onde é plantada numa vala previamente aberta, com 1 metro de profundidade, no fundo da qual foi espalhada uma camada drenante de brita. Durante os meses quentes de verão deverão ser asseguradas regas não muito frequentes.

Foram transplantados para viveiro 400 palmeiras anãs.

• Os trabalhos de manutenção do viveiro do Parque das Cidades, (fig. 2.12), para garantir o sucesso das espécies

transplantadas, maioritariamente no verão nesta primeira empreitada, exigiram um trabalho de fiscalização contínuo para garantir, nomeadamente:

Rega diária, nos períodos mais frescos e em quantidade suficiente, nomeadamente no caso das árvores.

Amontoa mecânica e/ou manual das plantas para evitar as raízes ao ar livre e não comprometer o sucesso da transplantação, nomeadamente no caso das alfarrobeiras.

Limpeza das folhas, no caso das palmeiras anãs, e aplicação de um produto selante na zona de corte, no caso da ramagem das árvores, para limitar a evapotranspiração.

Aplicação de produtos que estimulem o enraizamento para ajudar as plantas a vencer a crise provocada pela transplantação e garantir a sua sobrevivência.

Adubação, correção orgânica e tratamentos fitossanitários. Participação na elaboração do caderno de encargos e no

concurso público da empreitada

Coordenação e acompanhamento da fiscalização