Não se pode falar de propagação de impulsos em regime não linear sem se referir ao efeito óptico de Kerr, pois é devido a este efeito que a propagação de impulsos em regime não linear dispersivo (RNLD) numa fibra óptica é governada pela auto-modulação de fase (AMF) e pela DVG em simultâneo, além de outros efeitos de ordem superior. Existe um equilíbrio permanente em determinadas circunstâncias, quando se propagam solitões fundamentais, ou seja, ao desprezarem-se o efeito das perdas, os impulsos não alteram a sua forma durante a propagação.
4.1. - Efeito não-linear de Kerr numa fibra óptica
No plano transversal
( x , y )
o índice de refracção da fibra én n ( x , y )
tal que
( x , y ) n
2( x , y )
(4.1.1)onde
representa a constante dieléctrica relativa. A equação Helmholtz no regime linear é a equação que permite relacionar a constante de propagação longitudinal
, inserida na Eq. (2.14) e o índice de refracçãon ( x , y )
da seguinte forma
( , )
02 2 ( , ) 0
2
2
tF n x y k F x y
(4.1.2)onde
F ( x , y )
é a função modal que representa a variação transversal do modo fundamentalLP
01, ou função modal inserida na Eq. (3.2.3), e em coordenadas retangulares
t2F
é dada por2
2 2 2 2
y F x
F F
t
(4.1.3)Admite-se que
H
x E
y 0
no casoLP
x na aproximação de pequeno contraste dieléctrico dos modos LP,E
x pode-se considerar
E ( x , y , z , t ) F ( x , y ) B ( z , t )
(4.1.4)58
em que
B ( z , t ) A ( z , t ) exp i (
0z
0t )
(4.1.5) onde
0 é a frequência (angular) da portada. De notar queB ( z , t )
é uma função que varia rapidamente emz
e emt
enquanto a amplitudeA ( z , t )
é uma função de variação lenta a qual designou-se de envolvente do campo. ComoF ( x , y )
é adimensional,A ( z , t )
tem as dimensões do campo eléctrico, ou seja, A V m
.Ao perturbar-se a constante dieléctrica relativa
( x , y )
(4.1.6)Independentemente do processo que deu origem a essa perturbação, a nova constante de propagação longitudinal é dada por
(4.1.7) com
2 2 2 0
2 F
k F
(4.1.8)e adopção de
( x , y ) dxdy
(4.1.9) Ao levar-se em conta a Eq. (4.1.1) temos
2 n ( x , y ) n
(4.1.10a)ou seja,
2 n ( x , y ) n
(4.1.10b)Se admitir-se a aproximação
n ( x , y ) n
e levar em conta que n k
0, tem-se2 2
0
F
nF k
(4.1.11)59
Introduzindo-se um campo fictício
E
*, numa fibra óptica de sílica, o efeito de Kerr estabelece para valores típicos den
2 3 10
20m
2/ W
que
n
n ( x , y ) n
2E
*2 (4.1.12) em que
E
*2 y
*E
2 I
(4.1.13) I W m
2representa a intensidade óptica, ey
* é uma admitância apropriada. Levando em consideração as Eqs. (4.1.4 e 4.1.5) vem
E
* 2( x , y , z , t ) y
*F
2( x , y ) A ( z , t )
2 (4.1.14)Se admitir-se
n n
2E
*2 (4.1.15)tendo em conta a Eq. (4.1.14),
vem dado por2
2 4 0 2
*
A ( z , t )
F F k n y
(4.1.16)se a potência transportada
P ( z , t )
for dada por
P ( z , t ) y
*F
2A ( z , t )
2 (4.1.17a) e introduzindo uma nova amplitude
Q ( z , t ) y
*F
2A ( z , t )
(4.1.17b)ao inserir-se o parâmetro
, tal que
n
2k
0 2 n
2(4.1.18)
60
índice de refracção que não sejam em degrau, pois a análise destas é uma tarefa complexa, a função modalF ( x , y )
é dada por esta fica simplesmente dada por
P ( z , t )
(4.1.23a) Q ( z , t )
2 (4.1.23b) Por outro lado,
P ( z , t ) P
in( t ) exp z
(4.1.24) ondeP
in(t )
representa a potência de entrada na fibra e
o coeficiente de atenuação, a fase não-linear gerada pelo efeito Kerr seráNL
t
L
dz
L dz
L P z t dz
e porque o comprimento efectivo
vem dado por
L
1 1 exp
(4.1.26)
61
NL fica
NL( t ) P
in( t )
(4.1.27)Vê-se então que a fase não-linear só depende de
P
in(t )
, daí o nome Auto-Modulação de Fase (AMF). O desvio de frequência instantânea local (em relação a portadora) provocada pela AMF num impulso é
dt dP dt
t d
NL
in ( )
(4.1.28)Assim levando em consideração a forma do impulso a propagar-se,
Figura 4. 1 - Potência de um impulso Gaussiano [9].
tem-se na cauda do impulso
0 dt dP
in
( t ) 0
(4.1.29a)originando assim, um desvio para o azul (frequências maiores). Analogamente, na frente do impulso, será
0 dt dP
in
( t ) 0
(4.1.29b) Provocando portando, desvio para o vermelho (frequências menores).62
Como se viu anteriormente o coeficiente da DVG é dado por
Como a velocidade de grupo aumenta com a frequência, as frequências mais elevadas deslocam-se mais rapidamente do que as frequências mais baixas para DVG.
É notável que a AMF tem um efeito contrário a DVG, pois no efeito DVG para a zona anómala, existe um desvio para o azul na frente do impulso e um desvio para o vermelho na sua cauda, como mostra a Figura 3.2. Deste modo, os efeitos AMF e DVG têm uma acção antagónica na zona de dispersão anómala, por esta razão, apenas nesta zona é possível a propagação de solitões (de primeira ordem) claros, ou simplesmente solitões, ou seja, propagação de impulsos que conservam a sua forma ao longo da propagação. Na zona de dispersão normal em que
2 0
, só se podem propagar solitões escuros ou topológicos.4.2. - Equação não-linear de Shrodinger
Ao levar-se em consideração a atenuação (de potência) e desprezando-se os termos de ordem
4
m
, temos para o regime linear, como se descreveu anteriormente
~ ( 0 , ) ( , )
Admitindo-se que em regime não-linear a perturbação induzida pelo efeito óptico de Kerr não afecta a função modal
F ( x , y )
, a constante de propagação varia de
à
, se levar em conta a Eq.63
e usufruindo da regra de Leibniz, que diz
g ( t ) dt g ( x )
Seguindo a mesma lógica de pensamento usada para se chegar a solução da Eq. (3.2.25), temos
0
representar a parte linear da equação de propagação de impulsos em fibras ópticas.Logo, ao utilizarem-se as variáveis normalizadas introduzidas anteriormente no regime linear
,
, relembrando que ao se passarem das variáveis( z , t )
para ,
faz-se64
infere-se então para a Eq. (4.2.8)
Q Q i Q Q Q
65
Se se introduzir uma nova amplitude normalizada (ou seja, adimensional)U ( , )
, de modo a que
- Comprimento não-linear tal que
0
1 L
NLP
(4.2.18) - CoeficienteN
, o qual não é necessariamente um número inteiro e é dado por
ao aplicar-se a aproximação gaussiana, fica
Com a introdução dos novos parâmetros, a Eq. (4.2.15) transforma-se
U N U U i U
66
As Equações não-lineares de propagação de impulsos em fibras ópticas (regime monomodal) estão representadas nas Eqs. (4.2.21 e 4.2.22), apesar de não representarem os efeitos de ordem superior e por esta razão não serem aplicáveis a impulsos ultra-curtos (duração na ordem dos fentosegundos).
Ao desprezarem-se as perdas (
0
) e a dispersão de ordem superior ( 0
), a Eq. (4.2.22)se a potência de pico do impulso incidente, observar a relação
ou seja, a propagação de impulsos numa fibra óptica de comprimento para
L
, em termos simplistas, quandoL L
NL é governada pelo regime não-linear (RNL) e paraL L
NL vigora o regime linear (RL).Tratando-se de uma classificação simplista e por falta de melhor critério, quando
L L
NL, considera-se a equação não-linear de propagação [4]. É possível no entanto, distinguir-considera-se quatro regimes de propagação numa classificação grosseira, as quais são: O regime linear não-dispersivo (RLND) quando
L L
D eL L
NL67
Mas na pratica, a ocorrência do RLND, bem como o RNLND é rara, e no RLND só é possível desprezar-se a DVG para impulsos cujo
0
2L
(4.2.25)4.3. - Soluções analíticas da equação NLS
Averiguar-se-á agora, quais as soluções analíticas que a equação NLS admite. Como os solitões claros apenas podem ocorrer na zona de dispersão anómala (
sgn(
2) 1
), vai-se restringir a análise apenas para esta zona. Deste modo, a equação NLS ficaAdmitindo que a solução desta equação é dada por
68
separando a parte real da imaginaria e igualando ambas as partes à zero, a Eq. (4.3.6) subdivide-se em
Ao resolverem-se essas equações, admite-se em tudo o que se segue, que se pode escrever
enquanto não tem nenhum significado em especial.
Segundo as Eqs. (4.3.8a e 4.3.9) tem-se para as derivadas parciais
utilizando a mesma analogia, para a Eq. (4.3.8b) tem-se
69
se substituir-se a Eq. (4.3.11) na Eq. (4.3.7b)
Integrando a expressão acima, considerando
C
1 uma constante de integração, tem-se
2
2Z C
1 ondeC
2 representa mais uma constante de integração. Das Eqs. (4.3.8b, 4.3.9 e 4.3.19b) e fazendo0
70
sem esquecer as definições (4.3.8a e 4.3.10b) e substituindo essas derivadas na Eq. (4.3.7a) tem-se
deste modo, infere-se para a Eq. (4.3.23b) a então comummente chamada, equação cnoidal
As soluções desta equação são do tipo periódicas e uma solução do tipo onda solitária.
4.3.1. - Soluções analíticas da equação NLS para ondas solitárias
Para a onda solitária, considera-se a solução particular da equação cnoidal, dada por
71
onde introduziu-se a constanteq
0, tal que
x
0 2 u
0q
0 (4.3.28c) Comoy
0 deve ser maior que zero, a única solução aceitável para a Eq. (4.3.28b) é a de 1
e considerando a Eq. (4.3.25a), a Eq. (4.3.27) fica
y ( ) y
0sec h 2 u
0( q
0)
(4.3.29)e assim fica encontra-se finalmente a solução da equação cnoidal representada na Eq. (4.3.2), levando em consideração as Eqs. (4.3.20 e 4.3.29), ou seja
0
2 0
0
0
2 sec 2 exp
) ,
( u h u q i a
u
(4.3.30)ao introduzir-se um parâmetro novo dado por
2u
0(4.3.31)
pode-se deste modo, compreender a introdução do parâmetro
a
na Eq. (4.3.8b), pois levando em consideração a Eq. (4.3.24) este fica representado por
2 2
2
1
a
(4.3.32) A Eq. (4.3.30) toma a forma:
0
22
0
exp 2
sec )
,
( i i
i q
h
u
(4.3.33)Se pode observar pela Eq. (4.3.32), que quando
a 0
, tem-se
2
2 (4.3.34) o que discorda totalmente com a Eq. (4.3.31), poisu
0 é um número real. Ao fazer-se 0
na Eq (4.3.33), esta vem
0 2 0exp 2 sec
) ,
( h q i
u
(4.3.35)72
como vemos na Eq. (4.3.35), trata-se de uma onda que se propaga sem deformação, revelando-se claramente tratar-se de uma onda solitária.
Trata-se de uma onda com envolvente localizada, ou seja,
u ( , )
não depende de
, além de que quando
tende para mais ou menos infinito o módulo deu ( , )
tende para zero, como se mostra abaixo
u ( , ) sec h q
0
(4.3.36a)
lim ( , ) 0
u
(4.3.36b)O desvio normalizado de frequência em relação a portadora
0, é representado pelo parâmetro
, o qual é dado por
0 (
0)
0. O parâmetro
representa simultaneamente, a amplitude e a largura do impulso, o centro do impulso em relação a 0
é definido pelo parâmetroq
0, e por último o parâmetro
0 estabelece a fase para 0
.Dá-se o nome de solitão fundamental, a solução representada nas Eqs. (4.3.33 e 4.3.35), a sua forma canónica representa-se fazendo
1
,q
0 0
e
0 0
na Eq. (4.3.35), de maneira que
exp 2 sec
) ,
( h i
u
(4.3.37a)A Eq. (4.3.37a) representa a forma canónica do solitão fundamental.
Figura 4. 2 - Evolução do solitão fundamental.
73
4.3.2. - Soluções Analíticas da Equação NLS para ondas periódicas
Para as ondas periódicas, há que levar em conta que usando o método inverso da dispersão ou IST (inverse scattering transform), mostra que qualquer impulso incidente
u
0( ) u 0 ,
(4.3.38)Tratando-se porém o IST de um método matemático avançado, não é neste trabalho mais profundamente analisado. Onde
u
0( )
tem a forma
u
0( ) N sec h ( )
(4.3.39)onde
N
representa um numero inteiro, o qual foi introduzido nas Eqs. (4.2.19 e 4.2.20a) e conduz à propagação de solitão de ordemN
. Os solitões de ordemN 2
, ao contrário do solitão fundamentalN 1
, não mantêm a sua forma ao longo da propagação, como na Eq. (4.3.36a), mostrando uma evolução periódica em vez de disso, com período
0 2
que, em unidades reais vai corresponder à
2 2 0
0
2 2
L
Dz
(4.3.40)Na Figura 4.3 representa-se o solitão de terceira ordem, ou seja
N 3
.Figura 4. 3 - Evolução do solitão de terceira ordem.
74
4.4. - Simulação numérica da equação NLS: Split-Step Fourier Method
Para a resolução das equações não-lineares em propagação de impulsos em fibras ópticas, o método mais divulgado é o split-step fourier method ou mais comummente conhecido como SSFM. Para este ponto da tese vai-se desenvolver o SSFM na óptica da resolução numérica.
Ao escrever-se a Eq. (4.2.22) numa forma mais compacta, tem-se
( ) ( , )
N u
u D
(4.4.1)De modo que as variáveis
N
a qual representa a não-linearidade eD
representando a dispersão, se encontram definidas em função de
, ou seja
2
2 i u
N
(4.4.2a)3 3 2
2 2
)
2 sgn(
i
D
(4.4.2b)O que não é inteiramente verdade, pois a variável
N
também depende do parâmetro
, pois) , (
u
depende de
. Podendo dizer-se que a variaçãou
com
seja desprezível (o que não deixa de ser verdade para o solitão fundamental quando desprezam-se as perdas de potência, ou seja, quando 0
).Assim considerando, que
u
0( )
o impulso incidente, seja do tipo inserido na Eq. (4.3.38), a solução da Eq. (4.4.1) será
u ( , ) exp ( D
N
) u
0( )
(4.4.3) em que
u ( h , ) exp h ( D
N
) u ( , )
(4.4.4) A Eq. (4.4.4) configura desta forma, um esquema iterativo de passo longitudinalh
, que permite ir do inicio ( 0
) ao fim da fibra (
L L L
D), tratando-se de dividir o espaço total de propagação
L
0
em pequenos troços elementares de comprimentoh
.75
Sabendo que
exp a b exp( a ) exp( b )
(4.4.5) temos para a Eq. (4.4.4)
u ( h , ) exp( hD
) exp( hN
) u ( , )
(4.4.6) O SSFM consiste em dois procedimentos consecutivos, de acordo a equação acima referida:
v ( , ) exp( hN
) u ( , )
(4.4.7a)Ao recorrer-se as transformadas de Fourier, define-se então
Nestas condições o operador diferencia
D
converte-se em operador algébricoD
, que de acordo a Eq. (4.4.2b) tem-se Ao levar-se em consideração a Eq. (4.4.7b)
Para terminar finalmente cada iteração, faz-se
é de notar que em termos computacionais, as Eqs (4.4.9 e 4.4.12) recorrem ao algoritmo FFT.
76
Para o caso de se considerarem as perdas (
0
), introduz-se
u
L( ) u (
L, )
(4.4.13) tendo-se
u
L( )
2 u
0( )
2exp(
L)
(4.4.14) que segundo a Eq. (4.2.16b)
L L
(4.4.15) Assim, usando as definições de energia que se seguem como sendo normalizadas, isto é, adimensionais, define-se a energia inicial
u d
E
in 0( )
2 (4.4.16)E a energia final
u d
E
fin(
L, )
2 (4.4.17)de acordo as Eqs. (4.4.13, 4.4.14, 4.4.15 e 4.4.16) infere-se
E
fin E
inexp L
(4.4.18) Esta equação permite quantificar o erro cometido no SSFM, dado que para 0
tem-seE
fin E
in, o erro cometido define-se como
c
(4.4.19) onde
1 exp( L ) E
E E
in fin
in
(4.4.20)e
é o valor de E
in E
fin E
in correspondente a aplicação do SSFM. 0
e
c
, quando se desprezam as perdas.77
Assim, o SSMF resume-se como a aplicação do Algoritmo RIMF para o caso das equações não lineares, usando um esquema iterativo de passo longitudinal , pois por tratar-se do regime não-linear, não se podem fazer as aproximações lineares consideradas anteriormente, requerendo desta forma a aplicação de métodos mais eficazes que reflectem os efeitos não-lineares. Realça-se que quanto menor for o tamanho do passo longitudinal
h
, maior será o número de iterações e ao aumentar-se o número de iterações mais eficiente se torna o método. Ou seja, para a simulação de propagação de impulso em regime não-linear usa-se o SSMF (como foi usado ao simularem-se as Figuras 4.2 e 4.3).
4.5. - Características do solitão fundamental
Nesta secção vai-se agora analisar quais as principais características do solitão fundamental, ou seja, do solitão de ordem
N 1
.Ao introduzirem-se parâmetros como
q q
0 (4.5.1a)
0 2 22
1
(4.5.1b)
0
0 q
0 (4.5.1c) interfere-se para a Eq. (4.3.33)
u ( , ) sec h q exp i q i
(4.5.2)Esta equação é equivalente a Eq. (4.3.33) ao fazer-se
q q ( )
e ( )
de maneira que:
q
dq
(4.5.3a)
2 2
2
1
q
d
(4.5.3b)78
Levando em consideração a equação canónica do solitão fundamental, representada na Eq. (4.3.37a) é usual definir-se a área do solitão como
A
u d
infere-se para a área do solitão fundamental
A 2
(4.5.6) Observando-se assim pela Eq. (4.5.6) que a área do solitão fundamental é independente de qualquer parâmetro característico.A energia do solitão fundamental é dada por
t z dt
teremos para a energia do solitão
E
s 2 P
0
0 (4.5.10)79
Pela equação acima ainda não se pode inferir que a energia do solitão é proporcional à largura temporal
0, pois a potência de pico do solitão fundamental (N 1
) segundo as Eqs. (4.2.11c e 4.2.20b) é dada por
0 2 0
1
L
DP
(4.5.11)A energia do solitão é então dada por
0
2
2
E
s (4.5.12)interferindo-se assim que esta é inversamente proporcional à largura temporal.
Sendo
s a medida mais frequentemente usada para designar a largura temporal do solitão fundamental, a qual é definida
s 2 t
x em queQ ( z , t
x)
2 é metade do valor máximo deP
0 infere-se que
s é a largura total a metade do valor máximo ou full width at half maximum (FWHM).Levando em consideração que para
t 1
cosh
1( t ) ln( t t
2 1 )
(4.5.13)Como
t
x
0cosh
1( 2 )
(4.5.14) Assim
t
x
0ln( 2 1 ) 1 . 763
0 (4.5.15) Sef ( t ) sec h ( at )
, coma 0
, tem-se
h a
dt a t i t f
F ( ) ( ) exp( ) sec 2
(4.5.16)
80
e levando em consideração a transformada de Fourier do deslocamento, da Eq. (4.5.7) vem para o espectro do solitão fundamental
Ao designar-se a FWHM de
2
Se a densidade espectral de potência for representada por
atendendo ao teorema de Perseval, o qual define-se