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De maneira a complementar o modelo, aqui é proposto um Cronograma de Execução para a aplicação do modelo. É importante que

a aplicação da análise SWOT se dê em conjunto com todos aqueles envolvidos com o projeto. Ficando cada pequeno grupo, ou pessoa, responsável por executar determinada ação no início do projeto, cada um destes pesquisadores acabou tendo um contato diferente com a empresa, o que já gera uma percepção distinta dos demais. A pluralidade de percepções a respeito da mesma empresa já é um fator que auxilia e fomenta as discussões a respeito de cada elemento que formará a análise SWOT. Contando que cada aplicador pode ter sido responsável por realizar uma entrevista com um dos stakeholders da empresa, a presença de todos aqueles que realizaram as entrevistas é fundamental para poder inserir na análise SWOT todas as informações que a empresa, por meio de seus colaboradores internos e externos, já proporcionou ao laboratório.

O cronograma para a realização da aplicação da análise SWOT seguindo o modelo proposto ficou estruturado da seguinte maneira. Quadro 12 - Proposta de cronograma de aplicação

Hora Atividade Desenvolvida

0h Apresentação do projeto e objetivos

0h15 Explicação de cada ponto do referencial teórico 0h30 Preenchimento em conjunto da tabela comparativa 1h Discussão sobre elementos escolhidos e definição dos

mesmos

1h30 Classificação dos elementos quanto à Magnitude e Impor- tância

1h45 Escolha dos elementos mais relevantes para compor a ma- triz

2h Cruzamento de cada elemento na matriz

2h30 Aplicação quantitativa para identificar o quadrante de posi- cionamento

2h45 Feedback dos participantes 3h Encerramento

Fonte: A autora (2014).

Inicialmente devemos contextualizar os participantes com as informações já coletadas na etapa inicial do diagnóstico, com a pesquisa preliminar e as entrevistas com os opinion-makers. Também, é importante lembrar quais serão os objetivos do projeto e o que a análise

SWOT auxiliará na identificação de informações relevantes para todo o projeto.

Contextualizados a respeito da empresa e suas informações, passamos à explicação resumida de cada ponto do referencial teórico de maneira a relembrar aos participantes o que constitui cada ponto forte, fraco, oportunidade e ameaça. Em seguida é disponibilizada a tabela comparativa para preenchimento. O preenchimento poderá ser realizado em conjunto já fomentando as discussões e a difusão e construção de conhecimentos. Ao preencher a tabela chamamos a atenção à tabela de potenciais forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para ter a certeza de que nenhum ponto fraco ou forte, oportunidade ou ameaça foi esquecido.

Após o preenchimento da tabela comparativa, os aplicadores terão uma vasta fonte de informações de quais são as características internas e externas da organização. Dessa maneira é necessário que se identifique esses pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças e os transcreva para a tabela de magnitude e importância, já categorizando quanto a elemento interno, externo, em seu devido quadrante.

Com os elementos devidamente transcritos passamos à classificação quanto à magnitude e importância. A multiplicação dos resultados da magnitude e importância resultará no índice geral do elemento, classificando os índices quanto à sua relevância para a análise SWOT. A classificação dos elementos é essencial para a identificação de quais deles são os que mais influenciam a empresa e, dessa maneira, quais deles melhor indicarão os elementos que formarão o DNA da empresa.

Classificados e devidamente ordenados por grau de pontuação, os elementos devem ser transcritos para a tabela de matriz SWOT para serem confrontados em pares.

Faz-se importante ressaltar que apenas os elementos que receberam maior pontuação devem ser mantidos na matriz SWOT. Devemos priorizar por aqueles que mais obtiveram pontuação de maneira a transcrever apenas o mesmo número de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para a tabela de matriz SWOT. Para que a tabela da matriz SWOT possa gerar dados objetivos quanto ao posicionamento empresarial é necessário que o número de elementos transcrito para cada quadrante seja o mesmo, ou seja, devemos selecionar as 4 forças que mais influenciam a organização, as 4 fraquezas, as 4 oportunidades e as 4 ameaças mais relevantes. O número quatro aqui foi somente um exemplo, caso haja muitos elementos estes poderão ser considerados desde que em mesmo número que o grupo dos

demais elementos. Desprezar alguns elementos nesta etapa não significa descartá-los permanentemente. A comparação dos elementos pela matriz SWOT acaba gerando conhecimento já na fase de comparação. Estes conhecimentos serão utilizados ao longo do projeto mesmo tendo sido desprezados para a construção da matriz SWOT de posicionamento.

Será com a montagem desta matriz SWOT que deverá ser analisado cada um dos elementos em relação a cada oportunidade, ameaça, fraqueza e fortaleza. Essa análise será essencial para perceber o que a empresa pode aproveitar de suas forças para se beneficiar das oportunidades e se proteger das ameaças e ao mesmo tempo quais são as fraquezas que poderão fazer com que a empresa não seja capaz de aproveitar oportunidades e seja ainda prejudicada por potenciais ameaças.

A aplicação da matriz SWOT utilizando o grau de magnitude e importância de cada elemento será feita multiplicando o resultado de um elemento considerado força com cada uma das fraquezas, oportunidades e ameaças. A proposta de disposição dos elementos na matriz fará com que a multiplicação de cada valor dos elementos resulte em diferentes números. Os maiores números são aqueles que mais influenciam e impactam a empresa, serão estes que exigirão mais atenção dos aplicadores da análise para a identificação do DNA empresarial e também dos gestores.

Por outro lado, aquele quadrante que somar o maior resultado de todas as comparações indicará qual o quadrante possui mais peso na realidade empresarial. Aquele quadrante que possuir o maior valor será o que indicará onde a empresa está posicionada e qual sua orientação de atitude. Essa etapa possibilita objetivamente que se posicione a empresa no quadrante relativo ao: 1) Desenvolvimento com orientação à Agressividade (muitas forças internas / muitas oportunidades externas); 2) Manutenção com orientação à Diversificação (muitas forças internas / muitas ameaças externas); 3) Crescimento com orientação à Recuperação (muitas fraquezas internas / muitas oportunidades externas); ou 4) Sobrevivência com orientação à Defensividade (muitas fraquezas internas / muitas ameaças externas).

Após a identificação do posicionamento empresarial e tendo concluído o diagnóstico estratégico da empresa, faz-se interessante discutir o próprio processo com os aplicadores da análise. O LOGO priva pela idealização de estar sempre em construção, dessa maneira, a discussão do processo de maneira a adequá-lo e buscar falhas ou ajustes é sempre válido e imprescindível para o aprimoramento constante dos métodos e metodologias. A abertura para o feedback formal quanto à

aplicação da análise é importante para o registro e formalização de considerações sobre o processo. Encerra-se desta maneira a aplicação da análise a apresentação do modelo proposto.

5.3 ANÁLISE COMPARATIVA: MODELO PROPOSTO X ANÁ-