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CAPÍTULO 5 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ADVINDOS DOS QUADROS

5.2 Proposta de Reformulação do Currículo do Curso de Ciências

A necessidade de adição, exclusão, reposicionamento, diminuição ou aumento de carga horária, reelaboração dos conteúdos das disciplinas são ações relacionadas ao trabalho de reformulação curricular. Abaixo se encontram os pontos principais da proposta de reformulação advinda do currículo experienciado pelos concluintes pesquisados:

 Quanto á infra-estrutura do curso

Quando os respondentes se queixavam do curso no que se trata das condições para a aprendizagem, significa, em poucas palavras, que não estão contando com as condições adequadas para a devida apreensão dos conteúdos programáticos curriculares.

Um dos problemas cruciais da infra-estrutura do curso está associada aos títulos bibliográficos disponíveis aos discentes do curso. O Departamento das Ciências Sociais Aplicadas (DCSA) enquanto instância administrativa acadêmica, em nome das intenções de natureza política, atende apenas alguns poucos cursos plenamente em suas solicitações.

As salas de aula para o curso são disponibilizadas pela Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD) e esta utiliza de seus critérios para a alocação de salas ás turmas do curso.

O colegiado do curso de Ciências Contábeis conta com uma sala ampla, arejada, iluminada e bem localizada no pavilhão de administração acadêmica. Também contam com uma sala em que funciona o Núcleo de Pesquisa das Ciências Sociais Aplicadas.

A grande reivindicação dos sujeitos respondentes desta pesquisa é o laboratório contábil. Na questão de número 2 do questionário aplicado, que trata dos pontos negativos do curso, cinco respondentes se queixam da falta de um laboratório para o curso. Neste espaço, os alunos e os professores fariam experiências utilizando da tecnologia de hardware e software contábeis.

Para o estágio curricular acontecer é necessário que a universidade realize os convênios com empresas e escritórios contábeis com a intenção de alocar os estagiários nessa disciplina de fundamental importância para a formação do profissional contador. Assim, a universidades estende-se á comunidade para integrar os seus alunos. É necessário, segundo os respondentes, um cuidado em conceder diálogo e entrosamento melhor com essas empresas que acabam por se tornarem extensões da universidade.

As Atividades Complementares exigem a formação de grupos de estudo capazes de orientar os alunos na prática da escrita acadêmica com o intuito de escrever artigos e ensaios para aproveitamento junto às Atividades Complementares do curso, mas para isso será necessário que se tenha espaço físico para o funcionamento dos grupos de estudo. Existe na universidade auditórios e salas que podem ser utilizadas para esse fim, no entanto ainda são poucos. Um professor pesquisador, por exemplo, não tem espaço apropriado para seus trabalhos de pesquisa, muito menos armário.

A Empresa Júnior de Contabilidade é outro ponto importante da infra-estrutura educacional universitária para o curso de Ciências Contábeis. Esta tem espaço físico, mas os alunos o tem subutilizado.

Assim, para a execução de um bom currículo é necessário uma boa estrutura física universitária. A UESB, segundo os concluintes pesquisados não tem condições físicas ainda para atender o curso de Ciências Contábeis em todas as suas necessidades.

 Quanto à inserção de disciplinas no currículo

Muitos dos alunos consultados indicam algumas disciplinas que deveriam ser inseridas no currículo do curso como Contabilidade Gerencial, Língua Estrangeira Instrumental para Negócios, Laboratório Contábil II dentre outras.

Na verdade, Contabilidade Gerencial já está contemplada no currículo com a disciplina Controladoria. Essas duas nomenclaturas dizem respeito aos mesmos conceitos, praticamente. Trata-se da contabilidade que atenderá mais especificamente o usuário mais exigente que é o gestor, ou seja, o administrador, gerente, controller. Os conceitos da Contabilidade gerencial permeiam todo o curso de ciências Contábeis, pois depende desse usuário das informações contábeis o bom andamento dos planos da alta diretoria para tornar a composição dos ativos da empresa capaz de produzir rentabilidade, ou seja, resultados econômicos. Dado a isso, os respondentes desejam mais conhecimentos sobre essa disciplina.

No que se trata das disciplinas de Língua Estrangeira Instrumental para Negócios, ou mais específicas seriam Inglês Instrumental para Negócios ou Espanhol Instrumental para Negócios, a dificuldade é a disponibilidade de professores para lecionar essas disciplinas. Consta no atual currículo disciplina de Inglês Instrumental e nos últimos cinco anos não fora oferecida pelo motivo supra citado.

A terceira disciplina apontada pelos discentes consultados se refere ao desdobramento de uma já constante no curso que é Laboratório Contábil. Trata-se de uma experiência que deu certo. Essa disciplina atende uma expectativa que os alunos têm de vivência prática da Contabilidade. O desdobramento é possível e viável.

 Quanto ás disciplinas que deverão ser excluídas do currículo

No atual currículo do curso existem três disciplinas que tratam da temática de Auditoria. A primeira é a própria Auditoria Geral seguida por Auditoria Empresarial e Auditoria Governamental. Os discentes consultados solicitam a exclusão da disciplina de Auditoria Empresarial por entenderem que esta disciplina acaba por repetir os conteúdos trabalhados na disciplina anterior, ou seja, Auditoria Geral. A comissão de reformulação curricular que montou essa atual organização curricular entendeu que se tratava de conhecimentos necessários a serem aprofundados. O problema está em serem lecionadas por um único professor. Trata-se de um problema de gestão colegiada pedagógica.

A auditoria é uma das técnicas da Contabilidade, existem inúmeros títulos bibliográficos tratando dessa temática. Essa técnica atua tanto no meio empresarial em seu ambiente interno, como no âmbito público. A auditoria no ambiente empresarial ainda conta com a tipologia “independente”. Essa técnica é responsável pelo levantamento da fidedignidade do processo de escrituração e das demonstrações contábeis de grandes corporações empresariais. É possível a exclusão da disciplina de auditoria Empresarial com a consequente absorção do seu conteúdo pela disciplina que lhe antecede (Auditoria Geral).

A permanência da disciplina de Auditoria Governamental é defensável por se tratar de um conjunto de conhecimentos necessários para a inserção do contador nos cargos de órgão públicos de relevância social como as secretarias da fazenda municipais e estaduais, a secretaria da Receita Federal, as Controladorias Gerais da União, Estados e Municípios, etc.

O ponto de vista dos concluintes faz emergir a necessidade de se rever o oferecimento das disciplinas de auditoria com um único professor. Cremos que esteja ai o problema por eles apontado.

Alguns alunos citam a disciplina Contabilidade Comercial e indica a sua exclusão. Na verdade, já aconteceu a exclusão de uma disciplina desse campo específico na última reestruturação curricular. Foi excluída Contabilidade Comercial II que fazia parte do currículo

de 1999, anterior a esta atual estrutura. A sugestão dos discentes para excluir Contabilidade Comercial só vem reforçar a necessidade de se repensar a temática das disciplinas de contabilidade aplicada, ou seja, os estudos em Contabilidade aplicados aos seguimentos específicos da teoria geral da Contabilidade. São exemplos: contabilidade aplicada á Indústria, ao comércio, á prestação de serviços, ao meio agrícola, á pecuária, à construção civil, etc..

Os discentes também registraram a necessidade de exclusão das disciplinas Filosofia, Sociologia e Psicologia. Assim, eles reforçam a ideia de se construir um curso tecnicista em que os contadores não estejam inseridos no campo das Ciências Humanas. Dando voz a essa sugestão, o ostracismo contábil dará lugar á exclusão até dos estudos das outras áreas das Ciências Sociais Aplicadas. No entanto, a Resolução 10, de 2004, do CNE exige o oferecimento dessas disciplinas por entender que o contador não deve se permitir tamanho ostracismo objetivista.

 Quanto á Iniciação Científica e o Trabalho de Conclusão de Curso

A primeira pergunta do questionário se reporta ao ponto positivo do currículo do curso e a resposta da maioria dos sujeitos se refere á inclusão das disciplinas Pesquisa Científica em Contabilidade (PCC) e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O currículo anterior não contava com essas disciplinas. Anteriormente se tinha as disciplinas Metodologia da Pesquisa Científica (MPC) e Métodos e Técnicas de Pesquisa (MTP). Foi mantida a última e excluída a primeira na estrutura curricular atual.

Geralmente, os alunos de Ciências Contábeis são muito pouco incentivados a escreverem. Com a inclusão das disciplinas de PCC e TCC eles se viram com a responsabilidade de escrever sobre Contabilidade o que implica em alguns desafios a serem desbravados.

Vale lembrar que o ensino da Contabilidade é permeado por aulas expositivas com conteúdo tecnicista; a Escola científica hegemônica é a Americana, também chamada de pragmática, pois posiciona o contador como um profissional mais executor que idealizador, pensador da sua prática e quotidiano profissional.

A prática contábil envolve o preenchimento de guias, alimentação de softwares e a obediência aos requisitos legais que norteiam o quotidiano dos profissionais da Contabilidade em nosso país... enfim, atividades que distanciam o contador da prática de escrever

quotidianamente. Porém, um dos pontos positivos está no fato de o contador ser chamado a escrever o relatório de Análise de Balanços. Este documento finaliza o trabalho do contador periodicamente e tem a finalidade de atender a necessidade de informações de todos os usuários da Contabilidade (IUDÍCIBUS, 2010), a saber: primeiro grupo – empreendedores, sócios, acionistas, quotistas; segundo grupo – gestores, administradores, gerentes, etc.; terceiro grupo – emprestadores de dinheiro, investidores, fornecedores, bancos comerciais e de investimento, etc.; quarto grupo – governo, economistas governamentais, institutos de pesquisa econômica, etc.; quinto grupo: pessoas físicas, empregados da empresa, trabalhadores autônomos, etc. Estes usuários da Contabilidade necessitam da informação contábil para tomarem decisões em suas atividades profissionais ou do dia-a-dia.

Para que esses personagens, da cena contábil, compreendam o relatório da análise de balanços será necessário ter alguns cuidados. Este texto deverá ser escrito em linguagem corrente, coloquial, desprovida dos termos técnicos geralmente utilizados no meio contábil. Do contrário o contador correrá o risco de não ser compreendido e comprometer todo o seu trabalho.

Assim, o campo da Contabilidade já exige que o contador realize tarefas escritas que são necessárias ao seu trabalho profissional. No entanto, essa atividade é realizada apenas nas contadorias de grandes empresas, muitas das vezes Sociedades Anônimas. Com isso os contadores se vêem desobrigados de praticarem a escrita (em sua acepção dicionarística, sem vinculação com o termo técnico “Escrituração”) contábil.

Dado que a necessidade de escrever contabilidade se faz presente nos currículos os discentes consultados registraram que um dos pontos mais relevantes deste currículo, por eles vivido, foi justamente a inserção das disciplinas de iniciação científica na graduação.

Outro ponto ligado no processo de iniciação científica é a sugestão de que se faça a mudança de monografia para artigo. Defendem que o artigo é mais prático e se pode publicar enquanto que a monografia não. Existem algumas universidades que já adotam o artigo, no entanto, o aluno precisa ter esse artigo publicado em revista com exigência de classifificação no barema Qualis, do Ministério da Educação. Isso constitui uma dificuldade maior do que a manutenção da tipologia monografia como trabalho de conclusão do curso. Caberá á nova comissão de reformulação curricular tomar essa decisão. Em uma monografia se pode extrair diversos artigos e publicá-los.

A inserção do Trabalho de Conclusão de Curso foi realizada na transição entre a segunda e a terceira estrutura curricular.

Os sujeitos respondentes desta pesquisa apontam esta disciplina como um dos pontos altos desta atual organização curricular. Trata-se de atividade desafiadora para os alunos realizarem.

Na trajetória de formação do perfil do contador no Brasil muito pouco se registrou o contador realizando pesquisas e publicando artigos escritos para apreciação da comunidade acadêmico-científica. A mudança tende a acontecer no âmbito desta disciplina.

Em um congresso realizado em Brasília, nas dependências do Conselho Federal de Contabilidade, um dos expositores afirmou que esta disciplina tinha consigo um problema imenso que era o plágio que os alunos poderiam realizar. Então ele indicava a exclusão desta disciplina para evitar esses dissabores. Realmente, o plágio é um problema sério no campo acadêmico, no entanto, existem cuidados que o evitam. Caberá ao professor precaver-se pra orientar devidamente o seu aluno para não aplicar o plágio e também responsabilizar aquele que efetiva tal procedimento.

Por fim, é necessário destacar que os respondentes entendem a iniciação científica como necessária e proveitosa. Tecem elogios aos professores que lecionam as disciplinas e se mostram entusiasmados em executar este campo específico do currículo.

 Quanto às Atividades Complementares

As Atividades Complementares tem se tornado um ponto nevrálgico no curso. Os discentes têm tido dificuldades para cumprir essas atividades. A construção desse currículo, que contou com a omissão de diversos professores e representantes discentes, mostra-se nesse ponto a sua inadequação à realidade educacional na UESB, segundo os discentes.

Alguns dos alunos consultados apontam As Atividades Complementares como impraticáveis devido a sua exagerada carga horária. Outros as entendem como um empecilho burocrático, pedagógico e institucional.

As Atividades Complementares constituem exigência constante na Resolução 10, de 2004, do CNE que orienta a organização e constituição curricular nos curso de Ciências Contábeis no Brasil. Consta nelas as tipologias de ensino, extensão, pesquisa. O discente necessita comprovar no desenrolar do curso a carga horária exigida para integralizar o curso.

Podemos apontar a falta de interação com a comunidade acadêmica contábil como um dos pontos negativos e impeditivos do cumprimento da carga horária de extensão por parte dos discentes. Estes apontam os professores como os culpados por não realizarem a interação deles no ambiente dos eventos acadêmicos contábeis.

O cumprimento das atividades de ensino se encontra comprometido por conta da falta de tempo do aluno de curso noturno que trabalha durante todo o dia e não tem tempo para cursar disciplinas em outros cursos nem tampouco desenvolver atividades em empresas que classifiquem como atividades de ensino.

A questão que dificulta o registro de atividades de pesquisa está enraizada na falta de incentivo a que o aluno desenvolva prática de escrita acadêmica. Assim, acaba sendo um impeditivo para o cumprimento dessa modalidade de Atividades Complementares.

Algumas dificuldades listadas para a consecução das Atividades Complementares estão associadas aos diversos setores da atividade pedagógica no curso de Ciências Contábeis. Assim, é possível verificar que o curso encontra-se integrado em seus diversos setores da atividade docente e discente na academia.

Trata-se de uma questão que deverá ser dialogada pelas partes interessadas, ou seja, alunos, professores, coordenadores de colegiado. Como são obrigatórias não se poderão deixar de constar no currículo do curso. É preciso estudar alternativas para viabilizar o cumprimento dessas importantes atividades.

 Quanto ao Estágio Supervisionado Curricular

Na coleta de dados, os respondentes queixaram-se da falta de entrosamento entre a universidade e a instituição em que o estágio acontece. Existe um convênio celebrado entre a universidade e a instituição e estas duas entidades têm o propósito de vantagens recíprocas. A universidade necessita agregar qualidade ao processo de ensino-aprendizagem do aluno e a instituição em que o estágio acontece acaba beneficiando-se por ter consigo o que há de novo, de inovador em reflexões contábeis na figura do aluno. Este traz consigo seus conhecimentos e os coloca à disposição da empresa em que ele vivenciará o seu estágio.

Para os alunos, as empresas desperdiçam a oportunidade de aprendizado por colocarem os estagiários para realizarem tarefas de mínima complexidade, atividades que os Office-boys realizariam com muita facilidade. Eles se queixam também da falta de

acompanhamento do profissional que o supervisiona na instituição de estágio e também do professor orientador que se mantém à distância e pouco interage com o discente no período de vivência do estágio.

Os muitos problemas relacionados com o estágio acabam por desperdiçar uma oportunidade importante para atrelar qualidade na formação profissional do aluno. Entre as preocupações mais apontadas pelos concluintes consultados está a formação profissional. Para que esta formação aconteça o estágio supervisionado tem relevância inquestionável. Eles não questionam o Regulamento de Estágio Supervisionado, no entanto fazem ressalva à aplicação desse regulamento por parte do professor da disciplina, do colegiado do curso, da universidade e da supervisão na empresa em que acontece o estágio. Assim, urge a revisão e acompanhamento desse elemento curricular de tamanha importância para o aprendizado dos alunos do curso de Ciências Contábeis da Universidade do Sudoeste da Bahia.

 Quanto ao período de integralização do curso

Uma das questões que os alunos mais debatem é o período de integralização do curso na UESB. Muitos dos discentes consultados, na coleta de dados, através do questionário mencionam a necessidade de redução de cinco para quatro anos. Eles se sentem desprestigiados quando percebem que os alunos das instituições particulares têm um quinto a menos de tempo para concluírem a carga horária do curso. Assim, nas reuniões de colegiado sempre se está voltando a essa temática.

Na verdade, o fato de se ter cinco anos para a integralização do curso se deve por se tratar de curso noturno com quatro aulas por dia, cinco dias por semana. Para a redução do período de integralização seria necessária a inserção de mais uma aula por dia, ou mais um dia por semana; O aumento da carga horária diária ou semanal já é um ponto em que os representantes discentes não concordam. Eles desejam, na verdade, a redução da carga horária constante na resolução 10 do CNE, o que não é possível. Sobre essa questão não se tem negociação. A carga horária mínima de integralização do currículo existe para ser cumprida.

Nas instituições privadas as disciplinas tem carga horária maior e os cursos de Ciências Contábeis contam com o acréscimo de um turno (sábados letivos) e, por isso, conseguem concluir a carga horária total em quatro anos; Caso o curso de Ciências Contábeis funcionasse no turno matutino ou vespertino seria possível a adequação das cinco aulas diárias. No turno

noturno o aluno teria aulas a partir das 18h até as 22:30h ou das 19h as 23:30h. Essa possibilidade é impopular entre os alunos que trabalham durante o dia todo e já cumprem a carga horária atual com certa dificuldade; Assim, o curso tem se mantido em cinco anos, com quatro aulas diárias e cinco dias semanais.

 Quanto aos pré-requisitos presentes no currículo

Vale ressaltar que na estrutura curricular atual aconteceu diminuição considerável desse critério de organização do currículo. Foram mantidos aqueles que se entendem necessários para o bom andamento dos estudos em Ciências Contábeis. Os discentes consultados sempre se queixaram da existência desse critério de organização disciplinar por perceber que ele dificulta a sua mobilidade na matrícula nas disciplinas de seu interesse. Vale informar que o curso de licenciatura em História, da UESB, aboliu praticamente todos os pré-requisitos. Fica difícil entender a execução do currículo de um curso de graduação sem pré-requisitos.

Na verdade, o entendimento acerca de pré-requisitos é que eles ajudam o professor e os alunos a se situarem no conteúdo programático da disciplina. O discente que não trouxer conhecimentos básicos adquiridos em disciplinas anteriores não poderá cursar a disciplina que lhe sucede. As disciplinas Auditoria e Análise de Balanços constituem exemplo que pode esclarecer a questão: as Demonstrações contábeis que são submetidas ao processo de análise, significa que já foram auditadas. Assim, compreender a Auditoria enquanto técnica contábil é fundamental para se compreender posteriormente a técnica de Análise de Balanços.

Outro exemplo que se pode colher da justificativa de alocação da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso no último semestre. Isso se deve pelo fato de que o aluno poderá utilizar de todas as disciplinas já cursadas para a escrita da sua monografia.

Assim, os pré-requisitos constituem critério que tem a sua utilidade no currículo. Não