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DIRETRIZES PAISAGÍSTICAS

6.3. PROPOSTA DO TRECHO A

Após as pesquisas e análises da situação em que se encontra o trecho A da Orla de Propriá, objetivou-se propor um projeto de intervenção que promova maior dinamicidade e proteção ao rio, sendo capaz assegurar aos usuários ambientes saudáveis e propícios ao lazer, cultura, esporte e arte. O projeto busca solucionar a problemática do abandono da área, da degradação ambiental causada pelo desmatamento da vegetação marginal, pelas invasões irregulares em área às margens do rio, além de melhoria dos acessos, da paisagem urbana ofuscada pelas edificações abandonadas e/ou subutilizadas. Almeja, também, reestabelecer conexões com as áreas vizinhas e, principalmente, recuperar as paisagens naturais, através de intervenções urbanísticas e paisagísticas no cenário da orla ribeirinha de Propriá.

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Figura 44: Imagem aérea da intervenção no Trecho A

Fonte: Próprio autor, 2016

As ocupações existentes foram analisadas e verificou-se nelas a existência de ocupações residenciais por pescadores artesanais e para o uso em lazer com casas e barracas para banhistas. Como essas são poucas, optou-se por retirá-las e realocá-las em área próxima, dando prioridade à recuperação da vegetação nativa na área compreendida entre o cais e a água, pois, além da grande degradação das espécies, as áreas das margens não são propícias para banho, uma vez que a profundidade do Rio, no trecho, oferece risco de afogamentos.

Para a nova concepção da orla, verificou-se a necessidade de reestruturação do sistema viário existente para atender à dinâmica do local. Como as vias de acesso ao rio são basicamente travessas bem desestruturadas, algumas ainda sem pavimentação e sem passeios, outras com passeios estreitos, como, também, na sua paralela ocorre grande fluxo, sem áreas para estacionamentos, foi necessário estruturar os passeios e as vias, estabelecendo locais apropriados para receber maior fluxo de veículos e pedestres, além de viabilizar a construção de uma ciclovia próxima aos passeios, promovendo maior acessibilidade e dinamicidade da região.

Os acessos à área são bastante diversificados e confusos, pois a área é limitada pela Rodovia SE-200, que atravessa a cidade, e pela a BR-101, que possui duplicação em andamento. Portanto, além de procurar facilitar o acesso de turistas e passageiros que se utilizam dos bares e restaurantes na cabeceira da ponte, ponto de parada bastante usado, mas que não permite acessos facilitados à cidade, foi proposto também um acesso para pedestres e

66 ciclistas pela Travessa do CAIC, buscando diminuir as distâncias, melhorando as vias de acessos.

Figura 45: Corte da Travessa do CAIC

Fonte: Próprio autor, 2016

O projeto de intervenção propõe a reestruturação dos estacionamentos na área da cabeceira da ponte, a criação de uma edificação única, o Espaço do Artesanato, para reestruturar os barracos de venda de artesanato regional, além da criação de um Deck que busca possibilitar maior permanência dos turistas e melhorar a visibilidade das paisagens naturais e urbanas. Assim, também, promove a melhoria do acesso aos arcos da ponte antiga, que após a duplicação da BR-101 ficará sem fluxo de veículos, sendo utilizada apenas pela linha férrea após reestruturação futura, por pedestres e ciclistas, servindo, portanto, como via local.

Figura 46: Mata ciliar recuperada, com vista do Deck e Centro de Artesanato ao fundo

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Figura 47: Estacionamentos na cabeceira da ponte antiga

Fonte: Próprio autor, 2016

Figura 48: Deck ao lado da ponte antiga

Fonte: Próprio autor, 2016

Figura 49: Via local de acesso à área de artesanato e ao Deck

68 A Rodovia Nilo Peçanha (SE-100) é uma via com um fluxo acentuado, com passeios estreitos, edificações formadas por antigas fábricas, hoje com usos comercial, subutilizadas e ou abandonadas, que dão os fundos às áreas marginais, deixando uma área pouco utilizada e sombria. Assim, através da criação dos passeios e ciclovias, aumentar-se-á o movimentado na área. O projeto também faz de usos variados para algumas fábricas abandonadas ou subutilizadas, deixando área com usos mistos, promovendo assim dinamicidade e maior segurança aos usuários, em ambos os turnos.

Figura 50: Rodovia SE-100 reestruturada no trecho da intervenção

Fonte: Próprio autor, 2016

As edificações abandonadas ou subutilizadas, como por exemplo, o CAIC, um complexo para educação e assistência social de crianças e adolescentes, hoje só se encontra em o funcionamento no turno da manhã, por uma escola municipal, com poucas turmas e alunos – a ele, se indica que seja tornado um Centro de Educação, Cultura, Arte e Meio Ambiente, após revitalizar sua estrutura, bastante propícia para o novo uso, uma vez que contém áreas construídas e abertas que acolhem bem esses novos usos.

Ao lado da Praça de Eventos da cidade há um grande terreno pertencente à Schin, com pouco uso, sendo esse mais comum em festas distintas, sem uso no dia-a-dia, além de servir como estacionamento nas festas. Nesta área de intervenção, é proposta a criação de um Espaço de Esporte e Lazer, integrado à praça de eventos com quadras, passeios, ciclovias, quiosques, pistas de skate, parque infantil e anfiteatro; também é proposta a abertura de uma via com estacionamentos, promovendo acesso ao atracadouro apenas para contemplação e embarques e desembarques em transportes aquáticos, sem uso para banho, uma vez que as margens desse trecho não são propícias para banho. Havendo, também, a possibilidade de se

69 fazer uma ligação entre a margem e uma croa que fica embaixo da ponte, local que, se estruturado, torna-se bastante apropriado ao banho.

Figura 51: Vista da Área de Esporte e Lazer

Fonte: Próprio autor, 2016

Figura 52: Anfiteatro e estacionamento

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Figura 53: Quadras de esporte

Fonte: Próprio autor, 2016

Figura 54: Pista de Skate

Fonte: Próprio autor, 2016

Figura 55: Quiosque

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Figura 56: Atracadouro

Fonte: Próprio autor, 2016

Figura 57: Atracadouro, com vista para a Ponte

Fonte: Próprio autor, 2016

O espaço de esporte se prolonga pela margem do cais até a outra travessa, sem passagem para veículos, por ser uma área estreita, e liga-se à outra edificação abandonada (Antiga Fábrica de Tecido), onde poderá ser instalado um Centro de Artesanato Regional, que poderá promover a divulgação da arte, bastante desenvolvida na Região do Baixo São Francisco.

Mais à frente, foi aberta uma via dentro do terreno de uma edificação abandonada, que conta com outras ruas internas já existentes que atendiam ao seu antigo uso, porém fechada

72 atualmente. Também foi indicada a criação de um Centro Gastronômico Regional, buscando- se intensificar os usos e desenvolver a cultura e as atividades da região, com a criação de vários pontos gastronômicos que atendam turistas e a população, transformando-se numa área dinâmica e agradável.

Outra edificação que deve ser reutilizada é a segunda fábrica abandonada, sendo a ela proposta de um auditório público, para eventos importantes não apenas na cidade, mas também na região, como congressos, peças teatrais, de dança e de música, visto que a cidade atualmente conta apenas com dois auditórios particulares. Além do auditório, também é indicada a criação de uma biblioteca pública, para atender a população também enaltecendo a cultura e a arte regionais.

A área marginal será utilizada unicamente para a recuperação da vegetação ciliar, a fim de proteger suas margens contra a erosão e assoreamento, que atualmente está quase totalmente desprovida de arborização. Devem ser utilizadas espécies nativas como o jatobá, catingueira, aroeira e outras espécies apropriadas a região do baixo São Francisco, são espécies de pequeno e médio porte, que foram analisadas e escolhidas considerando-se a adaptabilidade ao clima e ao tipo de solo, dentre outros aspectos, para que possam ser plantadas abaixo do cais, completando a paisagem da orla urbana.

Figura 58: Vista das margens do Rio no Trecho A – Recuperação da Mata Ciliar

Fonte: Próprio autor, 2016

Para o mobiliário urbano, buscou-se utilizar estruturas em eucalipto tratado, material renovável de fácil obtenção em áreas de reflorestamento. Sua locação se deu de acordo com o

73 melhor aproveitamento das áreas de sol e sombra, em harmonia com o paisagismo.

Para a pavimentação, optou-se por pisos drenantes e porosos, para facilitar a absorção da água no solo, diminuir a poluição e reduzir a velocidade das águas pluviais, evitando acumulo rápido e prevenir enchentes.

Previu-se, ainda, a implantação de sistemas de aproveitamento de águas pluviais ao longo da pavimentação em concreto pigmentado, com isso há compensação da área impermeável ocupada pelos mesmos. Além disso, algumas áreas contam com pavimentação em deck de madeira elevado em relação ao nível da areia, como as áreas dos parques infantis, garantindo maior permeabilidade nessas áreas.

Figura 59: Área da intervenção – Orla Urbana do Trecho A

Fonte: Próprio autor, 2016

Figura 60: Parques infantis

74 Na área da cabeceira da ponte, foi projetado um deck em madeira renovável tratada que promova a apreciação das paisagens, naturais e urbanas, com organização de estacionamentos e acessos, incentivando uma maior permanência na área, com acessos facilitados, buscando incentivar a condução dos turistas até a cidade, para que promova o turismo e estimule, assim, desenvolvimento local.

As pranchas ao final deste trabalho (Ver Projeto Completo, p. 80) incluem o projeto geral e Paisagístico, Uso e Ocupação, Gabarito, Sistema Viário e Projeto Paisagístico que complementam este trabalho.

75 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O principal objetivo deste trabalho foi propor diretrizes urbanísticas e paisagísticas que orientem as futuras intervenções no trecho da orla ribeirinha de Propriá, Sergipe, para viabilizar e garantir o convívio e dinamicidade desta área, facilitando os acessos, assegurando a recuperação e preservação ambiental e redução de impactos, a segurança, e promova um desenvolvimento urbano sustentável no local.

A metodologia adotada, além de contribuir para o desenvolvimento dos trabalhos, serviu para ampliar e enriquecer o objeto de estudo, uma vez que facilitou a absorção dos conhecimentos, ampliou e diversificou os temas, possibilitando, além das diretrizes urbanísticas para a orla geral, o acréscimo de uma intervenção paisagística no trecho A.

O estabelecimento de diretrizes se faz necessário para criar novos usos e espaços ordenadamente ocupados como alternativa de retirada ou relocação das ocupações atualmente irregulares. Buscou-se, então, criar ambientes atraentes e funcionais, com equipamentos adequados, que estabelecessem conexão com áreas vizinhas, preservação ambiental, principalmente nas suas margens, e qualificação das paisagens locais, promovendo assim uma maior integração do rio com a cidade.

Foi necessário criar novos usos aos espaços vazios, abandonados e subutilizados, relocar algumas edificações atualmente irregulares, estruturar o sistema viário, possibilitando maiores e melhores acessos às áreas marginais, criar áreas livres e de uso público, que possibilitem ainda mais o convívio social; incentivar usos mistos na região, possibilitando um desenvolvimento mais consciente e saudável, onde tanto moradores, quanto turistas possam se utilizar das novas estruturas de forma segura e agradável. Buscou-se, também, através do Projeto Paisagístico, integrar as novas estruturas e novas funções estabelecidas, de forma a não descaracterizar ou deturbar as paisagens existentes, que são marcantes e importantes para a preservação da história da cidade.

Por fim, tendo em vista a situação real desta área, espera-se que o presente trabalho possa servir como fonte de dados e informações, além de incentivo para os órgãos públicos e governantes quanto às possibilidades de intervenção no local, relocação e regularização das ocupações existentes, bem como para operacionalização de políticas ambientais e definições de diretrizes ocupacionais em outras áreas. Sem esquecer, porém, a necessidade de continuidade do estudo, por meio de ações futuras junto à comunidade escolar e moradores do local, visando a educação ambiental e a recuperação por completo da vegetação nativa na área de estudo.

76 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE 01

Espécies escolhidas para recuperação da mata ciliar no trecho de intervenção da Orla do Rio São Francisco em Propriá, SE

NOME COMUM IMAGEM

NOME

CIENTÍFICO PORTE Observações

AROEIRA

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