• Nenhum resultado encontrado

2.7.1 Densidade da Madeira

A madeira é combustível essencial para o preparo de alimento para um grande número de famílias e comunidades em diversas regiões do planeta. Estima-se que, de cada seis pessoas, duas utilizam a madeira como a principal fonte de energia, particularmente para famílias de países em desenvolvimento, principalmente em processos de secagem, cozimento, fermentações e produção de eletricidade (BRITO et. al., 2008).

Sabendo da importância da madeira, torna-se necessário o conhecimento de suas características, com isso uma das propriedades da madeira a densidade é uma quantificação direta do material lenhoso por unidade de volume, estando relacionada a muitas características tecnológicas fundamentais para produção e a utilização dos produtos florestais (ARANTES, 2009). Ela é considerada um dos parâmetros mais importantes entre as diversas propriedades físicas da madeira, pois afeta todas as suas demais propriedades. Seus efeitos, porém são interativos e difíceis de serem avaliados isoladamente (SHIOYAMA, 1990).

De acordo com Trugilho (1995), a utilização da madeira para a produção de energia, apesar de não ser restritiva, dependendo de algumas características internas da madeira, como o teor de lignina e a densidade básica.

De acordo com Arantes (2009) a densidade é conceiuada como a relaçao entre a massa de madeira seca e o seu volume verde. Ela é considerada um dos mais importantes indices de qualidade da madeira para os mais diversos fins, seja como materia prima industrial ou energética. A densidade não deve ser utilizada como índice de qualidade de forma isolada, em função da alta correlaçao com outras propriedades da madeira.

A densidade básica é dada como referência, por alguns autores, como um índice de qualidade da madeira, pois influencia outras propriedades da mesma, e dos produtos que são gerados, podendo ser um parâmetro referencial para a seleção de espécies florestais indicadas para produção de energia. É obtida a partir da relação entre a massa absolutamente seca da madeira e o volume saturado, sendo expressa em g/cm3 ou kg/m3 (SANTOS, 2010). Essa densidade é identificada popularmente pelo “peso da madeira”, e classificada em madeira

“leve” que corresponde à madeira de baixa densidade, a exemplo do cedrinho (Erisma

uncinatum); e “pesadas” (madeira de alta densidade), como é a madeira de jatobá (Hymenaea

courbaril) (CECCANTINI, 2007).

2.7.2 Teor de Umidade da Madeira

O uso de uma determinada madeira para fins energéticos basear-se, entre outros, no potencial para produção de biomassa do indivíduo (característica intrínseca da árvore, clone, espécie ou gênero) e, em relação à madeira propriamente dita, no conhecimento do seu poder calorífico, além do seu teor de umidade (quantidade de água presente na madeira expressa em percentual da massa total). (COMUNICADO TÉCNICO, 2008)

Geralmente, no momento do corte da árvore, a umidade está acima de 60 %, porém, por sua natureza higroscópica, decorrente de sua composição química – polímeros de celulose, hemicelulose e lignina (BORGES e QUIRINO, 2004), sendo a madeira capaz de absorver ou liberar água para o meio ambiente.

O índice de umidade da madeira influencia significativamente no poder calorífico líquido já que a vaporização da água exige energia. Caso uma madeira seja usada como combustível contendo umidade, mas o índice de umidade elevado impactará a praticabilidade total da produção energética, considerando que mais água contida no combustível provoca um poder calorífico mais baixo, e consequentemente, a eficiência do combustível é mais baixa. E com isso, ao ter um volume maior de combustível, aumenta-se a quantidade final utilizada, e também o custo (LIPPEL, 2014).

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CERÂMICA (ABC). Informações Técnicas definição e classificação –. Disponível em:< www.abceram.org.br>. Acesso em: 10 de ago. de 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE FLORESTAS

PLANTADAS.ABRAF. Anuário estatístico: ano base 2008. Brasília, 2009. 129 p. Disponível em: <http://www.abraflor.org.br/estatisticas>. Acesso em: 31 dez. 2012.

ANDRADE, Felipe Lira. Formiga. Caracterização de Materia Prima de Formulaçao de Massas Cerâmicas para telha na Rgião do Seridó-RN. 2009. Tese de mestrado UFRN(Pós graduação Engenharia mecanica). 2009. P 100.

ARANTES, Marina Donarina Chaves. Variação nas Caracteristicas da Madeira e o Carvão de um Clone de Eucalyptus Grandes W. Hell ex Maiden X Eucalyptus urophyla. S. T. Bake/ Lavras: Tese de doutorado( Ciencias Tecnologia Madeira), 2009,137 p.

ARAÚJO, L.V.C.; PAULO, M.C.S.; PAES, J.B. Características dendrométricas e densidade básica da jurema-preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.) de duas regiões do estado da Paraíba. R. Caatinga, v.20, 2007.

BACCELLI JÚNIOR, Gilberto. Avaliação do processo industrial da cerâmica vermelha na região do Seridó-RN .Tese de doutorado. Natal: UFRN(Pós Graduação Engenharia Mecânica) 2010.p.200.

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A. Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste – ETENE. Informe Setorial Cerâmica Vermelha – Outubro/2010.

BEZERRA.F.D Perfil da indústria cerâmica vermelha no nordeste. Anais do 49° Congresso Brasileiro de Cerâmica, São Paulo-SP. 2005.

BORGES, L. M.; QUIRINO, W. F. Higroscopicidade da madeira de Pinus caribaea var. hondurensis tratado termicamente. Revista Biomassa & Energia, v. 1, n. 2, p. 173-182, abr./jun. 2004.

BOUTH, J. A.C. Manual de operações Básicas na Indústria de Cerâmica Vermelha. 1° ed, Natal, editora Fast Graf, 2008. p.104.

BRITO, J. O.; et.al. Florestas energéticas. In: ALBUQUERQUE, A. C. S.; SILVA, A. G. da (Ed.). Agricultura tropical: quatro décadas de inovações tecnológicas, institucionais e políticas. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. v. 1, p. 735-751.

CARVALHO, O. de C; LEITE, J. Y. P; REGO, J. M. do. Perfil industrial da cerâmica vermelha no Rio Grande do Norte: uma síntese. Natal: FIERN/SENAI, 2001.

CECCANTINI, Geraldo José Zenid Gregório C. T. IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DE MADEIRAS. Laboratório de Madeira e Produtos Derivados Centro de Tecnologia de

Recursos Florestais Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT Setembro de 2007.

COSTA, R. F. da. identificação de Aspectos e Impactos Ambientais da Indústria de Cerâmica Vermelha de Carnaúba dos Dantas-RN: Um Estudo de Caso. Monografia- IFRN, Natal-RN, 2009.

DIAGNÓSTICO do uso da lenha nas atividades agroindustriais do território do Seridó / RN. (ADESE) Caicó-RN, 2008.

______. Gasoduto Assú-Seridó: projeto básico. Relatório síntese. Volume I. TECHNE, janeiro de 2003.

GALDINO, José Nildo. Et.al., Diagnóstico da Indústria de Cerâmica Vermelha do Rio Grande do Norte. SEBRAE, SENAI, PETROBRÁS CETGAS-ER, 2012.

GOMES, J. J.; Características tecnológica da algarobeira (Prosopis juliflora D.C.): Contribuição para seu uso racional. Dissertação Mestrado. Campina Grande: UFPB, 1999.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Perfil das Cidade. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=rn. 2013. Acesso em 24 de 12 de 2013.

LIPPEL, equipamentos de alta performace. Aspectos gerais da madeira como combustível Disponível em: < http://www.lippel.com .br/downloads/aspectos-gerais-da-madeira-como- combustivel.pdf>. Acesso em 12 ago. de 2013.

MME. Ministério de Minas e Energia: Balanço Energético Nacional. 2010.

MORAIS, Dabney Sérgio Guedes de. Análise das propriedades termofísicas, mecânicas e geométricas de telhas cerâmicas queimadas em forno caieira e forno abóboda. Dissertação de doutorado. UFRN, Natal, RN, 2011.58 f.

NASCIMENTO, Waldécio Sávio dos Anjos do. Avaliação dos impactos ambientais gerados por uma indústria cerâmica típica da região do Seridó/RN. UFRN, Natal(P´s Graduação em Engenharia Mecânica), 2007. 184 f.

OLIVEIRA, Aylson Costa. Sistema forno-fornalha para produção de carvão vegetal. Título de Magister Scientiae. Universidade Federal de Viçosa, (Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal ). 2012. p.72.

OLIVEIRA, E. Características anatômicas, químicas e térmicas da madeira de três espécies de maior ocorrência no Semi-Árido Nordestino. 2003. 122f. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2003.

PETRUCCI. E.O. R. Materiais de construção. 12 ed. São Paulo: Editora Globo. 1998.

SANTOS, Rosimeire Cavalcante dos. Parâmetros de qualidade da madeira e do carvão vegetal de clones de Eucalipto. Tese (doutorado). Lavras: UFLA, 2010.

SANTOS, I. S. SILVA.N.I.W. Manual de Cerâmica. Porto Alegre: Unismos/ CIENTEC/SIOSERGS/SEBRAE-RS. 1995.

SEBRAE; ESPM. Cerâmica vermelha: estudos de mercado. São Paulo: SEBRAE Nacional, 2008. Relatório Completo.

SPOSTO. R.S. MEDEIROS, E, RAMOS. D.T, et al, “ Análise da Conformidade de Blocos Cerâmicos Sinterizado em Fornos Intermitentes e Contínuos no Distrito Federal”. Cerâmica Industrial, 2007.

SEBRAE/RJ. Máquinas e Equipamentos Indústria cerâmica, 2000.

SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO. As florestas Plantadas. Disponivel em: <http://www.florestal.gov.br/snif/recursos-florestais/as-florestas-plantadas>. Acesso em: 20 de setembro de 2013.

SILVA, Rodrigo Márcio da. Análise comparativa entre propriedades mecânicas, termofisicas e geométricas de tijolos produzidos pelos fornos caieira e abóboda. Dissertação de (Mestrado) Natal. UFRN, 2011.

SILVA, A.V. Análise do processo produtivo dos tijolos cerâmicos no estado do Ceará- da extração da matéria prima à fabricação. 2009.104 f. Monografia ( Graduação em Engenharia Civil)- Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil. Escola Superior de Tecnologia do Ceará. Fortaleza, 2009. Disponível em:<http://www.ebah.com.br Acesso em: 10 de setembro de 2013.

SILVA, Valdenildo Pedro da; REIS, Leci Martins Menezes; SILVA, Adriana Claudia Câmara da Silva. Sustentabilidade ambiental em territórios de cerâmica vermelha: uma análise de Carnaúba dos Dantas, Mercator, Fortaleza, v. 4, n.7, p. 83-96, jan./jul. 2005.

SHIMOYAMA, U. R. S. Variação da densidade básica e Características Anatômicas e Química da Madeira em Eucalyptus Spp. Escola Superior de Agricultura. Dissertação Mestrado em Engenharia Florestal. 199º, 93 p.

TRUGILHO, P. F, et. al., Rendimentos e Características do Carvão Vegetal em Função da Posição Radial da Amostragem em Clones de Eucalyptus. Cerne, Lavras V. II n 2 p.178- 178, janeiro a junho 2005.

ZANDONADI. A. R. Cerâmica Estrutural.In: Anuário Brasileiro de Cerâmica, São Paulo: ABC, 1996.

CAPÍTULO I – AFERIÇÕES DE TEMPERATURAS NA