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A RELAÇÃO DA QUALIDADE DA TELHA ENTRE A TEMPERATURA MÉDIA E O TEMPO DE QUEIMA NA PARTE CENTRAL NOS PONTOS

3.1 LOCAL DE ESTUDO

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.6 A RELAÇÃO DA QUALIDADE DA TELHA ENTRE A TEMPERATURA MÉDIA E O TEMPO DE QUEIMA NA PARTE CENTRAL NOS PONTOS

DE MEDIÇÃO 7, 8 E 9 DA SUPERFÍCIE DO FORNO.

Na Figura 24 apresenta-se o gráfico da relação entre a temperatura média no centro do forno em função do tempo de aquecimento (pontos de medição 7, 8 e 9, localizados na região central da superfície do forno).

Figura 24. Relação entre a temperatura média no centro do forno em função do tempo de aquecimento (pontos de medição 7, 8 e 9, localizados na região central da superfície do forno).

0 50 100 150 200 250 0 200 400 600 800 1000 T em pe ra tur a ( C) Tempo (minutos)

Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4

A relação de temperatura e tempo médio de queima na região central da superfície do forno, local onde foi encontrada a maior parte das telhas de primeira qualidade, sendo os pontos 7, 8, 9 adotados como referência para obtenção de produtos de alta qualidade, pois nessas áreas foi observada a totalidade de telhas de primeira qualidade em todas as queimas, uma vez que as telhas de primeira qualidade sempre foram localizadas na mesma região, em maior quantidade, em relação a outras áreas. As temperaturas nessas áreas são mais homogêneas com um aumento gradativo e sem mudanças bruscas de temperatura.

O controle do tempo de queima e da temperatura alcançada influencia diretamente a qualidade das telhas, pois as peças queimadas durante muito tempo em temperaturas muito altas ficam sintetizada em excesso. Por outro lado, temperaturas baixas ou tempos de queima muito curtos podem determinar peças cruas.

Na Figura 25 é apresentada a relação entre a porcentagem de telhas de primeira qualidade com a temperatura máxima atingida no forno e a taxa média de aquecimento para os pontos de medição 7, 8 e 9, localizados na região central da superfície do forno. As equações apresentadas foram significativas pelo teste F (p<0,05).

Figura 25. Relação entre a porcentagem de telhas de primeira qualidade com a temperatura máxima atingida na superfície do forno e a taxa média de aquecimento para os pontos de medição 7, 8 e 9, localizados na região central da superfície do forno. As equações apresentadas foram significativas pelo teste F (p<0,05).

Na Figura 25 observa-se a relação entre a porcentagem de telhas de primeira qualidade com a temperatura máxima atingida no forno e a taxa média de aquecimento para os pontos de medição 7, 8 e 9, localizados na região central da superfície do forno, e o tratamento 1 em que se obteve um correlação negativa na temperatura e a taxa média de queima, e no tratamento 3 se obteve uma correlação positiva. Para os tratamentos em que não houve correlação entre as variáveis não são apresentadas as equações lineares. .

As temperaturas e as taxas de aquecimento alcançadas foram heterogêneas nos quatro tratamentos. No tratamento 4 observa-se uma maior porcentagem de telha de primeira, com 30% na terceira repetição, atingindo a temperatura máxima de 50 °C. Os demais tratamentos obtiveram porcentagens entre 10% a 22 %, sendo o tratamento 1 o que teve maior diferença entre as temperaturas e a taxa de aquecimento nas queimas.

O tratamento 4 obteve a maior porcentagens de telha de primeira em relação aos outros tratamentos, mesmo atingindo baixa temperatura, seguido do tratamento 3, 2 e 4. A curva de temperatura ideal, que proporciona a melhor qualidade dos produtos cerâmicos foi o observada no tratamento 1 que obteve uma média de 18,66% de produto de primeira qualidade por repetição atingindo temperatura máxima de 400°C.

5. CONCLUSÕES

 A madeira utilizada na queima de fornos caipira apresentou densidade básica e

umidade sem diferença e um consumo de madeira heterogêneo.

 A argila utilizada na queima de fornos caipira apresentou granulometria fina,

plástica e com grande retração linear.

 O forno do tipo “caipira” apresentou perfil térmico heterogêneo.

 No forno caipira verificou-se que houve o encerramento do processo antes de se

atingir uma temperatura adequada à produção de maior quantidade com telhas de melhor qualidade.

 O parâmetro do fio foi eficiente para todos os tratamentos, mas a variação de

oscilações foi diferenciada entre os tratamentos, demonstrando que o fio não deve ser utilizado de forma genérica, como o único critério para finalização do processo de queimas.

 A qualidade das telhas mostrou estar atrelada às temperaturas alcançadas, com seu

aumento gradativo, e influenciada pela umidade, densidade da madeira, o tempo de queima e as condições atmosféricas.

 A parte central do forno foi à área que atingiu maiores temperatura, e de forma

mais homogênea, tendo como resultado uma maior concentração de produtos de primeira qualidade;

 A curva de temperatura ideal, que proporciona a melhor qualidade dos produtos

cerâmicos, ocorreu no centro do forno, em que obteve um comportamento térmico que alcançou maiores temperaturas de forma mais homogênea, sendo essa região onde foi encontrada a maior concentração e produtos de primeira qualidade no forno.

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CAPÍTULO II - AFERIÇÕES DE TEMPERATURAS NA