• Nenhum resultado encontrado

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.2. Metodologia para a Aquisição de Dados

3.2.2. Protocolo de Instalação e Medição das Parcelas

Na fase de instalação das parcelas, que decorreu durante o período de Setembro de 1996 a Março de 1997, foi realizada a identificação exacta de cada local de amostragem na carta militar à escala de 1:25000 e em fotografia aérea à escala de 1:15000, do Instituto Português de Cartografia e Cadastro (Ex Instituto Geográfico e Cadastral - IGC), voo de 1982 e 1984. Na figura 3.3. pode visualizar-se a localização das 30 parcelas semi permanentes instaladas no concelho de Oleiros.

Na ficha de campo foram anotados aspectos qualitativos do local como o concelho, freguesia, local, carta militar nº, fiada, foto nº, fotoponto, escala, instituição e data de voo da fotografia aérea. Identificou-se também o número da parcela, a data da medição e os operadores. Recolheu-se informação quanto à situação fisiográfica do local, exposição, inclinação e altitude. Caracterizou-se o estado do povoamento quanto à instalação, intervenções culturais, ocorrência de pragas e doenças e ocorrência de fogo.

As parcelas, circulares, de área de 1000 m2 (raio=17.84 m), foram delimitadas no

terreno através da identificação das árvores de bordadura. Seguidamente, procedeu-se à identificação das árvores da parcela através das suas coordenadas polares (distância ao centro da parcela e azimute magnético). Para tal, realizaram-se estas medições efectuando um giro de 360° no sentido dos ponteiros do relógio com início na árvore mais próxima ao Norte magnético. As medições foram efectuadas respectivamente, com fita métrica e bússola arredondando os valores ao cm e ao grau. Em paralelo, colocou-se em cada árvore da parcela uma chapa metálica ao nível do DAP, voltada para o centro da parcela, com o seu número de identificação. Os cepos não foram numerados realizando-se apenas a sua contagem e a identificação da classe de dimensão a que pertenciam. Contabilizaram-se também o número de árvores mortas em pé e o número de árvores com DAP<5 cm. Nestas avaliou-se o nº de anos que em média as árvores levaram a atingir a altura de 1.30 m (a1.3).

Escala aproximada de 1: 205 882

FIGURA 3.3. Localização da rede de parcelas semi permanentes instaladas no concelho de Oleiros - Cartas militares de Portugal nº254, nº255, nº265, nº266, nº267, nº277, nº278, nº279 e nº290 do Instituto Geográfico do Exército (1997)

As árvores das parcelas foram medidas anualmente, sempre na mesma época do ano, durante o período de repouso vegetativo, e ao longo de três anos sucessivos (Set96-Mar97, Set97-Mar98 e Set98-Mar99).

No 1º ano de recolha de dados, que como já se referiu decorreu de Setembro de 1996 a Março de 1997, em cada parcela realizaram-se as seguintes medições em todas as árvores que a compõem:

‰ DAP´s com fita de diâmetros e arredondando os valores ao mm;

‰ alturas totais e alturas até à base da copa com Blume-Leiss e arredondando os

valores ao dm. Considerou-se como início da copa a meia distância dos dois primeiros ramos verdes;

‰ raios da projecção horizontal das copas segundos os pontos cardeais (N, S, E e W)

com fita métrica e bússola arredondando os valores respectivamente, ao cm e ao grau. No caso das árvores inclinadas encontrava-se o centro da projecção da copa e efectuava-se apenas uma medição segundo a direcção que melhor traduzia o raio médio.

Em sub amostragem das árvores da parcela, dentro de uma sub parcela concêntrica

de 500 m2 (raio=12.62 m), seleccionaram-se 2 árvores amostra por classe de DAP e/ou num

mínimo de 10 árvores amostra para medições adicionais:

‰ através das verrumadas efectuadas à altura da 1ª medição, foram obtidas as

variáveis idade ao 1.30 m (t1.3), dupla espessura da casca (2e), crescimento radial em diâmetro sem casca relativo aos últimos 10 anos (ir10) e crescimento radial em diâmetro sem casca relativo aos últimos 5 anos (ir5);

‰ através da contagem dos verticilos efectuadas à altura da 1ª medição, foram

obtidas as variáveis altura total há 10 anos atrás (hv10) e a altura total há 5 anos atrás (hv5).

A medição da espessura da casca e a verrumada foram efectuadas na direcção da linha que une a árvore ao centro da parcela.

As classes de DAP consideradas para a selecção das árvores amostra são as da tabela 3.3. Não foram consideradas como árvores amostra aquelas que se apresentassem com mal formações, mortas em pé e/ou resinadas.

Recolheram-se, ainda, nas árvores amostra das 30 parcelas de área de 1000 m2

medidas no período de Set96-Mar97, dados adicionais para a cubagem da árvore em pé com o telerelascópio. Os níveis de medição utilizados foram: 0.15 m, 1.30 m, 2.35 m, 4.55 m, ... e assim sucessivamente de 2.20 m em 2.20 m até à altura total da árvore.

TABELA 3.3. Códigos utilizados para a classificação das árvores da parcela

Classe de DAP Código Classe de DAP Código

morta em pé 99 [30, 35[ 6 cepo no solo 88 [35, 40[ 7 < 5 cm 0 [40, 45[ 8 [5, 10[ 1 [45, 50[ 9 [10, 15[ 2 [50, 55[ 10 [15, 20[ 3 Amostra A [20, 25[ 4 Dominante D [25, 30[ 5 Resinada R

Paralelamente, foram seleccionadas árvores da espécie Pinus pinaster Aiton em crescimento livre, no concelho de Oleiros, com o propósito de avaliar o crescimento potencial da espécie na área de estudo. A selecção das árvores em crescimento livre teve em consideração abranger a maior variabilidade de DAP's e alturas totais da árvore individual. Nestas árvores realizaram-se as seguintes medições:

‰ DAP's, ‰ alturas totais,

‰ alturas até à base da copa,

‰ raios da projecção horizontal das copas,

‰ através das verrumadas efectuadas foram obtidas as variáveis idade ao 1.30 m

(t1.3), dupla espessura da casca (2e), crescimento radial em diâmetro sem casca relativo aos últimos 10 anos (ir10) e crescimento radial em diâmetro sem casca relativo aos últimos 5 anos (ir5);

‰ através da contagem dos verticilos foram obtidas as variáveis altura total há 10

anos atrás (hv10) e a altura total há 5 anos atrás (hv5).

Nos 2º e 3º anos de recolha de dados (Set97-Mar98 e Set98-Mar99) realizaram-se a medição das árvores da parcela quanto às variáveis:

‰ DAP's, ‰ alturas totais,

‰ alturas até à base da copa e

‰ raios da projecção horizontal das copas.

Os dados foram recolhidos no âmbito do PROJECTO PAMAF nº8165 - Regeneração, Condução e Crescimento do Pinhal Bravo das Regiões Litoral e Interior Centro. As equipas de

campo tiveram, em cada um dos três períodos de medição, constituição distinta. Em cada período de recolha de dados as equipas foram constituídas por 2 a 4 alunos estagiários do Curso de Bacharelato em Engenharia de Produção Florestal e por um Técnico Superior da Unidade Departamental de Silvicultura e Recursos Naturais (UDSRN) da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB), que supervisionou o trabalho de campo.