• Nenhum resultado encontrado

4.1 DESENVOLVIMENTO DO PROT ´ OTIPO

4.1.4 Prototipac¸˜ao

O diagrama da Figura 17 serviu de base para a avaliac¸˜ao de usabilidade e construc¸˜ao do prot´otipo. A primeira etapa mostrada no diagrama ´e a prototipac¸˜ao de fato, onde nesta ´e constru´ıdo o sistema que vai ser utilizado, fazendo uso do software Unity em conjunto com o Vegas na construc¸˜ao deste prot´otipo. A segunda etapa consiste em testes r´apidos por um profissional da sa´ude. Caso aprovado vai-se para terceira etapa que consiste em uma an´alise completa por mais profissionais da sa´ude, caso contr´ario, o projeto volta a etapa de criac¸˜ao do prot´otipo.

Figura 17 – Diagrama de sequencia para prototipac¸˜ao Fonte: Autoria Pr´opria

4.1.4.1 Desenvolvimento no Unity

Para o desenvolvimento inicial foi utilizado um cen´ario que continha um menu de escolha, como mostra a Figura 18. O indiv´ıduo, utilizando um dispositivo de RV, escolhia a cena que iria assistir. Para tanto, fazia uso de um ponto central na tela como uma esp´ecie de laser que, apontado dentro de uma das caixas de selec¸˜ao por 5 segundos, carregava a cena que ele escolheu.

Ap´os escolhida a cena, ela era carregada e o indiv´ıduo permanecia dentro de cada ambiente por um tempo pr´e determinado de 90 segundos. A primeira cena Figura 19 (a)

Figura 18 – Menu de selec¸˜ao de cena Fonte: Autoria Pr´opria

consistia em um ambiente inteiramente criado com realidade virtual. A segunda cena Figura 19 (b) era um v´ıdeo de um elevador gravado com a cˆamera 360. A terceira cena Figura 19 (c) consistia em um v´ıdeo de um corredor industrial.

(a) (b) (c)

Figura 19 – Figuras que demonstram as cenas do primeiro prot´otipo: (a) Ambiente constru´ıdo em RV, (b) Corredor industrial com caracter´ısticas de espac¸o confinado (c) Elevador comercial em movimento.

Fonte: Autoria Pr´opria

4.1.4.2 Teste Simplificado de usabilidade

Ap´os a criac¸˜ao do prot´otipo realizou-se um teste simplificado de usabilidade. Em relac¸˜ao ao teste, o psic´ologo assistia em uma tela a mesma imagem que o paciente visualizava no dispositivo de RV. Al´em disso, o profissional emitia instruc¸˜oes verbais sobre as ac¸˜oes que o paciente deveria desenvolver durante a simulac¸˜ao. No entanto, o paciente pode ter um ataque de

pˆanico e n˜ao responder mais aos comandos do profissional da sa´ude, sendo necess´ario intervir de forma f´ısica tirando o equipamento do paciente. Para que isso n˜ao ocorra, decidiu-se que o paciente n˜ao teria mais a possibilidade de escolher a cena ou encerrar a simulac¸˜ao, uma vez que o psic´ologo realizar´a os comandos atrav´es de um controle remoto bluetooth. Portanto, nessa primeira etapa de teste de usabilidade do software, foi necess´ario voltar `a etapa de desenvolvimento para ajustar os detalhes levantados.

4.1.4.3 Elaborac¸˜ao do segundo prot´otipo

Conforme constatado no primeiro teste de usabilidade, o controle das cenas visualizadas diretamente pelo paciente n˜ao ´e o ideal. Isso se d´a tanto pelo fato do paciente poder despertar alguma sensac¸˜ao de fobia e deixar de responder aos comandos do psic´ologo, quanto ao fato de cada pessoa ter um tempo ligeiramente diferente para imers˜ao completa no ambiente tridimensional. De maneira a corrigir ambas as situac¸˜oes foi definido que o psic´ologo deve ter o controle da troca de cenas. Para isso o psic´ologo possui um bluetooth conectado ao dispositivo de RV. Esta ferramenta permite que o psic´ologo detenha o total controle sobre a simulac¸˜ao, como escolher a cena, selecionar outras cenas ou encerrar a simulac¸˜ao, n˜ao dependendo mais de escolhas do paciente.

O segundo prot´otipo consiste em um software cuja primeira cena equivale a uma sala de RV, desprovida de som e com uma porta fechada, como mostra a Figura 20. Esta cena simula um ambiente amplo e silencioso que objetiva o ajuste e adaptac¸˜ao do paciente ao ´oculos de RV.

Figura 20 – Cenas de um ambiente silencioso constru´ıdo em RV segundo prot´otipo Fonte: Autoria Pr´opria

Ap´os as regulagens das lentes e el´asticos do ´oculos efetuadas de acordo com as necessidades do paciente, o psic´ologo pode dar in´ıcio a troca de cenas do software. Para tanto,

utiliza um controle bluetooh, que ´e conectado ao smartphone utilizado no ´oculos de RV. O controle mostrado na Figura 21 possui 8 bot˜oes dos quais 6 deles s˜ao utilizados para a troca de cenas. S˜ao utilizados os gatilhos superior e inferior, bem como os bot˜oes denominados A, B, C e D.

Figura 21 – Controle remoto bluetooh com identificac¸˜ao das teclas Fonte: Autoria Pr´opria

Em relac¸˜ao `a segunda cena, esta diz respeito a um ambiente totalmente em RV, Figura 22, que possui alguns componentes como gal˜ao de oxigˆenio, caixa de ´agua e uma lˆampada, os quais proporcionam ao indiv´ıduo a sensac¸˜ao de ambiente industrial. Neste contexto, combina-se efeitos de som tridimensional juntamente com iluminac¸˜ao e projec¸˜ao de sombras para aumentar a imersibilidade na cena.

Figura 22 – Cenas de RV de um ambiente industrial de espac¸o confinado Fonte: Autoria Pr´opria

A terceira cena, Figura 23, difere das duas primeiras visto que compreende um v´ıdeo gravado na instituic¸˜ao 2. No que tange ao v´ıdeo, ´e poss´ıvel visualizar um corredor industrial

com duas sa´ıdas e uma luz central, a qual confere iluminac¸˜ao ao ambiente. Nesta cena o usu´ario ainda n˜ao presencia movimento e possui a sensac¸˜ao de ficar fixo no local de observac¸˜ao.

Figura 23 – Cenas reais do corredor industrial de espac¸o confinado Fonte: Autoria Pr´opria

A quarta cena mostrada Figura 24 na consiste em um v´ıdeo gravado na instituic¸˜ao 2, onde um colaborador faz uso de equipamentos de protec¸˜ao individual para descer um fosso atrav´es de uma escada fixa `a parede. Ao fazer este trajeto o colaborador produz sons de crimpagem e sons caracter´ısticos da utilizac¸˜ao de materiais de seguranc¸a. O ambiente possui um diˆametro restrito, existe somente uma escada e apenas um colaborador pode utiliz´a-la de cada vez.

Figura 24 – Cenas de um trabalhador descendo um fosso de um ambiente confinado Fonte: Autoria Pr´opria

Em relac¸˜ao `a quinta cena, demonstrada na Figura 25 esta constitui-se em um v´ıdeo gravado na instituic¸˜ao 2, em ambiente confinado industrial. No v´ıdeo, dois colaboradores utilizam equipamentos de seguranc¸a e encontram-se em um fosso, o local possui uma escada e sonorizac¸˜ao de ambiente industrial.

A sexta cena mostrada na Figura 26 comp˜oe um v´ıdeo com um indiv´ıduo inserido em um elevador, ocorrem os seguintes eventos em ordem cronol´ogica: a porta se fecha, o elevador

Figura 25 – Fosso de trabalho de um ambiente industrial confinado Fonte: Autoria Pr´opria

para, a porta abre e o indiv´ıduo depara-se com uma parede impedindo sua sa´ıda. A luz apaga, a respirac¸˜ao torna-se ofegante, ele acende um isqueiro e pressiona diversas vezes o sinal de alerta.

Figura 26 – Cenas de um elevador fechado Fonte: Autoria Pr´opria

Com as cenas definidas no software, a pr´oxima etapa consiste em fazer a avaliac¸˜ao do prot´otipo utilizando um question´ario escrito para verificac¸˜ao de usabilidade do sistema.

Documentos relacionados