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A oferta turística é constituída por todos os elementos que contribuem para a satisfação das necessidades dos turistas, quer sejam de ordem psíquica, física ou cultural. A avaliação da qualidade dos serviços feita pelos turistas representa um forte indicativo para a necessidade de treinamento.

Somente para Natal se têm informações sobre a qualidade dos serviços turísticos ofertados. Não existem pesquisas sistematizadas nos municípios da Área de Planejamento.

Pelos dados contidos na tabela abaixo se pode inferir que existe muito a se fazer em termos de capacitação da mão-de-obra em Natal, pelo fato de somente 55,21% dos turistas saírem satisfeitos com os serviços que utilizam.

Os itens mais críticos em Natal são: meios de hospedagem, guias de turismo e informações turísticas.

Tabela 77 Qualidade dos Serviços Turísticos (soma dos % de conceitos ótimo e bom) MUNICÍPIO MÉDIA HOSPEDAGEM MEIOS DE ALIMENTOS & BEBIDAS COMPRAS PASSEIOS HOSPEDAGEM RECEPÇÃO E INFORMAÇÕES TURÍSTICAS GUIAS DE TURISMO

NATAL 63,66 57,19 79,55 66,45 58,63 93,45 54,79 35,58

Fonte: Relatório I – Levantamento Diagnóstico para elaboração do componente Capacitação Profissional do PRODETUR II.

Conclusão

Os maiores emissores de turistas para região, no período de 1995 a 1998, foram São Paulo e Pernambuco, nessa ordem. Com relação ao fluxo de turistas estrangeiros, o principal país emissor foi a Itália, seguido de Portugal. O motivo que traz estes turistas a Natal são: o Turismo “Passeio” que tem seus maiores picos nos meses de Janeiro, Julho e Dezembro e; as Viagens de Negócios, que são mais expressivas nos meses de Abril e Junho.

O turista brasileiro, que nos anos de 1995 e 1996, em maior percentual passava 01 dia na região, nos anos de 1997 e 1998 o período de permanência passou a ser de 04 a 07 dias. O turista estrangeiro, desde 1995, permanece na cidade de 04 a 07 dias.

Como o turismo é o principal motivo dos visitantes brasileiros, um maior número de atrativos passou a “prender” os turistas mais tempo na região. Atualmente, as agências de turismo estão comercializando pacotes com maior número de dias. Os períodos variam de 8 a 14 dias, oferecendo opções múltiplas de passeios a Genipabu e a Pipa. A oferta turística é constituída por todos os equipamentos que contribuem para a satisfação das necessidades dos turistas. A avaliação da qualidade dos serviços feita pelos turistas representa um forte indicativo para a necessidade de treinamento.

Os resultados positivos obtidos em relação à demanda turística são frutos do trabalho exaustivo feito pelo Estado na captação dos vôos charters internacionais, principalmente provenientes da Europa; e da qualificação do turista que exige produtos gabaritados e meio ambiente ecologicamente correto, contribuindo para o desenvolvimento da região.

3.11 GASTO TURÍSTICO

A composição do Dispêndio Médio por Turista é descrita de duas formas:  turista que viaja utilizando pacote turístico; e

 turista que viaja por conta própria.

Os itens considerados são: os gastos com passagens, hospedagem, refeições, passeios, compras diversas e traslado para a área da Grande Natal, tendo em vista a sua representatividade de 91,2% do parque hoteleiro da Área de Planejamento.

Tabela 78 Composição do Dispêndio Médio por Turista

COMPOSIÇÃO DE GASTOS** COM PACOTE (R$ e U$*) CONTA PRÓPRIA

Pacote (passagem, hotel, traslado,

city-tour, Genipabu) R$750,00 / U$341,00 (7 dias) --

Passagem Aérea (Promocional) -- R$ 530,00 / U$241,00

Hotel ou pousada (nível médio) -- R$350,00/U$163,63 (7 dias/pessoa)

Passeio de Buggy (dia inteiro) R$160,00/ U$72,72 (até 4 pessoas) R$160,00/ U$72,72 (até 4 pessoas)

Buggy em Genipabu -- R$40,00/ U$18,18 (por pessoa)

Refeições R$200,00/U$90,90 (7 dias/pessoa) R$200,00/ U$90,90 (7 dias/pessoa)

Táxi aeroporto (ida e volta) -- R$56,00/ U$25,45

Aerobunda e Cajueiro R$5,00/ U$2,27 R$5,00/ U$2,27

Passeio à Pipa (só transporte) R$26,00/ U$11,81 (opcional) R$50,00/ 22,72 (carro alugado)

Passeio de dromedário R$10,00/ U$4,54 R$10,00/ U$4,54

Mergulho Maracajaú (transporte) R$51,00/ U$23,18 (opcional) R$75,00/ U$34,10 (carro alugado)

Compra de artesanato R$10,00/ U$4,54 R$10,00/ U$4,54

Total R$1.212,00/ U$550,90 R$1.486,00/ U$675,45

Fonte: Publicação Viaje Mais - edição de junho 2001 * R$ 1,00 = U$ 2,20

** Preço por pessoa, para uma semana, dividindo hotel e buggy (para casal, multiplicar por dois)

Os pacotes turísticos comercializados pelas Operadoras Internacionais têm uma duração maior que os comercializados pelas Operadoras Nacionais, ver Tabela 60 - Produtos Turísticos Vendidos por Municípios. Os vôos são fretados e a duração é de 14 dias. Esses turistas chegam à Natal, permanecem na cidade de 4 a 5 dias, realizam passeios à Genipabu (passeio de buggy sobre as dunas) e à Praia de Pipa/Tibau do Sul, onde permanecem de 2 a 3 dias. No restante dos dias eles viajam para o interior do Rio Grande do Norte para ver o potencial arqueológico existente principalmente em Apodi (Lajedo de Soledade), para a Paraíba (Vale dos Dinossauros), para o Piauí (Parque Nacional de 7 Cidades) e Ceará (Apodi, São Rafael e Seridó).

Os pacotes nacionais normalmente têm a duração de 7/ 8 dias. O principal destino é a cidade de Natal, seguida da praia de Pipa localizada no município de Tibau do Sul. Em todos esses pacotes estão incluídos passeios em Genipabu (Extremoz).

As informações a seguir apresentadas tratam de renda e gasto médios dos visitantes. Tabela 79 Valores de Gasto e Renda Médios por Pessoa na Grande Natal

GASTO E RENDA MÉDIOS POR PESSOA NA GRANDE NATAL

1996 1997 1998 1999*

Gasto médio (em US$) 76,83 40,96 39,43 31,96

Renda média (em US$) 2.693,89 2.015,89 1.980,07 2.046,75

Fonte: BOH e FNRH. SETUR – RN

*Obs: Informações referentes à 1999 foram excluídas por apresentarem apenas referências ao mês de Janeiro.

Um fato a ser observado é de que o turismo tornou-se mais acessível a pessoas com menor renda, sendo o gasto médio dessas pessoas menor. É sabido também, que variações bruscas na economia do país, afetam muito a comparação destes índices de um ano para o outro, e até de um mês específico para o outro.

O gasto médio individual apresentou-se decrescente no período analisado, com US$ 76,83 em 1996; US$ 40,96 em 1997; US$ 39,43 em 1998 e US$ 31,96 em 1999. A renda média dos visitantes também decresceu, o que pode justificar a queda no gasto médio por pessoa, embora tenha aumentado o tempo de permanência (4,5 dias em 1996; 7,5 em 1997; e 7 em 1998).

Tabela 80 Composição Gastos Familiares

COMPOSIÇÃO DO GASTO PERCENTUAL

Com Transporte 25,05

Com Hospedagem 6,47

Com Alimentação 25,21

Com Lembranças/Suvenirs 15,35

Com Outros Gastos 27,92

Total 100,00

Fonte: FIPE 1998

Na composição dos Gastos Familiares os componentes transporte e alimentação são os que mais se destacam, com 25,05% e 25,21%, respectivamente.

A seguir são apresentadas as receitas globais geradas com o turismo, de acordo com a Secretaria de Turismo - SETUR.

Tabela 81 Receita Global Gerada com o Turismo na Grande Natal.

MESES

Receita Global (em 1.000,00 US$)

1995 1996 1997 1998

Valor % Valor % Valor % Valor %

Jan 23.189 11.4 11.640 7.2 27.521 12.5 32.692 12.4 Fev 16.306 8.0 14.713 9.0 17.544 8.0 18.540 7.0 Mar 17.280 8.5 12.512 7.7 17.565 8.0 19.228 7.3 Abr 15.787 7.8 10.628 6.5 14.264 6.5 16.921 6.4 Mai 12.425 6.1 9.438 5.8 13.231 6.0 17.112 6.5 Jun 11.893 5.8 12.889 7.9 13.058 5.9 14.357 5.4 Jul 20.103 9.9 16.755 10.3 21.089 9.6 25.692 9.7 Ago 13.870 6.8 10.305 6.3 17.392 8.0 21.692 8.2 Set 16.713 8.2 12.452 7.7 16.590 7.5 22.602 8.6 Out 19.496 9.6 14.510 8.9 19.208 8.7 26.314 10.0 Nov 14.256 7.0 17.553 10.8 20.098 9.1 22.259 8.4 Dez 22.106 10.9 19.343 11.9 22.531 10.2 26.568 10.1 Total 203.424 100.0 162.738 100.0 220.091 100.0 263.977 100.0

A Receita Turística Total apresenta-se crescente, atingindo a marca de US$ 264 milhões, representando um crescimento de 74,3% em relação a 1996 e de 19% em relação a 1997. A participação de receita turística proveniente dos estrangeiros no ano de 2000 foi de 16,11% em relação aos brasileiros 16,11%, na Grande Natal.

Tabela 82 Receita Turística Total - Brasileiros e Estrangeiros, RN. 2000. (em US$ 1000,00)

DISCRIMINAÇÃO RECEITA GRANDE NATAL % DEMAIS MUNICÍPIOS RECEITA % RIO GRANDE DO NORTE RECEITA %

BRASILEIROS 283.199 83,89 8.769 88,16 291.968 84,01

ESTRANGEIROS 54.385 16,11 1.178 11,84 55.564 15,99

TOTAL 337.585 100,0 9.947 100,0 347.532 100,0

FONTE: SETUR-RN

Conclusão

O gasto médio individual apresentou-se decrescente nos últimos anos, com US$ 76,83 em 1996; US$ 40,96 em 1997; US$ 39,43 em 1998 e US$ 31,96 em 1999. A renda média dos visitantes também decresceu, o que pode justificar a queda no gasto médio, embora tenha aumentado o tempo de permanência (4,5 dias em 1996; 7,5 em 1997; e 7 em 1998).

A Receita Turística Total apresenta-se crescente, atingindo US$ 264 milhões, representando um crescimento de 74,3% em relação a 1996 e de 19% em relação a 1997. A participação de receita turística proveniente dos estrangeiros no ano de 2000 foi de 16,11% em relação aos brasileiros na Grande Natal.

Assim, torna-se ser importante possibilitar o aumento da demanda turística qualificada, atraindo-se receitas adicionais e preparar os municípios para que possam participar ganhando novos empreendedores, novos investimentos, proporcionando condições de emprego para a população local.

3.12 INVESTIMENTOS DO SETOR PRIVADO

A implantação da Rota do Sol, principalmente nos trechos correspondentes aos municípios de Parnamirim, Nísia Floresta e Tibau do Sul, atraiu empreendedores, que construíram pequenos hotéis e pousadas nas praias desses municípios e edifícios de apartamentos em Parnamirim.

Os equipamentos turísticos implantados, na sua maioria, são de pequenos e médios empreendimentos. Os de maior porte estão localizados em Natal e estão previstos outros de grande porte em Senador Georgino Avelino e em Extremoz.

Com informações obtidas na Secretaria Estadual de Turismo - SETUR são apresentadas as indicações do interesse da iniciativa privada em investir em novos equipamentos turísticos na área do Pólo Costa das Dunas. Foi claramente evidenciada a atratividade do Rio Grande do Norte para novos investimentos. Além das várias obras em andamento em Natal e em Tibau do Sul destacadamente, são identificadas aquelas que são ampliações/ modernizações de construções existentes e os investimentos que estão em fase de projeto ou em planejamento.

Tabela 83 Interesse da Iniciativa Privada em Investir em Empreendimentos Turísticos

MUNICÍPIO/

EMPREENDIMENTO U$ (mil) VALOR SITUAÇÃO

INTERESSE INVESTIR

LICENÇA LP/ LI PRAZO

CURTO MÉDIO LONGO

Ceará-Mirim – Resort Muriú 120.000,00 Em execução sim -- -- Sim

Extremoz - Complexo Pitangui 180.000,00 Iinício da obras jan/2002 sim Sim Sim Sim

Natal – Hotel 12.000,00 Recém construído -- -- -- Sim

Natal – Hotel 1.100,00 Recém construído -- -- -- Sim

Natal - Bar/cervejaria 1.000,00 Em execução sim -- -- Sim

Natal – Hotel 10.000,00 Em execução sim -- -- Sim

Natal – Hotel 12.000,00 Projeto -- Sim --

Natal – Hotel 10.000,00 Em execução sim -- -- Sim

Natal – Hotel 8.000,00 Projeto -- Sim --

Natal – Restaurante 700,00 Em execução sim -- -- Sim

Natal – Restaurante 1.200,00 Projeto -- Sim --

Natal – Hotel 28.000,00 Projeto -- Sim --

Natal – Hotel 8.000,00 Em execução sim -- -- Sim

Natal – Hotel 4.000,00 Em execução sim -- -- Sim

Natal - Resort e Hotel 0,00 Projeto -- Sim --

Natal – Hotel 1.500,00 Em Projeto -- Sim --

Natal – Hotel 1.500,00 Em execução sim -- -- Sim

Parnamirim – Resort 12.000,00 Em execução sim -- -- Sim

Parnamirim - Complexo lazer 23.000,00 Em planejamento -- Sim --

Tibau do Sul – Hotel 100,00 Em expansão sim -- -- Sim

Tibau Sul – Pousada 230,00 Em execução sim -- -- Sim

Tibau do Sul – Hotel 1.200,00 Em projeto -- Sim --

Tibau do Sul – Hotel 1.800,00 Em execução sim -- -- Sim

Tibau do Sul – Hotel 180,00 Em projeto -- Sim --

Tibau do Sul – Hotel 100,00 Em ampliação/ moderniz sim -- -- Sim

Tibau do Sul – Hotel 800,00 Em execução sim -- -- Sim

Tibau Sul – Pousada 800,00 Em execução sim -- -- Sim

Tibau do Sul – Hotel 800,00 Em execução sim -- -- Sim

SG Avelino – Resort 150.000,00 Em planejamento -- Sim --

Total 590.010,00 -- -- -- -- -- Fonte: SETUR

A tabela seguinte apresenta os empreendimentos turísticos financiados pelo Banco do Nordeste desde 1996, perfazendo um total de aproximadamente R$ 37,00 milhões, gerando para a região um total de 558 empregos, segundo estimativa do próprio banco. Tabela 84 Empreendimentos Financiados pelo BN desde 1996 no Pólo Costa das Dunas

RAMO INVESTIMENTO TOTAL (R$) UNIDADES HABITACIONAIS EMPREGOS GERADOS

Hotel 5.964.781,01 58 5 Hotel 1.470.076,11 34 22 Hotel 15.176.190,52 190 300 Hotel 5.312.645,00 109 92 Hotel 301.869,32 12 0 Hotel 4.395.621,20 86 11 Hotel 1.298.037,09 62 15 Total 32.621.183,16 489 430 Restaurante 483.451,54 - 19 Lazer 160.008,00 - 0 Restaurante 157.550,21 - 0 Lazer 810.099,00 - 45 Lazer 468.232,00 - 11 Restaurante 192.152,35 - 0 Lazer 1.725.931,25 - 53 Total 3.997.424,35 - 128