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PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO PÓLO COSTA DAS DUNAS

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Costa das Dunas

Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

1 RESUMO EXECUTIVO DO PLANO

2 AVALIAÇÃO DO PRODETUR I - RN

3 CARACTERIZAÇÃO DO PÓLO COSTAS DAS DUNAS

3.1 Área de Planejamento

3.2 Dinâmica Socioeconômica

3.3 Infra-Estrutura

3.4 Aspectos Ambientais

3.5 Patrimônio Histórico e Cultural 3.6 Aspectos Institucionais

3.7 Atrações e Produtos Turísticos 3.8 Setor Privado

3.9 Oferta Turística

3.10 Demanda Turística Atual 3.11 Gasto Turístico

3.12 Investimentos do Setor Privado 3.13 Emprego Turístico 4 ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO 4.1 Ações Estratégicas 4.2 Metas e Objetivos 4.3 Conclusão 5 PROJEÇÃO DA EVOLUÇÃO

5.1 Estimação do Fluxo no Pólo Costa das Dunas 5.2 Cenários de Demanda Turística por Município

5.3 Previsão dos Impactos do Turismo no Meio Ambiente 5.4 Mecanismo de Revisão do Plano

5.5 Conclusão

6 PLANO DE AÇÃO

6.1 Ações por Município

6.2 Justificativas das Ações Previstas 6.3 Impactos Esperados

7 DIMENSIONAMENTO DOS INVESTIMENTOS

8 PRIORIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

10 EQUIPE TÉCNICA

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 Investimentos do PRODETUR I – Rio Grande do Norte 0 Tabela 2 Outros Investimentos Realizados pelo Estado na Área de Planejamento 0 Tabela 3 Investimentos Totais no Período 1995 – 2.000 – Pólo Costa das Dunas - RN 0 Tabela 4 Fluxo Total Aeroporto Augusto Severo – 1994/1999 0 Tabela 5 Fluxo Total Aeroporto Augusto Severo – 1994/1999 0 Tabela 6 Indicadores de Benefícios – Costa das Dunas/ RN, 1995/ 2000. 0

Tabela 7 Municípios Considerados no PDTIS 0

Tabela 8 Rio Grande do Norte. Produto Interno Bruto – 1995/1998 0

Tabela 9 Perfil Demográfico por Município. 0

Tabela 10 Projeções das Populações dos Municípios da Área de Planejamento 0 Tabela 11 Área, Densidade Demográfica, Grau de Urbanização e Taxa de

Crescimento Anual. RN – 2000

0 Tabela 12 Índice de Desenvolvimento Humano. Rio Grande do Norte – 1991 0

Tabela 13 Índices de Saúde nos Municípios do Pólo. RN 0

Tabela 14 Leitos Existentes Rede Hospitalar do SUS. 1999 0

Tabela 15 RN. Pessoas Ocupadas, segundo Posição no Trabalho Principal - 1995/ 1999. 0 Tabela 16 RN. Pessoas por Condição de Atividade, segundo Grupo de Idade. 1995/99 0 Tabela 17 RN. Distribuição Pessoas Economicamente Ativas, por Sexo e Idade. 1995/99 0 Tabela 18 Rio Grande do Norte. Distribuição das Pessoas Economicamente Ativas, por

Situação do Domicílio, segundo os Grupos de Idade. 1995/1999

0 Tabela 19 PRODETUR I – RN. Investimentos em Infra-estrutura, por Município. 0 Tabela 20 Outros Investimentos Realizados pelo Estado, por Município. 0 Tabela 21 Situação Geral dos Sistemas de Água e Esgotos dos Municípios do Pólo 0 Tabela 22 Investimentos Previstos em Sistemas de Abastecimento de Água nos

Municípios do Pólo Costa das Dunas Abrangidos pelo PRODETUR I 0 Tabela 23 Estimativas Percentuais de Atendimento pelos Sistemas de Abastecimento

de Água e de Esgotamento Sanitário para os Anos de 2005, 2010 e 2015. 0

Tabela 24 Áreas com Problemas de Saneamento Ambiental 0

Tabela 25 Avaliação do Componente Saneamento – PRODETUR I 0 Tabela 26 Ocorrência de Situações Impróprias quanto a Balneabilidade 0 Tabela 27 Investimentos Previstos em Esgotamento Sanitário no Pólo Costa das Dunas 0

Tabela 28 Áreas com Problemas de Saneamento Ambiental 0

Tabela 29 Áreas com Problemas de Saneamento Ambiental 0

Tabela 30 Avaliação do Componente Transportes – PRODETUR I 0 Tabela 31 Contagem Volumétrica de Tráfego Rodovias do PRODETUR I 0

Tabela 32 Avaliação do Componente Aeroporto – PRODETUR I 0

Tabela 33 Sistema de Drenagem por Município 0

Tabela 34 Áreas com Problemas de Saneamento Ambiental 0

Tabela 35 Número de consumidores nos municípios do Pólo das Dunas 0

Tabela 36 Caracterização do Consumo de Energia no Estado 0

Tabela 37 PRODETUR I – RN. Investimentos em Recuperação Ambiental. 0

Tabela 38 Avaliação do Componente Ambiental – PRODETUR I 0

Tabela 39 Comparativo 0

Tabela 40 Comparativo - Prescrições Urbanísticas e Planos Diretores e Lei de

Zoneamento Ecológico 0

Tabela 41 Unidade de Conservação – Parque Estadual das Dunas Natal 0 Tabela 42 Unidade de Conservação – APA Bonfim/ Guaraíras – Tibau do Sul, Arês e

Nísia Floresta. 0

Tabela 43 Unidade de Conservação – APA de Genipabu – Extremoz 0 Tabela 44 Unidade de Conservação – Área de Proteção Ambiental APA dos Recifes

de Corais - Maxaranguape

0 Tabela 45 Unidades de Conservação – APA das Dunas do Morro do Careca - Natal 0 Tabela 46 Unidades de Conservação – APA de Jacumã e APA das Lagoas das Traíras,

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4 Tabela 47 Áreas Ambientalmente Frágeis / Degradadas – Ações/ Justificativas 0 Tabela 48 PRODETUR I – RN. Investimentos em Desenvolvimento Institucional. 0 Tabela 49 Avaliação do Componente Desenvolvimento Institucional – PRODETUR I 0 Tabela 50 Capacidade de Gestão dos Municípios do Pólo Costa das Dunas

Tabela 51 Receita e Despesa. Valor do Fundo de Participação, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – 1999.

Tabela 52 Capacidade Fiscal dos Municípios. Ano 1999

Tabela 53 Avaliação da Situação Atual da Unidade Executora. Síntese dos Problemas Tabela 54 Avaliação da Situação Atual da Unidade Executora – Síntese das Soluções

Tabela 55 Síntese do Conselho de Turismo 139

Tabela 56 Produtos e Atrativos Turísticos – Municípios da Área de Planejamento Tabela 57 Ranking das Cidades Turísticas Nordestinas Mais Procuradas

Tabela 58 Mercado Turístico Potiguar

Tabela 59 Produtos Turísticos Vendidos – Por Município

Tabela 60 Participação da Sociedade nas Atividades Turísticas Tabela 61 Evolução da Capacidade de Meios de Hospedagem Tabela 62 Número de UH's em Relação ao Pólo. 2000

Tabela 63 Capacidade e Localização Meios Hospedagem. Pólo Costa das Dunas Tabela 64 Número de MH's com Capacidade para Atender ao Turista, por Município. Tabela 65 Capacidade dos Meios de Hospedagem

Tabela 66 Evolução dos Domicílios Residenciais nas Praias – 1991/ 1996 Tabela 67 Outros Tipos de Meio de Hospedagem – Costa das Dunas Tabela 68 Equipamentos Alimentação com Capacidade p/ Atender Turista Tabela 69 Especialidade da Cozinha

Tabela 70 Formas de Atendimento ao Público

Tabela 71 Agências de Viagem, Locadoras e Entretenimentos, por Município. Tabela 72 Principais Serviços Receptivos

Tabela 73 Frota de Veículos

Tabela 74 Fluxo Mensal Entrada de Hóspedes Registrados nos Meios de Hospedagem Tabela 75 Classificação do Turista segundo Faixa Etária

Tabela 76 Acompanhantes dos Turistas Tabela 77 Qualidade dos Serviços Turísticos

Tabela 78 Composição do Dispêndio Médio por Turista

Tabela 79 Valores de Gasto e Renda Médios por Pessoa na Grande Natal Tabela 80 Composição dos Gastos Familiares

Tabela 81 Receita Global Gerada com o Turismo na Grande Natal. Tabela 82 Receita Turística Total - Brasileiros e Estrangeiros, RN. 2000.

Tabela 83 Interesse da Iniciativa Privada em Investir em Empreendimentos Turísticos Tabela 84 Empreendimentos Financiados pelo BN desde 1996 - Pólo Costa das Dunas Tabela 85 Empregos Gerados com os Meios de Hospedagem

Tabela 86 Empregos Gerados com os Equipamentos de Alimentação Tabela 87 Empregos Gerados com as Agências de Viagens. Percentual Tabela 88 Empregos Gerados com os Equipamentos de Locadoras

Tabela 89 Quesitos p/ Avaliação dos Pontos Fortes e Fracos, Oportunidades e Riscos. Tabela 90 Fluxo Global de Turistas na Grande Natal

Tabela 91 Fluxo de Turistas Esperados na Grande Natal - Análise de Regressão Tabela 92 Evolução da Capacidade de Meios de Hospedagem

Tabela 93 Distribuição da Demanda. Cenários por Município.

Tabela 94 Demanda Nacional e Internacional. Cenário Provável e Indicativo de Sensibilidade. 2000 – 2015

Tabela 95 Costa das Dunas. Perfil Desejado para o Turista

Tabela 96 Costa das Dunas. Impactos Socioeconômicos Previstos Tabela 97 Componente 1 - Fortalecimento Municipal

Tabela 98 Componente 2 – Planejamento, Capacitação e Infra-Estrutura. Tabela 99 Investimentos Previstos. Administração e Supervisão

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5 Tabela 100 Investimentos Previstos. Componente 1 – Fortalecimento Municipal

Tabela 101 Investimentos Previstos. Componente 2 – Planejamento, Capacitação, Infra-Estrutura.

Tabela 102 Investimentos Previstos. Componente 3 – Promoção Investimento Privado Tabela 103 Investimentos Previstos - Outros Custos

Tabela 104 Investimentos Previstos – Custos Financeiros Tabela 105 Investimentos Previstos PRODETUR/RN II – Geral

Tabela 106 Cronograma de Investimentos Previstos PRODETUR II/RN – Administração e Supervisão

Tabela 107 Cronograma Investimentos PRODETUR II/RN – Custos Diretos – Componente 1 – Fortalecimento Municipal

Tabela 108 Cronograma Investimentos PRODETUR II/RN – Custos Diretos – Componente 2 – Planejamento, Capacitação Infra-Estrutura.

Tabela 109 Cronograma Investimentos PRODETUR II/RN – Custos Diretos – Componente 3 – Promoção de Investimento Privado

Tabela 110 Cronograma Investimentos PRODETUR II/RN – Outros Custos Tabela 111 Cronograma Investimentos PRODETUR II/RN – Custos Financeiros Tabela 112 Cronograma Investimentos PRODETUR II/RN – Geral

Anexo A - SOCIOECONOMIA

Tabela A1 Rio Grande do Norte. Participação das Atividades Econômicas no PIB - 1985/98

Tabela A2 Rio Grande do Norte: Municípios Selecionados, Número de Empresas com CGC Atuantes - 1995

Tabela A3 Rio Grande do Norte: Municípios Selecionados, Total de Pessoas Ocupadas em Unidades Locais - 1995

Tabela A4 RN. Municípios Selecionados, Total de Pessoas Ocupadas em Unidades Locais e Estabelecimentos Agropecuários - 1995 Tabela A5 Receita Arrecadada por Município

Tabela A6 Despesas dos Municípios e do Estado

Tabela A7 RN. Municípios Selecionados, Domicílios Particulares Permanentes com Saneamento Básico Inadequado

Tabela A8 RN. Municípios Selecionados. Pessoas Ocupadas, por Setor de Atividade, segundo Municípios Selecionados.

Tabela A9 RN. Municípios Selecionados. Chefes de Domicílios Particulares, por Classe de Renda e Renda Per Capita, segundo Municípios

Selecionados e Situação Urbana. 1991

Tabela A10 RN. Renda Média dos Chefes de Domicílios Particulares por Sexo, segundo Municípios Selecionados e Situação Urbana. 1991 Tabela A11 RN. Pessoas de 10 Anos ou Mais de Idade, por Classes de

Rendimento Nominal Médio Mensal, segundo Municípios Selecionados. 1991

Anexo B – MEIO AMBIENTE

Tabela B1 Unidades de Conservação Estadual Costeiras Tabela B2 Formações Vegetais

Tabela B3 Recursos Hídricos

Anexo C – CAPACIDADE DE GESTÃO

Tabela C1 Capacidade de Gestão do Município de Ceará Mirim Tabela C2 Capacidade de Gestão do Município de Extremoz Tabela C3 Capacidade de Gestão do Município de Natal

Tabela C4 Capacidade de Gestão do Município de Nísia Floresta Tabela C5 Capacidade de Gestão do Município de Parnamirim Tabela C6 Capacidade de Gestão do Município de Tibau do Su

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Crescimento Real do PIB nos Estados do Nordeste 1985 - 1997 Gráfico 2 Crescimento Real do PIB nas UF no Plano Real 1994 - 1997 Gráfico 3 Crescimento Percentual do PIB no RN 1985 - 1997

Gráfico 4 Participação dos Setores Econômicos no PIB do RN 1997

Gráfico 5 Pessoas segundo Classes de Rendimento Médio Mensal 1995- 1999 Gráfico 6 Fluxo Mensal Hóspedes registrados Meios Hospedagem de 95 a 1998 Gráfico 7 Principais Estados Emissores de Turistas

Gráfico 8 Principais Países Emissores de Turistas

Gráfico 9 Principais Motivos da Viagem de Turistas Brasileiros Gráfico 10 Principais Motivos da Viagem de Turistas Estrangeiros Gráfico 11 Tempo de Permanência de Turistas Estrangeiros Gráfico 12 Tempo de Permanência de Turistas Brasileiros Gráfico 13 Classificação dos Turistas segundo Faixa Etária Gráfico 14 Classificação dos Turistas segundo Acompanhantes Gráfico 15 Grau de Instrução

Gráfico 16 Renda Mensal Familiar (em Reais) Gráfico 17 Classe Socioeconômica

Gráfico 18 Parcela da Renda Familiar (em %) Gasta em Média com Turismo Gráfico 19 Tipo de Viagem

Gráfico 20 Motivo da Viagem de Lazer Gráfico 21 Motivo da Viagem de Não Lazer

Gráfico 22 Principais Fatores que Influíram na Decisão de Viajar

Gráfico 23 Meio de Comunicação que Influenciou a Decisão de Viajar Gráfico 24 Meio de Transporte Utilizado

Gráfico 25 Organização da Viagem (utilização de agência) Gráfico 26 Serviços Utilizados da Agência de Viagens Gráfico 27 Utilização e Meio de Hospedagem

ÍNDICE DE MAPAS

Mapa 1 Intervenções PRODETUR I Mapa 2 Pólo Costa das Dunas Mapa 3 População

Mapa 4 Taxa de Crescimento Anual 1996/ 2000 Mapa 5 Densidade Demográfica (hab/ km2) Mapa 6 Grau de Urbanização

Mapa 7 Índice de Desenvolvimento Humano Mapa 8 Taxa de Mortalidade Infantil

Mapa 9 Rodovias PRODETUR

Mapa 10 Macro Zoneamento do Litoral Oriental do Rio Grande do Norte Mapa 11 Zoneamento Ecológico – Econômico do Litoral Oriental Mapa 12 Condicionantes Ambientais versus Atrativos Turísticos Mapa 13 Principais Praias e Atrativos Turísticos

Mapa 14 Meios de Hospedagem Mapa 15 Intervenções PRODETUR II

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABAV Associação Brasileira de Agentes de Viagem ABBT Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo ABIH/RN Associação Brasileira das Industrias de Hotéis do RN ABRAJET/RN Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Turismo ABRASEL/RN Associação Brasileira de Entretenimento e Lazer – ABRASEL AMHT/RN Associação dos Meios de Hospedagem e Turismo

BB Banco do Brasil S/A

BID Banco Interamericano de Desenvolvimento

BIRD Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial)

BN Banco do Nordeste S/A

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CAERN Companhia de Saneamento do Rio Grande do Norte

CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

CDL Câmara dos Diretores Lojistas

CEF Caixa Econômica Federal

CEFET Centro Federal de Educação Tecnológica do RN CHESF Companhia Hidrelétrica do São Francisco

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CODERN Companhia Docas do Rio Grande do Norte

CODEVASF Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONETUR Conselho Estadual de Turismo

COOHOTUR Cooperativa de Desenvolvimento da Atividade Hoteleira e Turística

DAFA Digestor Anaeróbico de Fluxo Ascendente

DER Departamento de Estradas de Rodagem

DNAEE Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica

DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

DNOCS Departamento Nacional de Obras Contra as Secas

DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral

EIA/RIMA Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto Ambiental ELETROBRAS Centrais Elétricas Brasileiras SA.

EMATER Empresa de Assistência Técnica Rural

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRATUR Instituto Brasileiro de Turismo

ETA Estação de Tratamento de Água

EMPROTURN Divisão de Treinamento e Recursos Humanos ETFRN Escola Técnica do Rio Grande do Norte

FACEX Faculdade para Executivos

FAERN Federação da Agricultura

FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador

FNMA Fundo Nacional do Meio ambiente

FNS Fundação Nacional de Saúde

GERCO Gerenciamento Costeiro

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEMA Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do RN INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

INFRAERO Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

MET Ministério do Esporte e Turismo

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8 MICT Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo

OMT Organização Mundial de Turismo

PAPP Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural PETROBRAS Petróleo Brasileiro SA.

PDRH Plano Diretor de Recursos Hídricos

PGC Plano de Gerenciamento Costeiro

PMN Prefeitura Municipal do Natal

PNMT Programa Nacional de Municipalização do Turismo - PNMT

PPA Plano Pluri-Anual

PROÁGUA Subprograma de Recursos Hídricos para o Semi-árido Brasileiro PRÓ-SERTÃO Projeto de Apoio às Famílias de Baixa Renda da Região Semi-árida PRODETUR/ NE Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste

REBIO Reserva Biológica

RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural SEAS Secretaria Estadual de Ação Social

SEBRAE/RN Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do RN SENAC/RN Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SEPLAN Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças SETUR Secretaria Estadual de Turismo

SHRBS Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares SIN Secretaria de Estado da Infra-estrutura

SINDETUR Sindicato das Empresas de Turismo do RN

SINE/RN Serviço Nacional do Emprego

SINGETUR Sindicato dos Guias de Turismo

SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

SRH Superintendência de Recursos Hídricos

SUDENE Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste

UEE Unidade Executora Estadual

UFRN Universidade Federal do RN

UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Criança

UnP Universidade Potiguar

UPGN Unidade Produtora de Gás Natural

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APRESENTAÇÃO

A primeira fase do Programa de Ação Para o Desenvolvimento do Turismo do Nordeste – PRODETUR/NE foi caracterizada por investimentos em infra-estrutura de serviços públicos, notadamente nas áreas de acessos rodoviários e aeroportos, causando um significativo impacto nas regiões beneficiadas.

A segunda fase do Programa, o PRODETUR/NE II, tem como objetivo dar continuidade às ações e aos projetos desenvolvidos na fase anterior, de forma a proporcionar a melhoria da qualidade de vida da população fixa das áreas beneficiadas, viabilizando seu acesso aos serviços urbanos e aos postos de trabalho, possibilitando a melhoria das condições ambientais e garantindo segurança aos investidores.

Para alcançar esses objetivos a segunda etapa do PRODETUR dará ênfase às ações que gerem renda turística. Parte desta renda deverá ser revertida aos governos municipais, para que estes tenham condições de fazer uma boa gestão em benefício da população permanente, garantindo a sustentabilidade da atividade turística no Município.

Este documento, elaborado em estrita consonância com os Termos de Referência fornecidos pelo Banco do Nordeste, apresenta as principais considerações sobre os investimentos realizados no PRODETUR I, seus impactos positivos e negativos na região, um diagnóstico da situação atual e propostas das ações a serem contempladas no âmbito do PRODETUR II, por município da Área de Planejamento, pertencente ao Pólo Costa das Dunas do Estado do Rio Grande do Norte.

Os resultados obtidos neste Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS do Pólo Costa das Dunas do Estado do Rio Grande do Norte foram frutos de um planejamento sistêmico desenvolvido pela Empresa TECHNUM CONSULTORIA LTDA. Foram envolvidos nesse planejamento: o Governo do Estado, as Prefeituras Municipais do Pólo, a Iniciativa Privada, o Terceiro Setor, o Ministério do Esporte e Turismo, o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e o Banco do Nordeste, com o objetivo de quando implementado, venha a promover a melhoria da qualidade de vida da população local e o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental da região a partir da promoção qualitativa da atividade turística.

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RESUMO EXECUTIVO DO PLANO

O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do Pólo Costa das Dunas, no Estado do Rio Grande do Norte, define e prioriza as ações e investimentos necessários à consolidação do turismo na região. Em sua primeira parte é apresentada uma avaliação dos resultados do PRODETUR I, as conseqüências positivas e negativas. Em seguida, uma apresentação do Pólo Costa das Dunas, seus aspectos estruturais, sua dinâmica de crescimento, condicionantes, fragilidades e potencialidades, os objetivos do planejamento, a estratégia de desenvolvimento turístico adotada, e conclui com a identificação das ações necessárias ao desenvolvimento e consolidação da atividade na região.

O Plano fundamenta-se nos resultados obtidos a partir dos investimentos realizados pelo Governo do Estado na área de abrangência do Pólo, com ênfase nos resultados específicos da primeira etapa do PRODETUR, a fim de identificar-se ações que venham completar e complementar os investimentos que foram objeto da 1a fase do programa. Neste sentido, são definidos, segundo orientação do Banco do Nordeste/ BID, os seguintes conceitos:

Ações a serem completadas são aquelas que, embora previstas no âmbito do PRODETUR/NE I, não foram finalizadas ou executadas nos municípios, mas que continuam sendo necessárias a sustentabilidade da atividade turística no Pólo.  Ações a serem complementadas são aquelas identificadas como prioritárias, em

função dos resultados e impactos do PRODETUR/NE I no Pólo.

Tanto as ações a serem completadas, como àquelas a serem complementadas devem ser consideradas no âmbito dos componentes identificados para o PRODETUR/NE II. Os recursos do PRODETUR I para o Estado do Rio Grande do Norte foram da ordem de US$ 41.870.822,00, mais os custos financeiros. Com a conclusão das intervenções previstas nessa primeira etapa, observou-se um crescimento da atividade turística, traduzidos pela elevação do número de empreendimentos turísticos, pela evolução do fluxo de turistas na região, inclusive extrapolando os limites físicos da área beneficiada, produzindo-se resultados econômicos e sociais demonstrados pela evolução dos números de empregos e receitas geradas após a implantação das ações previstas.

Na primeira fase do PRODETUR-RN a Unidade Executora foi a Secretaria de Estado da Infra-estrutura - SIN por meio da Unidade Executora Estadual - UEE, que foi a responsável pela administração/ execução do Programa, enquanto que a Secretaria de Turismo foi a responsável pela estratégica/ política do Programa.

Os resultados positivos obtidos com ações do PRODETUR I e com outros investimentos do Governo na infra-estrutura turística da região são facilmente observados pelas alterações ocorridas nas estatísticas dos últimos 5 anos, a começar pelo crescimento da participação da atividade turística no PIB do Estado cuja contribuição passou de 3,5% em 1995 para 6,1% em 1998 e pelo incremento do fluxo turístico na região, que em 1995 foi de 590 mil turistas, passando para quase 1 milhão de visitantes no ano 2000.

O crescimento da oferta hoteleira, duplicada nos últimos cinco anos, aliada ao aumento contínuo do fluxo de turistas, tem criado expectativas de desenvolvimento baseado nas atividades da cadeia produtiva do turismo.

Outro exemplo significativo que confirma o sucesso das ações do PRODETUR I é o movimento no aeroporto Augusto Severo, principal portão de entrada do Estado. Em 1994 teve um movimento de 514.544 passageiros e no ano de 1999 passou para 839.261 passageiros, em função de suas melhorias físicas e do trabalho exaustivo feito pelo Estado

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11 na captação de vôos charters internacionais. Em 1995 o aeroporto contava apenas com 1 vôo semanal, Milão/Natal, e no ano 2000 passou para 8 vôos charters semanais.

Esta segunda fase do PRODETUR/NE visa, em primeiro lugar, a melhoria da qualidade de vida da população fixa nas áreas beneficiadas pela primeira etapa do Programa, avaliada a partir do incremento de postos de trabalho, do aumento da acessibilidade da população aos serviços urbanos e da melhoria dos índices das condições ambientais. Neste sentido, para a elaboração deste PDITS foram analisados e avaliados Planos, Estudos e Projetos já realizados, completando-se as informações necessárias para a montagem dos cenários cujo objetivo é a avaliação das ações já realizadas e previstas. Pode-se afirmar que, em resumo, o estudo revela todo um cenário de crescimento do setor, mas retrata também deficiências, seja pela falta de conscientização da população fixa e falta de capacitação profissional dos empregadores e empregados, seja pela ausência de uma estrutura mais dinâmica de marketing para a região, ou ainda pela falta de capacidade de gestão dos municípios beneficiados.

Se por um lado os investimentos realizados pelo Programa proporcionaram a geração de oportunidades de emprego, com o surgimento de novos negócios, por outro lado, o mesmo crescimento acentuou a fragilidade do poder público municipal quanto a sua capacidade de atendimento das demandas por infra-estrutura básica e serviços públicos de sua responsabilidade diante do crescimento da atividade nos últimos anos.

Ficou também demonstrado que, mesmo tendo sido beneficiado com os Planos Diretores Municipais, acessos seguros e confortáveis aos principais pontos turísticos, o poder público local ainda necessita de grande apoio para poder conseguir atender satisfatoriamente ao crescimento pretendido e planejado, necessitando passar por um processo de reestruturação administrativa que possa assegurar o controle do uso do solo, a preservação do meio ambiente e a gestão dos recursos públicos de forma a transferir para a população local os benefícios gerados com o crescimento da arrecadação fiscal decorrente dos novos investimentos privados.

Área de Planejamento

O PDITS compreende a caracterização dos aspectos socioeconômicos dos municípios pertencentes ao Pólo Costa das Dunas, dando ênfase para a Área de Planejamento, composta pelos municípios de Arês, Ceará-Mirim, Extremoz, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Senador Georgino Avelino e Tibau do Sul.

A Área de Planejamento abrange uma superfície de 1979,8 Km², que equivale a 26,61% da área do Pólo e 3,71% do território estadual e abrigava, em 2000, uma população de 1.025.391 habitantes, ou seja, 37,01% da população norte-rio-grandense.

Dinâmica socioeconômica

O dinamismo do processo de crescimento da população urbana é observado principalmente nos municípios vizinhos a Natal, já que este não dispõe mais de área para sua expansão. Parnamirim vem apresentando uma taxa de crescimento anual de 10%, bem como os Municípios de São Gonçalo do Amarante (5,10% a/a) e Extremoz (4,49% a/a), que apresentam taxas duas vezes maiores que o crescimento médio da região. O total de pessoas inseridas no mercado de trabalho formal é de cerca de 226.296. Dentre os municípios destacam-se Natal, Parnamirim, Arês e Ceará-Mirim.

Natal tem no setor de serviços sua base econômica, com um comércio em crescimento. A infra-estrutura de transportes é satisfatória, com um porto em expansão, por onde escoa a maior parte da produção; o aeroporto, ampliado com o apoio do PRODETUR I, triplicou sua capacidade de fluxo, e um sistema rodoviário e viário urbano também ampliado, criando condições ideais para o desenvolvimento das atividades econômicas.

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12 As más condições de moradia aliadas às reduzidas taxas de esgotamento sanitário se refletem nos indicadores de saúde da população. Algumas localidades conjugam uma elevada taxa de mortalidade infantil e um baixo índice de desenvolvimento humano, caracterizando uma baixa qualidade de vida. Por outro lado, os indicadores de saúde da capital encontram-se melhores que a média da Região Nordeste, demonstrando uma tendência ascendente como resposta aos investimentos dos últimos anos.

A qualificação profissional da grande maioria dos trabalhadores ainda é deficiente, necessitando-se preparar a mão-de-obra, principalmente para as atividades da cadeia produtiva do turismo, que certamente será o setor que terá capacidade em curto prazo de melhorar as condições econômicas e sociais da população residente.

Infra-estrutura

Muitos domicílios do pólo dispõem de poço artesiano para o abastecimento de água em função do baixo custo de manutenção e boa qualidade da água do aqüífero. A média de domicílios do PRODETUR I nesta situação é de 21,8%; em relação à Área de Planejamento o percentual é de 24% e o Pólo apresenta 30,1% dos domicílios. Porém, atualmente, já se observa em poços de abastecimento de Natal a ocorrência de nitratos, em concentração superior à permitida pela legislação. A presença dessa substância indica a contaminação dos aqüíferos pelos efluentes das fossas sépticas, solução adotada por cerca de 70% da população. Verifica-se, também, o elevado índice de urbanização atingido pela capital, que pode prejudicar a recarga dos aqüíferos com a impermeabilização de áreas.

O índice médio de abastecimento dos municípios incluídos no PRODETUR I apresenta-se bastante elevado, da ordem de 99%. Para os demais municípios do Pólo, esse índice passa para 92%. Verifica-se que, na grande maioria dos municípios do Pólo, os sistemas de produção possuem uma disponibilidade razoável, o que é um indicativo de que os sistemas podem suprir demandas de água eventuais decorrentes dos acréscimos populacionais. Ressalta-se que, de um modo geral, os sistemas de abastecimento estão trabalhando com um alto índice de perda, com valores entre 30 a 50%.Contrapondo-se à situação dos municípios, alguns núcleos urbanos apresentam deficiência em seus sistemas de abastecimento de água, a exemplo das localidades de Cotovelo, Pipa, Genipabu, Pirangi, Pium, Parnamirim, Extremoz e Senador Georgino Avelino. Localidades onde se esperam os maiores crescimentos populacionais devido à implantação de empreendimentos turísticos.

No que se refere ao sistema de esgotamento sanitário, a situação que já é bastante precária atualmente, deve se agravar com o acréscimo populacional e a falta de investimentos em saneamento. A ausência desse serviço atinge 85,6% do total dos domicílios da região, o que significa que 805.420 pessoas estão vulneráveis a doenças infecto-parasitárias, em grande parte responsáveis pela manutenção das altas taxas de mortalidade infantil.

A população vem adotando soluções individuais, do tipo fossa-sumidouro, para disposição final dos dejetos sanitários. Essa solução tem sido adotada também para edifícios, dada a inexistência da rede coletora em Natal. Embora a ocorrência de solos com alta permeabilidade favoreça essa solução, a infiltração dos efluentes das fossas sépticas vem provocando gradativa contaminação dos aqüíferos subterrâneos.

A coleta de lixo é inadequada. Do total dos 202.602 domicílios de interesse, 50.309 não possuem uma coleta adequada. A situação menos favorável encontra-se no município de Extremoz com 80,2%.

A estrutura rodoviária encontra-se satisfatória, faltando a complementação em algumas áreas de grande potencial ou que estão sendo beneficiadas com a implantação de

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13 grandes equipamentos turísticos, tais como: Muriú (Ceará-Mirim), Pitangui (Extremoz) e Malembá (Senador Georgino Avelino).

Verifica-se que algumas praias já possuem uma boa condição de acessibilidade rodoviária. Alguns trechos foram implantados com recursos do PRODETUR I com a finalidade de melhorar a estrutura viária da região e aumentar o seu potencial turístico. No entanto, há a necessidade da complementação da malha viária do Litoral Potiguar (Rota do Sol), na região do entorno da Lagoa de Guaraíras em Nísia Floresta/ Arês, em pequenos trechos interligando RN 061/RN 003 - Arês/ Piau/ Estivas; Barretas/ Senador Georgino Avelino; Tibau do Sul/ Pipa; o Anel Viário de Pipa e o acostamento Tibau do Sul/ Goianinha. A implantação desses trechos irá resolver questões de fluxo de veículos, de segurança e problemas ambientais.

O Aeroporto encontra-se localizado no município de Parnamirim, distando 16 km do centro de Natal e 11 km de Ponta Negra, com acesso próximo às rodovias 101 e BR-304. Prevê-se atingir a capacidade de operação de 1,5 milhões de passageiros/ano, em 2010, o que corresponde a um acréscimo de 83% em relação ao antigo aeroporto. Estima-se que hoje o movimento é de 1,0 milhão de passageiros/ano.

Com a crescente expansão urbana da região, o percentual de áreas impermeabilizadas tem aumentado significativamente, assim como está sendo aumentado o volume de escoamento de águas superficiais devido à redução das áreas de infiltração. Dessa forma, as galerias de drenagem e bacias de infiltração existentes estão ficando sub-dimensionadas, provocando enchentes e inundações, e as conseqüentes situações de risco de doenças endêmicas e perdas econômicas para a população.

A rede de drenagem existente em Natal abrange cerca de 10% da cidade. Os sistemas de águas pluviais de alguns bairros estão sub-dimensionados, provocando freqüentes enchentes e inundações. Várias localidades necessitam de sistemas de drenagem devido às características topográficas e à urbanização que está ocorrendo.

Aspectos Ambientais

Os municípios do Litoral apresentam uma grande homogeneidade quanto aos aspectos: vegetação, potencial hídrico, solos, geologia, clima, etc., bem como muito se assemelham os seus problemas ambientais, que se prendem à forma inadequada de manejo dos seus resíduos sólidos, saneamento ambiental, considerando que os esgotos domésticos não são convenientemente tratados.

O problema dos recursos hídricos está assentado na sua degradação e poluição. A ação degradadora do homem desmatando, principalmente, as matas ciliaress, acumulando e usando descontroladamente a água e lançando impurezas nos mananciais, causa problemas na qualidade da água verificados atualmente.

Na região litorânea existem 04 unidades de conservação estaduais, sendo o Parque Estadual das Dunas e as Áreas de Proteção Ambiental – APAs do Complexo Lagunar Guaraíras/Bonfim, de Genipabu e dos Parrachos de Maracajaú.

Os principais impactos ambientais identificados na região estão relacionados às atividades econômicas. A expansão turística, a extração de madeira, a degradação de lagoas costeiras, etc, têm ao longo dos últimos anos afetado o meio ambiente. É cada vez mais crescente a necessidade do controle do uso e ocupação do solo tendo em vista seu alto potencial turístico e imobiliário.

Patrimônio Histórico e Cultural

A Área de Planejamento possui sítios e monumentos histórico-culturais tombados nos municípios de Natal, Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante, Nísia Floresta e Arês.

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14 Natal, considerada cidade com vocação turística, é privilegiada quanto à localização e por possuir belas praias e cenários paisagísticos de deslumbrante beleza.

O Bairro da Ribeira destaca-se por sua singularidade. Situado às margens do Rio Potengi, atualmente desenvolvem-se atividades portuárias, ferroviárias, prestação de serviços, entre outros, tem sua beleza natural valorizada pelo contraste entre o espaço natural e o espaço construído. O espaço construído é composto por edifícios e monumentos de reconhecido interesse cultural, alguns tombados, em nível federal ou estadual.

A reabilitação do sítio histórico de Natal, especialmente da Ribeira, é uma preocupação da cidade, necessitando de uma especial atenção.

O município de Natal já criou dispositivos legais necessários para dar suporte à implementação das ações necessárias no referido bairro e legitimar a vontade popular de reativar a vida sócio-cultural e econômica do bairro mais antigo de Natal.

O objetivo geral do Projeto de Revitalização da Ribeira visa a recuperação do patrimônio histórico, cultural e natural com base na interpretação física, funcional e simbólica da Ribeira, de modo a promover a sua Revitalização urbanística, social, cultural, econômica e conseqüentemente melhoria da qualidade de vida da população.

Para tanto será implementado um museu histórico, na Ribeira, centrado nos fatos vinculados à aviação, à Segunda Guerra Mundial, bem como as atividades espaciais ocorridas na região, refletindo na evolução do município.

Em Ceará-Mirim os principais monumentos arquitetônicos são o mercado público, a prefeitura municipal e alguns engenhos que mantêm as suas características originais. Em Parnamirim está prevista a criação do Museu Aeronáutico de Parnamirim - TRAMPOLIM DA VITÓRIA, para que possa servir de memorial temático sobre a vocação aviatória da cidade, sempre ligada ao pioneirismo da aviação, inclusive no que ser refere ao campo de lançamento de foguetes da Barreira do Inferno, também lá situado.

Aspectos Institucionais

A avaliação da capacidade dos municípios de Ceará-Mirim, Extremoz, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim e Tibau do Sul gerenciar os fluxos turísticos teve como base a capacidade de planejar e implementar zoneamento do uso da terra; proteger e monitorar as condições ambientais; manter a segurança pública; administrar o sistema de licenciamento de atividades e edificações; fiscalizar o uso do solo e de construções; gerenciar a coleta de resíduos sólidos e disposição apropriada; prestar serviços urbanos tais como manutenção de ruas, sistema de drenagem, calçadas e iluminação pública; e promover capacitação da população para o trabalho na indústria turística.

Em relação aos aspectos fiscais, foram identificadas as fontes de receita e a composição de despesas, indicando ainda a existência/ situação dos cadastros; código e regulamento tributários. Os municípios da área de planejamento respondem por 90,5% da arrecadação total dos municíoios do Pólo.

Atrações e Produtos Turísticos

O Estado do RN tem como principal recurso de atividade turística o meio natural. Com ecossistemas de grande biodiversidade e de extrema fragilidade ambiental. Os impactos causados pela atividade turística podem vir a comprometer a integridade dos recursos disponíveis, caso essas atividades sejam desenvolvidas de forma desordenada.

O Pólo corresponde à região que possui o maior fluxo turístico do Estado, devido às praias de Pipa, Pirangi, Genipabu, Pitangui, Jacumã e Muriú, à grande beleza das falésias cobertas com vegetação, aos remanescentes de Mata Atlântica, às dunas, aos mangues, aos parrachos, aos rios e às áreas propícias para esportes radicais. Outros

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15 aspectos significativos são praias selvagens de grande beleza que preservam suas condições ambientais originais e o conjunto de patrimônio histórico-cultural.

Os dados existentes referentes ao turismo no Estado atestam que na área do Pólo está localizada a maior parte dos equipamentos e serviços que são oferecidos aos turistas. Natal disputa com as demais capitais nordestinas o mercado turístico do segmento sol e mar. Seu diferencial está na diversificação dos produtos complementArês e na beleza ímpar de seu litoral. Oferece uma série de passeios com duração de 1 a 2 dias.

Estima-se que 90% dos visitantes que chegam à Natal através de operadora faz algum roteiro turístico. Tratam-se de roteiros de alta potencialidade e diversidade, porém, a infra-estrutura oferecida nos locais ainda é pequena, o que se reflete nos gastos médios dos turistas.

Setor Privado

Os segmentos que atuam no turismo estão razoavelmente organizados. O fórum para tratar dos diversos assuntos turísticos é o Conselho Estadual de Turismo - CONETUR. Todas as ações da Secretaria Estadual de Turismo – SETUR, principalmente na área de marketing, são definidas pelo CONETUR e acompanhadas mensalmente pelos representantes do trade, que tem participado de todos os eventos.

O perfil do empresário do setor de turismo e hospitalidade de Natal encontra-se numa fase de transição. A área de hospedagem, que era originalmente constituída por empresários locais do ramo da construção civil, atualmente tem atraído redes nacionais e internacionais e empresários de outros estados com maior grau de especialização e profissionalização na condução dos empreendimentos.

O empresáriado de Ceará-Mirim é oriundo do próprio município, possuindo pouca capacitação empresarial. São pequenos negócios que utilizam a força de trabalho da própria família. Encontra-se em fase de instalação no município dois empreendimentos de grande porte, ligados a grupos nacionais e internacionais.

O perfil do empresariado ligado ao turismo dos demais municípios da Área de Planejamento é muito semelhante ao de Ceará-Mirim. Prevalece na maioria dos empreendimentos, a ligação com empresários provenientes da construção civil.

Em Tibau do Sul vários empresários são de outros estados e países, atraídos pela oportunidade de novos negócios e qualidade de vida. Nem sempre com experiência anterior em hotelaria, mas tendo grande preocupação com a preservação ambiental. Oferta Turística

A oferta turística é constituída por todos os equipamentos que contribuem para a satisfação das necessidades dos turistas. A avaliação da qualidade dos serviços feita pelos turistas representa um forte indicativo para a necessidade de treinamento.

A evolução da capacidade dos meios de hospedagem em Natal, Tibau do Sul, Parnamirim e Extremoz foi grande nos últimos 5 anos. A oferta de UHs em Natal e Tibau do Sul se destaca das demais, o que demonstra serem duas cidades com alto poder de atração turística. Tanto Natal quanto Tibau do Sul, nesse último caso representado por Pipa, são considerados destinos turísticos, com mercados bem definidos.

A grande concentração de UHs encontra-se em Natal, representando 83,70% do total existente nos municípios participantes do PRODETUR I, ou seja, os municípios de Ceará-Mirim, Extremoz, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim e Tibau do Sul.

A partir dos anos 80, nas áreas do entorno das zonas urbanas das sedes municipais e das localidades de praia, houve um incremento de loteamentos, destinados às segundas residências. Inicia-se, dessa forma, a construção de condomínios para fins turísticos e

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16 cresce o número de casas de veraneio. Os Municípios de Extremoz, Parnamirim e Nísia Floresta apresentam o maior índice de casas de veraneio, o que implica um aumento de aproximadamente 300% da população residente no período de alta estação.

O número de hotéis e restaurantes em núcleos populacionais tem aumentado a partir da implantação da Rota do Sol. A construção de edifícios de apartamentos à beira-mar também tem crescido, resultado da pressão imobiliária e da falta de controle do poder público, por não terem sido efetivamente implementados os Planos Diretores Municipais. Dentre as praias da área de planejamento, Pium foi a que mais cresceu em número de casas de veraneios 74%, seguida de Tibau do Sul com 44,90%, Cotovelo (41,58%) e Pitangui/ Barra do Rio (26,76%). Pirangi do Sul/ Búzios também apresentaram um incremento expressivo no de casas de veraneio, 16,09% e 9,92%, respectivamente.

A qualidade dos serviços de alimentação vem melhorando, tanto pela exigência da população local que é ativamente participante, quanto pela demanda pelos turistas de atendimento de excelência e de serviços diferenciados.

Demanda Turística

Os maiores emissores de turistas para região, no período de 1995 a 1998, foram São Paulo seguido de Pernambuco. Com relação ao fluxo de turistas estrangeiros, o principal país emissor foi a Itália, seguido de Portugal. O motivo que traz estes turistas a Natal são: o Turismo “Passeio” que tem seus maiores picos nos meses de Janeiro, Julho e Dezembro e; as Viagens de Negócios, que são mais expressivas nos meses de Abril e Junho.

O turista brasileiro, que nos anos de 1995 e 1996, em maior percentual passava 01 dia na região, nos anos de 1997 e 1998 passou a ser de 04 a 07 dias. O turista estrangeiro, desde 1995, permanece na cidade de 04 a 07 dias.

Como o turismo de lazer é o principal motivo dos visitantes brasileiros, um maior número de atrativos passou a ‘prender’ os turistas mais tempo na região. Atualmente, as agências de Turismo estão comercializando pacotes com maior número de dias. Os períodos variam de 8 a 14 dias, oferecendo opções múltiplas de passeios a Genipabu e a Pipa. Devido à desvalorização da moeda nacional o gasto médio individual em dólar apresentou-se decrescente nos últimos anos, com US$ 76,83 em 1996; US$ 40,96 em 1997; US$ 39,43 em 1998 e US$ 31,96 em 1999. A renda média dos visitantes também decresceu, o que pode também justificar a queda no gasto médio, embora tenha aumentado o tempo de permanência (4,5 dias em 1996; 7,5 em 1997; e 7 em 1998).

Gasto Turístico

A Receita Turística Total apresenta-se crescente, atingindo US$ 264 milhões, representando um crescimento de 74,3% em relação a 1996 e de 19% em relação a 1997. A participação de receita turística proveniente dos estrangeiros no ano de 2000 foi de 16,11% em relação aos brasileiros, na Grande Natal.

Investimentos do Setor Privado

A implantação da Rota do Sol nos trechos localizados nos municípios de Parnamirim, Nísia Floresta e Tibau do Sul atraiu empreendedores, que construíram hotéis e pousadas nas praias e edifícios de apartamentos em Parnamirim. Os equipamentos turísticos implantados são pequeno e médio portes. Os de maior porte estão localizados em Natal, em Senador Georgino Avelino e Extremoz, estes últimos em vias de implantação.

Emprego Turístico

No Estado os meios de hospedagem são responsáveis pela geração de 25.328 empregos diretos e indiretos. Deste total, 16.821, representando 66,41%, correspondem aos empregos gerados na região da Grande Natal.

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17 Os equipamentos de alimentação são responsáveis por 27.183 empregos diretos e indiretos. Deste total, 18.777 postos de trabalho estão na Grande Natal, representando 69% do total, e 17.368 (64%) correspondem aos empregados em Natal.

As agências de viagens empregam em média 6 pessoas. O setor gera no Estado 489 empregos fixos, 106 temporários e 2.445 empregos indiretos, contribuindo para a geração de empregos e renda de 3.0440 pessoas. Na Grande Natal, a mão-de-obra fixa corresponde a 477 empregos (97,54%), os indiretos a 2.385 empregos (97,54%), a mão-de-obra temporária a 101 empregos (95,28%), perfazendo um total de 2.963 postos de trabalho (97,47%), demonstrando que esse serviço está basicamente concentrado nessa área.

As locadoras são responsáveis pela geração de 1.343 empregos diretos e indiretos. Deste total, 797 (59%) correspondem aos equipamentos de Natal e 803 postos de trabalho são gerados na Grande Natal (59,79%).

Com relação ao “Buggy Turismo”, o setor dispõe de 577 bugueiros com habilitação específica e com aproximadamente 580 buggys que são fiscalizados periodicamente. Em relação à produção de artesanato do Pólo Costa das Dunas, estimam-se que 2.540 artesãos atendem à demanda gerada pelos 1.219.144 turistas que visitam a região por ano.

Número de guias de turismo - 305 associados.

Para se desenvolver um turismo sustentável é necessária à viabilização de infra-estrutura de acesso, de saneamento, de recuperação e proteção ambiental, além de ações relativas ao fortalecimento da gestão municipal e instrumentos de uso e ocupação do solo. Para a Área de Planejamento foram estabelecidas as seguintes metas e objetivos: Centro Receptivo Principal – Natal - Dar continuidade às intervenções iniciadas no PRODETUR I em Natal, reforçando sua condição de Centro Receptivo Principal. Melhorar as condições urbanas da Via Costeira e de Ponta Negra; ampliar as condições de saneamento da cidade, com prioridade para os pontos que mais afetam as condições de meio ambiente e de saúde da população; melhorar o atendimento aos turistas; planejar a disponibilização ao turista dos atrativos e produtos turísticos existentes e potenciais, tanto naturais quanto histórico-culturais.

Estruturação dos Núcleos Turísticos - Estruturar os Municípios com potencial turístico, fiscalizando o uso e ocupação do solo, e implementando infra-estrutura de acesso e de saneamento básico, beneficiando a população residente e potencializando as condições de receptividade desses locais.

Acessibilidade Rodoviária - Complementar a implantação da rodovia Rota do Sol, proporcionando condições para aumento do fluxo, por meio de pequenos trechos ligando localidades de praias ao sistema viário existente; e implantação de circuito de navegação marítima com criação de atracadouros e urbanização de orlas.

Preservação do Meio Ambiente - Elaborar Plano de Proteção e Recuperação de Lagoas, Dunas e Mata Atlântica; elaborar o Plano de Manejo e Operação das APAs do Complexo Lagunar Guaraías/ Bonfim e de Genipabu; além de dar continuidade às ações realizadas no Parque das Dunas em Natal.

Projeção da evolução

Estima-se que entre 2001 e 2015, o número de visitantes crescerá à taxa geométrica de 4,66 a.a.

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18 Dessa forma ter-se-ão para os horizontes de 2000, 2005, 2010 e 2015, os seguintes fluxos de turistas: 970.848; 1.219.144; 1.530.940; 1.921.380, respectivamente.

Em 2000, Natal possuía 7.604 UH’s, no correspondente a 83,70% das UH’s existentes nos municípios do PRODETUR 1 e a 80,62% das existentes no Pólo. Essa enorme concentração faz com que o turista que visita o Estado use os meios de hospedagem da capital e se desloque em passeios de até um dia para o Litoral.

Em relação à taxa de ocupação, trabalha-se com a hipótese de taxa média de 60% no período 2.001 a 2010 e de 65% no período 2011 a 2015.

Os objetivos previstos são:

 Faixa Etária: manter a mesma faixa etária do turista atual.  Local de origem: atrair maior volume de turistas estrangeiros.

 Dispêndio médio do turista em geral: de U$ 25,00/ turista/ dia para US$ 30,00 até 2.010, atingindo US$ 35,00 em 2.015.

 Dispêndio médio do turista em hotel: estimado em U$ 35,00/ turista em hotel/ dia para US$ 40,00 até 2.005, US$ 45,00 até 2010, e US$ 45,00 em 2.015.

 Tempo de Permanência Média/ Modo de Hospedagem: manter o tempo de permanência do turista em hotel e em geral por todo o período, aumentando, porém, o percentual daqueles que se hospedam em hotéis e pousadas.

Plano de Ação

O papel do poder público é o de conciliar o desenvolvimento do turismo com a proteção ambiental e a melhoria da qualidade de vida da população residente, por meio da articulação e integração das seguintes estratégias inseridas nos componentes do PRODETUR II: Fortalecimento da Capacidade Municipal de Gestão do Turismo; Planejamento Estratégico, Treinamento e Infra-Estrutura para o Crescimento Turístico e; Promoção de Investimentos do Setor Privado.

Fortalecimento da Capacidade Municipal de Gestão do Turismo busca desenvolver a capacidade dos Municípios e seus habitantes para conservar suas atrações turísticas e melhorar a prestação de serviços necessários ao desenvolvimento turístico. Estão previstos investimentos de US$ 11.108,00 mil.

Planejamento Estratégico, Treinamento e Infra-Estrutura para o Crescimento Turístico visa assegurar a capacidade de planejamento, treinamento e desenvolvimento de infra-estrutura turística por parte do Estado. Estão previstos investimentos de US$ 40.370,00 mil. Promoção de Investimentos do Setor Privado visa financiar as seguintes atividades: seminários e oficinas de trabalho para treinamento de proprietários de pequenas e micro empresas de turismo, líderes de organizações não governamentais que operam, especialmente, nas áreas de certificação, controle de qualidade, gestão e promoção turísticas e serviços de consultoria para a elaboração de planos de promoção e comercialização turísticas e campanhas para captação de investimentos privados. Estão previstos investimentos de US$ 3.225,00 mil.

Os investimentos necessários para a consolidação das intervenções previstas no Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do Pólo Costa das Dunas no Estado do Rio Grande do Norte, no âmbito do PRODETUR II, perfazem um total de U$ 64.508,00 mil.

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AVALIAÇÃO DO PRODETUR I - RN

A estratégia turística do Estado do Rio Grande do Norte em 1993, quando da elaboração da proposta inicial do PRODETUR-RN I, previa ampliar o fluxo turístico do Estado de 587.318 turistas para 1.650.000 em 2002, elevar o PIB per capita de US$ 1.738 para US$ 2.100 em 2002, através da implantação de um programa básico de infra-estrutura notadamente voltado para a área de transportes.

O Prodetur I - RN foi instrumento indutor de desenvolvimento socioeconômico da área costeira do Estado do Rio Grande do Norte com aplicação de recursos nos seguintes componentes:

 Saneamento Básico (esgoto);

 Implantação de Centro de Visitação do Parque das Dunas em Natal.  Desenvolvimento Institucional;

 Melhoramento do Aeroporto de Natal; e  Melhoramento de Estradas.

Os investimentos realizados foram de US$ 41.870.822,00, tendo sido aplicados conforme apresentado na Tabela abaixo.

Ressalta-se que neste montante de recursos não estão computados os custos financeiros do Programa.

Tabela 1 Investimentos do PRODETUR I – Rio Grande do Norte

COMPONENTE/AÇÃO LOCAL VALOR US$ PERCENTUAL DO TOTAL %

Saneamento Básico – Esgoto Natal 5.675.623 13,56

Recuperação Ambiental – Plano de Manejo

e Operações do Parque das Dunas Natal 1.457.676 3,48

Desenvolvimento Institucional Órgãos Estaduais e Municipais 1.989.135 4,75

Aeroporto Parnamirim 24.219.490 57,84

Transportes Natal, Parnamirim, Extremoz,

Ceará-Mirim, Nísia Floresta e Tibau do Sul. 8.528.898 20,37

TOTAL GERAL 41.870.822 100,00

Os investimentos em saneamento básico e proteção do meio ambiente beneficiaram a Via Costeira e o bairro de Ponta Negra com a implantação, segundo o projeto, de obras de esgotamento sanitário, drenagem, pavimentação (32 ruas, totalizando 7.000 metros) e urbanização da orla (3.000 metros). Nestas áreas encontra-se localizado o parque hoteleiro da capital do Estado, assim como o Parque Estadual das Dunas, beneficiado com a implantação do Centro de Visitantes.

Os investimentos em Desenvolvimento Institucional direcionaram-se à elaboração de estudos e fortalecimento institucional dos órgãos envolvidos com o programa. Destacam-se a reestruturação da Sub-Destacam-secretaria de Turismo e da Coordenadoria do Meio Ambiente. Nesta última incluiram-se o Diagnóstico e Macrozoneamento Ambiental do Estado. Foram ainda adquiridos equipamentos para o DER (informática), para a SETUR (informática) e para a CAERN (aquisição de hidrômetros).

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20 O componente de transportes absorveu 78,11% dos investimentos no Estado, concentrando-se na ampliação e modernização do aeroporto Augusto Severo, implantação e melhoramento de rodovias no litoral de maior fluxo turístico do Estado, perfazendo um total 102,64 quilômetros, conforme dados da tabela 30.

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte já havia despertado para a importância da atividade turística na região do litoral do Estado, a partir dos anos 80, quando vários pequenos empreendimentos hoteleiros começaram a compor a paisagem das inúmeras praias da região, principalmente nos municípios de Tibau do Sul, Extremoz e Parnamirim, mesmo diante da total falta de infra-estrutura de serviços públicos.

Buscando-se ir ao encontro desta importante atividade, vários investimentos públicos foram realizados, podendo-se destacar as ações indicadas na Tabela seguinte.

Tabela 2 Outros Investimentos Realizados pelo Estado na Área de Planejamento

COMPONENTE/AÇÃO LOCAL VALOR US$

Saneamento Básico* Natal 12.341.868

Meio Ambiente*** Vários Municípios 2.462.794

Transportes** Natal, Extremoz, Ceará-Mirim, Nísia Floresta, Arês e Senador

Georgino Avelino. 44.247.270

TOTAL GERAL 59.051.932

Fontes: * Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte - CAERN ** Departamento de Estradas e Rodagem do Rio Grande do Norte *** Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do RN

Dólar de Conversão: US$ 1,00 = R$ 1,30 (os investimentos foram realizados entre 1995 e 2000)

É importante destacar que o Estado investiu tanto nos municípios pertencentes à Área de Planejamento, quanto na região do litoral leste, chegando até Touros, proporcionando o desenvolvimento da atividade turística e impactando positivamente toda a região do Pólo Costa das Dunas.

A implantação do trecho da Rodovia BR 101 Natal/Touros, passando por municípios da Área de Planejamento (Natal, Ceará-Mirim e Extremoz), foi viabilizada em 1998, quando o programa PRODETUR-RN, estava em pleno processo de implementação, o que proporcionou, junto com os demais investimentos que aconteceram simultaneamente, como a implantação da Rota do Sol, no litoral Sul, um grande impulso na atividade turística em toda a região.

É importante ressaltar que o processo de desenvolvimento da atividade turística nos municípios beneficiados com os investimentos realizados pelo Governo, apenas começou, visto que se proporcionou basicamente acesso a lugares antes inacessíveis, formados por populações geralmente muito pobres e sem o devido preparo para se integrar à outra atividade diferente da pesca.

As descobertas dos novos atrativos turísticos trouxeram novos investidores privados, mas trouxeram também a ameaça sobre o meio ambiente frágil da região, levando o Estado a criar Áreas de Proteção Ambiental e a iniciar um processo de educação da população por meio de vários programas e atividades do IDEMA, órgão ambiental do Estado, bem como a própria Secretaria de Estado do Turismo – SETUR, por intermédio do PNMT.

Todo este cenário veio favorecer a criação do Conselho do Pólo Costa das Dunas que passou a ser o grande instrumento capaz de viabilizar e atender as necessidades de todos os atores envolvidos com o processo, visto que os problemas passaram a ser comuns entre as diferentes comunidades, dependentes financeiramente de esferas de

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21 governo mais capazes, com ações estruturantes fundamentais à consolidação da atividade turística na região.

No momento em que se elabora o Plano de Desenvolvimento de Turismo Integrado do Pólo Costa das Dunas, cujo conceito básico trata de ações que venham a completar e complementar as atividades realizadas pelo poder público nas áreas impactadas pelo PRODETUR I, é evidente que haverá toda uma expectativa das populações beneficiadas, indiferentemente se esses recursos vieram do BID ou de qualquer Ministério, de forma que o Governo do Estado se propõem a dar continuidade ao processo de desenvolvimento econômico e social de toda a região impactada pelos investimentos que provocaram o início deste processo, envolvendo-se todos os municípios beneficiados com investimentos públicos, no sentido de proporcionar um crescimento equilibrado, harmônico e sustentável.

Como foi exposto anteriormente, além dos investimentos provenientes do PRODETUR, o Estado investiu em infra-estrutura básica e acessos em outros municípios pertencentes ao Pólo Costa das Dunas, ampliando os impactos positivos no Pólo e fortalecendo o desenvolvimento da atividade turística em outros municípios que àqueles objetos do PRODETUR I.

Tabela 3 - Investimentos Totais no Período 1995 – 2.000 – Pólo Costa das Dunas - RN

FONTE VALOR U$

VALOR GERADO PARA CADA DÓLAR INVESTIDO NO PRODETUR

PRODETUR I 41.870.822 -

Outros Investimentos realizados pelo ESTADO* 59.051.932 1,41

Financiamentos BANCO DO NORDESTE para INICIATIVA PRIVADA** 3.074.941 0,07

Investimentos da Iniciativa Privada*** 184.930.000 4,42

TOTAL 288.927.695 5,90

* Relacionado a Área de Planejamento nos Componentes de Infra-Estrutura e Meio Ambiente ** Informação do Banco do Nordeste para o Período 1995/ 2.000.

*** Fonte SETUR

Resultado dos investimentos do PRODETUR I e de Outros Programas do Estado

Os resultados até agora alcançados são bastante favoráveis, com grandes possibilidades de se atingir as metas programadas, especialmente com relação ao crescimento do PIB per capita que já em 1998 atingiu os US$ 2.607, superando-se as expectativas.

A atividade turística na região do Pólo Costa das Dunas passou a ser a que mais cresce e a que mais atrai investimentos privados, criando-se um clima de ânimo e de esperanças para a grande maioria da população local, que até bem pouco tempo vivia mergulhada nas limitações das atividades de subsistência, sem perspectivas de crescimento econômico e social.

Os resultados positivos obtidos com as ações do PRODETUR I e com os diversos outros investimentos do Governo em infra-estrutura turística da região são facilmente observados nas alterações ocorridas nas estatísticas nos últimos anos, conforme Tabela 6. Destaca-se o crescimento da participação da atividade turística no PIB do Estado que passou de 3,5% em 1995 para 6,1% em 2000. O incremento do fluxo turístico no período 1995/2000 foi de 56%. O movimento no aeroporto Augusto Severo, principal portão de

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22 entrada turística do Estado, cresceu em 47% em função das melhorias físicas e do trabalho exaustivo feito pelo Estado na captação dos vôos charters internacionais. Deste percentual, deve-se ressaltar o crescimento da participação do turista estrangeiro, resultado de uma ação intensiva de marketing, promovida pelo governo do Estado em países da Europa, ou seja, Itália, Portugal, Suécia, Dinamarca, Inglaterra e Espanha, e em países da América do Sul, como o Chile e Argentina, conforme detalhado nas Tabelas 4 e 5. Em 1995 este aeroporto contava apenas com um vôo semanal, Milão/Natal, e no ano 2000 passou para 8 vôos charters semanais, conforme se pode observar nas tabelas 4 e 5.

Tabela 4 Fluxo Total Aeroporto Augusto Severo – 1994/1999

AEROPORTO AUGUSTO SEVERO

Ano Fluxo Total (embarque+desembarque)

1995 610.844 1996 530.057 1997 601.322 1998 782.685 1999 839.261 2000 899.363 Variação 2000/1995 47% Fonte: INFRAERO

Tabela 5 Número de Vôos Internacionais para o Destino Natal - RN

ORIGEM OPERADORA FREQUÊNCIA OBSERVAÇÃO

Milão (Itália) Dimensione semanal Charter

Roma (Itália) Abreu semanal Charter

Lisboa (Portugal) Tap 2 vezes por semana Regular

Estocolmo (Suécia) Frits Semanal Charter

Copenhagen (Dinamarca) Escandinavian Semanal Charter

Oslo (Dinamarca) Scandinavian Semanal Charter

Amsterdam (Holanda) Scandinavian Semanal Charter

Santiago (Chile) Varig Diário Regular

Buenos Aires (Argentina) Varig/Transbrasil 3 vezes por semana Regular

Londres (Inglaterra) Unijet Semanal Início 2003

Barcelona (Espanha) Club Vacaciones Semanal Início 2003

Madri (Espanha) Club Vacaciones Semanal Regular

Fonte: SETUR

Uma análise sobre a evolução da receita turística (Tabela 6) frente a receita fiscal dos municípios integrantes do PRODETUR/NE-I (Tabela A-5 do Anexo A), demonstra uma correlação positiva e resultados expressivos, com a receita turística crescendo a uma taxa geométrica de 7,3% ao ano, no período 1995-2000, e a arrecadação tributária à taxa de 31,1% ao ano para o período 1994-1999. Neste último, a arrecadação total nestes municípios evoluiu a uma taxa geométrica de 32,5% ao ano.

Com relação aos investimentos do setor privado que começaram a acontecer mais recentemente (existe dificuldade de se obter estatísticas atuais), podem ser verificados no grande número de financiamentos em carteira nos bancos de desenvolvimento, bem como, em relação às consultas feitas diariamente à SETUR sobre as possibilidades de investimentos na região, demonstrando o interesse que o setor privado tem em investir na área. Fato que levou o Estado a produzir recentemente, em parceria com o Banco do Nordeste e o SEBRAE, um manual de orientação ao investidor na área do Turismo para atender esta demanda.

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Tabela 6 Indicadores de Benefícios – Costa das Dunas/ RN, 1995 / 2000

COMPONENTE UNIDADE 1995 2.000 CRESCIMENTO (%) FLUXO TURÍSTICO (1995/ 2000) Turistas/ Ano 588.383 917.676 56

Turistas em hotel/ Ano 295.269 349.159 18

FLUXO TOTAL DE PASSAGEIROS

AEROPORTO (1995/2000) Passageiros Embarcados e Desembarcados 610.844 899.363 47

NO VÔOS INTERNACIONAIS NO de Vôos Charters/ Semana 1 8 700

OFERTA MEIOS DE HOSPEDAGEM Unidades Habitacionais 4.803 9.085 89

EMPREGOS GERADOS NA HOTELARIA

Número Empregos Diretos * 4.227 7.995 89

Número Empregos Indiretos** 12.681 23.985 89

RECEITA TURÍSTICA Dólar 203.424.000 288.067.000 42

RENDA TURÍSTICA*** Dólares 283.488.623 493.228.605 74

PIB DO RN*** Dólares 8.199.980.000 8.032.300.000 - 2

PARTICIPAÇÃO DA RENDA

TURÍSTICA SOBRE O PIB Percentual 3,5 % 6,1 % --

*Setor Turismo: 0,88 emprego direto/ UH (Fonte Banco do Nordeste); **Setor Turismo 3 empregos indiretos para cada emprego direto gerado.

*** Foram utilizados dados de 1996 e 1998, por não se ter disponível para os anos de 1995 e 2000.

Empregando-se o índice adotado pelo Banco do Nordeste, 0,88 emprego direto para cada Unidade Habitacional, estima-se o número total de empregos diretos ligados à atividade turística na região: 4.227 postos em 1995 e 7.995 em 2000, representando um crescimento de 89,14%.

Especificamente quanto à implantação dos projetos do PRODETUR I o componente saneamento viabilizou a melhoria significativa da balneabilidade das praias da Via Costeira e de Ponta Negra, valorização imobiliária e melhoria da qualidade paisagística e ambiental da área, beneficiando 29.400 pessoas, conforme dados de projeto. No entanto, permanece a necessidade de estender este componente para outras áreas de importância turística da cidade de Natal e recuperar passivos ambientais, como é o caso da degradação na área da Estação de Tratamento de Esgoto de Ponta Negra.

A implantação do Centro de Visitantes do Parque Estadual das Dunas revitalizou uma área coberta por Mata Atlântica, criando condições para atividades de educação ambiental e ecoturismo, dando a população local uma alternativa de lazer, e permitindo a implementação de ações de conservação deste importante patrimônio. A implantação de novos equipamentos e ações operacionais consolidarão suas atividades. O Fortalecimento Institucional dos órgãos envolvidos não logrou os resultados esperados em função de algumas ações propostas conflitarem, naquela ocasião, com a reestruturação em curso no Estado. Já a aquisição de equipamentos para os órgãos contribuiu significativamente para o desempenho de suas atividades, notadamente a implantação de hidrômetros pela CAERN que permitiu melhorar o nível de arrecadação da empresa.

O componente transportes foi totalmente executado e seus impactos sobre o fluxo turístico já foram mencionados. No entanto, alguns passivos ambientais, principalmente no que diz respeito a rodovias, necessitam de correções.

É importante ressaltar que os investimentos públicos deverão continuar para que haja a devida confiança por parte da iniciativa privada em desempenhar o seu papel de gerador de oportunidades de emprego e renda. O governo, por sua vez, necessita demonstrar maturidade, conhecimento e clareza naquilo que planeja e executa, fechando a cadeia do processo de desenvolvimento sustentável.

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MAPA 1 - INVESTIMENTOS PRODETUR I

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