expressao do
aspecto positivo de um remanescente santo, salvo do
julgamento escatologico ou com uma expressao de um remanescente
2 A. Dulles (The Bible in Modern Scholarship, p. 215) afirmou corretamente que
"(oda suposta teologia biblica hoje em dia esta tao contaminada com 0pensamento contemporaneo individualista, existencial ou hist6rico que sua base biblica torna-
se suspei(a". A esse respeito, Karl Barth eRudolf Bultmann foram muitas vezes
acusados de encontrar grande numero de suas pr6prias ideias filos6ficas favoritas nasEscrituras.
...
insignificante e sem importancia do povo eleito de Deus_2a Por outr~
lado, uma exegese atenta, esclarecida e bem fundada tera sempre a capacidade de analisar com olho critico a teologia do AT_
Vem bem a proposito agora 0 lembrete de H.-J. Kraus de que "uma das quest6es mais dificeis que confrontam a teologia biblica hoje e a do ponto de partida, do significado e da func;:ao da pesquisa historico-critica" .3Von Rad, mais perspicaz do que seus predecesso-
res que elaboraram teologias do AT neste seculo, compreendeu que o te610go da Biblia nao pode se guiar por um "minimo irrefutavel" se ele procura compreender "os profundos niveis da experiencia histori- ca que a pesquisa historico-critica
e
incapaz de sondar". 40
motivo daincapacidade desse metodo de son dar todos os niveis da experiencia hist6rica, i.e., a unidade intima de ocorrencia e significado baseada na irrup.;ao da transcendencia na Hist6ria como a realidade final que o texto biblico testifica, esta em sua limitac;:ao para estudar a Hist6ria,
devido as suas pressuposiC;:6es.
o
metodo hist6rico-critico, originado no lluminismo,5 ve a Historiacomo um sistema fechado, como uma serie continua de causas e efeitos onde nao ha lugar para transcendencia.6 "0 historiador nao pode pressupor uma intcrvenc;:ao sobrenatural na relac;:ao de causa para fund amen tar seu trabalho. "7
2a Veia a monografia do autor: The Remmant. The History and Theology of the Rl'mnallt Idea from Genesis to Isaiah (2." ed.; Andrews University Monographs. V; Berrien Springs. Mich., 1975). p.173-37!.
3 Kraus. DieBiblisc/n TheoloRie. p. 363: d. ap. 377. A este respeito Childs (Biblical
Theology ill Crisis. p. 141e s.) escreveu: "0 metodo hist6rico-critico e improprio para se estudar a Biblia como as Escrituras da 19reja, porque nao parte do contexto
exigido ... Quando encaradas no contexto do canon, as questoes do que 0texto de- notava e0quedenota ficam inseparavelmente ligadas e sao objeto da interpreta,ao da Biblia como Escritura. Na medida em que 0emprego do metodo critico ergue
uma cortina deferro entre 0passado e0presente, ele
e
impr6prio para se estudar a Biblia como Escritura da 19reja." Com rela~1i.oa
impropriedade do metodo hist6rico-critico, tendo em vista a busca do Jesus hist6rico, veja G. E. Ladd, "The Search for Perspective" ,Interpretation, 26 (1971), p. 41-62.4 TAT, I,p. 120;d.OTT, I,p. 108.
5 Isto precisa ser perfeitamente entendido, para que nao se confunda as questoes.
Ebeling, Word and Faith, p. 42: "0 metodo critico e hist6rico originou-se na revo-
lus_ao intelectual dos tempos modernos." Sobre todo esse aspecto, veja U.Wi1ckens,
"Uher dieBedeutung historischer Kritik in der modern en Bibelexegese", Was heisst Auslegung der Heiligen Schrift? (Regensburg, 1966), p. 85-133. E. Reisner apre- senta suacrltica da suficiencia dometodo hist6rico-critico para a pes qui sa teol6gica
em "Hermeneutik und historische Vernunff', ZThK, 49 (1952), p. 223-238, e E. Kasemann sua defesa em "Vom theologischen Recht historisch-kritischer Exege-
se", ZThK. 64 (196'1), p. 259-281; Der Ruf der Freiheit (3." ed.; Munchen, 1968).
6 OTT, Ii, p. 418: "Para Israel. a hist6ria consiste apenas na auto-revela~1i.o deJave por palavras e atos. Seria inevitavel que este ponto, mais cedo ou mais tarde, entrasse em conflito com aperspectiva modern a da Hist6ria, pois esta considera perfeitamente possivel montar-se urn quadro de hist6ria sem incluir Deus. Pelo seu prisma, e muito dificil admitir aexistencia de atividade divina na Hist6ria. Deus nao tern lugar inerente nesse esquema."
7 R. W. Funk, "The Hermeneutical Problem and Historical Criticism", The New Hermeneutic, ed. J.M. Robir,son eJ. B.Cobb. Jr. (New York, 1964). p.185.
Da mesma forma, deve ser possivel explicar eventos hist6ricos por meio de causas historic as antecedentes, alem de serem entendidos atraves de analogia com outras experiencias hist6ricas. 0 metodo, que se gaba de seu carater e objetividade cientificos, torna-se vitima das proprias pressuposic;:6es dogmaticas epremissas filos6ficas acerca da natureza da Hist6ria. C. E. Braaten ve 0 problema da seguinte
forma: "0 historiador normalmente comec;:a afirmando a objetividade exclusiva de sua pesquisa, sem pressuposic;:6es, e termina introduzin- do sub-repticiamente um conjunto de pressuposic;:6es cujas raizes estao fortemente implantadas num Weltanschauung anticristao. "8
Uma teologia biblica cuja apreciac;:ao da hist6ria se baseia numa serie continua de causas e efeitos nao pode fazer justic;:a a perspectiva biblica de historia e revelac;:aonem
a
reivindicac;:ao de veracidade das Escrituras.9 Von Rad veio a reconhecer que "um metodo historico-critico aplicado uniformemente pode realmente [nao] fazer justic;:a a
reivindicac;:ao de veracidade da escritura do
AT".1O
0 que se precisasalientar enfaticamente e que existe uma dimensao transcendente ou divina, na hist6ria biblica, que 0metodo hist6rico-critico e incapaz
de manipular. "Se todos os eventos hist6ricos precisam, por defini-
c;:ao,ser esclarecidos por meio de causas historicas suficientes, entao nao ha lugar para os atos de Deus na Hist6ria, pois Deus nao e um
personagem historico. "11 Quando se encara a Hist6ria de tal forma
que nao se reconhece nela uma intervenc;:ao divina, atraves de atos e
palavras, entao nao se pode manusear adequada e corretamente 0
testemunho da Escritura. Somos, portanto, levados a concluir que a crise referente
a
Historia, na teologia biblica, nao e tanto uma conseqiiencia do estudo cientifico das provas, mas, sim, da deficien-cia do metodo historico-critico de lidar com 0 papel da transcenden-
cia na Hist6ria, devido as suas pressuposic;:6es filos6ficas acerca da natureza desta.12 Se a realidade do texto biblico testifica uma
dimensao supra-hist6rica, que transcende as limitac;:6es impostas pelo metodo historico-critico, entao e necessario que se empregue um
metodo que verifique essa dimensao e seja capaz de sondar todas as camadas da experiencia hist6rica ede lidar adequada e corretamente com a reivindicac;:ao da veracidade da Escritura. 13
8 C. E. Braaten, "Revelation, History, and Faith inMartin Kiihler", em M. Kiihler,
The So-called Historical Jesus and theHistoric Biblical Christ (FiladeIfia, 1964), p.22.
9 Wallace, ThZ, 19 (1963), p. 90;d. 1.Barr, "Revelation through History inthe OT
and in Modem Theology", Interpretation, 17(1963), p. 201es.
10 OTT, II,p. 417.
11 Ladd, Interpretation, 26(1971), p.50.
12 Von Rad, TAT, II,p. 9: "0 metodo hist6rico nos expoe somente urn asp~cto do fenomeno multiestratificado da Hist6ria. justamente aquele que nao diz nada sobre arela~1i.oentre aHist6ria e Deus."
13 Von Rad, TAT, !,p. 120; OTT, I,p. 108. Osswald, Wissenschaftliche Zeitschnft
•
Afirmamos que o·metodo mais adequado para a teologia biblicadeve ser tanto hist6rico quanto teol6gico desde 0 principio, Presume- se, por demais vezes, que a exegese tem a func;:ao historico-critica de esc1arecer 0 significado de textos individuais e que a teologia biblica
tem a func;:ao de reunir esses aspectos isolados num todo teologico,
a saber, num processo seqiiencial. H.
-J,
Kraus rec1ama, com justic;:a,um "processo biblico-teol6gico de interpretac;:ao" em que a exegese siga a linha biblico-teologica des de 0 principio, 14 Se acrescentarmos a esse aspecto que um metodo adequado e propicio de pesquisa do texto biblico precisa levar em considerac;:ao a realidade de Deus e sua irrupc;:ao na Historial5 - pelo fato de 0 texto biblico testificar a dimensao transcendente da realidade historical6 - entao formamos uma base para que as interpretac;:6es hist6rica e teol6gica possam an dar lade a lado desde 0 principio, sem precisarem ser separadas artificialmente por processos seqiienciais.17 Desta forma, e possivel
"voltar" ao mundo do escritor biblico, vencendo-se a distancia temporal e cultural, e procurar entender em termos hist6ricos e teol6gicos 0 que 0 texto quis dizer. Entao torna-se possivel exprimir com mais precisao e maior amplitude 0 significado do texto, para 0 homem moderno, em sua conjuntura historica.
Este procedimento metodol6gico nao procura fugir
a
historia, para beneficiar a teologia. 0 te610go da Biblia que trabalha com um metodo tanto hist6rico quanto teol6gico, reconhece plenamente anao sepode fazer qualquer afirma,ao acerca de Deus, pois a ciencia objetiva da
Hist6ria nao conduz auma verdadeira expressao teol6gica. 0 processo racional de conhecimento da Hist6ria permanece limitado Iidimensao espacial etemporal. .."
14 DieBib/ische Theologie, p.377.
15 Floyd V.Filson tambem defende este ponto em "How I Interpret the Bible", Inter-
pretation, 4 (1950)' p. 186: "Trabalho com aconvic,ao deque 0{mico metodo de estudo realmente objetivo leva em conta a realidade de Deus e sua atua~ao, alem dofato deque qualquer outro ponto de vista esta carregado depressuposic;oes, que,
defato, incluem uma nega,ao implicita de toda afe crista, mesmo que sutilmente."
16 Uma das pressuposi~oes do metodo hist6rico-critico
e
a aplicac;ao constante doprincipio da analogia. E. Troltsch escreveu: "A critica do metodo hist6rico-critico s6 e possivel com a aplica~ao da analogia ... A onipotencia da analogia, contudo,
implica a identidade, em principio, de todos eventos hist6ricos" (citac;ao de von Rad, OTT, I,p. 107). Von Rad afirma em TAT, II, p. 9, que 0curso da Hist6ria
delineado pelo metodo hist6rico-critico tambem "e hist6ria interpretada em termos
de pressuposi~oes hist6rico-filos6ficas, 0que nao permite qualquer identifica~ao
da atua~ao deDeus na Hist6ria, porque 0homem apenas e considerado 0criador da Hist6ria". Mildenberger, GOlles Tat im Wort, p. 31, n. 37, concorda com von Rad e acrescenta que a critica hist6rica "pressupoe uma rela~1i.ofechada de reali- dade que nao admite causas 'sobrenaturais'''.
17 Von Rad, TAT, II, p. 12,fez a seguinte observa,ao acerca desse ponto: "A inter- preta~1i.oteol6gica detextos do AT, na verdade, nao seinicia quando 0exegeta -
perito em critica literaria ehist6ria (ou numa ou na outra!) - cumpre sua tarefa, como se dispusesse de dois processos exegeticos: primeiramente urn hist6rico- critico edepois urn 'teoI6gico'. Uma interpreta~ao teol6gica que procura extrair do
texto uma dec1ara~ao acerca de Deus atua desde 0principio no processo de com-
relatividade da objetividade humana.IH Por isso, ele tem consciencia
de que nao pode permitir nunc a que sua fe 0 leve a modernizar seus
objetos de pesquisa em termos da tradic;:ao e da conformidade da fe em que se apoia. Ele deve inquirir 0 texto biblico nos termos deste;
ele permite que sua tradic;:ao e0conteudo de sua fe sejam desafiados,
orientados, avivados e enriquecidos pelas suas descobertas. Reconhe- ce, ainda, que uma perspectiva exc1usivamente filol6gica, lingiiistica e historica nunca e suficiente para desvendar 0 significadc completo.
integral, de um texto hist6rico. Pode-se empregar todos os instrumen-
tos exegeticos que a pesquisa historica, lingiiistica e filol6gica permite sem nunca se chegar ao amago da questao, a nao ser que se reconl'lec;:a a experiencia essencial dos escritores da Biblia, a saber, fe_ Sem isso, nunca se chegara a um reconhecimento da realidade integral expressa no testemunho biblico. Nao queremos fazer da f€: um metodo nem pretendemos desconsiderar que os livros biblicos - documentos do pass ado que sao - precisam ser traduzidos 0 mais objetivamente possivel, atraves do emprego ponderado dos respectivos metodos adequados deinterpretac;:ao. 0 que queremos dizer e que a interpreta- c;:aoda Escritura deve tornar-se parte de nossa experiencia, como 0 deveria toda interpretac;:ao. 19A interpretac;:ao historico- teol6gica deve
estar a servic;:o da fe, se pretende sondar todas as camadas da experiencia historica e penetrar no significado integral do texto e na realidade nele expressa. Precisamos, portanto, afirmar que quando a interpretac;:ao procura lidar com dec1arac;:6es e testemunhos ace rca da auto-revelac;:ao de Deus como 0 Senhor dos tempos e eventos, que
escolheu revelar-se em ocorrencias concretas, dataveis, por meio de atos e palavras de julgamento e salvac;:ao, entao 0 processo de
compreensao de tais dec1arac;:oes e testemunhos precisa ter, desde 0
principio, carater historico e teologico, a fim de captar toda a realidade que veio
a
tona.(3) 0 tema do teologo da Biblia engajado num trabalho de teologia do AT e indicado de antemao, visto que ele esta empenhado numa teologia do Antigo Testamento. Ele baseia-se exc1usivamente em elementos extraidos do AT. Ele 0encara pelo prisma da igreja crista como parte das Escrituras inspiradas. A introduc;:ao ao AT procura iluminar os estagios pre-literario e literario dC's livros do AT, verifi- cando sua historia de transmissao e formac;:ao, bem como a estrutura dos textos e a canonizac;:ao do AT. Estuda-se a hist6ria de Israel no
18 Veja tambem Stendahl, !DB,1.p. 422.
19 Restringir-se ilfilologia, lingilistica e hist6ria. quando no estudo da Epopeia de
Gilgames ou dos anais assirios, sem ao menos cOl1siderar os autores desses do-
cumentos. sem nem mesmo temar partilhar da experiencia deles, expressa em lais documentos, eo mesmo que deixar passar devez0conceito de realidade que estes
homens alcan,aram e que estrulurou suas vida, eideias.
...
contexto da historia da antiguidade, enfatizando-se especialmente 0
Oriente Proximo primitivo, pois
e
ai que a arqueologia se revelainestimavel, aomontar 0quadro hist6rico, cultural e social da Biblia.
Cabe
a
exegese desvendar 0significado integral de cad a texto.A teologia do Antigo Testamento questiona a teologia dos divers os
livros ou conjuntos de escritos do AT
/0
pois este compoe-se deescritos cuja origem, conteudo, estrutura, proposito e significado sao
muito distintos_ A natureza dessas quest6es torna imprescindivel 0
exame do material
a
maoa
luz do contexto que, para nos,e
essencial, a saber. aforma como ele se apresentou a nos pel a primeira
vez, de uma estrutura verbal que
e
parte integrante de um conjuntoliterario.lI Assim encarada, uma teologia do AT nao se transformara
nem numa "historia da religiao", 22numa "hist6ria da transmissao da
tradic;:ao" ou "historia da.revelac;:ao"23nem numa "teologia de critica
da rcdac;:ao" ou coisa do genero. Uma teologia do AT
e,
em primeirolugar, uma interpretac;:ao e explanac;:ao sumarias dos escritos ou
conjuutos de escritos do AT. Isto nao quer dizer que nao ha sentido
20 Esta enfase foi aplicada
a
teologia do NT especialmcnte por Heinrich Schlier("The Meaning and Function of a Theology of the NT", Dogmatic vs. Biblical
Theology, ed. H. '/orgrimler[Baltimore, 1964], p. 88-90); foi aplicada 11teologia
do AT por Kraus (Die Bib/ische Theologie, p. 364). D. J. McCarthy ("The Theo-
logy of Leadership inJoshua 1-9". Biblica. 52[1971J.p. 166)eChilds. com enfase pr6pria (Biblical Theology in Crisis. p. 99-107).
21 Os criticos literarios contemporaneos (nao-biblicos) acentuam especialmente a "critica nova". que os alemaes chamam de Werkinterpretation. Cf. W. Kayser.
Das sprachliche Kunstwerk (10. a ed.; Bern-Miinchen. 1964); Emil Staiger, Die Kunst der Interpretation (4." ed.: Ziirich, 1963): Horst Enders, ed., Die Werkin- terprctation (Darmstadt, 1967). 0 interesse fundamental dos profissionais da
"critica nova"
e
0 estudo de urn documento literario completo. A "critica nova" insiste na integridade essencial do documento literario como obra de arte, comoKunsnverk. Tal obra deve ser apreciada integralmente; tentar descobrir a hist6ria de sua origem
e
irrelevante. 0importante e 0produto literario final na qua/idadede obra de arte. Urn numero crescente de estudiosos do AT vern adotando a enfase
da "critica nova". Figuram entre eles: Z. Adar, The Biblical Narrative (Jerusalem, 1959); S. Talmon. '''Wisdom' in the Book of Esther". VT, 13(1963), p. 419-455; M.Weiss. "Wege der neueren Dichtungswissenschaft in ihrer Anwendung auf die Psalmenforschung". Bib/ica, 42 (1961), p. 225-302; "Einiges iiber die Bauformen
des Erzahlens in der Biber'. VT, 13 (1963). p. 455-475; "Weiteres iiber dieBaufor-
men des Erzahlens in der Biber'. Biblica. 46(1965). p. 181-206.
22 Deve-se evitar c1assificar urn livro como Israelite Religion de H. Rir,ggren (Fila- deJfia. 1966) de teologia do AT. 0 pr6prio Ringgren afirmou que "0 leitor nao encontrara neste livro uma teologia do Antigo Testamento, mas, sim, uma hist6ria da religiao israelita ... Os te6logos sentirao falta tam bern de aprecia~Oes baseadas
na Heilsgeschichte: essas aprecia,oes tern seu lugar apenas numa explana,ao teol6gica" (p. v).
23 Kraus. Die Bib/ische Theologie, p. 365: "A 'teologia biblica' deveria ser teologia
biblica pelo fa to de aceitar 0 dinon das rela~oes textuais fornecidas como a verda de historica. que carece de explica~ao, cuja forma final precisa ser apresentada por
meio de interpreta~ao e sumanza~ao. Esta deveria ser a verdadeira fun~ao da teo-
10gJa biblica. Todo esfor~o alternativo nao consiste numa teologia biblica. mas.
sim. em 'hist6ria da revela~1i.o'. 'hist6ria da religiao' ou mesmo 'hist6ria das tra- di~oes'" (0grifo
e
dele).em se cap tar a teologia de tradic;:6es isoladas; entende-se simplesmen- te que isto faz parte de outra tarefa_ 0 processo de explanac;:ao da teologia dos livros do AT ou de seus conjuntos de escritos em sua forma finaJ23a de estruturas verbais de conjuntos literarios tem a
vantagem exc1usiva de identificar semelhanc;:as e diferenc;:as entre os diversos livros ou conjuntos de escritos. Isto significa, por exemplo,
que as teologias dos escritos profeticos poderao permanecer indepen- dentemente lade a lado. A voz de cada testemunho da atividade de Deus e da auto-revelac;:ao divina pode ser ouvida. Outra vantagem dessa perspectiva - crucial para toda a teologia biblica - e que nenhum esquema sistematico, linha de pensamen to ou abstrac;:ao