UM ESTUDO DE CASO
5. Quanto ao momento
Após
(refere-se à ocasião em que ocorre a interacção)
Resultados
Os resultados que se apresentam referem-se a um dos doze casos estudados e encontram-se sintetizados nos gráficos seguintes que procuram evidenciar as diferenças ocorridas entre duas aulas distanciadas entre si ao longo do ano lectivo.
Unidade de análise: Gestão de classe
Fig. 2
Representação gráfica dos resultados relativos às 1.ª e 2.ª performance na função de ensino Gestão de classe.
Unidade de análise: Feedback pedagógico
Instrução Organização Observação Feedback Diversos Motivação Finalização Tempo na tarefa
1ª Performance 2ª Performance
Ap
1ª Performance 2ª Performance
Fig. 3
Representação gráfica dos resultados relativos à função de ensino Feedback pedagógico.
Conclusões e discussão dos resultados
Tornou-se praticamente evidente a importância que o estudo das interacções apresenta na formação dos professores. No caso presente tratou-se da formação inicial e foi possível acompanhar os processos de desenvolvimento pessoal e profissional de catorze futuros professores através da progressiva e aferida (re)construção dos seus saberes, quer na dimensão da sua pessoalidade, quer na dimensão da sua profissionalidade. Porém, tendo-se tratado de uma investigação no âmbito da supervisão dos processos de formação, foi também possível verificar o impacto que tal estratégia teve na formação dos professores supervisores e no efeito de desvendamento de comportamentos e de atitudes, cujos níveis de consciencialização, em alguns casos e situações, eram bastante baixos. Por isso, a metodologia utilizada nos parece pertinente na formação contínua, porém, sempre associada às perspectivas reflexivas que observam desempenhos e simultaneamente analisam os discursos dos professores uma vez que, tal como está claramente demonstrado pela investigação de especialidade, os discursos da acção e da narrativa da acção nem sempre coincidem. Ou seja, aquilo que nós professores
fazemos de facto é frequentemente bem diferente daquilo que dizemos que fazemos. De igual
modo, verificam-se grandes diferenças entre aquilo que os professores dizem que fizeram e aquilo que os seus alunos referem como tendo sido feito. Não se trata porém em nenhum dos casos de diferenças ao nível das interacções propriamente ditas e desenvolvidas ao nível microssistémico, mas sim da questão com que iniciámos esta reflexão e que, conforme relembramos, salvaguarda que a interacção pedagógica é sempre muito mais do que uma
simples partilha de informação. Trata-se de complexas negociações de sentidos atribuídos por
Ver - Verbal Vis - Visual Qui - Quinestésio Tác - Táctil Mis - Misto T - Turma G - Grupo I - Indivíduo D - Durante Ap - Após Ap - Ina - A(+) Av(-) D(s) D(e) P(s) P(j) Int A(+) A(-) Apropriado Inapropriado Valor Avaliativo Descritvo Prescritivo Interrogativo Afectivo Objectivo Forma Direcção Momento
cada um dos interlocutores em função das suas percepções e é nesta dimensão que as interpretações se diferenciam e a aprendizagem acontece ou não. Basta, para tal, que a informação não faça sentido para qualquer dos interlocutores em presença.
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INTERACÇÕES E COMUNICAÇÃO NA AULA DE MATEMÁTICA: