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Quanto tempo você se dedica à leitura de periódicos educacionais? 2h por quinzena.

Transcrição das entrevistas

Entrevista 3 – Feminino 1 Indique a sua faixa etária

13. Quanto tempo você se dedica à leitura de periódicos educacionais? 2h por quinzena.

Eu assino a Nova Escola, mas eu não leio a revista toda. Geralmente leio aquela reportagem que me interessa mais. Até por uma questão de tempo, não leio a revista toda. É complicado falar em tempo, porque acaba misturando tudo, o que eu leio na internet, eu leio de livros didáticos. Numa revista, eu leio as reportagens que eu acho mais interessantes. Talvez nem leia por semana, talvez por quinzena. E tinha acesso a jornal, mas também não tinha tempo de ficar lendo. Aí vai juntando aquele monte de papel em casa. Não sei dizer.

14. Você se lembra de como teve contato com a revista Educadores em Ação?

Eu tive contato através de você. Através de você fiquei sabendo da revista. Na época, eu tinha desenvolvido um trabalho muito bom com os alunos eu resolvi escrever o artigo “Onde nasce e se põe o sol”, não me lembro se foi na primeira ou segunda edição. E na mesma época, eu mandei um relato deste trabalho para a revista nova escola e ficou classificado entre os 50 melhores do Brasil, num universo de 4.000 trabalhos. Este trabalho eu divulguei na revista, que eu acho que é um espaço muito importante, que acaba ajudando os professores da rede municipal. Pois a revista foi um veículo que possibilitou a gente conhecer o trabalho de outros colegas. Até hoje eu tenho todas as revistas.

15. Quanto tempo você se dedicava à leitura da revista Educadores em Ação?

Geralmente quando ela chegava, eu lia os artigos logo em seguida. Eu não me lembro quanto tempo eu gastava pra ler. Eu lia logo que eu recebia. Depois, quando eu ia preparar um trabalho ou escrever um outro artigo, eu sempre consultava pra ver se tinha algum artigo que poderia me ajudar. Não sei dizer quanto tempo. Eu aproveito o tempo que eu tenho, geralmente à noite ou nos finais de semana. Durante a semana são mais os

didáticos ou paradidáticos mesmo, na preparação das aulas. Quem sabe umas quatro horas.

16. Quais são os periódicos você conhece ou lê similares à revista Educadores em Ação?

Tem a revista Em Extensão da USP. Inclusive tenho trabalho publicado nos últimos anos, inclusive relatos de trabalhos feitos aqui na escola, aquele trabalho que foi premiado no semeando, nos fizemos um relato de experiência e enviamos para a revista Em Extensão e o trabalho foi publicado. Teve um trabalho de campo que foi feito também lá na UFU e eu e a Izete também escrevemos um artigo, inclusive a Izete fez um crokies sobre o trabalho e ficou muito interessante, publicamos também. Só que lá a revista não é colorida nem voltada para o professor da Educação Básica.

17. Você se recorda se na instituição em que você atua, havia um espaço para leitura ou discussão de textos da revista Educadores em Ação?

A gente recebia, assinava, e às vezes comentava entre a gente, um grupo que estava lendo ao mesmo tempo, a gente comentava da revista. Agora, um espaço para discutir, eu não me lembro de ter acontecido não, em nenhum ano. A gente discutia aquele grupo que estava ali. Eu me lembro quando teve o artigo da Izete publicado, a gente conversou com ela. Mas, de ter um espaço para discussão não teve.

18. Como você avalia a contribuição deste periódico na socialização de saberes e práticas educativas entre os professores?

Um município grande. Aí contava as práticas através dos relatos. Eu acho que o melhor foi isto, você conhecer os trabalhos que estão sendo desenvolvidos por seus colegas. A gente sabe que existem trabalhos excelentes nas escolas, mas a gente não tem o hábito de divulgar isto. Com a revista a gente teve esta oportunidade, de conhecer o que está sendo feito de bom. A revista era de excelente qualidade, a gente sabia que os trabalhos que saíam lá era porque eram muito bons mesmo. A grande contribuição da revista foi esta: você conhecer excelentes trabalhos que estão sendo feitos na escola que sem a revista você não teria oportunidade de conhecer.

19. O que a escrita tem representado para você ao longo de sua trajetória? Como você percebe, sente ou acolhe a produção escrita?

Eu sempre tive mais facilidade de compreender um texto escrevendo, fazendo rascunho, resumindo. É até uma forma de estudar. Sempre que eu ia lendo, estudando, eu ia registrando. Tanto é que eu sempre tive mais facilidade para escrever do que para falar. Só que eu não tinha muito hábito. Eu só voltei a escrever mais voltado para esta questão acadêmica foi quando eu resolvi fazer o mestrado. Porque quando eu formei, fiquei muito tempo sem atuar na educação, comecei a dar aulas somente em 1993. Tinha uma profissão que não tinha nada a ver com a educação. E quando eu comecei a atuar no ensino fundamental, a gente fica muito em cima de leituras e escritas para a preparação das suas aulas. Eu não recorria a autores da área da educação, nem tampouco da própria área da geografia, eu fiquei um pouquinho afastada. Então, quando eu decidi fazer mestrado, eu tive dificuldades.

Na escola quanto à questão da leitura e produção de textos, eu fazia só o que era pedido em termos de obrigatoriedade, uma redação, um trabalho escrito. Pelo menos até o ensino médio é assim. Quando eu comecei a fazer o meu curso de geografia, comecei escrever um pouco mais, mas sempre nesta linha dos meus trabalhos escolares. Eu nunca tinha sido despertada para escrever artigos para a revista, isso aconteceu depois que eu decidi fazer o mestrado. Eu tinha que fazer um currículo que eu não tinha feito em 10 anos, eu tinha que fazer. Então eu comecei a participar de encontros, de congressos, então pra isto a gente tinha que escrever trabalhos. Me lembro quando eu fui fazer inscrição, a preocupação da minha orientadora sobre as minhas publicações, até então eu havia publicado somente um artigo. Ela disse, você escreve bem. Eu me despertei mais foi a partir daí. Comecei então a ler autores para a área da educação, para a área da geografia. Como estava acostumada a ler somente didáticos e paradidáticos para preparar minhas aulas, voltei, tive um pouco mais de dificuldades no início, mas a partir daí tomei gosto pela escrita. Comecei a publicar artigos em revistas, continuo escrevendo até hoje.