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gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material. A questão utilizou o entendimento antigo, afirmando que “o orçamento público é lei apenas em sentido formal”. Por isso, a questão ficou errada.

Gabarito: Errado

Era no orçamento tradicional (clássico) que aspecto jurídico do orçamento (o fato dele ser uma lei) tinha destaque. O interesse pelas implicações econômicas era pequeno: o aspecto econômico assumia posição secundária. O orçamento era considerado por muitos como uma lei que fixa a despesa e estima a receita. Só isso!

No orçamento-programa, é o aspecto econômico que se sobrepõe ao aspecto jurídico.

Gabarito: Errado

3.

CESPE – CGE-CE – Auditor de Controle Interno – 2019

Com o objetivo de melhor atender aos interesses da sociedade, as nações procuram aprimorar o seu sistema orçamentário; isso dá origem a vários modelos orçamentários. Nesse sentido, assinale a opção correta relativa a modelos orçamentários.

A) A alocação de recursos, no modelo de orçamento tradicional, visa ao alcance de objetivos e metas preestabelecidas.

B) A estrutura do orçamento programa está associada ao planejamento e à adoção de indicadores de medição de resultados.

C) O orçamento desempenho é fundamentado nos custos dos programas e nas metas qualitativas para alcance de resultados.

D) A elaboração do orçamento base zero é realizada a partir da perspectiva do orçamento incremental.

E) O orçamento por resultados é fundamentado em padrões de alocação de recursos, com ênfase na economia de recursos.

Comentários:

Vamos lá. Alternativa por alternativa.

a) Errada. Objetivos e metas no orçamento tradicional? Só pode estar brincando!

Uma das principais características do orçamento tradicional: a falta de planejamento da ação governamental. Aqui não há preocupação com o planejamento: não há qualquer menção a objetivos ou metas a serem atingidas. É uma completa dissociação entre planejamento e orçamento!

b) Correta. Exatamente! O planejamento tem lugar de destaque no orçamento programa, afinal essa espécie de orçamento trouxe a tão necessária integração entre o planejamento e o orçamento que antes faltava. E sim: indicadores de medição de resultado são um dos elementos essenciais do orçamento programa.

c) Errada. Esse aqui não é o orçamento desempenho! É o orçamento programa. Na elaboração do orçamento programa são considerados todos os custos dos programas (inclusive os que extrapolam o exercício). E a alocação de recursos aqui visa à consecução de objetivos e metas.

d) Errada. O Orçamento Base-Zero (OBZ) é justamente o contrário do orçamento incremental.

O orçamento incremental simplesmente melhora, ajusta, dá uma incrementada no orçamento do exercício anterior. É o orçamento feito através de ajustes marginais nos seus itens de receita e despesa.

Já o OBZ tem como filosofia o rompimento com o passado! Aqui não há direito adquirido. Estar no orçamento do ano passado não lhe garante que você vai estar no próximo orçamento.

e) Errada. Ênfase na economia de recursos? Não. O orçamento por resultados está preocupado com os resultados (outcomes) entregues, ou seja, está preocupado com a efetividade de seus atos (e não com a economia de recursos).

Gabarito: B

4.

CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo – 2018 A respeito das técnicas orçamentárias, julgue os itens a seguir.

I O orçamento base-zero pressupõe um reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental após cada ciclo orçamentário, de modo que não haja direitos adquiridos sobre o montante dos gastos do exercício anterior, salvo no caso de despesas de caráter obrigatório.

II No orçamento de desempenho, ou tradicional, embora seja possível saber o que faz o governo, não ocorre vinculação com o planejamento governamental.

III O orçamento participativo caracteriza-se por uma participação direta e efetiva das comunidades, de tal forma que o chefe do Poder Executivo está obrigado legalmente a seguir as sugestões da população.

IV No âmbito dos municípios, o orçamento participativo é de observância obrigatória, de modo que a realização de debates, audiências e consultas públicas é condição obrigatória para a aprovação do orçamento anual pela câmara municipal.

Assinale a opção correta.

A) Apenas o item II está certo.

B) Apenas o item IV está certo.

C) Apenas os itens I e IV estão certos.

D) Apenas os itens I e III estão certos.

E) Apenas os itens II e III estão certos.

Comentários:

Vamos ver item por item?

I. Errado. O item está quase todo certo. Derrapou somente no final.

Na verdade, o orçamento base-zero (OBZ) é uma técnica orçamentária que pressupõe um reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental após cada ciclo orçamentário, de modo que não haja direitos adquiridos sobre o montante dos gastos do exercício anterior, mesmo que seja o caso de despesas de caráter obrigatório e mesmo que seja o caso de despesas de caráter contínuo.

Não interessa que tipo de despesas é. No OBZ, toda despesa é considerada despesa nova. Não há direito adquirido!

II. Errado. O orçamento de desempenho é diferente do orçamento tradicional! O orçamento de desempenho tem outros nomes: orçamento por realizações, orçamento funcional, performance budget... mas não “orçamento tradicional”.

O orçamento desempenho foi, inclusive, uma evolução do orçamento tradicional. Agora, no orçamento de desempenho, busca-se saber o que o governo faz, e não mais simplesmente o que o governo compra.

III. Errado. Opa! Poder Executivo “obrigado legalmente a seguir as sugestões da população?” Não! Não há nenhuma prescrição legal nesse sentido!

O Poder Executivo está obrigado legalmente (pela lei 10.257/01) a ouvir as sugestões da população, mas não está obrigado a seguir! É como aquele exemplo em que foi decidido em audiência pública que seria construído um novo hospital, mas, em vez disso, o Poder Executivo propôs a construção de uma nova ponte.

Legalmente, não há nenhuma irregularidade aqui. O Poder Executivo ouviu a população? Sim! Então está ok!

IV. Certo. Questão extraída da lei 10.257/01, que trata, dentre outros temas, sobre a gestão orçamentária participativa.

Em seu artigo 44, o qual dissemos para você guardar com carinho, a referida lei prevê o seguinte:

Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do inciso III do art. 4º desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.

Por isso, no âmbito dos municípios, o orçamento participativo é sim de observância obrigatória! Se não fizer audiência pública, a proposta de orçamento não poderá ser aprovada!

Gabarito: B

5.

CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo – 2018

O orçamento que se caracteriza por apresentar propósitos para os créditos orçamentários solicitados, os custos necessários para o alcance de tais propósitos e informações quantitativas que mensurem os resultados é denominado

A) orçamento por objeto.

B) orçamento por desempenho.

C) orçamento base-zero.

D) orçamento funcional-programático.

E) orçamento participativo.

Comentários:

Antes de tudo, veja essa definição extraída de um trabalho não publicado do Bureau do Orçamento dos EUA, segundo o autor James Giacomoni:

Um orçamento de desempenho é aquele que apresenta os propósitos e objetivos para os quais os créditos se fazem necessários, os custos dos programas propostos para atingir aqueles objetivos e dados quantitativos que meçam as realizações e o trabalho levado a efeito em cada programa.

E aí? Parece ou não com o enunciado da questão?

“Mas espera aí, professor. Essa definição aí está muito parecida com a definição de orçamento-programa!”

É verdade! Inclusive, essa definição inclui os elementos essenciais do orçamento-programa. São eles:

• Os objetivos e propósitos;

• Os programas;

• Os custos dos programas;

• As medidas de desempenho (indicadores).

Mas a Comissão Hoover (Comissão de Organização do Setor Executivo do Governo), uma comissão criada pelo governo americano em 1949 (e depois uma segunda em 1955), usava as expressões “orçamento por programas” e “orçamento de desempenho” como se elas fossem sinônimas. Eu disse que muitas vezes o orçamento de desempenho era chamado de orçamento por programa. Então, o examinador abre o livro, vê essa definição, copia e cola na prova. Portanto, você deve ter muito cuidado isso e lembrar que é o PPBS que equivale ao orçamento-programa no Brasil.

Analisemos, finalmente, as alternativas.

a) Errada. O orçamento por objeto representa fielmente a concepção do orçamento tradicional. O foco é no objeto do gasto, como já diz o nome.

b) Correta. É isso mesmo. Lembre-se que o PPBS equivale ao orçamento-programa no Brasil.

c) Errada. O orçamento base-zero (OBZ) é uma técnica orçamentária que pressupõe um reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental após cada ciclo orçamentário, de modo que não haja direitos adquiridos sobre o montante dos gastos do exercício anterior.

d) Errada. Não existe orçamento programático. Existe o critério de classificação funcional-programático, no qual as despesas são classificadas pela classificação funcional (em que áreas de despesa a ação governamental será realizada?) e pela classificação programática (qual o tema da Política Pública?).

Ah! Existe também o orçamento funcional, que é outro nome para o orçamento de desempenho (aquele em que o gestor começa a se preocupar com os benefícios dos gastos e não apenas com o seu objeto).

e) Errada. O orçamento participativo é uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da população.

Gabarito: B

6.

CESPE – MPE-PI – Analista Ministerial – 2018

Julgue o próximo item, relativo aos tipos de orçamentos públicos.

Uma das características do orçamento-programa consiste na necessidade de justificar todos os programas cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.

Comentários:

Opa! Será que é o orçamento-programa mesmo?

É não! O orçamento que envolve a justificação de todas as despesas, todos os programas, a cada exercício, é o orçamento base-zero (OBZ)!

Lembre-se: a principal característica do OBZ é que, nele, não há direito adquirido. Para combater o aumento dos gastos, a ineficiência na utilização e alocação dos recursos e para evitar a perpetuação de erros históricos, o OBZ propõe uma análise crítica de todas as despesas a cada novo ciclo orçamentário.

Gabarito: Errado

7.

CESPE – MPE-PI – Analista Ministerial – 2018

Julgue o próximo item, relativo aos tipos de orçamentos públicos.

O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisório por meio de lideranças ou de audiências públicas.

Comentários:

A ideia do orçamento participativo é ter a participação direta da população na elaboração e discussão do orçamento, ou seja, no processo decisório (como afirmou a questão). E isso é feito justamente por meio de lideranças e audiências públicas. Por isso, a questão está correta!

Lembrando que a participação popular e as audiências públicas durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos são incentivadas pela LRF (art. 48, I). Além disso, para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos: debates, audiências e consultas públicas (lei 10.257/01, art. 43, II).

Gabarito: Certo

8.

CESPE – PF – Perito criminal federal– 2018

Julgue o item que se segue, relativo à administração financeira e orçamentária brasileira.

A modalidade orçamentária atualmente em uso pelos entes públicos brasileiros é uma evolução do orçamento de desempenho.

Comentários:

Qual é a modalidade orçamentária atualmente em uso pelos entes públicos brasileiros?

Orçamento-programa!

O orçamento-programa é uma evolução do orçamento de desempenho?

Sim!

Então já resolvemos a questão! Questão correta!

O orçamento-programa é uma evolução das técnicas orçamentárias anteriores, porque trouxe a vinculação entre planejamento e orçamento, o elo entre planejamento, orçamento e gestão. No orçamento desempenho, por exemplo, não havia vinculação dos orçamentos anuais com um sistema de planejamento.

Gabarito: Certo

9.

CESPE – EBSERH – Analista administrativo – 2018

Acerca dos conceitos básicos de orçamento público, julgue o item a seguir.

O objetivo principal dos orçamentos públicos modernos é mostrar à sociedade a natureza do gasto governamental.

Comentários:

O principal objetivo orçamento moderno é mostrar a natureza do gasto governamental? Simplesmente mostrar com que o dinheiro público foi gasto?

Claro que não! Esse é o objetivo do orçamento tradicional, cuja ênfase era nos meios (no que se compra) e utilizava a classificação por unidades administrativas e por elementos de despesa (objeto do gasto). Por isso, a questão ficou errada.

O orçamento evoluiu, de forma que o orçamento moderno é muito mais do que uma simples previsão da receita ou estimativa de despesa. O orçamento moderno é um instrumento da Administração Pública, um instrumento de planejamento das ações governamentais.

Gabarito: Errado

10.

CESPE – TCM-BA – Auditor Estadual de Controle Externo – 2018

A sistemática de elaboração orçamentária que exige a justificativa de cada recurso solicitado, sem fixar de antemão um valor orçamentário inicial e sem considerar os valores previstos no orçamento anterior, denomina-se

A) orçamento base zero.

B) orçamento participativo.

C) orçamento-programa.

D) orçamento tradicional.

E) orçamento de desempenho.

Comentários:

Questão bem direta. Vamos direto para as alternativas também!

a) Correta. O OBZ surgiu para combater o aumento dos gastos, a ineficiência na utilização e alocação dos recursos e para evitar a perpetuação de erros históricos. Sua ênfase é na eficiência! Por isso o gestor público precisa justificar cada despesa que planeja realizar, nos mínimos detalhes. É necessário provar as necessidades de orçamento, comparando e competindo com outras prioridades e projetos. E isso é feito todos os anos.

A filosofia do orçamento base-zero é romper com o passado! No OBZ não há direito adquirido, por isso ele não se fixa a um valor orçamentário inicial e não considera os valores previstos no orçamento anterior (quem faz isso é o orçamento incremental). É como se todo ano um novo orçamento fosse elaborado partindo-se do “zero”. É por essa e por outras que o OBZ é incompatível com qualquer planejamento de médio ou longo prazo.

b) Errada. O orçamento participativo uma “técnica orçamentária em que a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da população”. Sua característica marcante é a participação direta e efetiva das comunidades.

c) Errada. O orçamento-programa consiste na interligação entre o planejamento e o orçamento por meio de programas de governo. Não há essa total desconsideração pelos valores previstos no orçamento anterior. O orçamento é entendido como um instrumento de planejamento e de administração.

d) Errada. Passou foi longe! O orçamento tradicional é um orçamento incremental, isto é, “pega o orçamento do exercício anterior, aplica um aumento percentual e pronto”. Por isso que alguns autores nem consideram o orçamento incremental como uma técnica orçamentária: porque até mesmo um profissional inexperiente consegue elaborá-lo.

e) Errada. O orçamento de desempenho enfatiza o resultado dos gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase é no desempenho organizacional. O orçamento de desempenho não exige a justificativa de cada recurso solicitado. Essa é uma característica marcante do orçamento base-zero.

Gabarito: A

11.

CESPE – STJ – Técnico judiciário – 2018

A respeito das técnicas, dos princípios e do ciclo orçamentários, julgue o item a seguir.

A ideia central do orçamento por resultados é que os cidadãos devem explicitar quais os resultados que querem em contrapartida aos recursos repassados ao setor público.

Comentários:

O orçamento por resultados foi além: preocupava-se com os resultados (outcomes), enquanto o orçamento-programa, por exemplo, preocupava-se com produtos.

Além disso, há de se avaliar o preço do governo, isto é, quanto os cidadãos estão dispostos a gastar pelos serviços públicos.

Dito isso, percebemos que nessa espécie de orçamento o cidadão ocupa lugar de destaque. De acordo com Giacomoni, “ao sustentarem a administração pública por meio dos impostos, os cidadãos devem sentar no banco da direção e explicitar quais os resultados que eles querem em contrapartida aos recursos repassados ao setor público”.

Será que o examinador se inspirou nesse autor para elaborar a questão?

Gabarito: Certo

12.

CESPE – ABIN – Oficial técnico de inteligência – 2018

No que tange às disposições constitucionais a respeito das finanças públicas, ao conceito e às espécies de orçamento público, aos princípios orçamentários, às normas gerais de direito financeiro (Lei n.º 4.320/1964) e à fiscalização e ao controle interno e externo dos orçamentos, julgue o item a seguir.

A jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal considera que as leis orçamentárias não podem ser objeto de controle de constitucionalidade em abstrato, dada a sua natureza jurídica material de ato administrativo concreto.

Comentários:

Segundo o STF, as leis orçamentárias podem sim ser objeto de controle de constitucionalidade em abstrato!

Após anos de jurisprudência no sentido de que o orçamento público brasileiro seria apenas lei formal, o STF consolidou o entendimento, em 2016, que as leis orçamentárias podem ser objeto de controle abstrato (e concentrado) de constitucionalidade. A tese é que o controle concentrado de constitucionalidade se mostra adequado quando a lei orçamentária revela contornos abstratos e autônomos, abandonando o campo da eficácia concreta. Ou seja: o STF passa a reconhecer a materialidade e substancialidade do conteúdo do orçamento público, de forma que, hoje, podemos considera-lo lei formal e material.

Gabarito: Errado

13.

CESPE – STM – Técnico judiciário – 2018

Com relação a técnicas e princípios orçamentários, julgue o item seguinte.

O orçamento de desempenho surgiu nos Estados Unidos da América, na década de 50 do século passado, com o nome de PPBS (Planning Programming Budgeting System), onde foi primeiramente adotado por empresas privadas.

Comentários:

Foi por isso que nós conversamos um pouco sobre a história de cada técnica orçamentária!

A primeira informação chave para resolver essa questão é: orçamento de desempenho é uma coisa e PPBS é outra coisa! São duas técnicas orçamentárias distintas!

O examinador tentou fazer essa confusão porque a tal da Comissão Hoover, uma comissão criada pelo governo americano em 1949 (e depois uma segunda em 1955), usava as expressões “orçamento por programas” e “orçamento de desempenho” como se elas fossem sinônimas. Pouco tempo depois, chega uma nova técnica ao Brasil com a mesma denominação (“programa”), só que ela, na verdade, equivale ao PPBS, que é uma evolução do orçamento por programa (orçamento de desempenho) dos Estados Unidos.

Veja o que diz o autor James Giacomoni:

O modelo de Orçamento-programa decorrente daqueles esforços iniciais não deve ser confundido com outro que, sob a mesma denominação - program budgeting -, foi implantado por Robert McNamara na Secretaria de Defesa e estendido pelo presidente Johnson, em 1965, ao restante da administração federal civil sob 0 rótulo de PPBS.

O orçamento de desempenho nos EUA surgiu nos anos da anos da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), quando os departamentos militares utilizaram os orçamentos por programas, e aperfeiçoou-se durante a década de 50.

O PPBS também surgiu nos EUA, mas na década de 60 e pode ser considerado o embrião do orçamento-programa, porque evidenciava a forte tendência da aproximação entre o planejamento e o orçamento. Além disso, continha programas quantificados, objetivos e metas definidas, e acompanhamento e avaliação de resultados.

Portanto, o orçamento de desempenho que surgiu nos Estados Unidos da América, na década de 50 do século passado, não surgiu com o nome de PPBS, porque essas são duas técnicas orçamentárias diferentes.

Além disso, nem o orçamento de desempenho, nem o PPBS foi primeiramente adotado por empresas privadas.

Por tudo isso, a questão ficou errada!

Gabarito: Errado

14.

CESPE – STM – Analista judiciário – 2018

Acerca de administração financeira e orçamentaria e do orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.

Os programas executados de acordo com a técnica do orçamento-programa devem ser zerados ao final do exercício financeiro, a fim de que os órgãos públicos sejam obrigados a demonstrar os custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos programas.

Comentários:

Mais uma vez: a questão não está se referindo ao orçamento-programa, mas sim ao orçamento base-zero (OBZ)!

É no OBZ que os programas devem ser zerados ao final do exercício financeiro. É o OBZ que exige a demonstração dos custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos programas. Isso porque a filosofia do OBZ é romper com o passado! Nele, não há direito adquirido. É como se todo ano um novo orçamento fosse elaborado partindo-se do “zero”

Gabarito: Errado

15.

CESPE – CGM de João Pessoa – Técnico municipal de controle interno – 2018 A respeito de orçamento público, julgue o item seguinte.

O orçamento-programa consiste no processo de elaboração de orçamento que exige dos gestores, a cada novo exercício, a justificativa detalhada dos recursos solicitados.

Comentários:

Mais uma questão sobre orçamento base-zero (OBZ). Não avisamos que esse assunto cai muito em prova?

Não é o orçamento-programa que exige isso dos gestores. É o OBZ! Bastava trocar essas palavras para que a questão ficasse correta.

A ênfase do OBZ é na eficiência. Ele busca combater o aumento dos gastos, a ineficiência na utilização e alocação dos recursos e para evitar a perpetuação de erros históricos, o que acontecia no orçamento incremental: se ele fosse planejado errado desde o começo, os erros nunca seriam corrigidos e o desperdício de recursos seria enorme. É por isso que o OBZ quer saber o porquê de cada despesa realizada. É por isso que essa técnica orçamentária exige dos gestores, a cada novo exercício, a justificativa detalhada dos recursos solicitados.

Gabarito: Errado

16.

CESPE – TCE-PE – Analista de Controle Externo– 2017

Em relação às técnicas e aos princípios do orçamento público, julgue o item a seguir.

O orçamento base-zero facilita o processo de revisão da decisão a respeito da alocação dos recursos públicos, sendo, por essa razão, adequado às situações em que as despesas públicas são limitadas por um teto de gastos.

Comentários:

Primeiro: o orçamento base-zero (OBZ) é um sistema voltado, antes de tudo, para a avaliação e tomada de decisão sobre despesas. Ele exige que todas as despesas sejam analisadas sistematicamente, de forma que as melhores alternativas sejam selecionadas.

Por conta de toda a sua ênfase no planejamento e dessa constante e recorrente revisão de despesas, o OBZ revela-se é muito útil em fases de recessão da economia ou em situações em que as despesas públicas são limitadas por um teto de gastos (como aconteceu com a aprovação da EC 95/16).

Por isso, é verdade que o orçamento base-zero facilita o processo de revisão da decisão a respeito da alocação dos recursos públicos. E é por isso (por ser tão “cri cri” ) que o OBZ se mostra adequado às situações em que as despesas públicas são limitadas por um teto de gastos.

Gabarito: Certo

17.

CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – 2017

Com relação ao orçamento participativo e à gestão por resultados na administração pública, julgue o próximo item.

O orçamento participativo é fundamentado na discussão de prioridades com a população organizada, por isso se contrapõe ao orçamento-programa, que é construído com base em preceitos racionais-legais que não contemplam a participação popular.

Comentários:

É verdade que orçamento participativo é fundamentado na discussão de prioridades com a população organizada, mas ele não se contrapõe ao orçamento-programa. Na verdade, orçamento participativo pode até funcionar juntamente com o orçamento-programa.

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