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1.

FGV - CGU – 2022)

Com base nos tipos de tributos e nos princípios teóricos da tributação, é correto afirmar que: (A) em uma economia inicialmente em equilíbrio eficiente de Pareto, a implementação de um imposto específico sobre as vendas de mercadorias causa distorção alocativa e o ônus tributário é repassado integralmente aos consumidores, independentemente da elasticidade-preço da demanda;

(B) a baixa participação da tributação da renda e do patrimônio e a excessiva participação dos tributos sobre bens e serviços em relação à carga tributária total de um país tendem a provocar alto grau de regressividade do sistema tributário ao onerar a parcela da população com menor rendimento;

(C) em situações de desequilíbrio econômico, o imposto de renda regressivo torna-se um importante instrumento automático de estabilização e de justiça fiscal, desde que o governo consiga minimizar a defasagem entre o recebimento da renda e o pagamento do imposto, beneficiando inequivocamente a eficiência econômica;

(D) a implantação do imposto único sobre valor adicionado é um importante instrumento do federalismo fiscal por aumentar a eficiência e a integração vertical e promover a equidade horizontal e a progressividade, contudo, dificulta a política de isenção tributária dos bens de produção por parte dos entes federativos;

(E) o princípio do benefício está de acordo com as previsões do modelo de Tiebout, pois a tributação proporcional ao uso leva o governo a oferecer bens e serviços compatíveis com os tributos cobrados (“votação com os pés”), além de atender a um dos objetivos mais relevantes da tributação, que é a distribuição de renda.

RESOLUÇÃO:

Vamos às alternativas!

A) Incorreta. Pelo contrário, o ônus tributário recairá sobre aquele que tiver menor elasticidade. Se forem os consumidores, eles arcarão com mais tributo. Mas se os produtores forem mais inelásticos, são estes que terão maior ônus.

B) Correta. Perfeito! Tributos Indiretos (que recaem sobre os bens e serviços) são regressivos e, portanto, se um país tributa mais bens e serviços do que renda e patrimônio, sua carga tributária total será mais regressiva.

c) Incorreta. Para que o IR seja um instrumento de estabilização e justiça fiscal, ele precisa ser PROGRESSIVO (e não regressivo como afirmou a questão).

d) Incorreta. De fato, o IVA aumenta a eficiência, a equidade horizontal e a progressividade. No entanto, ele DESESTIMULA a integração vertical. A integração vertical ocorre quando as empresas diminuem as etapas de produção para pagar menos impostos e isto é uma consequência dos tributos cumulativos (e não do IVA). Além disso, com o IVA fica muito mais fácil promover isenção tributária, visto que basta identificar o valor adicionado na produção e isentar esta etapa de pagar o tributo.

e) Incorreta. Nem precisamos falar nada sobre o Modelo de Tiebout, visto que o princípio econômico de tributação que tem a ver com distribuição de renda é o princípio da capacidade do pagamento (e não o do benefício, como afirmou a alternativa). Portanto, alternativa incorreta.

Mas para quem está curioso sobre o modelo de Tiebout, saiba que este modelo se refere ao federalismo fiscal (estudado em Administração Financeira e Orçamentária - AFO), que tem a ver em como um país distribui os recursos entre seus entes federativos. Bom, mesmo não sendo minha matéria, vou explicar a alternativa.

O modelo de Tiebout é um dos modelos que tenta dar diretrizes sobre como deve ocorrer o federalismo fiscal.

Segundo este modelo, cada estado/município de um país deveria se especializar em oferecer um tipo de serviço público. Assim, o estado X poderia se especializar em saúde e lazer, o estado Y em educação e segurança e etc.

Uma vez feito isso, cada cidadão poderia escolher morar onde quisesse, havendo um “match” entre Estado/Município e o cidadão. Se o cidadão quisesse mais saúde e lazer, ele iria morar no estado X. Se o cidadão quisesse mais educação e segurança, ele iria morar no estado Y. Isso é o que se chama “votação com os pés”, visto que o cidadão escolheria morar (e pagar tributos, claro) naquele estado/município que for capaz de fornecer os serviços públicos que ele deseja consumir.

E, de fato, este modelo tem tudo a ver com o princípio do benefício, visto que o cidadão vai pagar tributos por se beneficiar dos serviços prestados pelo Estado/Município em questão.

O modelo de Tiebout é conhecido por ser um modelo economicamente eficiente, mas eficiência econômica não tem a ver com igualdade de renda. Além disso, como já vimos o princípio econômico de tributação que tem a ver com a igualdade de renda é o da capacidade de pagamento.

Resposta: B

2.

FGV - BANESTES – 2018)

Considere um mercado de concorrência perfeita na qual o preço do produto está no seu valor de equilíbrio. A demanda pelo produto é negativamente inclinada e a oferta positivamente inclinada. O governo, insatisfeito com a arrecadação, resolve adotar uma política de taxar a venda desse produto cobrando do vendedor e distribuindo a arrecadação igualmente entre compradores e vendedores.

Nesse caso, é correto afirmar que:

a) o excedente total deverá aumentar com a arrecadação do governo;

b) os compradores e vendedores não serão afetados pela política;

c) a arrecadação levará a uma melhoria de Pareto;

d) a taxação acarretará uma perda de peso morto;

e) mercados competitivos são ineficientes no sentido de Pareto.

RESOLUÇÃO:

A tributação nunca eleva os excedentes dos consumidores e dos produtores; ela sempre reduz.

E mais do que isso, esta redução dos excedentes não é inteiramente compensada pela arrecadação, por isso temos peso morto.

Logo, mesmo que o governo distribua entre aqueles que perderam seus excedentes, haverá uma perda líquida, já que parte da perda de excedente não é compensada pela arrecadação.

Olhemos o gráfico abaixo:

Note que, quando o mercado é taxado, os consumidores perdem as áreas A e C e os produtores perdem as áreas B e D.

Mas a arrecadação do governo se dá apenas pelas áreas A e B.

C e D representam o peso morto.

Logo, mesmo que o governo faça o que o enunciado coloca – devolver a arrecadação – isso não compensa a perda.

Se os consumidores tiverem devolvida a área A e os produtores tiverem devolvida para si a área B via transferência do governo, de qualquer forma, as áreas C e D “morreram”.

Ou seja, “a taxação acarretará uma perda de peso morto”.

Resposta: D

3.

FGV – ISS/Cuiabá – 2016) A curva de Laffer estabelece que

a) a taxa de retorno do imposto para a sociedade é decrescente com o aumento da alíquota.

b) os gastos públicos aumentam com o imposto cobrado.

c) a população decide trabalhar no mercado informal se a alíquota for igual a 100%.

d) a arrecadação atinge seu ápice quando a alíquota é igual a 100%.

e) a demanda por bens públicos é maior do que a de bens privados, quando a alíquota tributária é nula.

RESOLUÇÃO:

a) Errado. A Curva de Laffer não trata de como o recurso oriundo do imposto é gasto. A relação está apenas no lado da receita.

b) De novo: a Curva não traz qualquer relação com o gasto público.

c) É isso! Note na curva que a alíquota máxima (100%) traz arrecadação zero. O que faz todo sentido: ninguém vai gerar renda no mercado formal se toda essa renda irá para o governo.

d) Errado! Neste caso, a arrecadação é zero.

e) Não há relação da Curva de Laffer com o gasto público, ou seja, com a demanda por bens/serviços públicos.

Resposta: C

4.

FGV – DPE/MT – 2015)

A reportagem “Preço do carro pode subir 4,5% com novo IPI”, publicada na Revista Exame no dia 01/01/2015, apresenta o seguinte trecho:

“A indústria deve repassar o aumento do imposto para os preços, mas oficialmente a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirma que a decisão é individual - cada empresa vai definir quando e quanto do aumento do IPI repassará aos preços finais dos veículos.”

(http://exame.abril.com.br/economia/noticias/preco-do-carro-pode-subir-4-5-com-novo-ipi, acessado em 24/01/2015.) Considerando a mudança do IPI destacada no trecho da reportagem, o repasse do aumento desse imposto para o preço final pago pelo consumidor será maior

a) no longo prazo do que no curto prazo.

b) quanto menor o reajuste das tarifas de transportes alternativos.

c) quanto mais inelástica for a demanda de automóveis.

d) quanto mais inelástica for a oferta de automóveis.

e) quanto maior o percentual do orçamento dos consumidores despendido com a compra de automóveis.

RESOLUÇÃO:

A resposta, claro, está na elasticidade das curvas.

Portanto, as alternativas A e B não fazem sentido.

Pois bem: o repasse do imposto ao consumidor será tanto maior quanto mais elástica for a oferta e quanto mais inelástica for a demanda de automóveis.

Isso nos leva à alternativa C.

Por fim, a alternativa E está errada porque quanto maior é o percentual do orçamento do consumidor que o bem ocupa, MAIS elástica é sua demanda.

Resposta: C

5.

FGV – DPE/MT – 2015)

Assuma que os países A, B e C têm, respectivamente, alíquotas tributárias sobre os rendimentos iguais a 1%, 50%

e 99%.

Na relação proposta pela Curva de Laffer, assinale a opção que indica o(s) país(es) que tem(têm) maior probabilidade de obter(em) uma receita tributária próxima de zero.

a) Apenas o país A.

b) Apenas o país B.

c) Os países A e B, apenas.

d) Os países A e C, apenas.

e) Todos os países.

RESOLUÇÃO:

Note que a nossa Curva de Laffer tem formato de “U” invertido:

Ora: é razoável supor que alíquotas MUITO baixas ou MUITO altas tragam receita tributária bem baixa.

E alíquotas de 1% e de 99% são, respectivamente, bons exemplos de alíquotas muito baixas e muito altas, certo?! Pois bem: nesses níveis, a curva está muito perto do eixo horizontal, ou seja, está muito perto de arrecadação zero.

A alíquota ótima t* pode não ser 50%: pode ser de 30% ou de 60%, sei lá. Mas é fato que uma alíquota de 50% traz muito mais receita do que as outras duas alternativas.

Resposta: D

6.

FGV – DPE/RO – 2015) A curva de Laffer NÃO prediz que:

a) existe uma alíquota tributária ótima que maximiza a arrecadação do governo;

b) quando o imposto é de 100% sobre a renda do trabalho, as pessoas abandonam o mercado de trabalho formal;

c) a sonegação fiscal aumenta continuamente com o aumento da alíquota tributária;

d) aumentos de alíquota são contraproducentes a partir de um determinado nível;

e) a informalidade é baixa quando a alíquota tributária é próxima de zero.

RESOLUÇÃO:

a) Prediz sim! É a alíquota t* do nosso gráfico ilustrativo.

b) Correto também! Não faz sentido gerar renda no mercado formal se 100% dela ficará com o governo.

c) Isso já é mais delicado de se afirmar, sobretudo devido à palavra “continuamente”. Não faz muito sentido supor que a sonegação fiscal aumente se a alíquota subir de 10% para 11%, por exemplo.

d) Correto! E este determinado nível é exatamente t*. A partir dali, aumentar a alíquota gera queda da receita.

e) Perfeito! Da mesma forma, faz pouco sentido ir para a informalidade se o custo da formalidade é baixo, ou seja, se a alíquota é baixa.

Resposta: C

7.

FGV – TCM/SP – 2015)

A “Curva de Laffer” pode ser considerada uma boa teoria para justificar uma redução da alíquota tributária, pois:

a) implica uma perda de receita tributária mais que compensada pelo aumento da formalização do mercado de trabalho;

b) indivíduos trabalharão mais e sua produtividade aumentará a taxas crescentes;

c) a sociedade deseja mais bens e serviços privados e menos bens e serviços públicos, quando essa alíquota é contraproducente e o nível de produção muito baixo;

d) a queda da receita será proporcionalmente menor, visto que a elasticidade da receita tributária em relação a essa alíquota tende a ser menor do que a unidade;

e) em uma situação de elevada produção e formalidade do emprego, uma alíquota menor reduz a receita, mas eleva a provisão de bens públicos.

RESOLUÇÃO:

a) implica uma perda de receita tributária mais que compensada pela maior formalização do mercado de trabalho;

b) indivíduos trabalharão mais e sua produtividade aumentará a taxas crescentes;

c) a sociedade deseja mais bens e serviços privados e menos bens e serviços públicos, quando essa alíquota é contraproducente e o nível de produção muito baixo;

d) a queda da receita será proporcionalmente menor, visto que a elasticidade da receita tributária em relação a essa alíquota tende a ser menor do que a unidade;

e) em uma situação de elevada produção e formalidade do emprego, uma alíquota menor reduz a receita, mas eleva a provisão de bens públicos

Resposta: C

8.

FGV – PROCEMPA – 2014)

Em relação à teoria da tributação, assinale V para a afirmativa verdadeira ou F para a falsa.

( ) As contribuições previdenciárias podem ser entendidas como uma tributação pelo princípio do benefício, pois aposentadorias estão relacionadas a contribuição.

( ) O conceito de progressividade tem como princípio a maior tributação por aqueles que recebem uma maior renda, como é o caso, atualmente, do Imposto sobre a Renda.

( ) Impostos seletivos sobre consumo atendem ao princípio da neutralidade, pois não geram distorções na alocação dos recursos.

As afirmativas são, respectivamente, a) V, V e V.

b) V, V e F.

c) V, F e V.

d) F, V e V.

e) F, V e F.

RESOLUÇÃO:

( ) Correto! É uma boa relação. A contribuição é feita em valor proporcional ao benefício futuro.

( ) Correto também! Maior tributação sobre maiores rendas. O imposto de Renda no Brasil segue esta lógica.

( ) Errado! Não atendem e não são feitos para atenderem a neutralidade mesmo. O imposto seletivo é seletivo exatamente porque afeta preços relativos, em tese, incidindo com mais força sobre aquele bem cujo consumo não seja visto como tão importante, ou danoso. É o caso do IPI pesado sobre cigarros, por exemplo.

Resposta: B

9.

FGV – PROCEMPA – 2014)

Segundo a curva de Laffer, quando um governo tributa em 99% a renda dos agentes econômicos, ele obtém a) uma arrecadação alta, pois aumentos de alíquotas são acompanhadas por aumentos da arrecadação.

b) uma receita nula, pois todos os agentes ofertarão zero horas de sua força de trabalho.

c) uma receita nula, pois todos os agentes trabalharão no setor informal.

d) uma receita nula, pois todos os agentes sonegarão a sua declaração de impostos.

e) uma receita positiva, mas não máxima, pois a partir de uma determinada alíquota sua receita é decrescente.

RESOLUÇÃO:

A resposta já está antes da vírgula nas alternativas.

Se ele tributa 99% da renda, segundo a Curva de Laffer, a arrecadação não será alta porque o indivíduo fica com apenas 1% de seu esforço.

Mas, a arrecadação também não será nula porque ela será nula apenas com a alíquota de 100%, quando o indivíduo fica com 0% da renda gerada.

Nosso gabarito é a alternativa E.

Haverá alguma receita, mas bem pequena, MUITO LONGE da máxima.

E isso se dá exatamente porque certamente estaremos na parte decrescente da curva (já próximo do eixo horizontal do gráfico).

Resposta: E

10.

FGV – PROCEMPA – 2014 - adaptada)

A Curva de Laffer mostra de uma forma simplificada que o governo pode obter uma alíquota tributária ótima.

Esta alíquota é obtida quando

a) é igual a 100%, pois tal teoria preconiza uma relação direta entre arrecadação e o nível da alíquota.

b) é fixada no trecho ascendente da curva, ou seja, quando a derivada da receita em relação à alíquota é positiva.

c) produz acréscimos de receita arrecadada maiores do que o aumento de receita não obtida devido à evasão.

d) a carga fiscal, em função do PIB, gera aumento de poupança do governo.

e) a receita marginal da arrecadação, ou seja, a variação da receita devido à variação da alíquota, é nula.

RESOLUÇÃO:

A alíquota ótima - t* de nosso gráfico – se dá exatamente quando a curva não é crescente nem decrescente, ou seja, quando ela atinge a maior altura possível.

Isso ocorre em uma alíquota intermediária em que a receita tributária em função da alíquota atinge o máximo.

Ora, pessoal: o ponto de máximo de uma curva ocorre exatamente quando sua inclinação vira de positiva para negativa, ou seja, quando é igual a zero.

Este ponto é exatamente quando a “a receita marginal da arrecadação, ou seja, a variação da receita devido à variação da alíquota, é nula”.

Resposta: E

11.

FGV – CONDER – 2013)

Segundo o princípio da Curva de Laffer, uma elevação da alíquota tributária a) eleva a receita tributária, para qualquer nível inicial e final da alíquota.

b) reduz a receita tributária, na hipótese de inexistência de sonegação.

c) mantém a receita tributária constante, na hipótese de inexistência de sonegação.

d) pode elevar a receita tributária mesmo que a alíquota após o aumento esteja à direita da alíquota ótima.

e) incentiva toda população a deixar de trabalhar, para qualquer nível inicial e final da alíquota.

RESOLUÇÃO:

a) Errado! A Curva tem formato de “U” invertido exatamente porque se supõe que a receita tributária cai com aumentos de alíquota a partir de certo ponto.

b) Errado. A existência de sonegação é exatamente um fator de queda da receita tributária. Se ela não existir, os aumentos de alíquota geram mais receita com mais facilidade.

c) Errado! Neste caso, elevações de alíquota teriam como resposta elevação da receita.

d) Alternativa MUITO maldosa, mas correta. Isso pode acontecer sim. Se JÁ partirmos de uma parte à direita da alíquota ótima (trecho descendente da curva) e aumentarmos ainda mais a alíquota, teremos CERTAMENTE queda da receita tributária. Mas a alternativa diz que a alíquota APÓS o aumento fica à direita. Então, pode haver aumento sim. Graficamente, se fôssemos do ponto A para o ponto B da curva, a receita aumentaria e atenderíamos à proposição da alternativa:

e) incentiva toda população a deixar de trabalhar, para qualquer nível inicial e final da alíquota Resposta: D

12.

FGV – Senado Federal – 2012)

O gráfico apresenta as curvas de demanda e de oferta por determinado bem vendido em um mercado competitivo.

Mostra também o ponto de equilíbrio inicial no mercado, E, bem como a quantidade de equilíbrio inicial Q0.

O governo tributa a venda desse bem de modo que a quantidade de equilíbrio passa a ser Q1.

Se não houver outras distorções alocativas nessa economia, o peso morto do tributo corresponderá à área da figura

a) A B E C D.

b) A B C D.

c) B E Q0 Q1.

d) D C Q1 O.

e) B E C.

RESOLUÇÃO:

O peso morto do tributo é o triângulo aqui dado pela área BEC! Vamos relembrar nosso gráfico:

O peso morto é a área marrom. E repare que a área amarela também é perda de excedente de consumidores e produtores, mas ela não é peso morto porque ela é arrecadação para o governo.

Ou seja, o retângulo ABCD é perda de excedentes compensada por arrecadação pública. A “riqueza” que some desta economia com a introdução do imposto é representada pela área marrom!

Resposta: E

13.

FCC – AFAP – 2019)

Considere o diagrama abaixo, onde T representa a arrecadação tributária do governo e t a alíquota tributária.

O diagrama assemelha-se à curva

a) de Laffer, com a região 2 apresentando maiores níveis de arrecadação que a região 1.

b) de Phillips, com a região 2 apresentando maiores níveis de arrecadação que a região 1.

c) de Laffer, com a região 2 apresentando níveis similares de arrecadação que a região 1.

d) de Phillips, com a região 2 apresentando níveis similares de arrecadação que a região 1.

e) de Mundell-Fleming, com a região 2 apresentando níveis menores de arrecadação que a região 1..

RESOLUÇÃO:

Esta é claramente a nossa querida Curva de Laffer, certo?

Pois bem: definido isto, basta notar que ela tem um formato de “U” invertido.

Isso significa que a região 2 apresenta níveis de arrecadação similares à região 1.

Inclusive, as áreas são iguais aqui.

Resposta: C

14.

FCC – AFAP – 2019) Com relação à tributação,

a) o princípio do benefício pode ser de difícil aplicação individual para o financiamento de qualquer bem público.

b) um imposto como o sobre a renda não tem como atender o princípio da capacidade de pagar.

c) a progressividade de um imposto contraria por completo o princípio da equidade.

d) o princípio da neutralidade é encontrado em um imposto sobre bebidas para fins de redução do consumo destas.

e) um incentivo fiscal caracteriza o cumprimento pleno do princípio da neutralidade.

RESOLUÇÃO:

a) Perfeito! É isso que fizemos questão de ressaltar. É muito difícil saber o quanto cada indivíduo se beneficia do uso do bem/serviço público para poder fazer a cobrança proporcional.

b) Tem sim, ora! Basta aplicar alíquotas progressivas para maiores rendas. É o que é feito no Imposto de Renda de Pessoa Física no Brasil.

c) Não contraria! A progressividade é uma forma de atender ao princípio da capacidade de pagamento, que é uma forma de se atingir o princípio da equidade, que visa a uma repartição justa da carga tributária.

d) Errado! Neste caso, o que se quer é exatamente que o tributo não seja neutro, ou seja, que ele atue para encarecer o produto cujo consumo se queria reduzir.

e) Pelo contrário! O princípio da neutralidade é aquele por meio do qual se deseja que a carga tributária não afete os preços relativos. Um incentivo fiscal estimula determinada produção.

Resposta: A

15.

FCC – ALESE – 2018)

A respeito dos impostos, a curva de Laffer

a) preconiza que aumentos de alíquotas geram maiores receitas de impostos, independentemente do nível da alíquota.

b) demonstra que fortes elevações de alíquotas garantem fundos para aumento dos gastos públicos.

c) mostra que baixas alíquotas estão relacionadas com maior sonegação.

d) esclarece o motivo pelo qual a receita tributária máxima se dá com uma alíquota de 100%.

e) evidencia que pode haver uma alíquota específica que produz uma receita tributária máxima.

RESOLUÇÃO:

a) A palavra “independentemente” torna a alternativa incorreta. A Curva de Laffer tem formato de “U” invertido.

Significa que ela preconiza que, a partir de certo ponto, aumentos de alíquotas reduzem a receita tributária.

b) Errado também! “Fortes” elevações podem causar redução da arrecadação.

c) Pelo contrário! Baixas alíquotas tendem a ser pouco incentivo à sonegação.

d) Errado! Note que Curva de Laffer “acaba” no eixo horizontal. Ou seja, alíquota máxima (100%) traz arrecadação nula.

e) Perfeito! Há uma alíquota intermediária que produz a receita tributária máxima. É a alíquota t* do nosso gráfico da aula:

Resposta: E

16.

FCC – ALESE – 2018) Na estrutura tributária do Brasil,

a) há situações em que os impostos podem ser utilizados como instrumento extrafiscal.

b) a arrecadação do ISS e do ICMS é compartilhada entre o Estado e o Município.

c) não há imposto que se apresenta como seletivo e indireto ao mesmo tempo.

d) os Estados são os titulares da competência para o IPI.

e) impostos não podem incidir em todas as etapas de produção.

RESOLUÇÃO:

a) Há sim! Várias! Um imposto é utilizado como instrumento extrafiscal quando, mais que um fim arrecadatório, sua utilização serve para intervir na economia.

b) Errado! A receita do ISS é 100% municipal.

c) Claro que há! Aliás, o imposto seletivo é aquele que atua com mais força em determinados bens para desestimular seu consumo ou para captar mais arrecadação de quem pode pagar mais. Então, por atuar sobre bens, ele já é indireto. A própria Constituição Federal exige que o IPI seja seletivo “em função da essencialidade do produto”. Isso significa praticar alíquotas menores para bens mais essenciais.

d) Errado! É a União!

e) Podem sim! A maioria dos indiretos incidem. A questão é se são cumulativos ou não!

Resposta: A

17.

FCC – SABESP – 2018)

Considere a afirmação que segue: quando as alíquotas de impostos são altas o suficiente, um aumento adicional na alíquota de imposto pode levar a uma diminuição das receitas arrecadadas.

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